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Capítulo 842 - Proteção à Testemunha

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Tenham uma boa leitura!]


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Catarina, cada vez mais tomada pelo desespero, sentou-se no sofá e levou as mãos à cabeça, claramente perturbada pela ideia de estar envolvida em algo tão perigoso e potencialmente mortal quanto os seus visitantes alegaram. A menção de genocídio, riscos e manipulação estava longe do que ela imaginava ao se envolver com Cruz. Ragnar e Kyon, percebendo sua fragilidade, entenderam que o pânico poderia prejudicar a busca por respostas. Sendo assim, Ragnar, com sua postura imponente e, dessa vez, transmitindo confiança, tomou a frente mais uma vez.


“Catarina…” Ragnar disse, em tom firme, mas não hostil: “Entendemos que isso pode ser esmagador, e que está acontecendo rápido demais, mas precisamos que você mantenha a calma. Quanto mais você nos ajudar, mais poderemos proteger você. O que está acontecendo é maior do que todos nós, mas a sua vida agora está em risco também.”


Ela levantou os olhos, ainda confusa e perdida, mas algo na voz de Ragnar parecia trazer uma sensação de segurança, apesar da gravidade da situação. Catarina olhou para Ragnar e respirou fundo, tentando se recompor.


“Eu não sei mais o que dizer… Eu juro que não sabia de nada. Se tivesse algum indício, teria contado.” Sua voz tremia, mas ela conseguia manter algum controle.


Kyon, que até então mantinha sua postura observadora, decidiu intervir com um tom mais cuidadoso: “Nós acreditamos em você, Catarina. Não parece que você esteja envolvida diretamente, mas acredite, há forças em jogo que usam pessoas como você e Cruz sem que saibam. Precisamos de todos os detalhes, até os mais insignificantes. Pense no show onde você e Cruz se conheceram. Quem te contratou? Houve algo diferente nesse trabalho?”


Catarina, ainda processando, pareceu hesitar. Ele se torceu os lábios, incomodada enquanto respondia: “Foi… Foi uma apresentação como qualquer outra, pelo menos na época eu achava que sim.”


“Mas?” Ragnar pressionou suavemente, percebendo que ela segurava algo.


“Agora que vocês falam disso, sim, teve algo estranho…” Ela finalmente admitiu, com o nervosismo ficando evidente e o medo de Ragnar e Kyon pensarem que ela estava envolvida naquilo a fez dizer: “O homem que me contratou… Ele não era o meu contato usual. Normalmente, trabalho com uma agência, mas dessa vez foi direto. Um homem que nunca vi antes me procurou, oferecendo o dobro do pagamento se eu fizesse o show em uma data e horário exatos, sem chance de mudar nada. Isso pode parecer estranho, mas no mundo que eu vivo, pedidos excêntricos são mais comuns do que parece.”


Kyon e Ragnar trocaram um olhar rápido enquanto Catarina falava.


“Você tem mais detalhes sobre esse homem?” Perguntou Kyon, com o tom ligeiramente mais urgente agora.


“Ele era velho, e sua voz era rouca. Não reparei muito no rosto dele, mas ele parecia apressado e falava baixo, como se estivesse fazendo algo que não queria que ninguém mais soubesse. Na hora, achei que era só um cliente excêntrico. Muitos são. Ele pagou adiantado e desapareceu logo em seguida. Eu nunca mais o vi.”


Ragnar respirou fundo, ponderando as informações, e comentou: “Isso parece planejado demais para ser coincidência. Quem quer que tenha armado isso, sabia exatamente como envolver Cruz, desde o momento em que ele te viu naquele show.”


Kyon, que sempre mantinha um olhar analítico, fitou Catarina com calma enquanto questionava: “Você mencionou que ele pagou o dobro. É incomum alguém pagar tanto por algo tão simples como data e horário. Alguma coisa sobre o comportamento desse homem te chamou atenção além da pressa e do fato dele falar baixo?”


Catarina franziu o cenho, tentando relembrar mais detalhes: “Agora que penso nisso... Sim. Ele também pediu que eu garantisse que a apresentação fosse feita com um vestido vermelho, sem atrasos, como se estivesse contando com algo muito específico para acontecer naquele momento. E quando ele me deu o pagamento, ele disse algo como ‘as peças têm que se alinhar’. Eu não entendi o que ele quis dizer na época.”


