Capítulo 795 - Conduzidos
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O céu escureceu enquanto os Guardiões Imperiais retornavam a Andros, a atmosfera carregada de tensão e incerteza era pesada. Yang Feng, Yang Chao e Yang Gengi estavam concentrados em sua missão, conduzindo Yang Yin e Yang Fen, agora contidos pelos selos, para uma prisão subterrânea fortificada no coração do planeta.
Construída na época em que a guerra contra Pemma Wangchuck estava em seu auge, a prisão subterrânea de Andros, conhecida como a "Cripta da Verdade", era um lugar reservado para aqueles considerados as maiores ameaças à Dinastia Yang. Escavada até às profundezas do planeta, suas paredes eram revestidas com matrizes de selos que prejudicavam qualquer manifestação e circulação de energia espiritual. Apenas os Guardiões Imperiais tinham o conhecimento e o acesso a essa área, e mesmo entre eles, apenas três tinham permissão para utilizá-la.
Yang Feng, com uma expressão impenetrável, guiou os prisioneiros pelos corredores escuros e úmidos até duas celas separadas. As portas de aço reforçado, com metros de espessura, se fecharam com um som metálico. Ele observou atentamente enquanto Yang Chao e Yang Gengi ativavam as barreiras adicionais que cercariam as celas, garantindo que qualquer tentativa de fuga fosse impossível. Mesmo com os selos ativos, eles não poderiam correr riscos.
Yang Feng cruzou os braços e fixou seu olhar fixo em Yang Yin, cuja expressão não havia mudado desde o anúncio de sua prisão. Ele sabia que qualquer palavra vinda dele poderia ser uma armadilha, mas o interrogatório era necessário. Com um sinal de cabeça, ele permitiu que Yang Chao iniciasse o interrogatório.
Yang Chao aproximou-se da cela de Yang Yin, e por uma pequena fresta, sua voz retumbou pela cripta: "Vocês estão aqui por suspeita de traição. Isso não é um julgamento. É uma oportunidade para vocês provarem sua lealdade à Dinastia. Explique-se, Yang Yin. O que realmente aconteceu na Singularidade? E por que voltaram… Diferentes?"
Yang Yin ergueu os olhos lentamente, com seu olhar afiado cravado em Yang Chao e ausente de medo. Ele permaneceu em silêncio por um longo momento antes de responder, com sua voz baixa e calculada: "Diferentes? Talvez vocês sejam os únicos que não mudaram. A Singularidade nos molda, nos aperfeiçoa, nos transforma. Talvez seja isso o que vocês temem… O que vocês não compreendem. Quanto à traição, não há nada para explicar. Somos leais à Dinastia Yang. Fomos e sempre seremos."
Yang Fen, na cela ao lado, mantinha sua postura calma e calculista. E ele falou antes que Yang Chao pudesse retrucar: "Tudo o que fizemos foi para a proteção da Dinastia. Se não conseguem ver isso, talvez o problema esteja com vocês."
Yang Gengi, observando a interação, interveio com uma frieza analítica: "Vocês falam de lealdade, mas agem de forma suspeita e se negam a ser claros. Com quem vocês se aliaram fora de Andros? Fale, Yang Yin, ou as consequências de seus comportamentos serão graves."
Yang Yin sorriu levemente, um sorriso que não alcançou seus olhos. Ele era o mais novo dos Guardiões Imperiais, o último a entrar nas fileiras daquela elite, mas sua postura era incompatível com a sua situação. Ele exalava calma e uma confiança que beirava a soberba. Sua voz, que não tremulava mesmo sob aquelas ameaças, era baixa, como se ele conduzisse o tom de voz e os padrões de calma do interrogatório: "Alianças? Que tipo de Guardiões seríamos se precisássemos de aliados externos? Não subestimem a Singularidade. Ela nos deu… Clareza, foco e assertividade. Se isso é uma ameaça para vocês, talvez seja porque já perceberam que as suas limitações são maiores do que as nossas."
Depois daquela resposta, o interrogatório continuou por mais algum tempo, mas não revelou nada além de juras de lealdade e provocações veladas. Yang Feng, Chao e Gengi começaram a perceber que não obteriam mais informações, não naquele dia. Eles decidiram, então, encerrar o interrogatório e se retirar para discutir a situação.
