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Capítulo 809 - Ativo Valioso

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Tenham uma boa leitura!]


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No frio intenso de Uhr'Gal, Cruz permanecia sozinho na jaula, aguentando as dores que aumentavam a cada minuto. De longe, Yang Chao observava tudo, impotente e incomodado com a situação em que seu aliado se encontrava. Ele sabia que Cruz estava sofrendo muito mais do que deveria, sem ao menos ter sido julgado. Vendo uma necessidade de intervir ou pelo menos tentar fazer algo, ele se dirigiu diretamente a Shara’Kala, acreditando que agora, sem uma grande plateia assistindo, algo poderia ser feito.


"Khan Shara’Kala…" Yang Chao começou, com sua voz carregada de uma combinação de urgência, preocupação e súplica: "Eu peço que me permita tratar os ferimentos do Cruz, pelo menos um pouco. Como cultivador da vida, sou capaz de curar seus ferimentos sem afetar a integridade de sua prisão ou interferir em sua punição. Ele não pode chegar ao julgamento nessas condições."


A Khan olhou para Yang Chao, com sua expressão endurecida pela responsabilidade de liderar seu povo. Insensível a pensamentos contrários às tradições e modos de vida orcs, ela respondeu: "Não há tratamentos para prisioneiros na jaula! Qualquer um que seja colocado ali deve sofrer as consequências de seus atos até o julgamento ou a morte. Esta é a lei dos orcs, e não permitirei exceções!"


Era difícil conversar com Khan. A sua fidelidade aos princípios de seu povo eram incontestáveis e ela não aceitava recuar sequer um passo em suas decisões. Contudo, Yang Chao não desistiu facilmente, e tentando apelar para o bom senso, argumentou: "Khan, eu entendo suas tradições, mas me deixe lembrar que Cruz ainda não foi julgado. Condená-lo a sofrer assim antes de qualquer veredito não é justiça, mas crueldade. Permitir que eu cuide dele não enfraquece sua posição, apenas assegura que ele possa ser julgado adequadamente, em condições dignas."


Os argumentos de Yang Chao eram bons e condizentes com a verdade, mas a expressão de Shara’Kala não mudou, porém, havia um breve lampejo de dúvida em seus olhos, que rapidamente foi escondido. Ela sabia que Yang Chao estava certo em parte, mas os costumes orcs eram rígidos, e qualquer desvio seria visto como fraqueza. 


O crime que estava sendo julgado ali era um genocídio, e agir de qualquer forma benéfica com o culpado que foi reconhecido por testemunhas era inaceitável para qualquer um, seja ele Khan ou não.


"Ele está na jaula porque as evidências contra ele são claras!" Ela retrucou, com sua voz agora um pouco mais defensiva: "Não há inocente algum preso em Uhr'Gal, não depois do que aconteceu. O povo precisa de justiça, Yang Chao, e aquele humano foi o autor de um crime hediondo contra toda a minha raça."


Yang Chao, percebendo que estava em um impasse com Shara’Kala, que ela não iria mudar de ideia ou ceder mesmo que só um pouco, decidiu levar sua súplica diretamente ao conselho dos Anciões. 


Depois de cumprimentar a Khan, Yang Chao se virou e caminhou em direção ao local onde os anciões se reuniam, determinado a mudar aquela decisão que ele considerava injusta.


Ao entrar na sala do conselho, Yang Chao encontrou os sete anciões orcs em profunda discussão. Eles imediatamente pararam ao vê-lo entrar e, antes que ele pudesse falar, o líder dos anciões se levantou, falando com uma voz carregada de autoridade: "O que você busca aqui, Yang Chao? A nossa confiança em você e na sua raça não está nada boa."


Yang Chao, com uma postura respeitosa, mas determinada a ajudar Cruz e a aliança, respondeu: "Senhores, peço que reconsiderem a situação de Cruz. Ele ainda não foi julgado, mas já está sendo tratado como culpado. Eu não questiono vossas leis, mas acredito que permitir que ele seja tratado adequadamente é um ato de verdadeira justiça, algo que beneficiará tanto os orcs quanto a humanidade."