Ragnar e Kyon se entreolharam mais uma vez. As peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar. Era evidente que alguém havia calculado cada movimento para que Cruz estivesse no lugar e no momento certos, o que implicava que Catarina também havia sido usada, sem nem saber disso.


“Pense mais, Catarina… O que mais você se lembra desse homem?” Insistiu Ragnar, com a voz mais baixa, mas com uma intensidade que mostrava que cada detalhe era crucial: “Alguma característica? Uma marca, um jeito de andar, um sotaque?”


Catarina mordeu o lábio inferior, tentando puxar da memória os pequenos detalhes que poderiam passar despercebidos na hora, mas que agora faziam toda a diferença: “Ele tinha uma cicatriz no pescoço… Era discreta, mas eu notei quando ele virou o rosto por um momento. E... Ele andava com um leve mancar na perna esquerda. Era quase imperceptível, mas estava lá.”


Kyon anotou mentalmente esses detalhes. Isso poderia ser uma pista vital para encontrar o homem misterioso, ou pelo menos entender quem estava por trás da manipulação de Cruz, agindo em nome do Olho. Catarina estava claramente assustada, mas cooperava. E agora, eles precisavam garantir a segurança dela.


Depois de receber informações sinceras de Catarina, Ragnar inclinou-se para frente, suavizando a expressão dura que costumava carregar, e falou: “Catarina, precisamos ser francos com você. Se esse homem estava envolvido em algo maior, ele não vai querer deixar rastros. Isso significa que você pode estar em perigo, assim como Cruz está agora.”


Naquele momento, Catarina arregalou os olhos, com o medo voltando com força total: “Em perigo? Mas… Eu não fiz nada! Não sabia de nada!”


“Sabemos disso…” Kyon tentou tranquilizá-la: “Mas essas pessoas são meticulosas. Se acharem que você pode nos ajudar a descobrir quem eles são e desvendar o que fizeram para incriminar o Cruz, não hesitarão em te silenciar. Por isso, queremos levá-la para um lugar seguro.”


À medida que Kyon falava, Catarina parecia engolir em seco, com seus olhos saltando de Ragnar para Kyon, tentando entender a gravidade da situação: “Onde seria seguro? Se eles estão por trás de algo tão grande...”


“Há um lugar onde ninguém pode te machucar…” Ragnar respondeu, com sua voz soando quase solene: “O Vale da Esperança. Lá, você estará sob nossa proteção, e ninguém ousará ou conseguirá te perseguir.”


Catarina olhou para os dois, ainda incerta, mas a urgência na voz deles a fez entender que não havia muito tempo para hesitação, então, ela perguntou: “E o que preciso fazer?”


Kyon respondeu de forma calma, mas direta: “Precisamos confiar completamente em você, Catarina. Você tem que ser absolutamente honesta conosco sobre tudo. Qualquer detalhe que você lembrar pode fazer a diferença entre salvar Cruz e deixá-lo cair nessa armadilha.”


Catarina assentiu, com a seriedade da situação penetrando em seus olhos, e respondeu: “Tudo o que sei, já contei a vocês. Mas se eu lembrar de mais alguma coisa... Vou contar, eu prometo. Não quero que Cruz pague por algo que ele não fez. E também não quero morrer!”


Ragnar, satisfeito com a resposta, se levantou e olhou para Kyon, que concordou silenciosamente. Eles sabiam que Catarina era sincera, mas também sabiam que o tempo estava contra eles. Se realmente havia uma força como o Olho por trás de tudo isso, eles precisavam agir rápido.


“Prepare suas coisas. Partiremos para o Vale da Esperança imediatamente!” Ragnar disse, antes de olhar pela janela, como se antecipasse um movimento externo: “Quanto mais cedo sairmos daqui, mais seguras estarão todas as peças desse quebra-cabeça.”


Catarina, ainda tomada pelo medo crescente, finalmente conseguiu se recompor o suficiente para agradecer a Ragnar e Kyon pela oferta de proteção. 


