Capítulo 0872 - Encontro Com o Destino
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O desaparecimento de Momoa para dentro da Singularidade foi mais do que um evento isolado em Hill. Para o mundo, sua partida simbolizava o fim, ou pelo menos, uma interrupção de uma era. Momoa não era apenas o Guardião de Hill… Ele era uma figura imponente que inspirava respeito e temor em igual medida. Antes de Daren emergir das sombras como o ser mais poderoso vivo, Momoa era reconhecido como o ápice do atual mundo marcial, a personificação de força bruta e liderança inquestionável.
A notícia de sua ausência percorreu os continentes como um vento carregado de incertezas. Líderes, cultivadores e até mesmo aqueles que jamais ousaram desafiá-lo sentiram o impacto. Nas cidade mais poderosas e influentes de Decarius, conselheiros discutiam febrilmente sobre o que isso significava para a aliança global. No continente Kaos, às sombras, clãs ponderavam se essa era a oportunidade que aguardavam para testar o poder de Hill e criar uma nova terra de anarquia. Nos confins de todas as bibliotecas, guardiões da história faziam registros detalhados da transição, reconhecendo a importância histórica do momento.
Em Hill, no entanto, o sentimento era mais visceral. Seus habitantes, ainda que acostumados a uma vida de prosperidade e proteção, agora sentiam uma leve sombra de vulnerabilidade. Para muitos, Momoa era não apenas seu líder, mas o símbolo vivo de sua força. Embora Zao Tian e Ming Xiao tivessem prometido proteção, era difícil para o povo imaginar o Vale da Esperança e Hill sem os olhos vigilantes de Momoa. No entanto, mesmo em sua ausência e as incertezas deixadas para trás, a lenda que ele construiu ainda pairava como uma barreira invisível, uma advertência silenciosa para aqueles que ousassem desafiar Hill.
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Em um lugar distante e oculto, onde a luz parecia ser devorada pela escuridão, três figuras se reuniam em um salão vasto e sombrio. Os trigêmeos Rachid, Samir e Amin, conhecidos como A Trindade do Olho, estavam sentados ao redor de uma mesa de obsidiana. A atmosfera ali era tensa, carregada de rancor e ambições frustradas.
Rachid, conhecido por sua mente estratégica, fria e temperamento mais equilibrado, quebrou o silêncio. Seus olhos ardiam com uma forte chama de ressentimento, e a notícia que eles receberam era tão boa quanto amarga para eles, pois ela os lembrava de um passado impalatável: “Então, ele finalmente se foi… Momoa abandonou Hill.”
Samir, inclinou-se para frente, com suas mãos unidas como se orquestrasse um plano em sua mente, e disse: “É uma oportunidade, irmãos. Uma que esperávamos há muito tempo. Hill sem Momoa é como um castelo sem suas muralhas mais resistentes.”
“Não subestime Hill…” Amin retrucou, antes de prosseguir, embora sua voz carregasse uma ponta de desprezo: “Zao Tian e aquele maldito grupo dele estão lá. E, como se isso não fosse suficiente, Daren está ativo novamente. Esse homem…” Ele estremeceu ao dizer o nome: “Daren é um monstro. Momoa era força bruta, mas Daren é algo muito além disso.”
Rachid ergueu a mão, silenciando Aminne concordou enquanto dizia:“Você está certo, Amin. Daren é um problema. Um problema maior do que Momoa jamais foi, porque Daren não tem limites conhecidos. Mas o que precisamos lembrar é que Momoa nos humilhou. Ele nos derrotou há muitos anos quando tentamos tomar Hill. Nossa força combinada foi reduzida a nada perante a brutalidade daquele maldito troglodita. E, agora, ele se foi. Isso é bom para nós.”
Samir sorriu, um sorriso cruel que revelava suas intenções, e disse: “A ausência de Momoa cria rachaduras na aliança de Decarius. Não agora, talvez, mas no futuro. Zao Tian e Ming Xiao podem proteger Hill, mas eles não são invencíveis. E, com Daren cuidando de outras ameaças maiores, podemos explorar as brechas que surgirem. Manteremos eles ocupados demais para conseguir proteger Hill e vir atrás de nós ao mesmo tempo.”
