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Capítulo 690 - O Príncipe de Gelo

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Enquanto alguns dos humanos mais renomados de Decarius percorriam planetas e galáxias à procura de aliados, um personagem muito diferente dos demais entrava em cena, e para ter melhores chances em sua missão, que era mais à serviço de Yan Chihuo, por vingança e pela gratidão, do que pela raça humana em si, ele estava viajando sozinho e com a plena confiança daqueles que o liberaram para partir.


Yanor, filho de Jhora, e príncipe de Niflheim estava retornando para casa depois de ter se ausentado por muitos anos, desde que o seu próprio pai o entregou para Thor, o carrasco do seu povo.


Yanor era um gigante de gelo. Uma criatura colossal, forte por natureza e com um poder que fazia jus à sua aparência imponente; Seus passos eram como tempestades frias e seus olhos refletiam a vastidão gelada de seu reino natal, Niflheim. Embora fosse possível para ele alterar seu tamanho, Yanor, assim como os outros gigantes, encontrava seu verdadeiro poder e essência em sua forma gigantesca, onde o ar frio que o rodeava se tornava palpável, e cristais de gelo se formavam no ar com cada respiração sua.


Yanor exibia uma fisiologia impressionante que refletia o ambiente hostil onde nasceu e sua herança poderosa. Seu corpo era esculpido em camadas de gelo cristalino que pareciam tanto armadura quanto pele. Essa casca gelada brilhava num tum azulado sob qualquer luz, refletindo e refratando a luz como um prisma. O gelo que compunha sua forma era duro como diamante, concedendo-lhe não apenas uma aparência majestosa, mas uma fortaleza natural contra ataques.


Os músculos de Yanor, claramente definidos sob sua superfície gelada, sugeriam uma força intimidadora. Cada movimento seu era acompanhado por um som sutil de estalido e trituração, como se o próprio gelo se reacomodasse para facilitar sua vasta força. Seu torso largo e braços musculosos eram cobertos por veias de um azul mais escuro, que pareciam rios congelados percorrendo seu corpo. 


Ao invés de cabelos, cristas de gelo afiado formavam uma coroa ao redor de sua cabeça, destacando a nobreza de sua estirpe. A ausência de roupas em seu corpo não diminuía sua dignidade, ao contrário, realçava a pureza e a brutalidade de sua forma natural. Yanor era uma força da natureza personificada, um ser de poder primordial e beleza intimidante, moldado pelo gelo eterno de Niflheim.


Cada passo de Yanor deixava marcas profundas, que contavam histórias de mágoas antigas e promessas de vingança. 


Seu retorno a Niflheim não era apenas uma viagem, era um reencontro com seu destino, um caminho de reafirmação de seu direito ao trono que uma vez fora de seu pai, ou talvez ainda seja, mas que ele estava disposto a tomá-lo de quem que estivesse sentado no lugar que ele julgava ser seu.


Há mais de trezentos anos, quando estava no auge da sua juventude e tinha o apoio de grande parte do seu povo, que o aceitava como um líder, porque ele tinha provado ser capaz disso, Yanor foi capturado pelos seus semelhantes, pela sua própria família, e entregue a Thor como algum tipo de oferenda ou pagamento de chantagem.


Jogado na coleção de Thor, que ficava em Kaos, no planeta dos humanos, Yanor viveu por séculos em cativeiro, sendo torturado e impedido de mover qualquer membro que não fosse o seu braço direito. 


Naquele zoológico abominável, Yanor não passava de uma criatura em uma vitrine, cuja vida perdera o sentido e o brilho.


Preso, Yanor odiou o seu pai por anos, amaldiçoando-o por tê-lo entregue a um deus tão desprezível quanto Thor, pois era a única coisa que lhe restava, o único sentimento que lhe mantinha vivo. Ele também se lembrava dos gigantes que tentaram ajudá-lo e interceder ao seu favor, mas o ódio ofuscou tudo de bom que existia no coração dele.


Depois de séculos preso em uma jaula, Yanor viu dois humanos muito jovens entrarem naquele inferno sorrindo. Em um lugar que todos queriam sair a qualquer custo, dois meros humanos que ainda fediam a leite estavam rindo como se estivessem em uma feira em promoção.


Quando capturou um daqueles jovens e o manteve sob o aperto de sua mão, Yanor queria segurá-lo até que Thor retornasse e, para recompensá-lo por ter impedido uma fuga ou impedido um invasor, ao menos lhe deixasse movimentar o seu corpo.


Yanor estava desesperado naquele momento. Insensível, instável e sofrendo, o gigante de gelo faria tudo o que pudesse para ter a menor melhora que fosse nas suas condições de vida. Contudo, o outro jovem, que tinha um conhecimento assustador sobre selos e alquimia, conseguiu ativar um selo feito pelo próprio Thor, para prender-lhe completamente e resgate o seu amigo.


