Capítulo 632 - Verdadeiramente Treinado
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Ares nunca imaginou que aquele humano que tinha agarrado-o pelas costas e claramente tinha afinidade elemental com a vida também tinha proeficiência com a manipulação da água e do gelo. E o pior, aquele frio era tão intenso que as suas chamas estavam realmente lutando duramente contra o congelamento.
A espada na mão de Ares era praticamente inútil naquele momento, pois devido ao modo que Gins segurava o deus, que era imobilizando-o envolvendo as suas axilas e segurando o pescoço, fazer um movimento de corte ou estocada para trás era fisicamente impossível para ele.
*Baaaaaang… Baaaaaang...* Ares era muito maior do que Gins, mas isso valia apenas para o começo da luta, pois depois de Gins fazer aquele movimento, o humano tinha aumentado de tamanho, em todos os sentidos. E se aproveitando disso, Ares, para causar alguma dor em Gins, deu fortes chutes, basicamente pisadas, nas pernas dele.
Ares chutava, chutava e chutava, mas o humano parecia o seu irmão Balder, ele era imune à dor. E quanto mais Ares se debatia, o aperto de Gins ficava mais forte e o frio aumentava junto.
*Baraaaaaaaaauuuummmm…* Gins ganhou tempo suficiente para que Ragnar, que estava com grande parte do corpo chamuscado devido à explosão que recebeu, recuperasse o rumo e atacasse Ares com uma estocada direto no coração.
*Taaaaaap...* Ares não conseguia acertar Gins, mas as suas mãos conseguiram se unir para impedir que a lança atingisse o seu coração, parando-a a centímetros de distância do órgão.
Não tinha como Ragnar não ficar surpreso, o brilho violeta que os seus relâmpagos e o fogo de Ares criavam arrebentava o ar com chicotadas de fogo e raios, mas o deus, com as mãos, tinha parado a sua lança.
Ser forçado contra a parede daquele jeito era algo inédito para Ares, o deus que sempre se vangloriou de ser o senhor da guerra e forçou todos os que o seguiam a treinar suas habilidades de combate. Como logo ele poderia aceitar sucumbir de um jeito tão patético?
Estava na hora do deus da guerra mostrar porquê ele ostentava aquele título, e estava mais do que na hora de liberar todas as amarras que seguravam o seu poder…
*Booooooooooooooooooooooom...* Com Gins ainda nas suas costas, Ragnar tentando eletrocutá-lo e perfurá-lo, e Ye Yang se aproximando pelo flanco esquerdo, Ares parou de queimar e mostrou ter uma pele grossa e acinzentada; O gelo de Gins teve um caminho livre de resistências para cobrir o corpo do deus em um instante, porém, as mãos de Ares e a face do elmo dele continuavam descobertas pelo gelo, e isso precedeu o surgimento de dois olhos tão brilhantes e vermelhos quanto uma estrela vermelha e uma repentina explosão de chamas sem precedentes até o momento.
A cor escarlate dominou uma vasta região do espaço, transformando as figuras de Gins e Ragnar, que foram mandados para longe devido à explosão, em pequenos pontos que passariam despercebidos pela maioria das pessoas.
*Tssssssssssssssssssssssssssssssssssss…* Era muito fogo, mas uma minúscula figura mergulhou nas chamas, extinguindo-as por onde passava.
A bola de fogo ao redor de Ares perdia forma à medida que a figura avançava e criava uma larga brecha.
*Claaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnng…* A figura que tragava o fogo de Ares era Ye Yang, que com os dois machados nas mãos, chegou até o deus e com muita força golpeou para baixo como se quisesse cortar um pedaço de lenha. Contudo, a força explosiva de Ye Yang foi contida pela espada de Ares, que bloqueou os dois machados, causando uma vibração muito irritante e perceptível por todos os lados.
Ares e Ye Yang se encaravam em mais uma colisão de armas, e olhar nos olhos do outro era como se ver no espelho, em termos de olhos, ambos eram idênticos como se um refletisse o outro.