Amin, ainda com uma expressão cética, questionou: “E o que propomos? Atacar Hill novamente? Provocar Decarius diretamente? Já vimos onde isso nos levou.”
“Não…” Rachid respondeu, com sua voz calma e fria: “Não tão cedo. Primeiro, precisamos estudar os movimentos deles, continuar instigando a dúvida. Precisamos entender o quanto Hill está realmente vulnerável. E, mais importante, precisamos saber o que Daren fará a seguir. Sua presença é uma variável imprevisível, e não vamos agir precipitadamente.”
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Enquanto isso, em Hill, Zao Tian e Ming Xiao continuavam supervisionando os preparativos para os próximos dias. Eles sabiam que a ausência de Momoa deixaria Hill como um alvo potencial, mas também confiavam na força do povo e na aliança de Decarius para garantir um bom apoio na manutenção da paz e da segurança. A partida do gigante deixava uma lacuna, mas também uma responsabilidade que eles estavam dispostos a carregar.
Ming Xiao, olhando para Zao Tian, perguntou: “Acha que eles vão tentar algo? Os inimigos de Hill não descansam, e o Olho enxergará uma oportunidade nisso.”
“Eles vão…” Zao Tian respondeu sem hesitar, e prosseguiu: “A partida de Momoa é um chamado para todos os que o temiam. Mas Hill é mais do que ele. E nós somos mais do que eles esperam. Eu quero muito que eles tentem, que eles mostrem as caras…”
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Singularidade…
Momoa, ao atravessar o portal, abriu os olhos para um céu tingido de um azul profundo. O ar ao seu redor era fresco, carregado de uma energia viva e pulsante que ele imediatamente reconheceu como sendo algo antigo, muito mais puro e poderoso do que o que sentira em Hill. A sensação era tão intensa que ele inspirou profundamente, como se quisesse absorver a essência daquele lugar com cada célula do corpo.
O ambiente era diferente de tudo o que ele conhecia no seu tempo. Montanhas verdejantes se erguiam à distância, com seus cumes cobertos de florestas tão densas que o próprio sol parecia lutar para penetrar suas copas. Rios serpenteavam pela paisagem como veias de cristal líquido, refletindo o brilho do céu.
Momoa seguiu na direção de sua antiga casa, e quando ele chegou em seu destino, ele ficou hipnotizado. Construções imensas, esculpidas em pedras preciosas, reluziam à luz do dia, enquanto torres erguiam-se tão altas que pareciam tocar as nuvens. No centro de tudo, um castelo monumental, com muralhas de esmeralda e torres cravejadas de safira, reinava absoluto.
Momoa estreitou os olhos, com sua mente girando enquanto tentava acreditar em onde estava. Aquele lugar era inegavelmente o Reino Esmeralda.
Ele começou a caminhar, com seus passos firmes esmagando a relva sob seus pés. A cada passo, a energia ao seu redor parecia crescer, como se o chão reconhecesse sua presença e respondesse em reverência. Mas algo estava errado. Enquanto observava o movimento das pessoas na cidade ao longe, ele notou que a atmosfera era diferente da que esperava. Não havia o peso de eras passadas, nem o desgaste que vinha com o passar do tempo. Pelo contrário, tudo ali parecia... Novo. Próspero.
Ao chegar mais perto dos portões da cidade, ele percebeu os guardas. Cada um deles era um cultivador de alto nível, carregando armaduras que brilhavam com selos ativos e armas que exalavam poder. Eles não eram apenas soldados, eram guerreiros de elite, muito mais fortes do que era habitual ver em tempos posteriores. E quando ele se aproximou, um deles olhou para Momoa, franzindo a testa com curiosidade, medindo-o, mas não o impediu de entrar.
Momoa seguiu sem demonstrar intenções agressivas, e, dentro da cidade, ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Foi quando ele parou diante de uma praça central, onde uma enorme estátua de jade representava um homem imponente. O rosto da estátua era incrivelmente familiar. Era o rosto de Halfkor, o Rei Esmeralda, mas não como Momoa se lembrava. Aqui, ele era jovem, vigoroso, com olhos que pareciam desafiadoramente vivos mesmo na pedra.
