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Capítulo 623 - Desejo

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Tenham uma boa leitura!]


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“É pra já!” A deusa Iara mal terminou de chegar e dizer aquilo e o Cruz imediatamente concordou em beijá-la, chegando a até dar um passo à frente.


“Ei, ei, ei… Você ficou maluco?!” A mão de Ye Yang imediatamente tocou o peito do Cruz para impedi-lo de continuar, afinal, aquilo era uma deusa, uma inimiga deles, e Cruz estava fazendo exatamente o que ela pediu.


“Que história é essa de nós termos que te beijar…?” Ming Xue e Singrid encararam a Iara e questionaram.


A deusa, que até então não demonstrava nenhuma hostilidade, olhou para o grupo como se estivesse procurando alguma coisa dentro deles que corroborasse com a história que ela escutou. 


Um silêncio estranho foi acompanhado de um momento de tensão onde ninguém se movia. 


Apesar de não demonstrar isso, Iara podia ser uma ameaça se fazendo de amiga. A hipótese mais provável era essa, visto que nenhum deus daquele tempo tinha qualquer empatia com outros seres que não fossem eles mesmos.


“Eu sabia que estava fácil demais para ser verdade…” *Clang. Clang. Clang…* Joster murmurou enquanto as partes da sua armadura aos poucos surgiam sobre o seu corpo. Encontrar uma deusa era um sinal de perigo que deveria ser levado a sério.


*Dzzt… Dzzt…* Raios saíram da pele de Hildeval à medida que a sua armadura também começava a tomar forma.


Armas e armaduras começaram a surgir nas mãos e corpos de todos, mas a deusa permaneceu quieta, sem esboçar nenhuma má intenção, antes de avisar: “Guardem essas energias para outro momento… Em breve vocês precisarão delas!”


O aviso da deusa foi entendido como ameaça por alguns e como um alerta para outros, mas sabendo o quão ardilosos eram os deuses, ninguém conseguia confiar em uma boa intenção da Iara.


“O que você faz aqui? Por que não nos ataca?” Sério, com a Bloody Mary nas mãos e disposto a atacar no caso de uma resposta não satisfatória, Zao Tian perguntou à deusa.


“Vocês têm uma luta pela frente, mas não é contra mim!” Iara respondeu com a mesma calma, antes de explicar: “Vocês não têm tempo, mas já que precisam escutar uma história, eu contarei a vocês…”


“Há dois dias, eu fui chamada por um dos meus irmãos, que me disse que eu precisaria ajudá-lo, porque o meu futuro e o futuro de toda a criação estavam em risco…”


“O meu irmão me contou uma história sobre uma guerra entre deuses e a criação e o surgimento de uma nova era universal…”


“Ele me chamou de remanescente, e alegou que quando a nossa raça estava prestes a ver o seu fim, nós dois sobrevivemos. Que nós dois tentamos mudar a nossa raça e guiá-los por um caminho diferente, mas falhamos.”


“Eu não vejo como isso pode ser possível, e acho que ele ainda está escondendo algumas coisas de mim, mas eu sei que ele é capaz de ver tudo, do início ao fim.”


“Ele me falou sobre vocês, sobre este tempo que se repete por milênios, e sobre o que aconteceu além desses limites.”


“Segundo o meu irmão, tudo tem um sentido, cada um de nós tem o seu papel, seja como sacrifício ou como protagonista…”


“Ele já sabe o meu papel e os futuros prováveis que podem acontecer, inclusive o futuro que um de vocês perdeu ao ser libertado por nós em uma linha do tempo que foi destruída pela sobreposição!” Iara explicava as coisas com calma e demonstrava ainda estar digerindo a informação que recebeu do Curupira, mas que acreditava no seu irmão e nas capacidades dele.


O dom do Curupira era algo bastante complexo, muito difícil de entender, mas Iara sabia que uma existência como a dele, que transcende o tempo e as dimensões, não tinha limites. 


Não era possível sequer tentar entender como funcionava a mente do Curupira, onde todas as informações eram processadas simultaneamente, independentemente do tempo ou da dimensão, e que ao mesmo tempo não podia mudar aquilo o que ele viveu. Um ser único e incompreensível cuja vida já fora traçada e vivida, mas ele sente tudo e reage de acordo com o tempo no qual ele se encontra.


