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Capítulo 820 - Corrida Contra o Tempo

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Tenham uma boa leitura!]


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O tempo era implacável, avançando a cada segundo enquanto Ye Yang e Jaha se mobilizavam com uma urgência desesperadora. Faltavam apenas nove horas para o fim do prazo estabelecido por Zao Tian. Cada minuto que passava sem respostas concretas era um passo a mais em direção ao confronto inevitável. Eles tinham até o fim daquele dia para dar algo a Zao Tian, caso contrário, uma visita nada amistosa de Zao Tian a Uhr’Gal aconteceria.


Grok, a pedido dos três, havia deixado eles para falar com a Khan Shara’Kala e os anciões. Ele estava determinado a cumprir a promessa de interceder por uma reunião entre Ye Yang, Jaha, e Cruz, ainda que fosse contra seus próprios instintos de líder guerreiro. Seu orgulho era forte, mas as palavras de Ye Yang ainda ecoavam em sua mente, plantando uma semente de preocupação que ele não conseguia ignorar.


Enquanto isso, na jaula onde Cruz estava preso, Yang Chao observava a movimentação dos guardas e dos anciões com um misto de frustração e esperança. Ele vinha tentando, há dias, convencer os orcs a tirarem Cruz da jaula, argumentando que mantê-lo ali era uma afronta à honra de qualquer ser vivo e uma punição antecipada a alguém que não teve a sua culpa provada. Contudo, seus apelos até agora foram em vão.


Quando Yang Chao viu Grok entrando no salão onde Shara’Kala estava reunida com os anciões, ele sentiu um breve alívio. Grok, alguém respeitado entre os orcs, finalmente parecia disposto a agir em prol de algo que se aproximava do que ele vinha pedindo. Era uma esperança tênue e incerta, mas era melhor do que nada.


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No salão de reuniões dos orcs, Grok se posicionou com firmeza diante da Khan Shara’Kala e dos anciões. As sombras das tochas dançavam nas paredes, criando um ambiente de tensão quase palpável. Grok sabia que convencer a Khan não seria fácil, afinal, ela era uma líder que valorizava a força acima de tudo, e a ideia de ceder a uma exigência de humanos era contrária à sua natureza. Se nem ele estava totalmente convencido, como ele seria capaz de convencer a Khan a ceder?


“Khan Shara’Kala, precisamos permitir uma conversa entre os humanos e o prisioneiro.” Mesmo sem ter uma firmeza em sua voz, Grok começou, com sua voz carregando um tom de respeito, mas também de racionalidade: “Isso que estou solicitando não é apenas sobre justiça… É sobre evitar uma guerra que ninguém aqui deseja.”


Os anciões, surpresos, murmuraram entre si, claramente desconfortáveis com a proposta. Para eles, ceder a qualquer pedido que pudesse ser visto como fraqueza era inaceitável. Shara’Kala, por sua vez, observava Grok com um olhar penetrante, avaliando cada palavra e até a respiração dele.


“Você, Grok, que sempre foi tão firme em sua postura, agora pede por uma concessão?” A Khan perguntou, com uma voz fria e autoritária, logo antes de completar: “Explique por que deveríamos abrir mão de nossa honra para satisfazer os desejos dos humanos.”


Grok respirou fundo e olhou para trás, lembrando de Ye Yang e Jaha e de seus avisos, como se estivesse nervoso por ter que estar fazendo aquilo, antes de responder, tentando manter sua postura firme. “Não se trata de ceder, Khan. Se não resolvermos isso de maneira pacífica e justa, a chegada de Zao Tian, um dos líderes humanos e grande amigo do prisioneiro, será uma questão de tempo, e ele não virá para conversar. Se ele agir, o dilema que temos agora será insignificante comparado ao caos que se seguirá.”


Shara’Kala estreitou o cenho, como se estranhasse Grok, enquanto um dos anciões, de barba longa e olhos que pareciam capazes de perfurar a alma, levantou-se, questionando Grok com um tom de desafio: “Esses humanos falam como se eles fossem invencíveis. Um só homem, por mais poderoso que seja, não nos fará dobrar os joelhos. Nós não temos medo da guerra! Apesar deles ficarem repetindo o tempo todo que nós não queremos um conflito, o tom que eles se referem a nós, como se fôssemos nós que perderíamos tudo em um confronto, não me deixa nem um pouco contente!”


