Capítulo 836 - Grito de Liberdade
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Depois de uma demonstração de poder simplesmente incontestável, Zao Tian se erguia triunfante sobre o clone de Yang Hao, com o corpo destroçado de seu oponente ainda lutando por sobrevivência, apesar dos ferimentos grotescos que cobriam sua carne e ossos. As mãos de Zao Tian agarravam a parte superior da boca do clone, arrastando-o sem piedade pelo campo de batalha como um troféu. O sangue escorria pela boca rasgada da pobre criatura, enquanto seus olhos incandescentes, que antes brilhavam com força, agora tinham apenas o brilho fraco de alguém à beira do colapso.
*Vuuuuuuuuuuuuup.* Em um ponto alto onde poderia ser visto por todos, Zao Tian, com um movimento firme ergueu o corpo do clone acima de sua cabeça, como se fosse um símbolo da vitória e da brutalidade que ele era capaz de infligir. Seus olhos, agora focados em Grok e Shara'Kala, brilharam com uma intensidade quase impiedosa enquanto o sangue do clone escorria pelo seu rosto. A luz dourada ao redor dele ainda irradiava, ela estava bem mais fraca, mas continuava iluminando a cena como um farol de poder absoluto.
"Este é o seu ‘Yang Hao’, Khan Shara’Kala! Esta é a verdade sobre os clones!" Zao Tian proclamou com um grito de raiva, com sua voz fria e impassível cortando o ar, fazendo com que suas palavras ecoassem por todo o campo de batalha: "Eles são seres criados para confundir, para destruir, e não são nada além de sombras dos originais! Agora vocês veem com seus próprios olhos!"
Do outro lado, Shara'Kala e Grok estavam perplexos. Os dois orcs, que antes olhavam para Zao Tian com desconfiança e até desafio, agora sentiam um misto de reverência e terror. A demonstração de força do cultivador da luz era incomparável, e a brutalidade com a qual ele havia despachado o clone de Yang Hao mostrava que ele não era apenas um guerreiro habilidoso, mas um predador implacável, alguém que nasceu com o dom da violência. Dava para ver em seu rosto que aquilo era algo tão natural quanto respirar, que Zao Tian não fazia esforço algum para conter o seu monstro interior.
Shara'Kala, ainda sem palavras, observava o clone mutilado pendurado nas mãos de Zao Tian. Suas convicções sobre o que era verdade estavam sendo desfeitas diante dela. Grok, embora igualmente surpreso, sentia algo mais… Ele sentia medo. O que mais esse humano poderia fazer? Que outras verdades ele escondia por trás de sua aura luminosa, tendências sociopatas e poder descomunal?
Enquanto isso, o campo de batalha estava mergulhado em um silêncio que parecia místico. Todos os combatentes, gigantes, humanos, orcs e qualquer outra raça… Ficaram imóveis, assistindo à cena surreal que se desenrolava diante deles. Era como se o tempo tivesse parado, nada mais importasse e todos fossem apenas espectadores da supremacia de Zao Tian.
Do outro lado, Yanor, o príncipe dos gigantes, que buscava o trono para recuperar a honra de seu povo, estava ajoelhado no chão, observando a cena com lágrimas escorrendo por seu rosto. Para ele, aquele momento era mais do que uma vitória sobre o clone de Yang Hao… Era o renascimento de uma esperança que há muito tempo havia sido esmagada pelas mãos de seu pai, dos deuses e da realidade cruel que se instaurou sobre Niflheim. Ele estava testemunhando algo que muitos acreditavam ser uma lenda: Assim como no passado mais memorável da criação, a intervenção de um cultivador da luz, um ser que, em seus mitos e histórias antigas, trazia o renascimento e a liberdade, estava se repetindo bem diante dos olhos humildes daqueles que nunca imaginaram viver algo como aquilo.
