Capítulo 0876 - Os Olhos da Morte
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O confronto entre Momoa e Amara atingia proporções inimagináveis, e a destruição ao redor refletia a intensidade da luta. O solo já não era mais reconhecível, coberto por crateras, destroços e nuvens de poeira que dançavam ao sabor das ondas de energia espiritual e da gravidade distorcida que preenchia o ambiente.
Amara pairava no ar, com sua aura de escuridão irradiando um caos difícil de descrever. Seu corpo parecia uma extensão do próprio vazio, e ao redor dela, o espaço distorcia como se a realidade estivesse sendo forçada a obedecer sua vontade. Fragmentos de espaço eram criados e destruídos a todo instante, criando um ciclo caótico de anomalia e distorções por toda parte.
“Vamos ver se você consegue me alcançar agora, gigante!” Amara gritou, com um sorriso selvagem em seus lábios.
*Vuuuuuuuuup.* *Baaaaaaaaaaaaang…*Em um piscar de olhos, ela desapareceu, reaparecendo atrás de Momoa, pronta para lançar um ataque devastador. Seu punho, envolto em energia gravitacional e escuridão, moveu-se pesadamente como um raio em direção às costas de Momoa. Contudo, antes que o golpe o alcançasse, Momoa girou o corpo rapidamente, bloqueando o ataque com uma de suas barreiras de energia verde.
*Boooooooooooooooooooooom…* O impacto sacudiu a terra, enviando ondas de choque em todas as direções. Momoa, com um movimento esperto, usou a barreira como um escudo para empurrar Amara para trás, aproveitando a brecha para avançar com um chute lateral que partiu o ar como uma lâmina invisível.
*Whoooooooooooom…* Amara distorceu o espaço ao seu redor, desviando o golpe no último segundo, mas a força do chute foi tão intensa que a distorção espacial colapsou parcialmente, criando um vácuo temporário que sugou parte da paisagem ao redor.
“Você é persistente, gigante!” Amara zombou, mas sua voz estava carregada de irritação. Ela estendeu as mãos e atirou uma energia invisível, criando múltiplos rombos de vazio no ar, como portais negros que sugavam tudo ao seu redor.
*Whoooooooooooooooooooom…* O espaço próximo de Momoa foi atacado de forma incrível. Aquela energia reduzia tudo a nada sem nem ao menos causar faíscas. E diante de um ataque tão estranho quanto aquele, Momoa agiu de forma imediata e manipulou suas barreiras verdes como plataformas, saltando habilmente entre elas para evitar os ataques enquanto os rombos deixavam crateras enormes e buracos na paisagem, mesmo no ar.
“Você brinca demais com o espaço, garota…” Momoa rugiu enquanto utilizava uma de suas barreiras como arma, agarrando como um bloco de metal e lançando-a em um arco poderoso contra Amara.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* A barreira atravessou as distorções espaciais, forçando Amara a teleportar-se para longe. Mas ela logo reapareceu, alguns metros acima, com um brilho irritado nos olhos.
“Eu brinco porque posso!” Amara respondeu, antes de concentrar sua energia em um único ponto acima de sua cabeça. E, de novo, a esfera de energia escura que se formou parecia pulsar com o poder do vazio absoluto.
“Chega!” Momoa gritou, com sua voz ecoando pelo ambiente. Ele concentrou sua energia espiritual em seu corpo, fazendo as barreiras ao seu redor expandirem e se alinharem em uma formação que lembrava uma tempestade de lâminas esmeralda girando em alta velocidade. Ele avançou como uma onda de destruição em direção a Amara, que lançou sua esfera diretamente contra ele.
*Booooooooooooooooooooooooooooom…* O choque entre as forças criou uma explosão que fez o chão tremer novamente. Momoa emergiu do impacto com um punho elevado, pronto para desferir um golpe direto contra Amara, que, por sua vez, recuava com seus próprios ataques, utilizando portais e manipulações gravitacionais para manter-se fora do alcance direto dele.
Finalmente, Amara começou a reunir sua energia para um ataque massivo. Uma nova esfera de antimatéria começou a se formar em suas mãos, maior e mais densa do que a anterior. O ar ao redor dela parecia desaparecer à medida que a esfera crescia, consumindo tudo que tocava.
“Chega disso!” Momoa gritou enquanto avançava. Ele canalizou toda a força que podia em um único soco, e a aura verde ao seu redor tornou-se tão intensa que o chão sob seus pés rachou enquanto ele avançava e o ar começou a entrar em combustão.
*Whooooooooooooooooooooom…* Amara lançou a esfera em sua direção, enquanto Momoa balançava o punho com toda sua força. O impacto entre os dois prometia ser catastrófico, capaz de pulverizar uma cidade inteira ou até mesmo um pequeno país.