Grok manteve o olhar firme no ancião e respondeu, lembrando-se das palavras de Ye Yang: “Ao que parece, esse Zao Tian não é apenas um homem. Ele é uma força, uma tempestade que se aproxima sem aviso, e quando percebemos, é tarde demais. Não estamos falando de um guerreiro comum, senhores. Cada minuto que ele fica sem respostas aumenta a chance de uma catástrofe.”


O salão ficou em silêncio enquanto os anciões ponderavam as palavras de Grok. Shara’Kala, com os olhos semicerrados, observava cada um dos presentes, medindo as reações deles. Ela sabia que os orcs eram orgulhosos, mas também não era tola para ignorar uma ameaça real, por mais que todos os outros subestimassem a situação.


Grok, por sua vez, continuou com sua expressão resoluta, mas sua voz refletia a tensão que sentia ao argumentar contra seus próprios instintos e os valores dos orcs.


“Khan Shara’Kala, eu preciso que vocês entendam que estamos em uma posição delicada. Os humanos não compreendem nossos métodos de punição e cárcere, e para eles, o que estamos fazendo com o prisioneiro é pura e simples tortura. Essa diferença de perspectiva está criando uma tensão que pode ser fatal se não resolvermos isso com diplomacia. Eles não veem uma jaula; eles veem um amigo sendo torturado injustamente.” Grok argumentou, tentando trazer algum entendimento das diferenças entres os costumes orcs e humanos.


Shara’Kala, por sua vez, se inclinou para frente, cruzando os braços sobre o peito. Ela olhou fixamente para Grok, pensando em suas palavras e procurando o guerreiro destemido que ele era. E após alguns segundos, sua voz fria soou, mas com uma ponta de compreensão que estava começando a emergir: “Você está pedindo que mudemos nossos costumes para agradar aqueles que não entendem nossa forma de justiça… Isso é perigoso, Grok. Nossos métodos não existem para serem questionados por estranhos.”


O ancião de barba longa reforçou logo em seguida: “Nossas leis não são flexíveis para se adaptar aos caprichos de humanos. Mostrar fraqueza aqui abre precedentes que não podemos aceitar. Além disso, não podemos confiar nas intenções de um prisioneiro. Ele está aqui por suspeita de um crime hediondo.”


Grok, no entanto, não recuou. De alguma forma, aquilo foi, aos poucos, se tornando uma discussão que ele não queria perder: “Khan, anciões, não se trata de mudar nossos costumes, mas de entender que, nesse caso específico, o que é honra para nós é visto como crueldade para eles. Se queremos evitar uma guerra, precisamos mostrar que somos justos, não apenas fortes. A Khan já provou sua força em inúmeras batalhas, e ninguém questiona sua liderança. Este é um teste de diplomacia e sabedoria. Precisamos ser astutos e evitar dar motivos para Zao Tian entrar no nosso território com raiva.”


Shara’Kala ponderou sobre as palavras de Grok, observando-o com um misto de respeito e desconfiança. Ela sabia que Grok não era alguém que recuava facilmente, e sua postura agora era claramente um reflexo da pressão crescente sobre ele e entre as raças.


“Grok, você sempre foi um dos nossos mais ferozes líderes de horda que a nossa raça já viu… Gralkor tem sorte de ter alguém como você entre as suas fileiras…” Shara’Kala começou, com sua voz e respeito ecoando pelo salão, antes de explicar: “Mas saiba que ceder aqui não é apenas abrir uma concessão… É mostrar que nosso orgulho pode ser questionado. E nós não toleramos dúvidas sobre nosso modo de vida.”


Outro ancião interveio, dizendo: “Se permitirmos isso, onde estará o limite? E se esse Zao Tian vier com mais exigências? Eles precisam nos respeitar e entender que nosso modo de vida não está aberto a negociações.”