*Baaaaaaaaaaaaang… Baaaaaaaaaaaang… Baaaaaaaaaaaang…* Com Yanor ainda ajoelhado, milhares de outros gigantes começaram a fazer o mesmo. Um a um, os gigantes que haviam lutado ao lado de Yanor, e mesmo aqueles que hesitavam em se juntar à causa, se ajoelharam em reverência a Zao Tian, causando uma série de tremores sempre que seus joelhos pesados tocavam o solo. Para eles, o brilho dourado que envolvia o cultivador da luz era um sinal de esperança, uma prova de que os tempos sombrios sob o reinado de Jhora e dos deuses estavam chegando ao fim.
Enquanto estavam ajoelhados, os gigantes entoavam cânticos em sua língua ancestral, homenageando Zao Tian como o salvador que havia chegado para libertar Niflheim. O som de suas vozes ecoava pelas montanhas de fogo, lava, e gelo, e o campo de batalha antes tomado por gritos de dor e raiva, agora estava repleto de uma melodia que era tanto um grito de liberdade quanto de homenagem àquele ser que reacendeu aquelas chamas em seus corações. Apesar de enaltecerem o primeiro, os cânticos dos gigantes valiam também para o último herdeiro da luz.
De muito longe, sob à proteção das paredes de seu palácio, Jhora observava a cena com olhos arregalados de puro terror. O rei dos gigantes, que até então se considerava invencível em seu próprio domínio e tinha conseguido o apoio de um exército muito poderoso, agora estava preso a uma sensação de impotência que torturava o seu ser a cada palavras que as vozes graves dos gigantes cantavam. Seus dedos tremiam enquanto ele via seu exército ser reduzido a espectadores reverentes e seu coração palpitava de medo do que aconteceria com ele agora.
"Não... Isso não pode estar acontecendo!" Jhora murmurou enquanto balançava a cabeça e tentava acreditar que estava tendo um pesadelo. Sua voz, antes autoritária, agora estava falhando enquanto um pânico crescente tomava conta de sua mente. Ele nunca esperou que um cultivador da luz apareceria em Niflheim. Na verdade, ele nunca pensou que isso aconteceria em qualquer lugar do universo, e muito menos que ele iria subjugar seus maiores aliados.
Desesperado, Jhora começou a andar de um lado para o outro, com os olhos fixos na imagem de Zao Tian segurando o clone de Yang Hao como um troféu. Ele sabia que se continuasse sem agir, perderia não apenas seu trono, mas todo o seu poder e domínio. Seus olhos buscavam freneticamente uma solução, uma saída. Havia algo que ele pudesse fazer? Algo que o salvasse daquele destino?
"Como? Como isso aconteceu?!" Jhora gritava, com sua voz se tornando um eco fraco em seus próprios ouvidos: "Eu... eu não posso perder! Eu sou o rei!"
Enquanto Jhora lutava com seu pânico crescente, Zao Tian continuava a encarar os orcs, com suas palavras implacáveis sendo o golpe final no argumento sobre a existência dos clones: "Isso não é uma fantasia, não é uma história! Vocês estão vendo agora, com seus próprios olhos, o que o Olho está fazendo! Clones, manipuladores... Eles estão espalhados por todos os lugares, usando nossas próprias forças contra nós!"
Após Zao Tian afirmar aquilo, ele jogou o clone de Yang Hao no chão à frente dos orcs, como se estivesse descartando algo sem valor, dando aos dois um presente que para ele não servia mais. O corpo do clone, embora destroçado, ainda emitia uma leve aura de calor, como uma vela prestes a se apagar. Mesmo com a dor evidente em cada músculo, o clone ainda respirava.
Zao Tian, então, olhou para o corpo com frieza, antes de se virar novamente para Shara'Kala e Grok e dizer: "Vocês podem tocar nele se quiserem! Vocês podem estudar, dissecar, comer, não me interessa o que vão fazer, porque agora, a questão é simples: Vocês se juntarão a nós ou continuarão lutando uma guerra que os deixará vulneráveis à verdadeira ameaça?"
