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Capítulo 616 - Arrogante

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Tenham uma boa leitura!]


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A história que se desdobrou a partir do momento que a aproximação do cativeiro do Pelotão dos Renegados começou precisa ser contada em duas partes, que se unem pelo destino e provam que mesmo que a linha temporal mude ou que ela fique completamente distorcida, tudo acontece como deve acontecer. E nada, absolutamente nada, pode impedir que a sorte ou o azar encontrem os seus favoritos…


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Reino Divino…


O Chamado de Heimdall intrigou cada Grande Deus que existia, e todos, independentemente de onde estavam e quão longe estavam, se dirigiram para a casa dos deuses, para ver do que se tratava aquele momento único e inesperado.


A desavença, gerada pela disputa de poder entre Heimdall e Geb, era muito forte, tão forte que todos queriam descobrir o que era tão importante a ponto de colocar os dois rivais no mesmo local.


Reuniões entre os Grandes Deuses eram raríssimas, pois naquele tempo não havia ameaças que justificassem a realização de eventos tão grandes quanto esse. Então, quando deuses se reuniam em episódios esporádicos, muitos se negavam a participar, seja por preguiça, má vontade, birra ou até para não serem obrigados a ver o bate boca interminável que acontecia toda vez que muitos Grandes Deuses ficavam juntos em um mesmo lugar.


Na história, os Grandes Deuses só se reuniam quando o Pai de Todos estava acordado e ordenava para que eles mostrassem as caras. Também, a figura de Odin era idolatrada pelos deuses, e todos queriam aproveitar cada chance de ver o rosto ou ouvir a voz do Pai de Todos.


Até o dia em que Gold se rebelou e levou o império divino ao caos, os Grandes Deuses só se preocupavam com os seus próprios assuntos e só obedeciam um único ser. Eles se apoiavam em Heimdall ou Geb quando o Pai de Todos estava dormindo, talvez por serem os seus ‘irmãos mais velhos’ ou pelas importâncias dos dons deles, mas no fim, todo Grande Deus só pensava no próprio umbigo e não conseguia enxergar o que uma reunião com os seres mais egocêntricos do universo podia oferecer de vantagem.


Nem mesmo no julgamento de Íxion, onde um deus foi condenado ao sofrimento quase eterno, todos os Grandes Deuses se reuniram. Íxion foi julgado por um tribunal cujo o quórum não estava completo.


Contudo, Heimdall pedir a ajuda de Geb e convocar todos os Grandes Deuses para casa era algo imperdível, e mesmo com todas as diferenças entre eles, um conselho de Grandes Deuses foi decretado.


Chegando antes da maioria dos seus irmãos, Heimdall encontrou Geb, que esperava por ele no reino divino como se fosse o dono da casa, como se ele já fosse o líder dos deuses.


“Bem vindo, Heimdall! Sinta-se à vontade!” Com um tom muito sarcástico, Geb abriu os braços e falou enquanto abria caminho para Heimdall como se o seu irmão fosse um visitante em sua casa. 


Ver Geb agir como se fosse o dono do reino divino fez Heimdall ranger os dentes e sentir vontade de nunca ter pedido a ajuda dele. Ele estava sendo tratado como um visitante em sua própria casa, o reino que ele julgava ser dele por direito, e isso era algo tão humilhante que causava-lhe fúria e vergonha ao mesmo tempo.


“Não me diga para me sentir em casa nas terras onde eu fui o primeiro a colocar os pés, Geb!” Num tom repreensivo e sério, Heimdall respondeu ao convite com uma frase orgulhosa, antes de completar: “Lembre-se de que você é apenas um zelador, não o proprietário dessas terras sagradas!” 


As palavras ásperas e provocadoras de Heimdall estavam à altura do desaforo que Geb dirigiu e gesticulou para ele, e mesmo que ele tenha pedido ajuda naquela situação, ele simplesmente não conseguia baixar a cabeça e evitar responder aquilo. A calma não estava no DNA de um Grande Deus.


“É assim que você trata quem cuida do nosso lar e dos nossos irmãos enquanto você fica brincando de se esconder pelo universo?!” Geb, que claramente não estava dizendo aquilo em busca de compreensão, respondeu de forma muito cínica ao seu irmão, que imediatamente afirmou: “Eu cuido dos meus irmãos de qualquer lugar do universo! Isso é o que significa ser onisciente!”


A resposta de Heimdall também foi imediata, e sarcástica ao extremo, com várias insinuações que deixaram Geb de cabelo em pé :“Sei… É uma pena que você não conseguiu impedir que Íxion te roubasse… Eu ainda me pergunto como foi que isso aconteceu… Será que a sua Onisciência falhou, Heimdall?! Será que Íxion descobriu um ponto cego no dom daquele que vê tudo o tempo inteiro!?”


