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Capítulo 597 - Imprevisível

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Tenham uma boa leitura!]


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As palavras podres de Prometheus incomodaram os ouvidos de Zao Tian. Ele não foi o único que sofreu na vida e certamente não foi aquele que mais sofreu entre todos os que vieram antes dele e que virão após ele, mas ele, por estar no final de toda aquela cadeia hierárquica e ter sofrido com uma vida sub-humana na qual ele não tinha o direito e nem a força para mandar em ninguém, era o único ali que conseguia canalizar toda a raiva que alguém pode sentir perante alguma coisa.


Aquele maldito Prometheus estava se vangloriando de algo que escravizou a sua família, que matou a sua mãe. Foi ele e a raça dele que criaram a cultura nefasta onde uma vida podia ser tratada como nada e um ser consciente podia ter a sua vontade tomada por outro, tornando-se, assim, um escravo.


A vontade que Zao Tian tinha naquele momento era de dar o soco mais forte que ele já deu na vida bem no meio da cara daquele gigante, um soco que reunisse toda a sua força e se fosse preciso quebrasse cada osso do seu corpo, mas ele não tinha condições de fazer aquilo naquele momento. Zao Tian não tinha a força necessária para enfrentar Prometheus e fazê-lo pagar, em nome dos deuses, pelo que todos sofreram.


O dia do acerto de contas chegaria, mas não era hoje, então, com talvez a maior dificuldade que já sentiu na vida, Zao Tian engoliu seco, jogando para dentro do seu estômago toda a raiva que estava sentindo, mas guardando na sua mente para quando a hora de resgatá-la chegasse. E enquanto fazia aquilo, ele tinha que forçar um sorriso humilhante que deveria agradar Prometheus e não prejudicar o andamento do plano de todos que estavam naquele SIngularidade, um plano que finalmente estava chegando a algum lugar.


Ming Xiao, aquele que mais sabia sobre o passado de Zao Tian e do rancor que ele guardava de tudo o que aconteceu, sentiu, mesmo por trás do sorriso mascarado do seu cunhado, que ele estava completamente incapacitado de prosseguir sem fazer uma merda. Zao Tian era um estopim muito, muito curto naquele momento, que ao menor sinal de calor explodiria instantaneamente.


“Muito obrigado, mestre Prometheus! Eu posso falar por nós três quando digo que vossas revelações expandiram o nosso entendimento de uma forma impossível de expressar!” Ming Xiao, mesmo que não quisesse fazer aquilo, fez um comentário que de forma implícita encerrava a conversa. Por irmandade para com o seu cunhado, Ming Xiao se deu por satisfeito com o que tinha descoberto.


Os olhos de Zao Tian ficaram comovidos com a solidariedade que Ming Xiao demonstrou a ele. O seu cunhado, que era parte da família que ele fez na vida, com um gesto simples causou um sentimento de gratidão imensurável em Zao Tian.


Zao Tian sabia o quanto aquelas descobertas eram importantes para o grupo e para a possibilidade de retorno antes do prazo final, mas existem certos limites que extrapolam o que um sujeito pode controlar, e Zao Tian estava na linha que dividia tudo. 


Não dava nem para culpar Zao Tian naquele momento. Ele sabia engolir orgulho muitas vezes, mas o contexto histórico por trás de tudo o que Prometheus revelou era um daqueles assuntos sensíveis que cada um tem o seu, e que quando ele surge a racionalidade vai embora.


Gins, por sua vez, sabia sobre o passado de Zao Tian, mas não estava tão por dentro quanto Ming Xiao e não compreendia o grau de sensibilidade que aquele assunto causava no amigo, então ele quis dar continuidade à conversa, pois não entendia porque Ming Xiao parou bem no momento que as coisas finalmente tinham começado a andar…


Gins: “Mestre… Quem foi…” *Tap.* No momento em que Gins começou a fazer mais uma pergunta, Ming Xiao interrompeu, tocando no ombro dele e sacudindo a cabeça em negação. 


Gins não entendeu o motivo da interrupção, muito menos Prometheus, que viu aquele gesto com um olhar intrigado e perguntou: “O que significa isso, Lancelot? Por que você interrompeu a pergunta do Heitor?”


Havia muita desconfiança no olhar e no tom de voz de Prometheus, pois aquele gesto aconteceu em uma hora muito estranha, inconveniente até. Ele estava falando sobre a origem dos deuses, algo que nenhum deus Protetor sabia, mas Lancelot não queria mais escutar? Era isso mesmo?!