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Na superfície, enquanto os regentes se concentravam na Cripta da Verdade, Silence, Nocturne e Star, seguiam as pistas deixadas por Yang Yin e Yang Fen. Os três eram conhecidos por sua habilidade em trabalhar nas sombras, mas mesmo eles encontravam dificuldades depois que Silence foi descoberto por Yang Yin. As pessoas com quem os dois Guardiões haviam interagido antes de serem presos pareciam comuns até demais, agindo cotidianamente como se soubessem que estavam sendo vigiadas.
Silence, no meio de um beco estreito onde o silêncio era interrompido apenas pelo som ocasional de passos apressados, parou de repente quando viu um vulto passar adiante.
Sem identificar quem era o vulto, mas seguindo na direção dele, ele notou uma marca quase imperceptível no chão, um sinal que só alguém treinado perceberia.
"Eles deixaram um rastro intencional…" Sussurrou Silence, observando a marca com olhos atentos. Alguém que se movia tão rápido e com tanta cautela jamais deixaria aquele tipo de rastro: "Isso não é um erro. Eles querem que os sigamos até algum lugar."
Nocturne, que estava em uma posição elevada, observando a área com um olhar calculista, respondeu: "Eles estão jogando um jogo de sombras, Silence. Eles sabem que estamos aqui. Talvez seja hora de virar o tabuleiro."
Star, movendo-se furtivamente por entre as multidões, parou ao lado de Silence e comentou: "Se isso é uma armadilha, não devemos cair nela. Mas se não seguirmos… Talvez percamos a chance de entender o que eles realmente planejam."
Silence levantou o olhar e observou o ambiente ao redor. As sombras dançavam nas paredes, vestígios falsos eram plantados, e ele sabia que o tempo era um inimigo. Contudo, era necessário seguir em frente, mas com certas condições.
"Nós não somos caçadores nem presas. Somos sombras. Vamos seguir o rastro, mas com uma condição: Faremos isso no ritmo deles, mas na nossa própria realidade e termos!" Silence avisou.
Nocturne assentiu, percebendo a profundidade do plano de Silence, e comentou: "Vamos ver até onde eles pensaram que poderiam nos levar."
Silence, Nocturne e Star continuaram a seguir o rastro deixado intencionalmente por aquele vulto. Mesmo sabendo que poderiam estar sendo conduzidos a uma armadilha, a determinação deles em desvendar o que Yang Yin e Yang Fen estavam realmente planejando era inabalável. A cada passo que davam, o ambiente ao redor parecia se tornar mais sombrio, as sombras das construções se alongavam, criando formas distorcidas que pareciam vigiar cada movimento dos espiões.
O rastro os levou até uma parte da cidade que era conhecida por ser pobre e quase deserta, um lugar onde poucos entravam. Era um labirinto de ruas estreitas e becos sem saída, um cenário perfeito para uma emboscada. Mas Silence, Nocturne e Star se moviam com a confiança de quem conhecia as suas próprias capacidades.
Ao virar uma esquina, Silence parou subitamente, levantando a mão para sinalizar aos outros que ficassem em alerta. Lá, no fim do beco, estava o vulto que eles vinham seguindo. Era uma figura esguia, envolta em um manto marrom que se misturava com as sombras ao redor. Apenas os contornos de seu corpo podiam ser vistos, mas era claro que estava ciente de sua presença.
O trio de espiões se aproximou cautelosamente, mas ao mesmo tempo, eles notaram algo estranho. O vulto não estava fugindo nem mostrando sinais de confronto. Em vez disso, a figura permaneceu imóvel, como se estivesse esperando por eles.
Silence estreitou os olhos, tentando decifrar o que estava acontecendo. Ele deu um passo à frente e questionou: "Quem é você? E por que nos trouxe até aqui?"
A figura se virou lentamente, revelando uma mulher com um rosto parcialmente oculto pelo capuz do manto. Seus olhos brilhavam com uma luz esverdeada, e seu sorriso era lindo e enigmático.
"Vocês são bons… Muito bons…" Ela disse com uma voz suave, mas que ecoava nas paredes estreitas ao redor, antes de prosseguir: "Mas não tão bons a ponto de deixar um de vocês vigiando os outros."