Grok olhou ao redor, percebendo que os argumentos de seus companheiros eram tão emocionais quanto racionais. Ele sabia que mudar a opinião deles era uma batalha tão difícil quanto qualquer luta física. Contudo, ele argumentou de volta: “Não estou pedindo para mudar quem somos… Estou pedindo para usarmos nossa sabedoria e mostrarmos que somos mais do que força bruta. Shara’Kala, já enfrentamos muitos inimigos no campo de batalha, mas desta vez, estamos diante de um desafio diferente, que exige mais do que apenas espadas e machados.”


A Khan ficou em silêncio por alguns instantes, refletindo sobre tudo o que foi dito. Ela sabia que a decisão que tomasse teria repercussões não apenas para os humanos, mas para o próprio orgulho dos orcs.


Após alguns momentos de contemplação, ela finalmente falou, com sua voz carregando um tom autoritário, mas também uma rara nota de ponderação: “Muito bem, Grok… Em respeito e confiança a você… Eu permitirei a conversa, mas nos meus termos. Ele não sairá da jaula, e a reunião será supervisionada. Nós mostraremos que somos justos, mas não submissos.”


Grok assentiu, sentindo que pelo menos havia conseguido o essencial, e respondeu: “Obrigado, Khan. É o suficiente para nos dar uma chance de evitar o pior.”


Enquanto a reunião se dissolvia com os anciões tentando convencer Shara’kala do contrário, Grok saiu do salão com uma sensação dúbia. Ele havia conseguido o que queria, mas sabia que cada decisão agora era uma aposta arriscada. Os anciões ainda resmungavam entre eles, insatisfeitos com a concessão, mas respeitavam a liderança de Shara’Kala o suficiente para não desafiar sua palavra.


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Do lado de fora, Yang Chao aguardava ansiosamente, observando os anciões deliberarem por trás das portas pesadas do salão. Ele sabia que o tempo era curto e que as chances de um confronto violento aumentavam a cada momento desperdiçado. Ele não conhecia o Zao Tian de agora, mas sabia o suficiente para temer o que ele poderia fazer se Cruz estivesse sendo tratado injustamente.


Quando as portas do salão se abriram, Grok saiu com uma expressão carregada, um misto de frustração e alívio. Ele, então, fez um sinal para Yang Chao se aproximar.


“Eles permitirão, mas tudo será feito sob supervisão…” Grok informou rapidamente:  “Nada de mais concessões. Cruz não sairá da jaula, e caso qualquer um dos humanos tente algo que fuja do controle, a reunião será encerrada imediatamente, e todas as nossas tentativas de paz serão perdidas.”


Yang Chao assentiu no mesmo instante, sabendo que aquele era o melhor resultado que poderiam esperar naquele momento. E ele agradeceu, sabendo o quão difícil havia sido para Grok lutar por aquilo: “É um passo, e agora precisamos fazer valer a pena. Cruz precisa falar, e precisamos ouvir tudo o que ele tem a dizer.”


Enquanto isso, o tempo continuava a avançar. O relógio da contagem regressiva não parava, e com cada segundo que passava, a possibilidade de um confronto mortal se tornava mais real. As palavras de Ye Yang sobre a chegada iminente de Zao Tian continuavam a ecoar nas mentes de todos os envolvidos, como um lembrete constante de que, a qualquer momento, o pior poderia acontecer.


Hatori, Ye Yang e Jaha aguardavam do lado de fora da cidade, quando Grok apareceu e transmitiu a notícia. Os três sentiram uma pequena onda de alívio, mas sabiam que a corrida estava longe de ser vencida…


“Temos cerca de nove horas até o fim do prazo que Zao Tian deu…” Ye Yang disse, olhando para Jaha com seriedade: “Precisamos aproveitar cada segundo dessa conversa com Cruz. Qualquer coisa que ele puder nos contar pode ser o que precisamos para deter ou pelo menos distrair Zao Tian.”


Jaha assentiu, e os dois seguiram rapidamente para onde Cruz estava preso. O som dos passos deles ecoava pelos corredores de pedra da cidade. Cada batida de calçado contra o chão reforçava a urgência que dominava silenciosamente o ambiente.




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