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Capítulo 675 - Uma Nova Forma de Ver o Mundo

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Tenham uma boa leitura!]


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Enquanto Yan Chihuo levava um choque de realidade que se manifestou através de uma surra proporcionada por Pemma Wangchuck, Yang Hao, seu irmão de criação e recém aproximado, surgia do outro lado da Singularidade de Andros…


Diferente do irmão, como se os dois estivessem destinados a trilhar caminhos opostos, Yang Hao não viu nenhum sinal de destruição onde surgiu. Tudo estava bem e vivo ao seu redor, revelando uma floresta magnífica onde no futuro teria uma grande cidade.


O canto dos pássaros, os animais correndo e a água fluindo transmitiam uma sensação de paz e bem estar muito diferente do que Yang Hao estava acostumado a ver.


Como imperador, Yang Hao quase não sabia o que era ficar sozinho, o que era andar sem ser reconhecido ou desconfiar de tudo e todos, mas naquela floresta, ele estava tranquilo, livre de amarras invisíveis que o impediam de ser alguém normal.


Geralmente, quando se conquista a força, uma pessoa adquire a capacidade de fazer as coisas como quer, mas com Yang Hao isso não aconteceu. Desde cedo, ele foi treinado e criado para ser alguém acima de um indivíduo.


Na vida de Yang Hao, o dever sempre esteve acima da vontade, mas agora ele parecia não carregar esse peso. E o seu corpo dava evidências disso.


A alta temperatura que Yang Hao emanava naturalmente, diminuiu, indicando que, provavelmente, era o estresse constante que causava isso; O brilho intenso dos seus olhos diminuiu, dando a ele uma folga da necessidade de estar sempre atento ao seu redor; Até a respiração de Yang Hao ficou mais calma, dando-lhe a chance de respirar um ar puro de forma profunda, sem que ninguém perguntasse se ele estava bem.


Na sua vida, Yang Hao não podia nem mesmo suspirar, pois aquilo era visto como um sinal de fraqueza ou doença.


A paz que Yang Hao sentia era indescritível. Ele finalmente estava livre.


O mundo onde ele estava não sabia quem ele era.


O mundo onde ele estava não o adorava e fazia as suas vontades.


O mundo onde ele estava podia facilmente ignorá-lo como um qualquer.


O grande imperador da Dinastia Yang não precisava mais se impor, porque ninguém se importava com ele.


Ele estava livre para fazer o que quisesse. E diferente de Yan Chihuo, ele não foi direto buscar uma luta, mas sim, resgatar-se.


Nesse novo ambiente, Yang Hao decidiu explorar a floresta sem um destino específico em mente, apenas seguindo o chamado interno por descoberta e a necessidade de entender onde, ou melhor, quando, ele havia aterrissado. Cada passo que dava sobre a folhagem úmida e cada respiração do ar fresco e não poluído reforçavam a sensação de liberdade e de estar vivo, algo que, em meio aos deveres e às pressões imperiais, ele havia esquecido.


Yang Hao não voou ou se apressou. Ele apenas caminhou durante horas, absorvendo cada detalhe, cada som e cada movimento da natureza ao seu redor. Animais, aparentemente não assustados por sua presença, observavam-no curiosos, como se reconhecessem a sua natureza não ameaçadora. Yang Hao, por sua vez, admirava-os com um respeito e um fascínio renovados, como se visse o mundo pela primeira vez.


O lugar era vasto, e eventualmente, ele chegou a uma clareira onde um lago cristalino refletia o céu azul sem nuvens. A água estava tão clara que ele podia ver os peixes nadando, e as margens eram adornadas por flores coloridas e vibrantes. 

Yang Hao sentou-se ali, permitindo-se simplesmente estar, sem pensar no passado, no futuro ou nas responsabilidades que deixara para trás.


Um dos homens mais poderosos do mundo estava ali, sentado e sozinho como se fosse um ninguém.


Foi durante aquele momento, levado pelo ambiente e pela agradável brisa que, pela primeira vez em muito tempo, Yang Hao permitiu-se refletir sobre sua vida. Ele pensou nos conflitos, nas decisões difíceis e nas inúmeras batalhas que havia travado, tanto no campo de batalha quanto na corte. Lembrou-se dos sorrisos de seu povo quando os via e da pressão esmagadora de sempre ter que ser o pilar inabalável em que todos se apoiavam.


Ali, naquela clareira, nada disso importava. Não havia império para governar, não havia conselheiros para ouvir e não havia guerra para planejar ou prevenir. Havia apenas paz, uma paz que ele nunca soube que precisava até aquele momento.