Os anciões trocaram olhares. Acenos negativos aconteceram da parte de todos, e o líder respondeu, com firmeza: "Nossas leis são claras, Yang Chao. Apenas os culpados são colocados na jaula, e Cruz foi reconhecido por múltiplas testemunhas. Ele deve sofrer as consequências de suas ações até o julgamento. Não há exceções para essas regras."


Yang Chao sentiu a frustração crescer dentro de si, parecia que não havia a quem recorrer para que a situação de Cruz se tornasse pelo menos humana, mas ele sabia que precisava manter a calma. E assim como ele argumentou com a Khan, ele perguntou aos anciões. "E se ele for inocente? Não seria um erro irreparável puni-lo de maneira tão severa antes mesmo que a verdade seja conhecida?"


Dessa vez, após o questionamento, outro ancião, com uma voz grave e envelhecida, se levantou e respondeu: "Em nossa cultura, quando alguém é colocado na jaula, é porque sua culpa é quase certa. A jaula é apenas uma formalidade antes da execução. Não temos o costume de enviar inocentes para ela."


Yang Chao, percebendo que argumentar com lógica não estava surtindo efeito, tentou apelar ao lado humano, ou melhor, ao lado mais sensível da situação. Ele se voltou para Shara’Kala, que estava presente, observando a interação dele com os anciões, e tentou alcançar qualquer dúvida que ainda existisse dentro dela.


"Khan Shara’Kala…" Ele começou, suavizando sua voz: "Você, mais do que qualquer um aqui, conhece o fardo de liderar um povo. Sabe que decisões como essa não são fáceis, e que às vezes a dúvida pode se infiltrar em nossos corações. Durante a jornada até aqui, você começou a questionar a culpa de Cruz, mesmo que por um breve momento. Por favor, não ignore essas dúvidas."


Os anciões olharam para Shara’Kala, esperando que ela negasse categoricamente as palavras de Yang Chao. No entanto, a Khan permaneceu em silêncio por alguns instantes, com seu olhar desviando para o lado, como se estivesse considerando o que fora dito. Mas rapidamente, ela endureceu sua postura novamente, tentando suprimir qualquer sinal de incerteza.


"A lei é clara…" Shara’Kala respondeu, com um tom firme, mas levemente vacilante: "Minhas dúvidas, se existissem, não podem se sobrepor ao que é justo para o meu povo. Cruz permanecerá na jaula até o julgamento. Se ele for realmente inocente, a justiça prevalecerá, mas até lá, ele não terá privilégios."


Yang Chao percebeu que, mesmo que houvesse uma dúvida latente na mente de Shara’Kala, o orgulho e o dever para com seu povo falavam mais alto naquele momento. Ele respirou fundo, aceitando temporariamente a derrota, mas ainda determinado a encontrar uma maneira de ajudar Cruz.


"Entendo…" Yang Chao respondeu finalmente, com sua voz carregada de decepção, mas também de respeito, antes de pedir: "Espero que, quando esse julgamento ocorrer, a verdade venha à tona, independentemente de onde ela leve. E que a justiça seja feita, acima de tudo."


Os anciões assentiram, e o líder falou com um tom que encerrava a discussão: "Que assim seja, Yang Chao. Agora, vá e prepare-se para o que está por vir. O julgamento de Cruz não tardará."


Escoltado por Shara’Kala, Yang Chao deixou a sala com o peso da frustração em seus ombros, mas também com a firme resolução de que faria o possível e o impossível para provar a inocência de Cruz. Ele sabia que o tempo estava se esgotando, e que cada segundo perdido tornava a situação mais difícil. Mesmo assim, ele não iria desistir.


Enquanto Yang Chao lidava com a frustração de não conseguir aliviar o sofrimento de Cruz, a cena cortava para Hatori, que se encontrava em um dos locais devastados pelo suposto ataque de Cruz. O cenário ao seu redor era desolador: Ruínas e cinzas cobriam o solo, enquanto o cheiro de morte ainda persistia no ar. Hatori observava atentamente, procurando por qualquer pista que pudesse indicar o verdadeiro culpado. Ele sabia que encontrar a prova certa poderia ser a chave para libertar Cruz da jaula e das acusações que o cercavam.


