Capítulo 712 - O Conselho Divino
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A reunião dos Grandes Deuses, realizada nas profundezas de uma nebulosa esquecida, foi marcada por uma tensão palpável que vibrava como uma corda prestes a romper. O vasto Olímpio criado pelos divinos, adornado com a majestade de constelações distantes, servia de palco para um debate cujas consequências poderiam alterar o equilíbrio do universo conhecido.
Olhares cheio de segundas e más intenções eram trocados a todo instante pelos irmãos que simplesmente não conseguiam se dar bem. Ofensas e provocações eram o hino daquele encontro onde todos tentavam se impor e acreditavam com veemência que eram melhores do que todos os outros.
Naquela reunião que acontecia uma vez a cada vários anos, muitos temas importantes precisavam ser debatidos, pois a criação inteira estava passando por mudanças significativas e um dos pilares que garantiam o controle divino sobre tudo tinha caído. A lei de Geb foi revogada e ninguém sabia como ou onde isso aconteceu, porém, mesmo em um assunto crítico como aquele, os deuses não conseguiam chegar a um consenso ou ter a capacidade de discutir sem brigar ou subverter tudo.
Praticamente todas as figuras importantes do panteão estavam naquela reunião. Os Grandes Deuses se reuniam em peso para aqueles encontros, pois este era um dos únicos momentos onde a ‘família’ se reunia e as fofocas eram colocadas em dia.
Saber o que estava acontecendo em outros domínios, os erros e defeitos dos outros deuses estavam entre os principais motivos de todos marcarem presença nos encontros. Dali, eles retornavam para os seus domínios com egos inflados e motivos para provocar os outros por décadas.
A vida de um ser soberano e imortal como eram os Grandes Deuses era inevitavelmente fútil, haja vista que aquela raça não tinha grandes desafios ou metas, então, eventos muito banais ganhavam um nível de importância muito alto entre eles.
Se havia um objetivo maior entre os Grandes Deuses, talvez, esse objetivo fosse se provar melhor do que os outros. E isso atrapalha todo e qualquer debate importante entre eles.
Os murmúrios cresciam enquanto os Grandes Deuses tomavam seus lugares, a imponência de cada um rivalizada apenas pela desconfiança mútua que enchia o ar. Era Anúbis quem falava agora, com uma voz carregada de um sarcasmo mal escondido: "Então, meus irmãos, estamos reunidos novamente para discutir outro fracasso monumental sob nossa supervisão. Quem teria pensado que Geb, de todos os deuses, seria o próximo a nos dar dor de cabeça?"
Hórus, com seus olhos que penetravam as sombras de cada alma presente, imediatamente respondeu com uma frieza calculada: "Anúbis, sempre o primeiro a apontar o óbvio e o último a oferecer soluções. Talvez se você passasse menos tempo julgando e mais tempo observando, poderíamos ter previsto isso."
Anúbis, com um olhar típico de rivalidade com Hórus, fitou o deus enquanto respondia em tom irônico: “Não é a minha função natural observar ou caçar… Talvez, alguém aqui tenha falhado no seu dever, não é!?”
Hércules, cuja presença imponente dominava a cena, levantou-se com firmeza para silenciar a disputa iminente, dizendo: "Chega de disputas frívolas! O que importa agora é entender como a Lei de Geb foi revogada sem nosso conhecimento. Esta é uma questão que ameaça a fundação do nosso controle sobre a criação e a nossa missão universal."
Hefesto, com a paciência claramente se esgotando, bateu seu martelo com força suficiente para fazer a constelação mais próxima tremer e acrescentou: "Estamos falando de um deus que uma vez liderou nosso panteão! Não é de se admirar que ele possa ter sobrevivido até hoje, mas como e porquê ele revogou a sua lei? A questão que nós devemos tratar aqui é, o que vamos fazer sobre isso?"
Loki, sempre o provocador, sorriu maliciosamente e jogou lenha naquela fogueira antes de introduzir o assunto que tinha para levar aos seus irmãos, dizendo: "O que sempre fazemos, Hefesto. Jogamos uns contra os outros até que uma solução caia do céu, literalmente. Talvez devêssemos começar a considerar que não sabemos tudo o que acontece sob nossos narizes."
Freya, sempre mais diplomática, tentou guiar a conversa para um terreno mais produtivo e impedir que Loki começasse um bate boca sem volta, dizendo: "Não devemos perder de vista o problema maior aqui. Geb desapareceu, Heimdall também, e agora uma lei que define a física de nossa criação foi alterada. Isso sugere uma ameaça que não podemos ignorar. Precisamos de uma estratégia coordenada, não de mais brigas internas."