A mulher se referia aos outros alvos que os três observavam, e antes que Silence pudesse responder, ela ergueu uma mão e fez um gesto no ar. Imediatamente, uma fenda se abriu atrás dela, uma rachadura no espaço que não era fruto de uma simples técnica de deslocamento espacial, mas de algum artefato muito mais furtivo.
Nocturne, observando a situação de sua posição elevada, tentou identificar a natureza da fenda, mas não conseguiu discernir sua origem: "Isso… Isso não é uma técnica comum. Ela está manipulando o espaço de uma forma que nunca vi antes."
Star, a fim de conseguir alguma resposta, avançou na direção da mulher enquanto avisava: "Ela está fugindo. Não podemos deixá-la escapar!"
Silence, percebendo que não havia tempo a perder, também deu um passo à frente, tentando alcançar a mulher antes que ela desaparecesse. Contudo, a figura misteriosa apenas riu, um som que era ao mesmo tempo doce e irritante, que reverberou pelo beco. "Nós estamos por toda parte. Entre os seus amigos, inimigos e heróis..."
Com essas palavras enigmáticas, a mulher deu um passo para trás, entrando na fenda. O espaço ao redor dela imediatamente distorceu-se, como se estivesse sendo puxado para um lugar distante, e em um piscar de olhos, ela desapareceu completamente. A fenda se fechou logo em seguida, deixando o trio de espiões sozinho no beco escuro, com mais perguntas do que respostas.
Silence abaixou a mão lentamente, com seus olhos ainda fixos no lugar onde a fenda estava, e comentou: "Isso não foi um mero erro. Ela queria que soubéssemos que estamos sendo observados e que eles têm um plano."
Nocturne desceu de sua posição, aproximando-se dos outros, e avisou: "Precisamos voltar e relatar isso imediatamente. Se eles têm o poder de manipular o espaço dessa forma, sem deixar rastros, estamos lidando com algo muito mais perigoso do que imaginávamos."
Star, ainda olhando ao redor, como se esperasse que outra fenda se abrisse, murmurou: “Eles estão testando nossas reações."
Silence assentiu, concordando com os outros: "Vamos sair daqui. Precisamos informar Yang Feng e os outros sobre o que descobrimos. E mais importante, temos que calcular se esse é um problema que afeta apenas a Dinastia Yang ou está enraizado em outras nações."
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De volta à sala de reuniões, Yang Feng, Yang Chao e Yang Gengi se encontraram para discutir o que havia acontecido. Yang Chao foi o primeiro a falar, ainda frustrado com o interrogatório sem resultados: "Eles estão jogando conosco. Sabem mais do que dizem, mas não podemos forçá-los sem provas concretas. Precisamos estar prontos para qualquer eventualidade."
Yang Gengi, ponderou: "Yang Yin sempre foi talentoso, talvez o mais talentoso de todos nós. A Singularidade pode ter amplificado isso, mas também pode tê-lo mudado de maneiras que não podemos compreender. Ele é perigoso, mas não podemos tratá-lo como inimigo sem uma causa justa. Se errarmos, poderemos causar uma rachadura irreparável na Dinastia."
Yang Feng, que havia se mantido em silêncio até então, finalmente falou: "O que vimos hoje é apenas a ponta do iceberg. Precisamos manter um olho constante sobre eles, mas também preparar-nos para o pior. A Dinastia Yang não pode se permitir ser destruída de dentro para fora. Vamos fortalecer nossas defesas, intensificar as investigações e, se necessário, agir com força total. Mas até que saibamos mais, manteremos a vigilância constante nos nossos cidadão e em qualquer um que saia da Singularidade, principalmente aqueles que entraram junto com os dois. Yang Yin e Yang Fen não estão mais do nosso lado, eu posso sentir isso, mas também não são inimigos declarados. Precisamos estar prontos para quando essa linha for cruzada. A nossa resposta deve ser desproporcional e dissuasiva para qualquer outro que cogitar a ideia de nos trair no futuro."
Após aquela fala do líder dos Guardiões Imperiais, os três pensaram por alguns momentos, e reunião se encerrou com um silêncio horripilante.