Em termos de comparação, para entender como funciona a mente do Curupira, imagine um imenso labirinto com milhares de saídas e infinitas formas de ficar preso nele… Agora se imagine tentando encontrar uma saída através da tentativa e erro… Uma única saída demoraria muito para ser encontrada, todas elas então… Isso seria quase impossível de calcular. 


Você tentaria todos os caminhos possíveis para chegar a todas as saídas, mas faria isso um caminho por vez, porém, para o Curupira isso era diferente. Ele sabia todos os caminhos e todas as saídas existentes ao mesmo tempo; Ele estava em todos os lugares na mesma hora, mas vivia cada quadro como se realmente estivesse naquele momento, tomando escolhas próprias e vivendo com livre arbítrio.


Todos os deuses sabiam que o Curupira era alguém diferente, mas ninguém conseguia compreendê-lo, nem entre eles. Os deuses não sabiam nem se conversar com ele era algo que valia a pena ser feito, afinal, ele já sabia tudo, então qual era o sentido?


Iara tinha tantas dúvidas quanto os seus irmãos, e assim como eles, ela sempre evitou ter contato com o Curupira, justamente por não ser capaz de entender o que ele era. E no momento em que ele a chamou, solicitando uma conversa e contando uma história muito complicada, ela soube que de algum jeito o seu irmão tinha razão, que ele também não se sacrificaria em vão e que ela deveria fazer o que ele pediu. Talvez ela nem tivesse essa escolha e ele já sabia que ela aceitaria.


As dúvidas de Iara foram eliminadas no momento em que ela proferiu a última frase e o grupo começou a se olhar com espanto, porque ela tinha acabado de falar sobre uma informação que ninguém naquela anomalia, além deles, jamais deveria saber. 


A existência de um futuro que foi reescrito se referia ao Zao Tian que voltou ao passado para mudar os rumos do seu destino e de tudo o que aconteceu por causa da sua captura. Hoje, aquela existência jazia na armadura de Hildeval e nas memórias daqueles que testemunharam o paradoxo, e em nenhum outro lugar ou tempo.


Não tinha como a Iara saber aquilo a menos que ele pudesse ler os seus pensamentos, então o grupo se viu sentindo um misto de surpresa e desconfiança sobre o que a deusa estava falando.


Todos sabiam o quão desiguais eram os dons divinos comparados a qualquer outro poder mundano. Existir um deus que fosse capaz de ler pensamentos ou memórias não era algo difícil de conjecturar. 


Deuses podiam interferir e criar leis físicas que mandavam todo o funcionamento de um universo, como Geb, por exemplo, então, pensando por esse lado, ler pensamentos era algo bastante razoável.


“Então ele está certo…” Iara, apesar da desconfiança do grupo, comentou com mais tranquilidade ainda quanto aos seus atos, antes de explicar: “Acreditando em mim ou não, eu sou a única chance que vocês têm de sobreviver a o que está por vir!”


“Os meus irmãos estão batalhando agora contra aquele que me enviou até aqui, porque todos eles estão vindo para cá…”



“Um panteão inteiro virá para este planeta, e não tem nenhum lugar onde vocês possam se esconder agora!”


“Eu ofereço a vocês um desejo… Um desejo que custará-lhes séculos das suas vidas, talvez milênios, mas que concederá-lhes o mínimo que vocês precisam para sobreviver à caçada!” Iara terminou de falar num tom de aviso e urgência, explicando que os seus irmãos estavam prestes a chegar.


“Esse é o seu dom?!” Jaha perguntou à deusa. 


Aquela era uma dúvida que todos começaram a ter. 


“Sim!” Iara respondeu, antes de explicar: “Eu posso conceder um desejo a um indivíduo, mas com uma condição: Quanto mais alto for o seu pedido, maior será o preço que ele pagará.”


“O preço de um desejo é pago em expectativa de vida, e a cada minuto que você usufrui do que recebeu, uma certa quantidade da sua expectativa de vida será removida.”


“Desejos simples de ser realizados custam segundos, minutos, talvez horas, e desejos muito ambiciosos podem custar meses, anos ou décadas.”


“Se querem ter poder para resistir aos meus irmãos até o final deste ciclo, eu sou a única esperança de vocês!” 


“O preço é esse, e a forma de selar o acordo é com um beijo!” Iara finalizou a breve explicação que podia dar sobre o seu dom. 


“A gente não pode só desejar que você nos tire daqui!?” Surpreso, mas desconfiado porque Iara ofereceu poder, Jaha imediatamente questionou algo que era óbvio.