Hórus, cujos olhos viam além do que o senso comum podia enxergar, concordou, porém, ele acabou incitando uma desconfiança interna: "Freya tem razão. Nosso inimigo pode ser alguém que conhece nossas fraquezas internas. Talvez até alguém entre nós."
Aquela insinuação causou um tremendo alvoroço, com várias divindades levantando suas vozes em protesto.
Sem acusar diretamente um deus específico, Hórus acabou por acusar todos.
Uma longa troca de ofensas e acusações começou. Os deuses apontavam uns para os outros e discursavam sobre os seus defeitos enquanto tentavam jogar as desconfianças uns aos outros. Hórus, bombardeado de críticas e acusações que retornaram a ele, viu a bagunça que tinha criado, mas não conseguia mais se retratar, pois, no meio de todos aqueles gritos, a sua voz não podia mais ser escutada.
A situação ficou caótica por bastante tempo, porém, uma voz que se destacou nessa nova geração de deus se levantou como um estrondo, calando todos os outros enquanto repreendia: “Silêncio, suas malditas crianças irresponsáveis!”
Balder, em seu grito, fez um silêncio mortal surgir naquele ambiente. Todas as discussões se transformaram em olhares odiosos para ele que, mesmo assim, parecia não se importar com o que os outros poderiam tentar contra ele, e disse: “Mais uma vez, vocês se distraem e fogem de um assunto importante sem nem perceber o que fazem! Nós temos grandes problemas, como Geb e Heimdall, que há milênios não é visto e não se reporta a nós de forma alguma. Sendo assim, o que vocês acham de começarmos a resolver os problemas em vez de continuar criando mais deles!?”
As palavras de Balder carregavam uma verdade inegável. Alguns deuses queriam refutá-las, enquanto outros pareciam ter escutado e entendido isso. E foi nesse momento de silêncio, entre uma resposta ou ofensa que Poseidon clamou a todos: “Balder usa as palavras erradas e falta com respeito a todos nós, mas o que ele diz é verdade… A situação caótica que está começando no universo tende a ficar cada vez pior, e precisamos entender como isso aconteceu, onde aconteceu e porquê aconteceu! Heimdall é o único que pode nos dar a resposta… Ele provavelmente sabe a resposta neste momento, mas se oculta de nós e age como se estivesse diretamente envolvido nisso.”
Poseidon criou um ambiente neutro onde o foco das acusações se tornou Heimdall, e isso logo trouxe à tona muitas desconfianças dos deuses.
Thanatos, com um olhar astuto, sugeriu: "E se Heimdall foi silenciado porque sabia demais? E se Geb encontrou um fim semelhante?"
Ares, sempre observador e propenso ao conflito, falou de sua posição afastada: "Devemos considerar todas as possibilidades. Inclusive a de que estamos sendo manipulados para desconfiar uns dos outros, enfraquecendo nossa união."
Loki, incapaz de resistir a atiçar o fogo, provocou, mais uma vez: "Ah, a ironia! Divindades que controlam galáxias inteiras, mas incapazes de manter a ordem em uma reunião. O que diria a nossa mãe se nos visse agora?"
A tensão aumentou conforme cada deus apontava as inseguranças e falhas uns dos outros. E Kitsune finalmente propôs uma medida drástica: "Precisamos de uma expedição para encontrar Heimdall e descobrir o que aconteceu com Geb. Isso encerrará essa discussão e trará à luz qualquer conspirador ou rebelde!”
“E Loki, como você parece tão preocupado com a nossa eficácia, você liderará." Kitsune sugeriu logo em sequência.
A sugestão de Kitsune foi recebida com reações mistas, mas um senso de direção foi estabelecido. Loki aceitou a tarefa com um aceno sombrio, seu sorriso externava a sua vitória naquela discussão, enquanto ele dizia: "Com prazer, irmãos. Vamos descobrir se algum mundo está realmente contra nós, ou se somos apenas nós contra nós mesmos."
Os deuses olharam para Loki em silêncio, dando a entender que um consenso tinha acontecido ali, porém, Loki, mais uma vez, abriu a sua boca para trazer outra discussão à tona: “Antes de começar essa missão, eu quero o apoio de vocês para investigar outro assunto… Zeus!”
Quando Loki falou aquilo, os deuses se olharam com desconfiança e confusão.
Por que Loki desejava se meter com Zeus? Essa pergunta ecoava nas mentes deles, antes de Loki explicar, dizendo: “Eu me deparei há pouco tempo com humanos muito longe de Decarius… Isso, somado a mais uma ausência dele em nossas reuniões, tem me deixado intrigado quanto à segurança dele ou a sua capacidade de cumprir a missão que lhe foi dada…”