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Capítulo 671 - Como Tudo Começou

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Tenham uma boa leitura!]


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Enquanto o mundo falava de sua partida, Yan Chihuo, ao entrar na Singularidade, encontrou uma terra muito diferente da que ele conheceu um dia.


A região florestal onde ele estava não era mais tão verde e muitos menos viva, era uma área completamente devastada onde só havia barro, árvores caídas e mortas, e gigantescas marcas de pegadas que tinham mais de oito metros de profundidade.


Enquanto terminava de se recuperar da dor de ter as informações da Singularidade passando em seu cérebro, Yan Chihuo estava exatamente à borda de uma daquelas pegadas, e ao olhar ao redor, milhares de outras se perdiam à vista. Era como se uma gorda de monstros gigantes tivesse passado por ali e esmagado tudo o que tinha pela frente.


Era possível ver, também, sangue em meio ao barro, à terra e nas árvores mortas; restos de corpos, armaduras e armas estavam por toda parte, mas não tinha ninguém querendo roubar nada, porque não havia ninguém vivo em um raio de quase cem quilômetros.


Armas de qualidade boa estavam enterradas com os corpos de seus donos, abandonadas ao ar livre, mas parecia que nem com elas eles conseguiram se salvar.


Uma cena horrível. Um campo de batalha silencioso após o último grito e brandir de espada… Um enorme cemitério ao ar livre, onde nenhuma forma de vida foi poupada.


Uma grande guerra aconteceu ali, era o que Yan Chihuo pensava, mas mal sabia ele que aquele lugar, que todo aquele horror, era apenas um dia normal no tempo em que ele estava.


“A história é cruel… E ela se repete em todas as gerações… Não importa o quanto tentamos aprender e evitar. Será que somos fadados a nos matar em um ciclo sem fim? Que a nossa existência se resume a isso?” Triste, porque a história que ele estava testemunhando continuava a se repetir ao longo do tempo, Yan Chihuo fez uma indagação a si e ao sentido de tudo aquilo.


Mesmo Yan Chihuo, que era assumidamente um pacifista e tinha uma missão que em sua origem era nobre, liderava um exército e já matou mais pessoas do que pode contar, como quando lutou contra Yang Hao na primeira vez.


Danos colaterais e alvos eram meramente justificativas para a imposição de um ideal ou de um regime. E nem Yan Chihuo escapava dessa verdade.


Quem empunha uma arma faz um pacto com a morte e aceita as consequências do que vai fazer ou que acontece a ele. 


O campo de batalha, principalmente depois que todos se foram e deixaram apenas os mortos para trás, era deprimente, desanimador… Um motivo para que alguém decidisse desistir da humanidade. Contudo, cada um luta pelos seus motivos, e enquanto Yan Chihuo ainda tentava entender o tamanho do massacre que houve ali, um dos lados da batalha estava se aproximando dele.


“Tem um grupo bem forte chegando.” Yan Chihuo olhou para o céu e murmurou.


Já dava para Yan Chihuo ver quatro pequenas silhuetas no céu, sendo que uma delas, a que seguia à frente das outras, era muito familiar…


“Hum…?” Yan Chihuo, que não entendia o que ocasionou aquela luta, estava pronto para partir e evitar aquelas pessoas, mas quando sentiu aquela aura familiar, ele decidiu ficar.


Quatro homens estavam se aproximando dele, e quando eles chegaram mais perto, Yan Chihuo viu eles se separarem e cercarem-no por quatro cantos diferentes.


“Eu não estou aqui para lutar, e eu não tenho nada a ver com o que aconteceu aqui.” Yan Chihuo imediatamente ergueu os braços em sinal de rendição e falou.


“Quem diabos é você?” Um dos homens perguntou num tom nada convencido de que Yan Chihuo dizia a verdade.


“O meu nome é Yan Chihuo, e eu vim parar aqui por coincidência… Porque eu me perdi!” Yan Chihuo respondeu com meias verdades.


“Ele está mentindo! Ele é um dos homens do tirano!” Tão desconfiado quanto o outro homem, o homem da direita falou.