Shara'Kala, ainda em estado de choque, deu um passo à frente, olhando para o clone no chão, e depois para Zao Tian. A luta interna dentro dela era clara. Ela era uma líder orgulhosa, determinada a proteger seu povo, mas o que acabara de testemunhar era uma realidade que ela não podia ignorar. O poder de Zao Tian, a verdade dos clones, tudo isso se chocava contra suas crenças mais profundas.
"Eu... Eu não posso ignorar o que vi…" Shara'Kala finalmente disse, com sua voz baixa, mas firme em acreditar em tudo o que testemunhou: "Isso muda tudo. Mas nossa lealdade é ao nosso povo. Se decidirmos nos unir a você, será para proteger nossa raça. Nada mais."
Zao Tian assentiu, compreendendo a luta que se desenrolava dentro da Khan, enquanto dizia: "Isso é tudo que eu peço. Lutar juntos contra o verdadeiro inimigo e não um contra o outro!"
Grok, ainda processando a brutalidade que havia testemunhado, balançou a cabeça lentamente e falou de forma quase forçada: "Eu... Eu vi o que você fez. Eu vi o que você é capaz de fazer. Não gosto de você, Zao Tian, mas isso é verdade! Não podemos continuar lutando sozinhos. Nosso povo precisa de um caminho, e esse caminho pode ser ao seu lado... Pelo menos por agora."
Zao Tian, do outro lado, deu um pequeno sorriso, satisfeito com a resposta: "Isso é suficiente por enquanto!"
Depois de dizer aquilo, Zao Tian permanecia de pé, com sua postura imponente ainda iluminada pela aura dourada, observando enquanto o campo de batalha que, paralisado momentos antes, lentamente começava a se mover de novo. Ao redor dele, os gigantes e os outros combatentes estavam em um estado de choque coletivo. O corpo do clone de Yang Hao, ainda pulsando levemente com calor, permanecia no chão, sem forças, enquanto o caos ao redor parecia se organizar em torno do brilho de Zao Tian.
Shara'Kala olhava para o guerreiro cultivador da luz com uma mistura de admiração e desconforto. A brutalidade que ele demonstrou ao acabar com o clone era impressionante e assustadora ao mesmo tempo. Aquela não era a figura de justiça e luz pacífica que muitas lendas pregavam. Ao contrário, Zao Tian era uma força implacável e devastadora, uma verdadeira tempestade de poder, movido por uma convicção inabalável e, às vezes, sombria.
Os olhos da Khan orc se estreitaram enquanto ela tentava processar a situação. Ela sabia que o que presenciou não podia ser ignorado, que havia uma verdade maior sendo revelada ali. Contudo, a brutalidade de Zao Tian continuava a ressoar dentro dela, como um aviso silencioso de que ele era tão perigoso quanto poderoso.
Grok, ainda atordoado, estava igualmente dividido entre o medo e o pragmatismo. Ele viu o que Zao Tian era capaz de fazer, e mesmo com toda a desconfiança que sentia, sabia que ignorar a ameaça dos clones e do Olho poderia ser fatal.
"Não temos outra escolha, Khan…" Grok murmurou baixinho: "Se eles conseguem criar clones assim, não estaremos seguros em lugar nenhum."
Shara'Kala assentiu lentamente enquanto olhava para o clone e respondia: "Sim, eu vi o suficiente para saber que isso não é apenas uma guerra nossa. Este é um conflito que vai muito além de Uhr'Gal."
Do outro lado, Yanor estava cercado pelos seus gigantes, que ainda estavam ajoelhados, olhando para Zao Tian como se ele fosse uma entidade divina. Suas expressões eram de pura reverência, enquanto entoavam os cânticos de louvor e suas vozes profundas ecoavam como trovões pelas montanhas de Niflheim. Eles acreditavam que a presença de Zao Tian marcava o início de um novo dia para o reino deles, um dia de liberdade após séculos de opressão sob o jugo de Jhora.