“Então é isso...” Momoa murmurou, sentindo a verdade esmagadora cair sobre ele como uma avalanche. Ele estava no passado que buscava, em um tempo onde seu pai não era apenas uma lenda, mas uma força viva e mais ativa do que nunca: "Este é o Reino Esmeralda no auge de seu poder. E ele está aqui... Meu pai está aqui."
Um sorriso feroz cruzou os lábios de Momoa. Todo o seu corpo parecia fervilhar de excitação e antecipação. Durante toda a sua vida, ele havia carregado o peso do legado de Halfkor, vivendo à sombra de um homem que conheceu por muito menos tempo do que gostaria. Mas agora, ele teria a oportunidade de confrontar a lenda, falar o diálogo dos punhos. Não como um herdeiro distante, mas como um guerreiro em busca de respostas e uma aprovação que nenhuma conversa jamais seria capaz de alcançar.
Ele sentia o coração pulsar com excitação. Estar ali era mais do que um sonho realizado… Era uma oportunidade única.
"Pai..." Momoa murmurou, com os punhos cerrados: "Finalmente eu vou enfrentar você!”
Momoa estava incrivelmente empolgado, mas antes que ele pudesse dar mais um passo em direção ao palácio, algo o interrompeu. Uma onda de energia intensa e opressiva percorreu o ar, como se o próprio tecido do espaço tivesse tremido. Seus instintos gritaram em alerta, e seus olhos se moveram rapidamente, buscando a fonte daquela presença. E ele não demorou a encontrá-la, por que ela não fazia nenhuma questão de se esconder.
Perto de uma fonte de jade, uma figura inesperada se destacava no meio da multidão. Uma jovem, que não tinha mais que dezesseis anos, estava de pé, observando-o com uma expressão fria e intrigada. Ela era estranhamente serena, mas sua presença era como um trovão no silêncio. Sua pele era branca como a neve, e seus olhos negros, impossíveis de decifrar, pareciam absorver a alma de quem os encarava. Ela vestia um robe simples, mas sua postura irradiava autoridade, como se o mundo girasse em torno dela.
Momoa hesitou por um momento e apenas a encarou. Ele havia enfrentado monstros, deuses e humanos, mas aquela menina possuía algo diferente. Era como se todo o ar ao redor dela fosse drenado, tornando difícil até mesmo respirar. Ainda assim, ele era Momoa. E nada, nem ninguém, o faria recuar.
Com firmeza, ele caminhou em sua direção, com cada passo ecoando como um trovão nas pedras do chão. As pessoas ao redor pararam para observar, e suas conversas cessaram em um silêncio desconfortável. Quando Momoa finalmente parou diante dela, a jovem o olhou de cima a baixo, sem esboçar nenhuma reação.
“Você…” Momoa começou, com sua voz grave carregando um peso que normalmente intimidava até os mais bravos: “Quem é você? Que tipo de olhar é esse?”
A menina arqueou uma sobrancelha, como se a pergunta fosse desnecessária, enquanto sorriso sutil, quase imperceptível, cruzava seus lábios. Então, com uma voz surpreendentemente firme e madura, ela respondeu: “Eu me chamo Amara.”
A menina respondeu, e ao ouvir aquele nome, Momoa sentiu seu coração congelar. Aquele nome ecoou em sua mente como um trovão, cada letra estava carregada de um peso tão grande que ele não sabia explicar. Ele não conseguia falar, não conseguia se mover… Ele apenas ficou ali, encarando aquela jovem cujo nome parecia carregar um poder que transcendia tudo o que ele já conhecera.
Amara, sem parecer se importar com o impacto que causaria, inclinou levemente a cabeça, como se estudasse Momoa. Seus olhos negros pareciam atravessar cada camada de sua alma, deixando-o vulnerável de uma forma que ele jamais experimentara.
“E você…” Amara devolveu, com sua voz agora carregada com um toque de desprezo: “Quem é você para me questionar?”