“Eu não estou com ninguém, senhores! Eu sou apenas alguém que está no lugar errado, na hora errada!” Yan Chihuo prontamente explicou.


“De onde é essa sua família Yan? Eu nunca ouvi falar de vocês, então porque tem um Santo na minha frente dizendo ser de uma família da qual nós nunca sequer ouvimos rumores sobre a sua existência?” A voz grave e firme do homem que liderava o grupo soou. Ele questionava a existência de uma família que tinha criado um Santo que ninguém nunca ouviu falar.


“Eu sou dessas terras, senhor, mas não da maneira que vocês pensam!” Yan Chihuo, que se prostrou com um dos joelhos no chão e abaixou a cabeça, respondeu.


O homem que fez a pergunta ficou momentaneamente calado. E após olhar bastante para aquele estranho que estava tratando-o com tanto respeito e reverência, ele finalmente começou a se aproximar.


“O que o senhor está fazendo? Isso deve ser uma armadilha.” O outro homem, que ainda não tinha falado nada, questionou o seu líder.


O homem permaneceu calado enquanto andava e tentava sentir alguma hostilidade ou má intenção no estranho, mas não conseguia detectar nada. Se havia alguma hostilidade no ar, esse sentimento estava partindo deles, não do estranho.


Conforme o homem se aproximava, Yan Chihuo baixava ainda mais a cabeça, mas antes de baixá-la completamente, ele viu que o homem tinha cabelos vermelhos e curtos, olhos incandescentes, era forte como um touro, e transmitia, a cada respiração, uma sensação muito ruim de que poderia matá-lo a qualquer momento.


O homem era imponente e o seu olhar altivo estava sempre em alerta, porque era assim que ele vivia, era assim que ele precisava viver.


“Yan Chihuo… Eu te farei uma pergunta e espero que não diga meias verdades agora…” Se aproximando de Yan Chihuo, mesmo após as várias recomendações contrárias dos seus companheiros, o homem advertiu Yan Chihuo, logo antes de perguntar: “Eu devo te perguntar de onde você veio, ou de quando você veio?”


Quando escutou aquilo, Yan Chihuo que não queria sair por aí dizendo que era de outro tempo e estava usando a Singularidade, ficou perplexo, porque apesar das suas meias verdades, o homem tinha descoberto a verdade rápido demais. 


A pergunta que ele fez parecia já ter uma resposta, ele só queria confirmá-la.


“O senhor é inacreditável, meu imperador!” Yan Chihuo elogiou e a velocidade com que ele foi descoberto, logo antes de, muito orgulhoso, responder: “A pergunta correta é de quando eu vim, pai!”


A última palavra de Yan Chihuo deixou o jovem Yang Zai muito mais chocado do que a confirmação de que ele estava usando uma Singularidade. Os olhos brilhantes daquele homem jovem que estava diante de outro homem que, de aparência, parecia ser tão jovem quanto ele, tremeram por não acreditarem no que ele escutou.


“Do que você está falando… Como assim, eu sou o seu pai?” Yang Zai, com uma cara muito feia, perguntou.


“Sim, meu imperador! Mas não de sangue, e sim, de criação!” Yan Chihuo, ainda ajoelhado e respeitoso, respondeu, antes de explicar: “Eu cresci junto com o seu filho de sangue, Yang Hao, e o senhor, após nós dois nos tornamos adultos, nos ensinou o caminho marcial e tudo o que um homem que viveu mais de dois milhões de anos podia ensinar.”


Uma resposta curta de Yan Chihuo metralhou Yang Hao com informações demais. Somente naquelas sentenças, Yang Zai soube que teve um filho, o nome dele, que adotou outro filho, e que viveu mais de dois milhões de anos. Mesmo um cético ficaria atordoado com aquilo o que foi dito, e Yang Zai, que foi pego por uma informação que embora fosse bastante simples, confirmava uma verdade que só ele podia saber, não conseguiu duvidar mais de Yan Chihuo.


