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Capítulo 683 - Pecado Divino

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Singularidade - Hakim…


Treinado pelo Rei Salomão nos caminhos da sabedoria e de como ser um bom rei e um bom líder, Hakim aprendeu sobre temas variados, e sobre a história que não atravessou os percalços do tempo e se perdeu em algum ponto do passado.


Salomão, em sua sabedoria e intelecto inalcançáveis, explicava Hakim sobre as batalhas que a criação travou pela sua sobrevivência, sobre as restrições que os deuses impuseram a ela e sobre a luta pela liberdade que começou com Gold e se tornou independente dele após o caminho marcial ser espalhado pelo universo.


Hakim descobriu, pela boca de Salomão, que os reinos e níveis foram criados muito depois do surgimento de tudo, e que o reino conhecido como Santo, era, na verdade, a libertação das amarras impostas pelos deuses, que foram criadas pelas mãos de Geb e seu dom.


Salomão, mesmo na condição de uma criatura viva e consciente, tinha ciência de que a sua existência não era natural, que os seus descendentes, os Aasimares, eram uma disrupção da ordem universal e que eles foram criados com um propósito nefasto dos deuses. E ele contou isso a Hakim.


Os Aasimares tinham muitas semelhanças com os deuses, desde o fato de nascerem com diferentes características de raças que, por muitas vezes, eram misturadas, até a restrição natural ao cultivo, ao aumento de poder por meio do esforço e da conexão com a energia espiritual.


Os Aasimares nasciam com níveis de poderes definidos desde a concepção e morriam exatamente naquele nível, independentemente do quanto eles estudassem, se esforçassem e tentassem evoluir.


Isso foi testado pelo próprio Rei Sábio que, com toda a sua sabedoria e conhecimento incomparável, se viu impotente para resolver esse problema e concluiu que não havia mais nada a se fazer.


A criação da raça Aasimar aconteceu exclusivamente para servir aos interesses dos deuses, e Salomão, sendo o primeiro deles, sabia, desde o princípio, que apesar da prosperidade que o seu povo viria a ter, o dia do seu fim estava selado.


Os Aasimares não eram nada além de sementes que os deuses plantaram em terras férteis e deixaram crescer e florescer. E um dia, como toda plantação, chegaria a hora da colheita, e todo o campo ficaria sem vida.


Hakim, muito mais consciente das coisas e bem menos sentimental quanto aos dilemas naturais da vida, buscava a clareza de Salomão, pois aquele Aasimar já sabia que ele e o seu povo estavam fadados à aniquilação, mas vivia sempre cultivando o bem e o conhecimento que todas as coisas podiam proporcionar.


Em todo aquele tempo que conviveu com Salomão, Hakim entendeu como funcionava a sabedoria do primeiro Aasimar. O dom que uma criatura diferente dos deuses conseguiu receber do universo.


O Rei Sábio possuía uma memória incomparável que ia muito além de uma memória fotográfica; A capacidade de raciocínio de Salomão era absurdamente alta, tão alta que enquanto alguém ainda estava escutando uma pergunta, o Rei Sábio já tinha todas as respostas possíveis; A história por trás das coisas também era um livro aberto para ele, que com um olhar podia saber do que algo era constituído e até mesmo o passado delas, como, por onde ela passou, a quanto tempo ela estava assim e como foi que ela se modificou; Salomão, também, tinha uma capacidade de reflexão muito além de qualquer outra criatura. Quando ele decidia refletir sobre os mistérios do universo, as respostas que ele obtinha eram claras e vastas.


A existência de Salomão era uma dádiva para o universo e para toda a criação, mas aquele ser estava algemado a um destino que ele não podia evitar e que, devido às suas reflexões, ele não queria impedir.


Lutar contra os deuses, para Salomão e os Aasimares, era impossível. 


A raça criada pelos deuses não podia se rebelar, porque, assim como os seus criadores, eles estavam presos a uma impossibilidade de evolução. E visto que os deuses eram os preferidos do universo, o povo Aasimar jamais teria números o suficiente para conseguir se rebelar, devido à aleatoriedade que o nascimento deles sofria.


Pedir a ajuda de outros também não era uma opção para Salomão. Outros povos poderiam perecer em batalhas onde os próprios defendidos eram existências rejeitadas pelo universo, existências que, nas tristes mas razoáveis conclusões do Rei Sábio, deveriam ser extintas em algum momento.


Salomão jamais iria se rebelar contra os deuses, não naquele tempo, mas ajudar Hakim não era o mesmo que salvar o povo Aasimar, então, Salomão fez pelo Rei de Gard o que ele nunca pôde fazer pelo seu próprio povo… Ele ensinou a Hakim os caminhos da energia espiritual, da fonte do poder, e da otimização dos seus elementos.


Hakim, que desde a sua concepção foi considerado abençoado por ser capaz de manipular dois elementos, que eram a água e a terra, tinha entrado, com o auxílio do Rei Sábio, em uma contínua jornada de descobertas e exploração dos seus próprios limites, capacidades e criatividade.