Desde aquele dia, apesar da sua libertação ter vindo pelas mãos de Yan Chihuo, Yanor não conseguia esquecer aquela cena. Era algo puro que se destacava em um ambiente onde a negatividade reinava de forma soberana.


Quando foi libertado, Yanor decidiu ficar com Yan Chihuo, para servi-lo, pois o seu retorno poderia prejudicar a humanidade e principalmente aquele que o libertou dos grilhões. Ele aceitou até mesmo receber uma marca que o impedia de falar sobre aquilo.


Contudo, depois de seguir Yan Chihuo e ficar escondido por algum tempo, Yanor também teve a sua oportunidade de usar a Singularidade, uma técnica que lhe fascinou e mostrou-lhe o potencial ilimitado que a humanidade tinha. 


O príncipe estava renovado, mais forte e com um novo propósito, porém, enquanto o seu novo mestre estava na Singularidade, aqueles que assumiram o lugar de Yan Chihuo buscaram a sua ajuda, e com o aval e as garantias de Daren, Yanor foi liberto da marca e solicitado a ajudar Decarius. Sua missão era retornar para casa; Provar o seu valor; Se vingar, se era isso o que ele queria; E formar uma aliança poderosa entre os humanos e os gigantes.

Ao se aproximar de Niflheim, Yanor sentia cada parte de seu ser vibrar em antecipação. O gigante de gelo, agora voltando ao seu lar, estava prestes a cruzar os confins de um reino coberto de neve eterna e gelo esculpido pelo tempo e pela presença de seus habitantes. 


Niflheim, um planeta de extrema beleza e brutalidade, era composto por diversos biomas que refletiam a diversidade e a complexidade de seus residentes. Além das vastas tundras e montanhas geladas, havia florestas petrificadas de cristal, vales ocultos exalando vapores congelantes, e rios que fluíam lentamente com águas tão frias que poderiam congelar qualquer substância em instantes.


O planeta era habitado por uma variedade de gigantes, cada tipo adaptado ao seu ambiente específico. Além dos gigantes de gelo como Yanor, havia os titãs de pedra, cujos corpos pareciam esculpidos das montanhas de Niflheim, os sombrios gigantes de nevoeiro, quase transparentes e etéreos, e os imponentes gigantes de tempestade, que caminhavam deixando um rastro de relâmpagos e trovões. Cada espécie tinha seu papel e status dentro da complexa hierarquia social de Niflheim, e Yanor sabia que unir tais forças sob uma única bandeira seria uma tarefa extremamente difícil..


O retorno de Yanor ao seu planeta natal foi marcado por uma mistura de admiração e terror. Enquanto seu tamanho gigantesco e aura imponente eram familiares, sua longa ausência gerou rumores e lendas sobre seu destino. A visão de Yanor caminhando através dos portões de gelo de Niflheim, que se erguiam majestosamente no horizonte, antes de ser entregue a Thor, foi um um momento macabro na história daquele lugar.


Ao reencontrar sua terra, uma onda de emoções consumiu Yanor. A beleza selvagem de Niflheim, com suas auroras brilhantes dançando no céu noturno e suas vastas extensões de gelo reluzente, despertou um sentimento de pertencimento que ele não sentia há séculos. Porém, a beleza de Niflheim estava tingida de melancolia, pois cada maravilha natural que reencontrava era um lembrete das traições e do sofrimento que havia experimentado.


Com o coração pesado, mas determinado, Yanor começou a reunir seus antigos amigos e aliados. Seu primeiro encontro foi com Bror, um titã de pedra, cuja força e lealdade eram lembradas por ele. Em uma caverna repleta de estalactites de cristal, eles se encontraram, trocando saudações formais antes de discutir os tempos tumultuados que se aproximavam.


"Bror, meu velho amigo… Você se lembra de mim?” Yanor perguntou.


“Yanor… Príncipe Yanor… É você mesmo!?” Bror estava perplexo por ver aquele gigante de gelo, porque aquela era uma visão que ele jamais pensou que veria, de novo.


“Sim… Bror! Eu sou o traído! Eu sou o príncipe que Niflhein entregou como oferenda! E eu sou a vingança que tomará o nosso reino das mãos daqueles que me traíram!” Yanor declarou com firmeza. Ele acreditava que nada poderia pará-lo, e se alguém tentasse fazê-lo, ele tinha confiança de que não estaria sozinho.


Bror, apesar de sua aparência rochosa, foi expressivo a ponto de mostrar que entendeu e que concordava com Yanor.


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