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Capítulo 697 - Renúncia de Sangue

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Tenham uma boa leitura!]


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Com a determinação forjada ao longo de séculos, Hakim retornou ao seu planeta natal, Decarius, acompanhado pelo Rei Salomão. A jornada de volta trouxe consigo uma mistura de sentimentos, pois, embora estivesse ansioso para confrontar Pemma Wangchuk e finalmente enfrentar o passado, Hakim também se despediria de um amigo leal e companheiro de jornada.


Por todo o caminho, Hakim olhava para trás, tentando se desapegar daquele Aasimar que lhe ensinou tanto.


Ao chegar a Decarius, Hakim se viu diante das majestosas montanhas que circundavam o território onde Pemma Wangchuck estava isolado do mundo. O ar estava impregnado de uma energia tensa, e o solo parecia ecoar com a história do passado tumultuado do planeta e daquele que era quase um com terra..


"Chegou a hora, Rei Salomão!" Disse Hakim, olhando para o horizonte com determinação e consciência de que estava pronto para o próximo passo, porque ele não era mais o mesmo homem que entrou na SIngularidade. E esse mesmo olhar determinado, continuou travado no horizonte enquanto ele continuava: "Preciso confrontar o meu passado e encerrar este ciclo de uma vez por todas!"


O Rei Salomão assentiu solenemente, compreendendo a complexidade do momento, enquanto dizia: "Estarei ao seu lado, meu amigo, até o fim! Mas antes de seguir adiante, permita-me expressar minha gratidão por sua companhia e amizade ao longo desses séculos. Você buscou pela luz e sabedoria de muitos mundos, e sua jornada ainda está longe de terminar."


“Rei Hakim, você carregará, agora, a responsabilidade de dar um futuro ao conhecimento que adquiriu aqui e comigo, e usar a sua sabedoria para manter essa tocha acesa, antes de passá-la para frente!”


Hakim sorriu, emocionado pela gentileza e apoio de seu amigo, e respondeu: "Agradeço suas palavras, Rei Salomão. Você tem sido um guia e um mentor para mim, e jamais esquecerei os ensinamentos que compartilhamos.”


“A sabedoria é uma chama que deve ser constantemente alimentada, senão ela se apaga… E eu prometo que irei alimentá-la todos os dias da minha vida e passá-la adiante, para outro que fará o mesmo!” 


“Você e os seus ensinamentos viverão comigo, Rei Salomão! Mas agora, devo seguir meu caminho e enfrentar meu destino!" Hakim finalizou.


Os dois amigos, os dois reis, se abraçaram calorosamente, compartilhando um momento de despedida silenciosa antes de se separarem depois de tantos anos.


Guiado por sua memória do passado e pelo conhecimento do futuro, Hakim avançou pelas montanhas, determinado a encontrar Pemma Wangchuk e confrontar os fantasmas que assombravam sua alma há tanto tempo.


Enquanto se aproximava do local onde sabia que Pemma estava isolado, Hakim refletiu sobre as complexidades do destino e da redenção. Apesar de sua raiva e desejo de justiça, uma parte dele se perguntava se Pemma poderia realmente mudar, se poderia encontrar paz e redenção após tantos séculos de violência e opressão.


Ele sabia que, no fim, Pemma Wangchuck encontrou essa paz, mas ainda assim era difícil de acreditar.  


Finalmente, Hakim avistou a figura solitária de Pemma Wangchuk nas profundezas das montanhas. O antigo tirano parecia mais calmo e cansado, carregando e medindo o peso de seus erros e arrependimentos.


O Tirano ainda tentava entender esses sentimentos. Depois de tantos anos vivendo sem nenhuma vergonha ou pudor, Pemma Wangchuck tinha um longo caminho pela frente até ser capaz de espiar verdadeiramente os seus pecados e crimes contra a humanidade.


Com passos firmes, Hakim se aproximou de Pemma, pronto para enfrentar seu passado e moldar um novo futuro para si. 