Em meio ao treinamento intensivo sob a tutela de Salomão, Hakim mergulhou profundamente na arte de otimizar seus elementos inatos, água e terra, aprendendo a mesclá-los de formas nunca antes imaginadas. Salomão, com uma paciência e sabedoria inigualáveis, não se apoiava em textos ou ferramentas convencionais para transmitir seu conhecimento. Em vez disso, ele recorria a métodos práticos, demonstrações de energia e reflexões filosóficas para guiar Hakim em seu caminho de descoberta.


Hakim foi introduzido a exercícios de meditação que transcendiam o simples ato de sentar-se em silêncio. Salomão ensinou-lhe a meditar em movimento, a encontrar o fluxo de sua energia interna enquanto caminhava pelos vastos jardins do palácio ou enquanto observava o nascer do sol. Esses momentos de contemplação ensinaram Hakim a sentir a essência de seus elementos, a terra que sustenta e a água que flui, e como eles poderiam ser combinados para criar novas formas de expressão do poder.


Salomão demonstrou, através de sua própria presença, como um rei pode ser a fonte de equilíbrio para seu reino. Ele ensinou Hakim que um governante verdadeiramente sábio não domina pelo medo ou pela força, mas lidera pelo exemplo, inspirando seus súditos a alcançarem a harmonia entre si e com o mundo ao seu redor. Essas lições moldaram profundamente a visão de Hakim sobre liderança, incutindo nele o desejo de ser um rei que serve e protege, em vez de dominar.


O treinamento espiritual revelou a Hakim como acessar e manipular a energia espiritual de maneira mais eficaz, permitindo-lhe não apenas aprimorar seus poderes elementais, mas também desenvolver uma sensibilidade aguçada para as necessidades e energias de seu povo. Salomão ensinou Hakim a ouvir mais profundamente, a perceber as correntes sutis de pensamento e emoção que fluem através de seu reino, e a responder a essas correntes de uma maneira que promovesse o bem-estar coletivo.


À medida que o seu treinamento avançava e Hakim ficava visivelmente melhor, Salomão compartilhava mais segredos com ele, e finalmente, quando viu que Hakim estava pronto para escutar a sua próxima revelação, O Rei Sábio revelou o maior mistério sobre os Aasimares.


Quando criado, Salomão foi o maior feito dos deuses. Uma raça que tinha muitos pontos em comum com o divino nascera naquele dia, e o seu nascimento trouxe alívio aos deuses, que naquele tempo, estavam todos visivelmente raivosos e perdidos.


Forçado a se reproduzir, Salomão teve muitos filhos, e parte desses seus filhos foi entregue aos deuses logo após o nascimento.


Naquele tempo apenas os Grandes Deuses existiam no universo, porque Odin e Krishna, para aumentar forçadamente o poder daqueles deuses, forçaram todos a cometer o crime hediondo de literalmente consumir os seus outros irmãos.


Os deuses deveriam ter um limite natural de poder, mas Odin revelou a eles o segredo para romper essa barreira, que era consumir o sangue, a carne, e a essência de outros seres divinos.


Todos os deuses Protetores e semideuses foram comidos pelos Grandes Deuses, que conseguiram aumentar os seus níveis naturais de força.


O Saci foi o único deus Protetor que não foi consumido, pois quando esse período obscuro da história começou ele foi protegido pelo ventre do Salgueiro da Vida, que o colocou novamente em uma espécie de estado de hibernação.


Os outros deuses, que não tiveram essa sorte e morreram canibalizados pelos seus semelhantes, ao renascerem, eram imediatamente consumidos.


Os ‘frutos’ do Salgueiro da Vida assumiram o sentido literal da palavra, e passaram a ser colhidos como se não tivessem vida ou importância além de servir aos Grandes Deuses.


Vários renascimentos aconteceram, e os Grandes Deuses saciaram as suas sedes por poder, então, tinha chegado a hora dos deuses Protetores fazerem o mesmo. Contudo, devido aos seus números muito maiores do que o dos Grandes Deuses, faltou comida para eles, e daí surgiu a necessidade dos Aasimares.


A raça cujo líder foi abençoado com um dom divino, era, para os seus criadores, um mero rebanho a ser abatido e consumido, um estoque do alimento mais horrendo que podia existir.


Hakim se espantou com o relato de Salomão. Os deuses, após sofrerem uma derrota contra Gold, planejaram uma retaliação por milênios e não tiveram nenhum escrúpulo para isso.


Cobras… Os deuses sempre foram isso. Embora se fingissem de dragões em toda a sua imponência e realeza, os deuses não eram nada além de cobras traiçoeiras que rastejavam em busca de espalhar o veneno deles por aí.


Hakim, naquele dia, entendeu porque os Aasimares desapareceram da história e porquê alguém como o Rei Sábio nunca foi de conhecimento público. O dia da colheita chegou, provavelmente antes da última grande guerra, e até mesmo o Rei Sábio pereceu.


Depois de tudo o que viu no reino Aasimar, de todas as maravilhas que ele testemunhou aquele povo construir, Hakim via na extinção daquele povo um dos maiores pecados cometidos pelos deuses.


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