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Capítulo 679 - A Lucidez do Aprendizado

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Gaspar encarou a fenda com determinação, sabendo que o que o esperava do outro lado era um teste de suas habilidades, coragem e, acima de tudo, sua vontade de crescer. A presença esmagadora das auras do outro lado não o intimidava; pelo contrário, acendia dentro dele uma chama de desafio e oportunidade.


"Eu estou pronto!" Disse Gaspar, respirando fundo. Ele sabia que essa experiência seria como nenhuma outra, uma que poderia defini-lo ou destruí-lo.


Com passos resolutos, Gaspar atravessou a fenda, deixando para trás o mundo conhecido e adentrando um território onde a ordem natural era regida pelo poder bruto e a lei do mais forte.


Monky assistiu o humano passar pela fenda com um olhar altivo e de cabeça erguida, e isso causou-lhe uma sensação de satisfação.


Imediatamente após atravessar a fenda, Gaspar foi recebido por um calor sufocante e pela visão de um horizonte que parecia se estender infinitamente, pontilhado com figuras imensas e terríveis que vagavam pela terra. Criaturas que ele só tinha ouvido em lendas e pesadelos caminhavam livremente, cada uma emanando uma força que fazia o próprio ar tremer.


A beleza do mundo se misturava com as figuras incomuns; No horizonte, criaturas tão altas quanto montanhas enganavam a visão e eram armadilhas muito perigosas para os desatentos.


Não havia nenhum sinal de agressividade entre as criaturas. Cada uma vivia no seu canto, entre os seus, e limitada às suas fronteiras.


Não era difícil concluir que um bom motivo para não existir hostilidade naquele era o fato de que se duas daquelas criaturas resolvem-se lutar pra valer, todo o mundo deles iria ruir.


Contudo, apesar da falta de hostilidade entre os habitantes de lá, Gaspar se sentia intimidado toda vez que tentava respirar. O humano estava fora do seu habitat, longe da segurança e dos conceitos de civilidade que ele conhecia.


Mas Gaspar não hesitou. Armado com as lições de Monky e sua própria determinação inabalável, ele começou a caminhar pelo mundo, entre as bestas, observando, aprendendo e, quando necessário, defendendo-se.


As batalhas que se seguiram testaram Gaspar de maneiras que ele nunca imaginou. Cada confronto era uma lição em si mesma, ensinando-o sobre limites, resistência e a verdadeira essência do poder. Desde a primeira luta, ele lutou não apenas para sobreviver, mas para entender e absorver o conhecimento que cada criatura detinha em sua natureza selvagem.


A presença de Gaspar naquele mundo atiçou cada criatura que vivia por lá. Ele foi caçado dia e noite, subjugado na maioria das vezes, e quando ficava de pé novamente, tudo se repetia.


A paz não existia mais para Gaspar. A sua vida tinha se resumido a sobreviver ao dia atual e engolir as dores e frustrações, para pensar em como sobreviver ao próximo encontro.


Monky, seu orientador e o responsável por lançá-lo naquele mundo de pura opressão, caminhava ao lado de Gaspar, mas não interferia em nenhuma batalha. A única função que ele exercia lá era a de impedir que o humano fosse morto.


Eventualmente, Monky corrigia alguns defeitos que ele observava em Gaspar. Todos tinham algo a aprender e erros para corrigir, e Gaspar não era uma exceção a essa regra.


Por causa da Singularidade, mais Monky tinha que sair com Gaspar daquele mundo antes de cada mudança de ciclo, para evitar que Gaspar ficasse preso naquele mundo, porque Monky voltaria para o seu plano original e não se lembraria mais dele.


O Escudo da Humanidade cresceu em todos os aspectos durante aquele treinamento, ou melhor, experiência.


Com o tempo, Gaspar começou a perceber uma mudança dentro de si. Seu poder crescia, não apenas em força bruta, mas em profundidade e compreensão. Ele estava se tornando mais sintonizado com a centelha dentro de si, aprendendo a ouvi-la e a deixá-la guiar suas ações e ideias de como utilizar da melhor forma possível o seu poder.


O que mais o surpreendeu, no entanto, foi a gradual mudança na atitude das bestas ao seu redor. Inicialmente vistas como inimigas, algumas começaram a reconhecê-lo não como uma ameaça, mas como um igual. Em certo ponto, algumas criaturas que teriam atacado sem hesitar agora o observavam com um olhar de respeito, e algumas até o auxiliavam em seus desafios.