"Pemma Wangchuk…” Hakim chamou o Tirano enquanto seguia na direção de ele e completava: "Chegou a hora de acertar as contas!"


Pemma Wangchuck ergueu o olhar para Hakim, seus olhos refletiam uma mistura de surpresa e renúncia.


"Quem é você?" Perguntou o Tirano com sua voz carregada de incerteza.


Seja lá quem fosse aquele homem, Pemma Wangchuck já sabia que uma luta era iminente, porém, ele sequer conhecia aquela pessoa.


"Sou Hakim, filho de Decarius, regente de Gard, e vim aqui para confrontar o homem que causou tanto sofrimento e injustiça em meu mundo!” Hakim respondeu com um olhar penetrante que transmitia uma determinação inabalável.


Em silêncio, o monstruosamente forte, Pemma Wangchuck, mediu Hakim dos pés à cabeça, analisando não apenas a sua força e corpo, mas a sua linguagem corporal, o seu estado de espírito e o tamanho do seu rancor. E depois de fazer aquilo, o Tirano olhou no fundo dos olhos de Hakim, como se pudesse ver dentro de sua alma e, com uma confiança descomunal, manteve os olhos assim, sem piscar ou desviar o seu olhar.


Hakim fez o mesmo, olhando dentro dos olhos de Pemma Wangchuck, e enquanto os dois se encaravam, um silêncio pesado pairava entre eles, carregado com o peso de séculos de história e dor. Em meio ao tumulto de emoções e memórias que os envolviam, Hakim e Pemma se preparavam para um confronto que mudaria o destino de Decarius para sempre. Não naquele tempo, porque o Tirano não poderia mudar nada no futuro, mas Hakim, sim.


Consciente da força formidável de Pemma Wangchuk e de sua própria sabedoria acumulada ao longo de séculos, Hakim avançou com cautela, cada passo seu era calculado para não subestimar seu oponente. E enquanto se preparava para o confronto iminente, Hakim buscou acessar não apenas sua força física, mas também sua sabedoria interior, confiante de que a verdadeira batalha seria travada não apenas com lâminas e energia espiritual, mas com mente e alma.


"Pemma Wangchuk…" Começou Hakim, sua voz ressoava com autoridade e calma: "Eu venho não apenas como seu adversário, mas como alguém que busca compreender o homem por trás do tirano, o coração por trás da crueldade. Há muito tempo, Decarius sofreu sob o peso de sua tirania, mas hoje, estamos diante de uma oportunidade para reconciliação e redenção. Isso não fará nenhum sentido para você, mas para mim e para o meu povo, o povo que herdou as suas tradições hediondas, isso será como destruir os portões da nossa prisão.”


Enquanto Hakim falava, Pemma Wangchuk permanecia inicialmente em silêncio, seus olhos estreitavam em desconfiança. O orgulho do antigo tirano relutava em aceitar as palavras de seu adversário e sua falta de hostilidade, resistindo à ideia de que ele poderia ser capaz de redimi-lo de algo. As palavras de Hakim eram, de certa forma, até engraçadas para ele.


"Você fala de reconciliação e redenção como se fossem simples escolhas a serem feitas…" Retrucou Pemma com uma voz carregada de desdém, logo antes de completar: "Mas você não compreende a profundidade de meus pecados, nem a extensão de minha culpa. Decarius foi moldado à minha imagem e semelhança, e cada pedra aqui carrega o peso de meu passado; Cada ser conhece o meu nome; E o sangue que eu derramei e que outros derramaram em meu nome ou sob minhas ordens pode inundar muitos países."


Hakim permaneceu calmo diante da resistência de Pemma Wangchuck, havia expiação nas palavras dele e um resquício de culpa, também. 


Hakim, com uma postura muito diferente da que a idade que se apresentava transmitia, respondeu com calma e paciência. "Eu entendo que seus erros são muitos e graves, Pemma Wangchuck. Mas a verdadeira medida de um homem não está em seus pecados passados, mas em sua capacidade de se redimir e fazer o que é certo agora. Você tem o poder de escolher um novo caminho, de fazer as pazes consigo mesmo e com aqueles que você prejudicou."


