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Capítulo 605 - Incompreendido

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Tenham uma boa leitura!]


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“Você realmente prefere fazer isso a ajudar os moleques?!” Elijah questionou Gold num tom de crítica, e ainda completou: “Você é tão teimoso assim?!”


Gold franziu o cenho e sacudiu a cabeça enquanto respondia: “Não, eu não estou fazendo isso por teimosia! Para o bem ou para o mal, eu sou um homem de palavra!”


“Não existe a menor chance de eu voltar atrás em uma promessa minha! Eu falei que não ia ajudar, e não vou ajudar!”


“Pense o que quiser, entenda o que achar melhor… Eu não me importo! A minha palavra vale mais do que as vidas desses moleques… Ela contém a minha essência…” Gold explicou os seus motivos para Elijah e mostrou não se importar com o que os outros pensavam dele. E após uma breve pausa na sua fala, ele ainda acrescentou: “Você viu o meu passado… Aquele garoto que existe nesse tempo… O tormento dele está apenas começando!”


“Ele terá tudo tirado dele; Viverá sem amor; Sentirá dores todos os dias e vai ter que se mexer e lutar mesmo quando ele não estiver aguentando!”


“Se você espera empatia de mim, desista dessa ideia! A única coisa que eu carrego comigo desde o dia em que aquele garoto começou a ser atormentado é a minha palavra, e eu não vou sacrificá-la por nada neste mundo!”


“Eu não quero que o pior aconteça, mas para mim tanto faz! Eu acredito que eu sobreviverei mesmo se tudo cair em ruínas… Eu sou um paradoxo vivo!”


“Eu te mostrei o caminho, e agora eu te dou o direito de escolher… Faça o que quiser! Salve os moleques se quiser… Pegue nas mãos deles e proteja-os das consequências das suas próprias ações… Mime-os e impeça-os de colher o que plantam… Eu não me importo! Eu não me movo! Eu não ajudo!”


Gold tinha um tom muito duro enquanto dizia aquilo para Elijah como um desabafo. Tudo o que ele viveu levou-o ao lugar onde ele está agora e ninguém nunca fez nada por ele.


Durante toda a sua vida, Gold esteve sozinho. Uma vez ou outra até surgiram pessoas que tentaram ajudá-lo, mas Heimdall sempre dava a elas o fim mais cruel e impactante possível para Gold. E por causa disso, ele teve que se acostumar a ser sozinho na vida, a espantar as pessoas e contar só consigo.


Pode ser difícil para a maioria das pessoas entenderem, mas Gold era alguém coerente na sua forma de pensar e agir. Ele tinha os seus princípios e era fiel a eles, independentemente do que os outros pensavam dele, afinal, ele nunca precisou da aprovação dos outros na sua vida e ninguém, absolutamente ninguém, nunca resolveu os seus problemas por ele.  E se esse era o caso, por que ele faria isso pelos outros?


Propagar o bem e transformar as pessoas não era o papel do Gold nessa existência. Aquele homem nasceu do ódio, da dor e da solidão, e para ele, para ser exatamente como ele era, para fazer o que ele fez e ser irredutível naquilo que faz, naquilo que acredita, uma pessoa tinha que passar pelo mesmo. Não pelo exato sofrimento que ele passou, mas pela formação lenta e dolorosa da convicção que uma pessoa só deveria contar com ela mesma, nunca esperar nada de ninguém, que ninguém salve-a, porque geralmente é isso o que acontece.


Quantos morreram sozinhos pelo universo e por mais que rezassem para alguém salvá-los ninguém apareceu? Gold, quando via esse tipo de situação, pensava, bem lá no fundo, que essas criaturas morreram por não se dedicarem a si e dependerem dos outros.


Compreendido ou não, Gold era assim, e ele nunca falou que era alguém normal. Ele tinha muito mais do que alguns parafusos soltos… Ele já tinha perdido a tampa e os parafusos há muito, muito tempo.