Yanor, ainda com lágrimas nos olhos, ergueu-se finalmente, com sua voz tomada pela emoção.
"Você nos deu esperança, Zao Tian! Você nos deu algo pelo qual lutar novamente!" Yanor gritou enquanto olhava para Zao Tian e para seus companheiros, que continuavam a entoar os cânticos, e continuou: "Meus irmãos gigantes veem em você o símbolo de um novo amanhecer. E eu... Eu também acredito nisso!"
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* Yanor bateu violentamente contra o próprio peito, jurando a Zao Tian coisas que nenhuma palavra poderia expressar.
Zao Tian, apesar de ser movido pela luta e o calor da batalha, manteve-se focado, com um olhar frio e calculista. Ele sabia que havia vencido apenas uma parte da guerra e que, apesar da reverência de Yanor e dos gigantes, ainda havia uma ameaça maior à espreita. O clone de Yang Hao, embora derrotado, ainda era um mero peão em um jogo muito maior. O Olho, seus criadores e seus esquemas ainda estavam por trás de tudo, controlando o destino de várias raças.
"A esperança que vocês veem em mim não será suficiente se não nos unirmos e lutarmos juntos!" Zao Tian berrou, com sua voz poderosa sendo direcionada não só aos gigantes, mas a todos que lutavam ali: "A verdadeira batalha ainda está por vir. Aquela criatura é apenas um sinal do que está à nossa frente. Está na hora da gente expurgar as sombras que existem entre nós e nos erguemos mais uma vez, como criaturas livres!!!"
Enquanto Zao Tian gritava aquilo, os cânticos dos gigantes silenciavam, e os olhos de todos se voltaram para ele. O ar ficou pesado por alguns instantes, mas tocados pelas palavras daquele humano, o som mais alto que Niflheim já escutou em sua história ecoou por cada canto do planeta.
*Uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh…* Emocionados e sentindo que a liberdade era um sonho que poderia ser realizado, praticamente todos gritaram em apoio a Zao Tian. Inimigos se uniram para expressar, juntos, o maior grito de liberdade que o universo já escutou.
No palácio Jhora assistia a tudo, com o pânico crescendo a cada segundo. Ele nunca havia visto uma força como Zao Tian, e o que antes era confiança em sua vitória sobre Yanor agora se desintegrava em desespero. O som dos gritos faziam as paredes do palácio tremerem, e ele sabia que se não fizesse algo rápido, perderia tudo… Seu trono, seu poder, sua vida.
Jhora caminhava de um lado para o outro como um louco, com as mãos tremendo enquanto pensava em suas opções. Ele já havia convocado o clone de Yang Hao, acreditando que isso garantiria sua vitória, mas agora, com o clone derrotado e Zao Tian no comando da situação, ele estava sem saída.
"Preciso de mais poder!” Jhora pegou um amuleto de transmissão sonora e suplicou.
“Você já serviu ao seu propósito, Jhora!” Do outro lado, a voz de Rachid soou, com uma frieza perturbadora e até um tom de diversão.
“Do que você está falando? Eu ainda sou o rei de Niflheim! Não podemos perder assim!” Jhora, em resposta, gritou com o orgulho tentando disfarçar o desespero.
“Nós?” De novo, Rachid foi frio em sua resposta, usando um sarcasmo cruel para perfurar a mente de Jhora, antes de finalizar: “Não existe nós, ‘Rei’ Jhora! Os gigantes são uma raça poderosa, mas quase em extinção… Nós já pegamos o que queríamos de vocês, e graças a ‘vossa realeza’, nós conseguiremos aliados muito mais qualificados e numerosos do que vocês!”
“Espero que tenha uma longa vida, ‘Rei’ Jhora!” Rachid encerrou a comunicação, provocando Jhora e sua posição de rei.