Yang Hao estava sentado no chão, com as suas vestes luxuosas sujas de terra e grama, mas ele não se importava com nada disso. Ele apenas observava e dava aos seus olhos a chance de usar as suas habilidades para ver as coisas de outra maneira.


O olhar de Yang Hao alcançava uma vasta distância. Assim, ele conseguia enxergar tudo o que os animais ao redor faziam e como eles viviam.


A única agressividade que existia ali, era a agressividade natural entre presa e predador. Não havia segundas intenções, apenas o curso da vida acontecendo.


“É assim que você enxerga o mundo, não é!?” Olhando para cima, Yang Hao pensou no seu irmão e comentou em voz alta.


Conhecendo Yan Chihuo e a maneira pela qual ele vivia, Yang Hao deduzia que o mundo à frente do seu irmão era daquele jeito… Vivo, puro e cheio de cores. Ele não era o mundo cinza e moribundo que o imperador estava acostumado a enxergar.


“Eu viajarei por este mundo a pé, irmão! E por algum tempo, eu irei me dedicar a entender o que você busca e porquê você acredita que isso deve ser feito!” Yang Hao prometeu ao seu irmão, mesmo que ele não estivesse ali.


O tempo, embora valioso, era utilizado por cada um deles à suas próprias maneiras e necessidades. Enquanto Yan Chihuo precisava se aproximar do pai e lutar ao lado dele para entender as suas razões, Yang Hao precisava conhecer a paz para entender as razões do seu irmão e se reaproximar dele.


O relógio contava, e apesar de ser muito mais lento na Singularidade, o passar do tempo não voltava atrás, mas Yang Hao podia se dar ao luxo, ou melhor, a chance, de dedicar alguns anos da sua vida a algo que não fosse a luta.


Assim, com um propósito renovado e um coração aberto para aprender e absorver as lições que a natureza e a vida ao redor poderiam ensinar, Yang Hao levantou-se, decidido a começar sua jornada. Ele sabia que, de alguma forma, esse tempo fora do seu reino e das suas responsabilidades seria crucial para o líder que ele se tornaria ao retornar. Não apenas como um imperador, mas como um ser humano que viu e viveu a simplicidade e a complexidade da vida fora dos muros do palácio e dos campos de batalha. Algo que ele já viveu, mas que devido ao tempo que passou, ele estava se esquecendo.


Com passos firmes, mas sem pressa, Yang Hao começou a caminhar pela floresta, deixando-se guiar pela curiosidade e pelo desejo de compreender. Ele observava atentamente cada planta, cada animal que cruzava seu caminho, percebendo como cada um contribuía para o equilíbrio do ecossistema.


Cada interação, cada novo dia naquela Singularidade ensinava a Yang Hao uma nova forma de ver o mundo. Ele aprendeu sobre a interdependência das espécies, sobre a paciência das árvores que cresciam sem pressa, e sobre a resiliência da natureza, que sempre encontrava uma forma de florescer, mesmo nas condições mais adversas.


Em suas andanças, Yang Hao, que evitava grandes polos, porque ele já sabia o que encontraria neles, encontrou tribos e povoados pequenos, comunidades que viviam de forma simples, mas plena. 


Observando-os de longe, ele viu a importância da cooperação e da comunidade. Viu famílias e amigos compartilhando alegrias e tristezas, trabalhando juntos para superar desafios. A simplicidade de suas vidas e a pureza de suas alegrias tocaram Yang Hao.


Noite após noite, ao redor das fogueiras, Yang Hao ouvia as histórias dos anciãos. Histórias de bravura e de bondade, histórias que falavam de um mundo além das guerras e dos conflitos de poder. Histórias que ensinavam sobre a humanidade, sobre compaixão e sobre amor. Ele aprendeu canções e orações, e em cada palavra, encontrava um fragmento de sabedoria que o ajudava a compreender melhor o irmão e as escolhas que Yan Chihuo fazia.


A cada dia e a cada lição que aprendia, Yang Hao estava um passo mais perto de se tornar o líder que Decarius precisava.


Contrastando com um início de ciclo muito conturbado de seu irmão, Yang Hao viveu anos de paz, fugiu de conflitos motivados pelo orgulho e sentiu, de novo, após muitos anos, o que era ser injustiçado e prejudicado.


Em momento algum Yang Hao usou a sua força para se impor ou para se defender, porque ele queria sentir aquilo. Ele queria estar na pele dos maltratados.


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