“Esses seus olhos… Onde foi que você conseguiu eles, humano?” Ares, que tinha mudado completamente depois que as chamas em seu corpo se apagaram, parecia estar mais interessado nos olhos de Ye Yang do que em sua luta quando fez aquela pergunta.
Ye Yang se sentiu como quando viu Yang Hao pela primeira vez. Os dois, que eram praticamente a mesma pessoa, pelo menos em termos genéticos, eram seres únicos quando o assunto era os olhos incandescentes que eles tinham. Entretanto, na frente de Ye Yang tinha surgido outro ser que compartilhava daquela característica física e, pela forma que perguntou, parecia ser alguém único, também.
“Eu já nasci assim!” Sem muitas palavras, Ye Yang se limitou a responder aquilo enquanto cerrava os dentes e tentava empurrar Ares.
“Então eu terei que arrancá-los!” Ares afirmou, olhando para os olhos de Ye Yang como se fossem coisas que foram roubadas dele.
*Tssssssssssssssssssssssssssssssssssss…* Enquanto Ares dizia aquilo, chamas percorriam o seu corpo e dava para ver claramente os caminhos que elas faziam enquanto fluíam pelas suas veias.
O deus parecia não ter mais sangue, apenas fogo dentro do seu corpo. O brilho vermelho que viajava pelo corpo de Ares e se concentrava nas mãos do deus era um claro aviso de que ele estava reunindo poder nas mãos e que o próximo ataque viria delas. Aquilo parecia uma completa burrice para qualquer um, haja vista que abrir mão do elemento surpreso para ganhar poder de ataque era o mesmo que avisar o adversário que atacaria forte, mas que ele também poderia prever cada um dos seus golpes.
Ye Yang não podia deixar de ficar desconfiado daquela atitude. Talvez, Ares era tão prepotente que ele ainda estivesse pensando que eles não eram oponentes à sua altura, mas um desconforto avisava-lhe quanto ao perigo a todo tempo, e as próximas palavras do deus confirmaram que ele não estava ficando louco…
*Tssssssssssssssssssssssssss…* “Sabe o que é mais poderoso do que uma alma em ira…?” Enquanto as suas mãos esquentavam a ponto de fazer com que até os machados Hefestus ficassem quentes a ponto de Ye Yang começar a sentir as suas mãos queimarem, Ares fez um questionamento vago, antes de dizer: “É a aniquilação de uma alma em fúria!”
*Booooooooooooooooooooooooooooooooooomm…* Ye Yang segurava firme nos seus machados e fazia muita força naquele embate, mas Ares teve um curto e explosivo aumento de força tão absurdo que a espada que ele segurava simplesmente empurrou Ye Yang para trás como se fosse uma folha de papel. Uma explosão ensurdecedora soou, mas nenhum fogo ou brilho além daquelas veias em chamas foi emitido, e Ye Yang, que perdeu aquele embate e foi arremessado com tanta força que se sentiu praticamente sendo teletransportado, viu Ares ficar minúsculo devido à distância.
*Booooooooooooooooooooooooooooooooooomm…* Um objeto extremamente veloz alcançou Ye Yang. Aquela coisa fora arremessada por Ares com uma força tremenda, e sem ter qualquer chance de se defender, Ye Yang viu a ponta de uma lança atravessar a sua perna e logo em seguida explodir.
Engolido por uma explosão que balançou até o seu cérebro, Ye Yang, quando se deu conta do que tinha acontecido, estava sem a perna esquerda.
“Como isso…” Aqueles ataques de Ares fugiram completamente do comum, mesmo para um Grande Deus. Até agora, o grupo estava conseguindo suportar e revidar os ataques de todos os deuses presentes, mas aquela força que Ares mostrou era irracional, e Ye Yang, que queimou a ferida deixada pela explosão, para impedir que ele sangrasse até a morte, ficou totalmente perdido.
*Swing. Swing. Swing. Swing…* Imediatamente após Ye Yang conseguir estancar a hemorragia às pressas, quatro lanças idênticas àquela que o atingiu passaram por ele, que por instinto e talvez até por um milagre conseguiu desviar delas.