Após anos, Gaspar tinha se transformado. Ele já não era mais o humano que entrou pela fenda pela primeira vez, movido apenas pela determinação de encontrar Gold e aprender com ele. Agora, ele era um ser cuja essência havia sido forjada nas profundezas de um reino brutal, sob a tutela silenciosa de Monky e as lições duramente aprendidas em cada combate, em cada desafio superado.


Os ciclos de batalhas, aprendizado e crescimento haviam se repetido incontáveis vezes, cada um deixando Gaspar mais forte, mais sábio e, de certa forma, mais humilde. Ele havia aprendido a reconhecer a força em todas as suas formas e a respeitar as criaturas ao seu redor, não como monstros ou inimigos, mas como professores, cada um portando uma peça do vasto quebra-cabeça que é o universo e o caminho marcial.


Quando finalmente sentiu que havia alcançado um novo patamar de compreensão e poder, Gaspar buscou Monky para uma conversa. Encontrou a besta sentada tranquilamente à beira de um lago cristalino, um dos raros momentos de calma naquele mundo de constantes tumultos e desafios.


"Senhor Monky…" Começou Gaspar. Sua voz agora carregando a experiência e a sabedoria adquirida ao longo dos anos desafiadores, continuou: "Eu percebo agora que cada batalha, cada lição aprendida aqui, não foi apenas sobre sobrevivência ou poder. Foi sobre entender as profundezas do caminho marcial que Lorde Gold propagou pelo universo."


Monky levantou seus olhos para Gaspar, e neles brilhava um orgulho silencioso. "Você aprendeu bem, Gaspar. O caminho marcial, como Lorde Gold sempre ensinou, é infinitamente mais do que a busca por força. É sobre compreensão, equilíbrio, e a harmonia entre todas as formas de vida."


Gaspar assentiu, sentindo-se grato pelo tempo e pelas lições: "Eu sinto que cresci de maneiras que nunca imaginei ser possíveis. Mas também sinto que ainda há muito a aprender. Seu treinamento me mostrou o quão vasto o universo é, e o quanto ainda preciso explorar dentro de mim e ao meu redor."


"Então, você deseja continuar aqui, para aprofundar seus estudos sob minha tutela?" Monky perguntou, sua voz era tranquila como a brisa que ondulava a superfície do lago. Há muito tempo, Monky já tinha reconhecido o valor daquele homem.


"Se você me permitir, eu gostaria muito de continuar,l." Gaspar respondeu, a sinceridade em sua voz era palpável e a vontade de continuar aprendendo era contagiante: "Cada dia neste mundo é uma nova descoberta. Sinto que cada momento aqui fortalece não apenas meu corpo, mas também minha alma."


Monky sorriu, um sorriso raro que transformava o semblante da criatura em algo quase gentil: "Muito bem, Gaspar. Há mais para você aprender, mais para explorar. E eu estou disposto a guiar-te nessa jornada. Mas lembre-se, a verdadeira força vem não de dominar os outros, mas de entender e respeitar a teia de vida na qual todos nós estamos entrelaçados."


"E sobre a minha busca por Lorde Gold?" Gaspar perguntou, a incerteza brilhou em seus olhos por um momento.


"O Lorde Gold é como o vento, Gaspar. Não pode ser capturado ou contido. Mas as lições que ele deixou, o caminho que ele iluminou, isso você já começou a trilhar. Talvez, um dia, seus caminhos se cruzem naturalmente. Até lá, você tem um vasto mundo para explorar, aprender e contribuir."


Com essa afirmação, Gaspar sentiu uma paz interior, uma aceitação de que sua jornada estava longe de ser concluída. Ele olhou para Monky, agora não mais como um discípulo olha para seu mestre, mas como um guerreiro que reconhece e respeita seu igual.


"Então, vamos começar a próxima etapa." Gaspar disse, com um sorriso determinado.


Monky levantou-se, estendendo sua mão para ajudar Gaspar a se levantar, e respondeu: "Vamos, Gaspar. O universo é vasto, e suas lições infinitas. Vamos descobrir mais do caminho marcial, explorando os mistérios que ele nos reserva."


E assim, lado a lado, mestre e discípulo continuaram suas jornadas, cada passo era uma nova página na vasta história do caminho marcial, tecendo seus caminhos através do tecido do universo, em busca de compreensão, crescimento e, acima de tudo, harmonia.


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