top of page
Garanta o seu exemplar.png

Capítulo 0708 - A Revolução das Máquinas

[Capítulo patrocinado por Daniel de Araujo Neto, Ewerthon Costa Damasceno, Davi Laureano Silva e Rian Paulo Nascimento. Muito obrigado pela contribuição!


ATENÇÃO: Um grupo de leitores no grupo do Telegram está organizando uma vaquinha para patrocinar os capítulos, de forma que muitos possam contribuir e ter capítulos diários. Se você não pode ajudar patrocinando um capítulo, entre no grupo do Telegram e ajude com o que puder, porque quanto mais pessoas aderirem, menor é o valor para todos. Venha para a nossa  comunidade! https://t.me/+UWRgnwu5qP0xYzMx


ATENÇÃO: OS EXEMPLARES FÍSICOS E DIGITAIS DO PRIMEIRO LIVRO DE O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NAS MAIORES LIVRARIAS DO BRASIL E DO MUNDO. APOIE O NOSSO TRABALHO E GARANTA JÁ UM EXEMPLAR TOTALMENTE REESCRITO E REVISADO, E COM TRECHOS INÉDITOS.


Uma lista de livrarias será disponibilizada em breve, e para demais dúvidas, entre em contato via redes sociais ou e-mail.


Quer ver um mangá de O Último Herdeiro Da Luz? Então, a sua ajuda é muito importante para que possamos alcançar novos limites!


Para patrocinar um capítulo, use a chave PIX: 31988962934, ou acesse https://www.ultimoherdeirodaluz.com/patrocinarcap para outros métodos de pagamento, que podem ser parcelados em até 3x sem juros.


Para ver as artes oficiais da novel, que estão sendo postadas diariamente, siga a página do Facebook https://www.facebook.com/Herdeirodaluz


Ou a página do instagram https://www.instagram.com/herdeirodaluz/


Todas as artes e outras novidades serão postadas nas nossas redes sociais, e vêm muitas outras por aí, então siga as nossas páginas e não perca a chance de mostrar à sua mente qual é o rosto do seu personagem favorito!


Ps: Cofrinho vazio, E o Pix mudou.


Tenham uma boa leitura!]


----------------------------


Com o alvorecer da nova era em Gard, Hakim, o Rei reformador que retornou há poucos dias, se posicionou na vanguarda de uma revolução sem precedentes. 


Desde a libertação dos deuses e o fim da guerra entre Pemma Wangchuck e a Dinastia Yang, não acontecia um evento semelhante àquele no planeta.


As mudanças que aconteciam em Gard ainda eram embrionárias a níveis planetários, mas elas certamente viriam, e essa nova visão de mundo e governança do rei Hakim seriam compartilhadas pelo mundo com gratidão, alegria, e mais inovações.


Inspirado pelos ensinamentos do Rei Salomão e dos Aasimares, Hakim introduziu inovações que desafiavam a estrutura tradicional de seu reino e da forma com que os humanos estavam limitados demais a viver apenas do uso da energia espiritual, equipando aqueles sem cultivo de energia espiritual com ferramentas para transformar suas existências.


A mudança mais rápida e visível era a mecanização da agricultura. Vastas áreas de terras agrícolas, antes dependentes da força braçal e de artistas marciais para trabalhar com a energia espiritual, agora eram aradas por tratores movidos por uma fusão de combustível convencional e energia espiritual. Essas máquinas, robustas e eficientes, permitiam que uma única pessoa realizasse o trabalho de dezenas, proporcionando um aumento sem precedentes nas perspectivas de produção de alimentos e reduzindo a dependência do reino de condições climáticas favoráveis e trabalho intensivo.


Hakim não parou por aí. Ele introduziu o conceito de transporte ferroviário, uma novidade absoluta para os habitantes de Gard. Trem após trem cruzaria o reino, conectando as várias cidades e vilarejos com uma eficiência que desafiava a compreensão dos mais velhos. Os trilhos, forjados com aço impregnado de energia espiritual, ofereciam durabilidade e estabilidade, enquanto os motores das locomotivas rugiariam através das vastidões de Gard, alimentados por combustíveis totalmente independentes de energia  espiritual, mas que poderiam ser otimizados com ela na maior parte do tempo. 


Isso era uma forma de livrar os sem cultivo da dependência dos artistas marciais, caso eles se recusassem a colaborar algum dia ou em locais específicos.