*Booooooooooooooooooooooooooooooooooomm…* Cada lança gerou uma explosão poderosíssima. Aquelas coisas viajaram tão rápido que quando explodiram estavam a uma longa distância de Ye Yang, mas ainda assim ele foi empurrado pela energia que atuou como uma mão muito pesada nas suas costas.
*Splaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*
Ares queria muito aniquilar Ye Yang, e com mais duas lanças nas mãos, ele estava prestes a arremessá-las, de novo, contra o já ferido humano, mas antes que ele pudesse fazê-lo, milhares de gotas d’água se transformaram em um oceano no céu quando toda a massa comprimida por elas foi liberada.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaasshhh…* De uma forma magistral e hipnotizante, Gins solidificou toda aquela água em um instante, deixando Ares dentro de uma imensa prisão de gelo e impedindo que o arremesso da lança fosse executado.
De dentro do gelo, dois pequenos objetos incandescentes se moveram na direção de Gins. Aqueles eram os olhos de Ares, que não parecia estar nem um pouco preso naquele gelo.
*Splaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* Acompanhando o movimento de seus olhos, Ares, mais uma vez, acendeu as suas veias e derreteu todo aquele gelo muito mais rápido do que ele foi criado.
*Vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuup…* O gelo se transformou em água, e a água se transformou em vapor quase instantaneamente, porém, Gins fez um aceno com mão direita e reuniu tudo o que ele lançou contra Ares e foi destruído em novas gotas que flutuaram sobre as suas mãos.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaassshhhh…* *Booooooooooooooooooooooooooooooooooomm…* Gins agiu primeiro graças aos treinos que teve com Halfkor e Moira, duas pessoas que geralmente eram focadas no ataque. E para se aproximar de Ares, Gins levantou uma parede de gelo na sua frente, que ao ser atingida por uma das lanças de Ares explodiu.
Gins repetiu aquele movimento enquanto Ares destruía todas as suas construções. O gelo e o fogo criavam um ciclo interminável de destruição e reconstrução. Contudo, ambos avançavam.
As lanças de Ares surgiam do nada e explodiam com muita força. A água que Gins usava para formar o gelo era reciclada à medida que evaporava e era atraída de volta para ele. Elementos opostos estavam colidindo e se anulando, mas o fogo de Ares parecia ser superior, e a força que ele adquiriu tornou uma batalha à distância numa péssima ideia, pois a sua força dava muita velocidade às lanças.
E Gins, que treinou com dois mestres que tinham habilidades e proficiências muito diferentes, sabia lutar a qualquer distância, e por isso estava determinado a encurtá-la.
Quando Ares e Gins ficaram a metros um do outros, uma luta corpo a corpo começou. A força explosiva que Ares concentrava nas suas mãos e pés podia ser lida por Gins, que descarregava golpes muito fortes contra o deus e evitava ser atingido a todo custo.
Levar um golpe direto de Ares seria catastrófico. Em termos de poder destrutivo, um soco daquele deus era mais poderoso do que todas as técnicas que todos usaram até agora. E Gins tinha que desviar de tudo e aproveitar cada brecha para contra-atacar, valendo-se da sua força física e da afinidade elemental que herdou de Moira.
Ares foi um deus que treinou as suas habilidades, mas em termos de práticas marciais, nenhum deus podia se comparar àqueles humanos, não quando eles estavam em níveis próximos de poder.
As vidas de Gins e dos outros humanos ali eram uma luta constante de aprendizado e aperfeiçoamento, tudo para evitar a morte.
Humanos se arriscavam todos os dias, em todas as lutas, porque eles podiam morrer e não queriam esse destino. E essa luta pela sobrevivência culminava, fatalmente, no desenvolvimento de artes marciais que reuniam a teoria e a prática em uma só forma.
Ares, por mais que achasse que treinou na sua vida milenar, não fazia ideia do quanto ele era cru perante um lutador de verdade. E apanhando de Gins, porque não conseguia acertá-lo de jeito nenhum, o deus da guerra descobriu que não sabia lutar.
Ares podia ter um poder imenso e incontestável, mas contra Gins, que aprendeu a lutar com Halfkor no seu auge da empolgação pela batalha, ele estava sendo feito de bobo e era acertado sem conseguindo revidar.