Hatori, determinado a encontrar algo concreto, examinava cuidadosamente os vestígios de energia espiritual que ainda persistiam no ambiente. E seus olhos se estreitaram quando ele percebeu algo diferente… A assinatura de uma energia espiritual muito mais forte do que as outras. Era uma presença intensa, mas que parecia disfarçada em meio ao caos. No entanto, a complexidade dessa energia era um desafio até para ele, e Hatori sentiu uma onda de frustração tomar conta dele ao perceber que, por mais que tentasse, não conseguia decifrar a natureza exata dessa energia.


O peso da responsabilidade começou a cair sobre seus ombros, pressionando-o a ter algum resultado rápido, e ele cerrou os punhos, irritado consigo mesmo. 


“Como posso não conseguir? Cruz está dependendo de mim…” Murmurou Hatori, com os pensamentos fervilhando em sua mente. Ele sabia que estava perto de algo importante, mas não conseguir acessar aquela e rastrear assinatura de energia espiritual o deixava à beira do desespero.


Foi nesse momento, enquanto Hatori refletia sobre o que mais poderia fazer, que um brilho suave surgiu em seu bolso. Ele então retirou o amuleto de transmissão sonora que Zao Tian havia lhe entregado antes de partir, e este não era um amuleto comum… Era uma criação de Zao Tian, especialmente projetada para manter a comunicação em qualquer lugar, mesmo nas distâncias intergalácticas em que se encontravam.


O amuleto vibrava, e a voz de Zao Tian emergiu, clara e poderosa, como se ele estivesse ao lado de Hatori: “Hatori, como estão as investigações? Alguma novidade sobre o verdadeiro culpado?”


Hatori suspirou, deixando sua frustração transparecer em sua resposta: “Encontrei uma assinatura de energia espiritual que é muito mais forte do que o normal. Algo aqui é estranho, mas eu não consigo identificar com precisão. Pode ser algo, mas estou no escuro.”


Zao Tian fez uma pausa quando escutou aquilo, ponderando sobre as palavras de Hatori. Ele sabia o quanto seu aliado estava se esforçando e como a pressão era intensa.


Zao Tian, após uma breve pausa, sugeriu algo que ele já queria ter feito desde quando Hatori partiu de Decarius: “E se Ye Yang ajudasse? Ele tem a capacidade de enxergar a energia espiritual de uma forma única. Ele poderia detectar algo que esteja escondido para nós, mas que é claro como o dia para ele.”


Hatori considerou a ideia. Ye Yang tinha os mesmo olhos que Yang Hao, e suas habilidades visuais lhe permitiam ver o fluxo de energia espiritual como ninguém mais podia. Ele seria um trunfo importante nas investigações, mas havia um obstáculo… Os orcs permitiriam que mais alguém interferisse?


Antes que pudesse responder, Hatori olhou para o lado. Grok, o observador orc designado para acompanhar as investigações, estava ali, e sua opinião era fundamental para ambos os lados. 


Grok, sempre silencioso desde que foi designado àquela função, observava a situação com uma expressão impassível, mas seus olhos demonstravam que ele estava prestando atenção em cada palavra trocada.


Quando Hatori olhou para ele, Grok fez um leve aceno com a cabeça, sinalizando sua aprovação. Embora fosse um observador, ele compreendia a importância de descobrir a verdade. 


“Se esse Ye Yang pode ajudar, então que assim seja…” Grok disse em uma voz profunda e firme. “A verdade deve ser revelada, e se esse humano tem habilidades que nós não possuímos, devemos utilizá-las. A justiça de Uhr'Gal é justa, mas também deve ser precisa.”


Hatori sentiu um alívio imediato quando escutou aquilo. Ter o consentimento de orc que estava realmente atrás da verdade era uma vitória gigantesca para ele, e principalmente para Cruz, que estava lutando pela sua vida naquela jaula.


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