Nas cidades, as ruas seriam iluminadas por lâmpadas que capturavam e distribuiriam energia espiritual, tornando a noite tão clara quanto o dia e melhorando a segurança e a vida social, mas essas mesmas lâmpadas podiam funcionar através da eletricidade, que não dependia apenas de artistas marciais para ser obtida. 


Nas fábricas, máquinas movidas por engrenagens permitiriam a produção em massa de bens de consumo, reduzindo drasticamente o custo de vida e aumentando o acesso a produtos que antes eram considerados luxos.


Para os cidadãos de Gard, especialmente aqueles que nunca haviam manifestado habilidades espirituais significativas ou nenhum, essas mudanças significariam uma nova vida. Pela primeira vez, homens e mulheres comuns poderiam contribuir de maneira significativa para o bem-estar da sociedade, operando máquinas que requerem mais conhecimento técnico do que força ou habilidades espirituais.


No começo, os artistas marciais seriam de suma importância para a implementação rápida das ideias de Hakim, pois, com capacidades inegáveis, eles poderiam criar milhares de trilhos em um estalar de dedos, manipular o aço e outros minerais de forma muito precisa e eficaz, além de fornecer energia e contribuir muito em todos os outros processos de fabricação e manutenção necessários para que suas ideias ganhassem vida e rapidez.


No entanto, as inovações tecnológicas em Gard, embora inicialmente facilitadas pelos artistas marciais, logo se tornariam autônomas. O rei Hakim tinha visões futuristas onde todos em seu reino, independente das suas condições de nascimento, fossem capazes de viver com mais conforto e eficiência.


Embora as inovações tecnológicas promovidas por Hakim prometessem uma transformação radical, o processo de mudança era gradual e concentrava-se em áreas chave para garantir uma implementação eficaz e sustentável. Este período de transição era vital para preparar o terreno para uma revolução mais ampla, enquanto simultaneamente testava a viabilidade, a aceitação das novas tecnologias, e as adaptava às condições de cada lugar, bioma e etc.


Os primeiros tratores e equipamentos agrícolas haviam sido introduzidos em campos de teste selecionados perto da capital. Estas áreas serviam como vitrines para o potencial das máquinas, incentivando os céticos a verem, em primeira mão, os benefícios tangíveis dessas inovações. Hakim sabia que a aceitação popular e o sucesso desses projetos piloto seriam cruciais para a expansão futura das tecnologias em todo o reino.


Da mesma forma, a primeira linha ferroviária era uma construção em andamento, ligando a capital a uma das maiores cidades comerciais de Gard. Os trilhos, forjados por artistas marciais, estavam sendo colocados em um ritmo deliberado. Cada seção concluída era celebrada como um marco rumo ao progresso, e cada estação que surgia prometia ser um marco de uma nova vida econômica e social.


A iluminação das ruas, embora planejada para ser abrangente, começava em distritos chave, transformando áreas antes perigosas à noite em pontos de encontro seguros e agradáveis. Esta abordagem faseada não apenas facilitava a gestão dos recursos, mas também ajudava a população a se acostumar gradualmente com as mudanças no ambiente urbano.


Nos bastidores dessas inovações visíveis, uma rede de oficinas e centros de treinamento estava sendo estabelecida. Hakim estava ciente de que o sucesso a longo prazo de sua visão dependia da capacitação da população. Pessoas de todas as idades eram incentivadas a aprender sobre as tecnologias que estavam remodelando suas vidas. Esses centros ofereciam cursos que variavam desde a operação básica de máquinas até conceitos mais avançados de manutenção e reparo.


Enquanto Gard se adaptava lentamente às novas tecnologias, nem todos estavam contentes ou pacíficos com as mudanças propostas por Hakim. Longe dos olhos do público e das ruas iluminadas e seguras das cidades, uma reunião secreta estava sendo convocada. No coração do vasto deserto de Gard, líderes das antigas castas se reuniam sob o véu da noite, escondidos em túneis usados pelo submundo do reino.


Este encontro não era apenas uma conversa informal… Era o início de um movimento de resistência às mudanças. O local isolado no deserto era escolhido por sua privacidade, dificuldade de acesso e por ser do conhecimento de pouquíssimas pessoas, garantindo que as discussões fossem ocultadas dos espiões do rei, que desde o seu retorno estavam seguindo estes líderes. 


Os líderes das castas, descontentes com a perda de sua influência tradicional, tramavam formas de reverter ou ao menos controlar as mudanças que Hakim estava implementando. Eles não tinham nada a ganhar com aquelas mudanças, somente a perder.