Elijah, que tinha escutado o Gold chamar a sua atenção devido à propensão que ele tinha de ajudar o grupo, sabia que jamais iria fazer aquele homem mudar de ideia e nem tinha o direito de tentar fazê-lo, afinal, desde quando se conheceram, Zao Tian teve mais benefícios ou malefícios?


Era para aquele moleque estar exausto dentro de uma mina agora, mas Zao Tian tinha se tornado alguém de grande relevância mundial e ajudou outros a crescerem tanto quanto ele. E ninguém pode negar que isso tudo foi devido ao Gold.


A única coisa que Gold ganhava em troca de tudo o que dava a Zao Tian era uma carona. Ajudar a Moira foi algo pelo qual Gold tinha gratidão ao Zao Tian, mas no fim, nada daquilo era especificamente benéfico para ele.


A relação entre Gold e Zao Tian não era simbiótica, era parasítica. E o parasita da relação era o dono do corpo, não o intruso.


Exigir algo do Gold era sem sentido, porque ninguém dava nada em troca para ele, então que direito eles tinham de fazer exigências? Só se cobra um favor quando você fez algo por alguém… E quando foi que isso aconteceu com o Gold?


Gold não queria a ruína de tudo, e ele estava disposto a se apagar das memórias dos moleques para evitar o pior, então o que mais poderiam querer dele?


Gold viveu a sua vida, já fez o seu papel, já lutou as suas batalhas… E querem que ele lute de novo?


Ele, um dia, assumiu o fardo de todos os seres vivos existentes e lutou, libertou e ensinou-lhes o caminho, e agora estava na hora de cada um resolver os seus próprios problemas. 


Como Gold mesmo disse, você colhe o que planta. Os moleques plantaram aquilo, então eles que se virem com a colheita. Não dá para alguém plantar batatas e querer que ele transforme-as em uvas. Se plantou batatas, não espere vinho, apenas espere um purê.


“Milagres não são a minha área! Eu nunca fui o mocinho e nunca pedi para que os outros me enxergassem assim!” Gold acrescentou mais palavras firmes ao seu discurso, logo antes de encerrar de uma vez por todas a discussão, dizendo: “Eu dei a vara, a isca, a linha, o anzol e ensinei a pescar… Está mais do que na hora de todos aprenderem a tirar a porra do peixe da água!”


Quando terminou de dizer aquilo, Gold tinha perdido toda a paciência com tudo e todos. E talvez, mesmo se a própria Amara emergisse do túmulo e pedisse ele para ajudar ele não ajudaria.


Elijah não tinha o que responder. Até chamar o Gold de inconsequente foi algo que ficou entalado na sua garganta e tinha um gosto terrível de merda. Em todo o seu discurso, Gold esteve certo. Todo mundo dependia demais dele e da sensação de segurança que ele transmitia, e mesmo ele tendo ensinado o caminho e afirmado a todos que qualquer um poderia conquistar o topo, ninguém foi dedicado como ele foi naquela missão.


O homem mais próximo do Gold que Elijah já viu, em termos de esforço, era Zaki, e aquele homem viveu um inferno na vida enquanto treinava com o Gold.


Que direito Elijah tinha de chamar Gold de inconsequente? Por que ele era inconsequente?


Os dois nunca se ficaram muito e sempre estiveram envolvidos em trocas de insultos e provocações, mas naquele momento Elijah tinha que tomar a benção aos mais velhos e respeitar, porque ele não era um igual do Gold. Ele ainda era uma criança aos olhos do Grande Arcanjo.


Enquanto acenava em concordância e não dava uma única palavra, Elijah viu Gold começar a se apagar das memórias dos moleques, usando relâmpagos, e desaparecer o mais fundo possível no corpo de Zao Tian. 


Um silêncio ensurdecedor foi o que restou da discussão e do último ato do Gold naquela Singularidade. Agora, ele só voltaria a aparecer se o grupo saísse da anomalia. Antes disso, cada um deveria pescar o seu próprio peixe e colher as suas próprias batatas.


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