Pemma Wangchuk franziu o cenho, seu orgulho ferido lutava contra a voz da razão dentro de sua mente e sua relutância em aceitar conselhos de alguém que se parecia com um garoto o fez responder: "Você fala de escolha, Hakim, como se fosse tão fácil. Mas eu vivi séculos mergulhado na escuridão, alimentando-me do medo e da dor dos outros. Como posso simplesmente abandonar tudo isso e abraçar a luz?"


Hakim olhou nos olhos de Pemma com serenidade, transmitindo uma profunda compreensão, e respondeu: "A luz está sempre presente, Pemma Wangchuck, mesmo nas mais profundas trevas. Tudo o que você precisa fazer é abrir os olhos que manteve fechados durante todos esses anos. Seu passado não define seu futuro, apenas você pode fazer isso. Não agora, não durante a sua vida, mas o que você decidir aqui, mudará os rumos da sua herança para sempre!"


Compreendendo a magnitude da decisão que precisava ser tomada. Hakim sabia que para quebrar o ciclo temporal e influenciar o curso da história de Gard, precisava de algo mais do que uma simples lembrança ou mensagem. Ele precisava de uma marca física que representasse a renúncia de Pemma Wangchuck às leis e tradições opressivas que havia estabelecido. Então, ele pediu: "Pemma Wangchuck, há uma maneira de você deixar uma marca duradoura, uma prova tangível de sua renúncia ao seu antigo regime… Você possui os diamantes de sangue, uma manifestação única de sua alma. Se você concordar em gravar sua renúncia nas minhas costas, com esses diamantes, isso se tornará uma relíquia viva que simbolizará a sua disposição de mudar e se redimir."


Pemma Wangchuck olhou para Hakim com uma mistura de surpresa e desconfiança, ponderando as palavras do outro homem. Ele sabia que isso significaria deixar uma marca permanente em alguém que estava destinado a influenciar o futuro das terras que um dia pertenceram ao seu império. No entanto, ele também entendia a importância daquele gesto, principalmente para os fanáticos, que ele conhecia muito bem, pois criou vários deles.


"Você está me pedindo para marcar você com minha renúncia?" Questionou Pemma Wangchuck com sua voz carregada de incredulidade.


Hakim assentiu com seriedade, seus olhos convictos chegavam a dar calafrios no Tirano, porque fazia muito tempo que ele não encontrava alguém tão determinado a algo quanto Hakim estava: "Sim, Pemma Wangchuck. Estou pedindo isso, porque acredito no poder simbólico dessa ação. Com sua renúncia gravada em mim, eu terei a autoridade moral e a influência necessárias para liderar Gard em direção a um futuro melhor. Ou no pior dos casos… Uma justificativa irrefutável para massacrá-los."


Pemma Wangchuck olhou com surpressa para Hakim. O garoto que ele pensou ter chegado no seu refúgio não era o cordeiro que ele imaginou, mas também não era um lobo. Hakim, aos olhos de Pemma, era alguém consciente do valor da paz e do diálogo, e estava pronto e disposto a usar a violência sem hesitar no caso do diálogo e a razão não funcionarem.


A disposição à violência de Hakim não era desmedida como a de Pemma Wangchcuk foi um dia. O rei de Gard transmitia ao Tirano a sensação de que mesmo quando agisse com violência, ele faria disso algo bom para muitos, e Pemma Wangchuck percebeu isso.


"Muito bem, Hakim. Eu vou gravar minha renúncia nas suas costas, com os diamantes de sangue…" Pemma Wangchuck respondeu com uma voz carregada de curiosidade e até simpatia.


Hakim agradeceu a Pemma com gratidão, reconhecendo o significado profundo da decisão que ele havia tomado. E com cuidado, ele se preparou para o procedimento, sentindo o peso da responsabilidade enquanto se preparava para receber uma marca que mudaria o curso da história de seu reino.



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