Gins estava com um olhar tão confuso quanto o do gigante e olhava para Ming Xiao enquanto tentava entender porque o seu companheiro fez aquilo. Assim como Prometheus, Gins esperava ansiosamente pela resposta que iria sair da boca do Ming Xiao…


“Mestre… Nós já lhe tomamos tempo demais e descobrimos coisas que jamais sonhávamos saber… Mas existem coisas que não são do conhecimento de todos por algum motivo, e apesar de toda a gratidão que eu tenho pelo mestre ter expandido tanto o nosso campo de visão, eu acredito que daqui em diante todos nós sabemos o que aconteceu, e o que nós não sabemos é porque nós não devemos saber!” Ming Xiao explicou, de forma rápida e coerente, o motivo por trás da interrupção inesperada à pergunta do Gins.


Zao Tian e os sentimentos dele foram o começo de tudo o que culminou no gesto do Ming Xiao, mas ele não foi o único motivo por trás do ato. Ming Xiao, pensando um pouco, percebeu que aquela conversa realmente deveria ser encerrada ali, porque Prometheus estava para chegar, em seus relatos, em um tempo no qual os deuses pelos quais eles se passavam nasceram e existiram, e por mais que Íxion tivesse dado muitas informações para eles, sempre tem algo que passa, e Prometheus poderia tocar exatamente em um assunto ou evento do qual eles deveriam saber, mas não sabiam.


Escutar sobre um passado do qual eles não deveriam saber ajuda na atuação dos três falsos deuses, porque cada reação, cada expressão de surpresa era algo genuíno que independentemente de quem escutasse surgiria. Contudo, eventos dos quais Lancelot, Heitor e Odisseu deveriam saber, como por exemplo, qual deles nasceu primeiro, e nenhum dos três sabia, poderiam colocá-los contra a parede somente pelas reações que ele deveriam ou não ter.


Por sorte, Ming Xiao, enquanto pensava no que Zao Tian estava sentindo, conseguiu enxergar de forma mais ampla e perceber o quanto aquela conversa estava caminhando para uma armadilha. Não que Prometheus estivesse fazendo aquilo deliberadamente, mas isso estava acontecendo, a cada pergunta e a cada resposta o futuro daquela conversa ficava mais desfavorável para o trio.


Encerrar o assunto foi necessário para se proteger e proteger o plano, e Ming Xiao conseguiu dar uma justificativa bem razoável para Prometheus, que por alguns instantes ficou tentando ler alguma segunda intenção em Ming Xiao, mas sem ver nada muito evidente, falou: “Eu estou surpreso, Lancelot! Você soube se colocar no seu lugar e reconhecer a importância da hierarquia natural que existe entre nós… Isso me deixa feliz, e você acabou de ganhar alguns pontos comigo!”


Apesar de interromper um fluxo constante de informações que estava saindo da boca de Prometheus, Ming Xiao acabou subindo no conceito do Grande Deus, que tinha acabado de elogiá-lo e, sem saber e realmente sem ter essa intenção, o falso Lancelot tinha conquistado um grau de confiança muito mais elevado do que todos eles, em todas as outras tentativas, conseguiram alcançar.


Quando interrompeu o Gins, Ming Xiao estava apenas se protegendo e protegendo os seus dois companheiros. Ele não esperava ter algum reconhecimento de Prometheus. Contudo, pelos olhos do Grande Deus, Ming Xiao, ou Lancelot, tinha se tornado alguém que possivelmente merecia ter um pouco mais de confiança, haja vista que diante da oportunidade de saber grandes segredos ele se se negou a fazê-lo, demonstrando comprometimento e fidelidade à estrutura de poder que imperava entre a sua raça.


Se alguém não quer escutar um segredo, provavelmente ele não é um espião, pois isso é o completo oposto do que um espião faria, então isso contou um ponto de confiança para Ming Xiao; O segundo ponto veio da justificativa dele, que demonstrava o seu reconhecimento quanto à importância dos Grandes Deuses e a sua própria falta de importância em comparação a eles; O terceiro ponto veio do fato de Ming Xiao ter impedido que aquela conversa prosseguisse e, consequentemente, protegido Prometheus de dar informações a outros dois possíveis espiões, que eram Zao Tian e Gins.


De todos os deuses Protetores que Prometheus viu e conheceu, Ming Xiao, ou Lancelot, foi o único que não estava fazendo as coisas por medo dos Grandes Deuses ou porque estava sendo forçado. O deus diante dele estava agindo pelo puro e genuíno respeito que tinha à sua missão na existência.


“Vocês dois… Dêem o fora daqui!” Enquanto olhava com aprovação para Ming Xiao, Prometheus se dirigiu a Zao Tian e Gins, ordenando para que eles fossem embora. E ele ainda completou: “Somente o Lancelot merece estar aqui!”

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