Segundo o que dava para entender daquelas palavras, Geb sempre suspeitou que Íxion tinha razão e que Heimdall realmente estava escondendo alguma coisa.


“Você votou pela condenação de Íxion… Se acreditava nele, porque fez isso!? Faltou-lhe coragem para me enfrentar?!” Heimdall questionou a insinuação de Geb com mais insuações.


“Tsc. Tsc. Tsc…” Geb, por sua vez, estalou a língua em desapontamento, antes de comentar, sendo sarcástico, mais uma vez: “Talvez não seja por medo, mas sim por pena e auto-proteção… Imagine se alguém que rivalizou com você se transformar em um desastre, um traidor… Uma fraude… Eu, no seu lugar, teria vergonha de vencer a disputa desse modo, porque isso é o mesmo que admitir que estava competindo contra alguém medíocre… Você já fez esse exercício mental, Heimdall?!”


“Algo tão vergonhoso assim mancharia a nossa reputação perante os nossos irmãos mais novos e traria desonra para todos os Grandes Deuses, não é!?” Geb encerrou com uma pergunta retórica.


Heimdall e os seus olhos diferentes de qualquer coisa que já existiu fitaram Geb com repúdio, raiva, uma tremenda falta de moral enquanto ele dizia em resposta: “O verdadeiro insulto à nossa raça é ter alguém entre nós que não sabe ir direto ao ponto, que tem vergonha ou medo de enfrentar aquele que acusa, e faz isso por meio de insinuações!”


Sem nem perceber, como se fosse algo automático nele, Heimdall inflou o peito e caminhou na direção de Geb enquanto encarava-o e não mudava de tamanho, parecia crescer a cada passo que dava.


“Você tem razão!” Geb, em resposta a ação de Heimdall, fez exatamente o mesmo gesto enquanto concordava com o seu irmão, caminhava na direção dele e dizia: “Está na hora de um confronto cara a cara! Sem truques, sem planos e manipulações, apenas você e eu!”


*Clap. Clap. Clap. Clap…* Heimdall e Geb eram dois cometas em rota de colisão e estavam dispostos a se enfrentar ali mesmo no reino divino e acabar de uma vez por todas, através dos punhos e do poder, com aquela disputa que se arrastava há milênios. Contudo, mesmo com aqueles olhares aterrorizantes anunciando uma catástrofe iminente, sons de palmas soaram ao fundo, e um deus muito alto, forte, de pele bronzeada e brilhante como aço, veias que pareciam estar a ponto de saltar da pele, rosto de um humano adulto, mas que usava um casaco de pele de leão cujo capuz era a cabeça da besta, tirou sarro da situação, dizendo: “Vocês nunca me decepcionam! É incrível ver que essa briguinha entre vocês ainda está acontecendo…”


O deus que chegou era debochado e exalava uma autoconfiança exorbitante. Ele estava tratando Heimdall e Geb, aqueles que lutavam pela liderança dos deuses como se fossem duas crianças brigando por um doce. Não havia nenhum sinal de medo ou receio nos olhos do deus que tinha acabado de chegar e provocar as duas principais figuras daquele encontro.


Os focos de Geb e Heimdall, que queriam se matar, foram imediatamente desviados para o deus que tinha chegado, e ambos mencionaram o nome dele com desprezo: “Hércules…”


“Sim, sou eu! A força encarnada, aquele que está esperando vocês se matarem para me poupar o tempo de ter que matá-los com as minhas próprias mãos!” O Homem, sentado sobre uma das raízes do Salgueiro da Vida, se apresentou com orgulho, como se estivesse anunciando a existência mais importante do universo.


“Blasfêmia!” Geb e Heimdall pareciam até estar unidos quando os dois excomungaram o irmão e cuspiram no chão. Contudo, como essa união era meramente uma coincidência, Geb falou com desdém: “Primeiro um mentiroso, agora um ingênuo… Como foi que a minha casa ficou infestada de idiotas!?”


Quando Geb terminou de dizer aquilo, Heimdall olhou de canto e estava prestes a falar, mas a presença de Hércules ofuscou até a raiva que os dois tinham entre eles, e o deus que exalava arrogância se levantou, abriu os braços enquanto dava um sorriso de canto, e falou: “Blasfêmia é quando vocês dois não se ajoelham para estender um tapete de pedras preciosas para recepcionar um verdadeiro deus!”


Hércules estava claramente falando dele naquele momento, e a sua guarda totalmente baixa por causa dos seus braços abertos era mais uma comprovação do quanto aquele deus tinha confiança em sua força.


A disputa entre os Grandes Deuses sempre colocou Heimdall e Geb sob os holofotes, mas isso não significava que apenas eles queriam a posição mais alta abaixo do Pai de Todos. Havia outras facções entre os deuses, todas elas muito menores do que as duas principais, mas também havia Hércules, um deus cujo orgulho era grande o suficiente para ele acreditar que era, sozinho, maior do que todos os outros. 

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