Capítulo 831 - A Manifestação de um Mito
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Zao Tian, com sua presença imponente, havia acabado de fazer uma das revelações mais impactantes que os orcs já escutaram. Os olhos de Shara'Kala e Grok se arregalaram instantaneamente ao ouvir aquelas palavras que soaram como um estrondo. Aquelas palavras, ditas de forma agressiva e quase a esmo, formavam uma informação que abalava os alicerces de suas crenças, pois há milhões de anos não havia o surgimento ou sequer a menção de um novo cultivador da luz, nem mesmo entre os deuses.
A Khan e Grok ficaram perplexos. Para eles, o conceito de um cultivador da luz era quase mítico, ligado diretamente ao Grande Arcanjo, uma figura venerada pelos orcs e muitas outras raças que consideravam esse ser um libertador, aquele que há muito tempo havia rompido os grilhões do domínio dos deuses e mostrado o caminho marcial para o universo. Era através do Grande Arcanjo que os seres vivos encontraram a liberdade para trilhar seus próprios destinos, ascendendo através do esforço e da força de suas vontades.
Em contraponto a todas as crenças e figuras míticas criadas em suas mentes, Zao Tian não se encaixava em nada do que os orcs e outras raças imaginavam sobre um cultivador da luz. Ele era arrogante, direto, e muitas vezes agressivo em suas palavras e ações. A ideia de um cultivador da luz sempre fora associada à pureza, justiça e um espírito angelical. No entanto, ali, diante deles, estava alguém que, mesmo dizendo possuir a luz, não era nem de longe um ser sereno e santo.
Por causa da distopia entre Zao Tian e a figura idealizada em relação a qualquer cultivador da luz, principalmente em relação ao Grande Arcanjo, Shara'Kala foi a primeira a quebrar o silêncio, com sua voz, antes carregada de raiva e desafio, agora ofuscada pela confusão e incredulidade que não deixava-a aceitar o que foi dito pelo humano que estava na sua frente.
"Você... um cultivador da luz?" Shara'Kala repetiu, como se tentasse entender como aquilo era possível. Ela esperava um salvador, e por causa disso, se sentiu no direito de questionar sarcasticamente: "Como alguém como você... Que age com tanta agressividade e falta de respeito, pode possuir o poder mais puro que já existiu?"
Quando a Khan terminou de perguntar aquilo, Grok bateu no peito, apoiando as palavras dela contra Zao Tian e suas afirmações absurdas.
Zao Tian, impassível, olhou para ela com um misto de seriedade e um desdém que beirava a pena, e respondeu do mesmo jeito que aquele que o ensinou sobre o caminho marcial responderia: "Tola… A luz é apenas um elemento. Não tem nada a ver com pureza ou compaixão. São suas experiências que moldam quem você é, não o poder que você carrega. A luz não faz de mim um anjo. Faz de mim alguém que conhece o poder e a responsabilidade que ele carrega."
Grok olhou para Zao Tian como se estivesse diante de uma figura mitológica viva e ao mesmo tempo diante de um pouco, respondeu de forma ríspida, reprovando-o: "O Grande Arcanjo... O ser que libertou o universo dos deuses... Era um cultivador da luz. Mas você... Você não é nada como ele foi descrito. Ele foi um ser puro, honrado e bondoso…”
"Você acha que sabe o que a luz é, mas está preso a lendas e mitos!?" Durante a fala de Grok, que estava se transformando em um desabafo, Zao Tian interrompeu, respondendo friamente, antes de completar: "O Arcanjo que vocês veneram, Gold, era um homem como qualquer outro. A diferença é que ele nunca desistiu da evolução e usou o poder da luz para se rebelar contra os deuses. Ele mostrou que a força pode vir de qualquer lugar, e que a luz, assim como a escuridão ou qualquer outro elemento, pode ser implacável, dependendo de quem os usa!"
As palavras de Zao Tian caíram como um golpe para Shara'Kala e Grok. Eles haviam passado a vida inteira reverenciando o Grande Arcanjo como um símbolo de libertação, associando sua força com justiça e benevolência. Contudo, ali, diante de seus olhos, estava alguém que alegava cultivador da luz que não compartilhava de nenhuma dessas características. Ele era agressivo, impiedoso em suas palavras e expressão corporal, e disposto a fazer o que fosse necessário para alcançar seus objetivos.
Grok, ainda processando o que acabara de ouvir, deu um passo à frente, encarando Zao Tian como um herege.
"Você quer dizer que a luz não é sinônimo de justiça?" Ele perguntou, com sua voz grave agora revelando uma vulnerabilidade que antes não existia.