"Essa tal revolução que Hakim está criando ameaça a estrutura de poder que sustentou Gard por gerações!" Argumentava um dos líderes, olhando para os outros reunidos: "Devemos encontrar uma maneira de garantir nossa relevância, ou seremos deixados para trás, como meros espectadores na história do nosso próprio povo."


Longe das luzes novas e dos trilhos de trem, uma conspiração que poderia determinar não apenas o futuro das castas, mas o do próprio reino de Gard tinha começado. E enquanto eles planejavam, as areias do deserto escondiam seus segredos, esperando para ver se o antigo regime poder encontraria seu caminho de volta à influência ou se seria ofuscado pela marcha incessante do progresso de Hakim.


"Essas inovações são uma afronta à ordem natural que rege nosso povo por séculos!" Começou Khalid, um dos mais influentes líderes de casta, sua voz, carregada de indignação, chegava a tremer quando ele falava de Hakim e dos sem casta: "Hakim pretende elevar esses... Seres inferiores ao nosso nível, oferecendo-lhes ferramentas e essas tecnologias que deveriam ser exclusivas dos mais fortes!"


Khalid enxergava as mudanças como uma afronta a eles e a todos os artistas marciais de alto nível.


Ao lado de Khalid, Mira, da casta Najjar, acenou concordando, antes de completar: "Ele subverte não apenas nossas tradições, mas o próprio equilíbrio de poder. Se qualquer um pode manejar uma máquina, qual o valor do cultivo e do esforço? Isso destrói a hierarquia que mantém nossa sociedade coesa!"


"A questão não é apenas de tradição ou poder…" Interveio Soren, um ancião da casta Vaishya, conhecido por sua perspicácia e não menos temeroso das implicações dessas mudanças: "É sobre controle! Se perdemos o controle sobre o cultivo da terra e a força laboral, perdemos o controle sobre o povo. Isso poderia levar a um levante dos sem casta, que sempre foram fáceis de governar devido à sua dependência."


Os murmúrios de acordo ecoavam pela câmara enquanto cada líder ponderava as palavras de Soren. Foi então que Layla, governante da casta Kshantriya, levantou-se com seu semblante tão duro quanto o aço que seus seguidores forjavam: "Então, qual é a nossa proposta? Reclamar das sombras enquanto nosso mundo é usurpado por esses... Inúteis elevados por máquinas?" Sua voz, embora contida, ardia com uma ferocidade extrema.


"Não!" Layla continuou, olhando firmemente para cada um dos presentes: "Nós devemos agir! Se Hakim pode usar essa tecnologia para fortalecer os fracos, nós podemos usar nosso conhecimento, nossa influência e nossos recursos para retomar o controle. Podemos sabotar essas máquinas, podemos influenciar os artistas marciais a se juntarem a nós, mostrando-lhes que sua relevância também está em jogo."


A sugestão de Layla acendeu uma nova faísca entre os líderes, que começaram a adicionar mais ideias a ela.


"E se formos mais longe?" Questionou Jafar, da casta Qadi, os defensores tradicionais das leis e da ordem em Gard: "Podemos não apenas sabotar, mas também controlar a distribuição dessas tecnologias. Se nós atuarmos como barreiras e filtros, podemos garantir que o acesso a essas inovações seja feito em nossos termos, não nos de Hakim."


Enquanto os líderes tramavam formas de impedir os planos de Hakim e manter-se nos mais altos níveis de poder e importância de Gard, Tariq, um dos presentes e líder da casta Karmakar, se levantou e alertou a todos: “Senhores… O que estamos discutindo aqui parece ser o início de um golpe de Estado… Vocês têm certeza que devemos prosseguir com isso?”


Quando aquele questionamento caiu, os líderes olharam para Tariq com raiva, e Layla, a autora da ideia, logo xingou: “Você é idiota!? É claro que isso é um golpe! Ou nós fazemos isso, ou seremos obrigados a conviver com a escória de Gard entre nós!”


Quando Layla terminou de falar, Tariq se sentou e estalos baixos começaram a soar naquele ambiente, mais precisamente do canto esquerdo, como se grãos de areia caíssem ao chão…


“Eu dei três opções a vocês… Abraçar as mudanças… Partir… Ou morrer… Duas delas ofereciam um futuro a vocês, mas vocês tinham que escolher a outra…” Daquele canto, uma voz calma e decepcionada soou enquanto os líderes viam a areia que caía revelar o corpo de um homem que esteve lá o tempo todo.


“Ha… Hakim…!?” Os olhos de Soren se arregalaram quando o rosto do rei de Gard emergiu daquele disfarce arenoso.


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
bottom of page