“Hao… Eu sempre soube que daria esse nome ao meu filho, mas eu nunca falei para ninguém sobre isso. Esse sempre foi um segredo só meu!” Yang Zai, em voz baixa, falou com Yan Chihuo, que respondeu: “O senhor nos disse isso, pai! E disse, também, que nunca falou com ninguém, porque era supersticioso e temia que alguém amaldiçoasse o nome antes do Hao nascer!”


Quando escutou aquilo, todas as desconfianças de Yang Zai apenas desapareceram. Aquele era um segredo dele que transmitia fraqueza, um segredo que jamais contaria para alguém que não fosse de sua família.


“Levante-se!” Enquanto acenava, Yang Zai mandou Yan Chihuo se levantar, e disse em seguida: “Eu não chamarei você de filho, porque eu só te conheço pelo que você está dizendo ser, mas eu te escutarei!” 


Yan Chihuo, enquanto se levantava, agradecia com um aceno de cabeça, logo antes de responder: “Eu não te peço para me ouvir dessa vez, pai! Eu te peço para me deixar lutar ao seu lado e entender porque o senhor deu a vida e o próprio orgulho pela Dinastia Yang!”


As palavras de Yan Chihuo, carregadas de determinação e respeito, ecoaram no silêncio que se seguiu. A confirmação de sua ligação com Yang Zai, mesmo baseada apenas em revelações e segredos partilhados, trouxe um novo peso à atmosfera já carregada pela devastação ao redor.


Yang Zai, observando Yan Chihuo levantar-se, permitiu-se por um momento refletir sobre as implicações dessas revelações. A presença de alguém reivindicando ser, de alguma forma, parte de sua futura família, era perturbadora, mas também despertava uma curiosidade inegável.


"Se você deseja lutar ao meu lado, então mostre-me o que você pode fazer. Prove-me que a sua presença aqui não é apenas fruto de coincidências ou desejos infundados." Yang Zai desafiou, seu tom era sério, mas não hostil.


Yan Chihuo, aceitando o desafio, respondeu: "Eu não estou aqui apenas por coincidência, Imperador. As lições que você me ensinou no futuro moldaram quem eu sou. Permita-me mostrar a você e a seus homens a força que vem do seu ensinamento."


Sem mais delongas, Yan Chihuo se posicionou, sua postura refletia a seriedade de suas palavras. Com um gesto, ele convocou sua arma, uma espada que brilhava com uma luz própria, emanando uma energia poderosa que deixava claro seu status não como uma simples arma, mas como uma legítima arma do Espírito.


Os homens ao redor, testemunhando a cena, recuaram instintivamente, a intensidade da energia desprendida por Yan Chihuo era algo que não esperavam de um estranho. A luz gélida da espada iluminava o ambiente devastado, trazendo um breve momento de clareza ao deserto de desolação.


Yang Zai, observando a cena, sentiu um puxão em sua alma, uma conexão inegável com o homem diante dele. Algo nas palavras de Yan Chihuo, na confiança com que empunhava sua espada, falava diretamente ao coração de Yang Zai.


"Eu vejo que você carrega consigo mais do que apenas palavras. Há um peso em suas ações que fala de experiências compartilhadas e lições aprendidas." Yang Zai admitiu, o ceticismo dando lugar a um reconhecimento relutante.


Yan Chihuo, com um sorriso, respondeu: "As experiências que compartilhamos no futuro, e as lições que me ensinou, são a razão pela qual estou aqui. Permita-me lutar ao seu lado, como um verdadeiro filho da Dinastia Yang."


O vento carregava as palavras de Yan Chihuo, e no meio daquele campo de batalha devastado, um novo capítulo estava prestes a ser escrito. Yang Zai, finalmente, estendeu a mão em sinal de aceitação, não como um gesto de adoção, mas como um reconhecimento da força e determinação diante dele.


"Então, que seja." Yang Zai declarou. "Mostre-me, Yan Chihuo, a extensão da sua força e o valor de suas palavras. Hoje, você lutará ao nosso lado!"


E assim, no meio de uma terra marcada pela guerra e pela perda, Yan Chihuo se juntou a Yang Zai, o pai que ele amava, mas ainda precisava entender o coração e as motivações por trás da devoção absoluta que ele tinha ao seu povo.


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