Iara, por sua vez, sacudiu a cabeça em negação e respondeu: “Eu posso realizar praticamente tudo, mas isso se limita a quanto tempo aquele que recebe a benção tem à sua disposição e por quanto tempo ele quer mantê-la. Além disso, isso se resume às coisas que eu tenho permissão para interferir, e em outros tempos isso não pode ser feito!”


“Vocês estão em algo que liga duas linhas distintas do tempo, e enviá-los de volta significa ter que interferir em duas linhas temporais, abrindo uma entrada e uma saída, algo que foge ao alcance das minhas permissões.” Iara encerrou.


“E quem é o seu chefe? Quem define os seus limites?” Jaha perguntou.


Iara abriu os braços e olhou ao seu redor enquanto sem dizer nada dizia que era tudo, a realidade, o universo, alguma coisa que nem ela podia explicar.


“A gente não pode apenas pedir para ficar irrastreáveis ou invisíveis aos deuses?!” Cruz levantou um ponto, já aceitando que eles aceitariam a oferta da Iara.


“Não!” Iara imediatamente negou, antes de explicar: “Os dons dos meus irmãos não podem ser bloqueados por um desejo concedido, e Hórus, por exemplo, conseguiria encontrá-los mesmo assim. Além disso, eu já avisei que cada minuto de uso de um desejo consome expectativa de vida, então eu sugiro cuidado ao desejar e usar a benção, porque ela pode te matar a qualquer segundo.”


Assim que Iara terminou de dizer aquilo, Zao Tian e Jaha se olharam e pareciam estar pensando a mesma coisa, mas antes que eles pudessem externar, Gu Ren questionou: “Como a gente sabe quanto tempo tem? E como a gente morre se usar demais o desejo?”


Iara olhou para Gu Ren e respondeu: “Não tem como eu ou vocês saberem as suas expectativas de vida. Os seus corações podem parar assim que o desejo for feito, se o seu tempo for muito curto.”


“O pagamento de morte de um desejo é indolor. O centro vital do ser simplesmente para de funcionar e tudo acaba!” Iara encerrou.


“Nós não podemos fazer nenhum desejo de uso constante ou que entre em conflito com os dons dos seus outros irmãos, então isso significa que você não tem muito a oferecer para nós além de uma forma de sobreviver que possa ser ativada e desativada quando necessário, não é!?” Zao Tian falou o que ele e Jaha estavam pensando.


“Vocês entenderam rápido…” Iara elogiou Zao Tian, antes de afirmar: “Os desejos que eu realizou são benção que acompanham os abençoados pelo resto da vida, mas como vocês estão em uma situação que foge da normalidade, provavelmente o efeito acabará assim que vocês deixarem este tempo, ou se vocês deixarem!”


Quando Iara terminou de dizer aquilo, Jaha pensou um pouco e fez duas perguntas: “Como é medida a nossa expectativa de vida? E se os efeitos da benção podem desaparecer, o mesmo não acontecerá com o preço a ser pago?”


Jaha levantou duas questões cruciais para que eles pudessem decidir qual desejo fariam.


Iara arqueou o cenho em surpresa, e logo em seguida respondeu: “A expectativa de vida exclui mortes não naturais. Ela conta apenas os anos que alguém viverá, ou melhor, viveria, sem que nada de mal aconteça a ele.”


“Quanto aos efeitos e o preço, ambos são cobrados e dados imediatamente após o uso, e isso não tem volta! Aceitar a benção e usá-la consumirá automaticamente a sua expectativa de vida.”


“Os efeitos da benção provavelmente perderão a validade quando vocês saírem desse tempo porque eu não posso interferir em períodos de tempo onde eu não estou e existo.”


“Tomando o que está acontecendo como verdade, essa versão de mim não existe no tempo de vocês, então a benção não será mais válida!”


“Contudo, a graça e o preço já foram usados e pagos, então com ou sem a manutenção da benção, o que precisava ser feito já foi realizado!” Iara encerrou um raciocínio complicado, mas ao mesmo tempo simples de entender.


“Hum…” De repente, antes que qualquer um do grupo pudesse falar alguma coisa, Iara pareceu ter sentido algo ruim e teve um breve espasmo enquanto olhava para trás e, com pressa e seriedade, perguntava ao grupo: “Vocês têm que tomar uma decisão agora… Vocês aceitam ou não um desejo? Ou vocês selam o acordo com um beijo, ou vocês não conseguirão mais fazer isso!”




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