"Muito obrigada por me ajudarem…" Ela começou, ainda com os olhos cheios de incertezas, antes de pedir aos gaguejos: "Mas eu... Eu preciso pedir algo. Meu marido... Por favor, levem-no também."


Os dois homens rapidamente trocaram olhares de surpresa. O pedido era inesperado, especialmente depois de tudo o que Catarina havia revelado sobre seu envolvimento com Cruz. Ragnar cruzou os braços, com o olhar frio e calculado fixo nela.


"Seu marido?" Ragnar perguntou com um leve tom de suspeita: "Você não mencionou ele estar em perigo."


Catarina respirou fundo, com a emoção surgindo novamente em seus olhos, e respondeu: "Eu sei que não mencionei, mas se essas pessoas estão dispostas a fazer algo para me silenciar, podem ir atrás dele também. Eu... Eu sei que o que fiz com Cruz foi errado, mas meu marido é um homem bom. Ele não merece sofrer por algo que nem está envolvido. Por favor, não posso deixá-lo para trás. Ele é tudo para mim."


Kyon, mais atento à vulnerabilidade emocional de Catarina, inclinou-se levemente e perguntou com mais calma: "O que faz você acreditar que ele está em risco? Ele sabia de alguma coisa sobre você e Cruz?"


Catarina balançou a cabeça veementemente e respondeu: "Não, ele nunca soube de nada. Ele é um homem de negócios, sempre envolvido em atividades beneficentes. Se ele soubesse o que aconteceu entre mim e Cruz, teria ficado devastado. Mas mesmo que ele não saiba, essas pessoas podem descobrir ou já devem saber que estamos conectados. Elas podem usá-lo contra mim. Ele é inocente, por favor, não deixem que o machuquem."


Ragnar estreitou os olhos, ponderando as implicações de incluir o marido de Catarina no plano: "E como podemos ter certeza de que ele não está envolvido de alguma forma? Se ele é um homem influente, pode muito bem estar na mira dessas mesmas pessoas."


Catarina sacudiu a cabeça desesperadamente e defendeu seu marido, dizendo: "Não, não! Ele é um homem íntegro, eu juro. Ele nunca se envolveria com algo sombrio. O trabalho dele é transparente, ele vive para ajudar os outros. Se alguma coisa acontecer com ele por minha causa... Eu não vou suportar isso. Por favor!"


Kyon manteve-se em silêncio por um tempo, ponderando as palavras de Catarina. A convicção dela parecia genuína, e a preocupação em seu rosto não indicava manipulação, mas sim um medo real.


“Ragnar…" Kyon começou, ainda encarando Catarina: "Ela parece sincera. Se ele realmente for inocente, deixá-lo aqui pode ser perigoso, e seria contra o que estamos tentando fazer. Ele pode ser uma vítima sem saber."


Ragnar franziu a testa. Ele sabia que incluir mais uma pessoa tornava as coisas mais complicadas, mas Kyon estava certo… Se o marido de Catarina fosse uma ameaça, seria melhor tê-lo sob vigilância. E se ele fosse inocente, deixar para trás alguém que eles poderiam proteger seria cruel, algo que nem ele estaria disposto a permitir.


Depois de alguns momentos de silêncio tenso, Ragnar finalmente assentiu, concordando com o pedido de Catarina: "Está bem, Catarina. Vamos levar seu marido também, mas entenda... Se algo parecer errado, se descobrirmos que ele está envolvido ou escondendo algo, não hesitaremos em agir."


Catarina suspirou de alívio, com os olhos marejados de gratidão, e atestou: "Obrigada, obrigada! Eu prometo que ele não sabe de nada. Ele não tem nada a ver com isso. Vocês vão ver, ele é um homem bom."


Ragnar, então, se aproximou da porta e olhou para Kyon antes de dizer: "Vá buscá-lo. Quanto antes sairmos daqui, melhor."


Catarina, correu para dentro para pegar o essencial, enquanto Ragnar permanecia vigilante e Kyon seguia para o endereço dela, para buscar seu marido. Eles sabiam que o inimigo poderia estar observando, e que cada passo dali em diante teria que ser calculado com precisão.




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