"Exatamente!" Zao Tian respondeu, sem hesitar, como era típico do seu jeito de ser, e completou: "A luz é poder, um elemento, apenas isso. Ela pode ser usada para destruir tanto quanto para proteger. O que vocês veneram é o que o Arcanjo fez, não o que ele era!"
Conhecedor profundo de quem era o verdadeiro Grande Arcanjo, que tinha se tornado há muito um coabitante de seu corpo, Zao Tian chegou a dar um leve risada quando considerou que os orcs pensavam que Gold, o ser mais violento, insensível, sádico e sacana que ele já conheceu, era uma figura de luz, paz e justiça.
Zao Tian, impassível diante da descrença de Shara'Kala e Grok, percebeu que apenas palavras não seriam suficientes para convencer os dois orcs sobre sua verdadeira natureza como um cultivador da luz. Suas expressões de reprovação e desconfiança permaneciam firmes, e ele sabia que teria que demonstrar o poder que carregava.
Sem hesitar, Zao Tian estendeu a mão e olhou fixamente para os orcs. No instante seguinte, uma luz ofuscante começou a emanar de seu corpo, intensificando-se rapidamente. O brilho dourado era tão forte que forçou Grok e Shara'Kala a recuarem instintivamente, protegendo os olhos com as mãos. O calor e a luz que Zao Tian invocava era de uma pureza incontestável, como o sol no seu ápice, queimando os olhos daqueles que ousassem olhar diretamente para ele. A manifestação da energia em sua forma mais básica, porém, mais concentrada, tinha ofuscado qualquer outra fonte de luz nos arredores, tornando aquele lugar o ponto mais brilhante de Uhr’Gal.
Lentamente, essa luz que se dispersava aos quatro cantos, começou a se moldar ao redor do corpo de Zao Tian, tornando-se uma aura que vibrava como chamas de pura energia. Seu corpo estava envolto em uma luminosidade dourada, que pulsava em ondas de poder inquestionável, irradiando o que talvez era a força mais poderosa que aqueles orcs já tinham conhecido.
Shara’Kala e Grok não podiam mais negar o que viam. O poder da luz, tão puro e inegável, preenchia o ambiente como uma presença quase divina, e por mais que eles quisessem resistir à verdade, o que presenciavam estava além de qualquer debate.
"Vocês ainda acham que estou mentindo?" Zao Tian perguntou, com sua voz ressoando com o mesmo tom impetuoso, mas agora coberta pela certeza de que ele havia demonstrado o que era necessário.
Shara'Kala, atônita, mal conseguia acreditar no que estava vendo. A luz que Zao Tian manifestava estava gravada nas histórias mais antigas de seu povo, nas lendas sobre o Grande Arcanjo, mas nunca tinha testemunhado algo assim pessoalmente.
"Isso é... A luz verdadeira," Ela murmurou, com sua voz agora abalada e sem o sarcasmo ou a agressividade de antes.
Grok, por sua vez, ainda respirava pesadamente, tentando processar o que acabara de acontecer. A fúria e o orgulho que ele mantinha até poucos instantes atrás estavam sendo destruídos pela força bruta da realidade diante de seus olhos. Uma bigorna que esmagou as suas dúvidas como cacos de vidro.
"Isso... Isso não deveria ser possível," Ele gaguejou, com seu corpo rígido e sua mente lutando para aceitar o que estava diante dele.
Zao Tian, por sua vez, manteve a aura de luz brilhando por mais alguns segundos, antes de permitir que ela se dissipasse lentamente. O brilho dourado, que antes enchia o ambiente, começou a diminuir até desaparecer completamente, deixando apenas o silêncio absoluto em seu lugar.
"Essa é a verdadeira luz!" Zao Tian disse, com sua voz agora mais calma, e finalizou: "Não a fantasia que vocês criaram em suas mentes. Eu sou um cultivador da luz e luto contra qualquer forma de opressão. Mas isso não significa que sou puro, benevolente ou ingênuo. Significa apenas que possuo o poder de lutar, e farei o que for necessário para impedir que o Olho destrua tudo o que conhecemos e pelo que lutamos."
Shara'Kala, agora completamente sem palavras, abaixou a cabeça por um momento, ainda processando a situação. Ela sabia que, a partir daquele momento, a questão não era mais sobre acreditar ou não em Zao Tian. Ele havia mostrado seu poder, que confirmava os alertas feitos a ela. Agora, para a Khan, o dilema era apenas um… Se ela queria ou não ter Zao Tian como um inimigo.