Amara, silenciosamente, moldava a antimatéria para ser disparada em forma de rajada, visando criar um buraco no peito de Momoa, que não teria como usar outra daquelas matrizes para conter este ataque. Momoa, por sua vez, buscava, com aquele soco, afundar o nariz da garota contra a nuca dela, deixando-a irreconhecível em seu funeral.
Ambos os ataques eram o prelúdio do fim. O fim de tudo o que estava ao redor daquela luta que mal tinha começado, mas já havia ceifado incontáveis vidas e destruído uma parte considerável do planeta. Dois seres poderosos entraram em rota de colisão, e somente algo milagroso ou mais poderoso do que eles poderia parar aquela loucura.
Por sorte, Decarius tinha pessoas assim…
*Vuuuuuuuuuuuuuuuuuup…* No momento em que os dois ataques se aproximavam de um desfecho, uma figura rasgou o céu com uma velocidade espantosa, viajando diretamente na direção deles.
*Vuuuuuuuuuuuuuuuuuup…* O ar pareceu ser cortado pela chegada súbita de uma figura imponente, cuja mera presença fez a área ao redor dela parecer se estabilizar brevemente, como se o caos de Amara e Momoa estivesse sendo controlado por algo ainda maior.
*Tap.* No exato instante em que os ataques de Amara e Momoa estavam prestes a colidir, a figura se posicionou entre eles com uma precisão absurda. Um braço estendeu-se com firmeza, mas fluidez, desviando a rajada de antimatéria de Amara para o céu com um movimento preciso. A energia destrutiva da garota disparou para as alturas e explodiu no espaço, iluminando o céu como um segundo sol e dissipando parte das nuvens de poeira que preenchiam o campo de batalha.
*Boooooooooooooooooooooooooooooom…* Metade da lua foi destruída pelo ataque de Amara, que só não a destruiu por inteiro, porque não a atingiu em cheio.
*Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* O soco de Momoa, por sua vez, atingiu em cheio a face da figura. O impacto foi tão brutal que até mesmo o som produzido parecia metálico, reverberando como um trovão que ecoou por quilômetros. O chão abaixo deles rachou profundamente, enquanto ondas de choque sacudiram o ambiente mais uma vez.
A figura, porém, não se moveu.
O punho de Momoa repousava sobre o seu rosto, mas ele parecia não sentir nada. Ele era uma visão avassaladora. Seu corpo, ainda mais massivo e esculpido que o de Momoa, parecia ter sido moldado por eras de batalhas e conquistas. Seus músculos pareciam compactos e duros como rocha, e sua presença era tão intensa que mesmo os fragmentos de energia residual ao redor de Amara e Momoa pareciam hesitar antes de se aproximar dele. Sua pele, bronzeada pelo sol do Reino Esmeralda, reluzia sob os últimos vestígios de poeira que flutuavam no ar.
Aquele era o Rei Esmeralda. Um rei furioso que buscava se vingar do que dois inconsequentes tinham acabado de fazer ao seu reino.
O rosto de Halfkor era semelhante ao de Momoa, mas mais jovem, com traços marcantes e selvagens. Sua mandíbula estava firme, mesmo após receber aquele golpe direto, e seus olhos brilhavam como esmeraldas furiosas, irradiando uma autoridade que não podia ser desafiada. Um cabelo negro e desgrenhado caía sobre seus ombros largos, completando a imagem de um guerreiro primordial e violento.
Halfkor, no mesmo lugar, moveu a cabeça lentamente, encarando Momoa enquanto um fino rastro de sangue escorria levemente de um canto de sua boca, resultado direto do impacto do soco. Ele passou a mão sobre a mandíbula, como se testasse a força do golpe que recebera, e depois cuspiu no chão, um gesto que parecia mais de desprezo do que de dor.
“Esse foi um soco decente…” Halfkor disse com uma voz grave e carregada de desdém. Depois, ele virou-se ligeiramente, com seus olhos ferozes pousando sobre Amara, que agora flutuava no ar, com uma expressão de surpresa mesclada a um sorriso divertido.
“E essa…” Ele apontou para o céu, onde a explosão de antimatéria ainda brilhava como uma cicatriz no firmamento: “É a prova de que você é um problema muito maior do que eu imaginava.”
Momoa deu um passo atrás, com seu peito subindo e descendo pesadamente enquanto observava o homem à sua frente. Ele não precisava de apresentações. O gigante de pé diante dele era Halfkor, o lendário Rei Esmeralda, e também… Seu pai. Embora Halfkor não soubesse disso naquele momento.
“Quem é você?” Momoa perguntou, com sua voz grave, mas ainda carregada de respeito e um toque de medo. Uma coisa era conhecer o pai que ele teve quando criança, outra era encontrar aquele homem em uma situação como aquela, onde dava para sentir e quase tocar o ódio que ele exalava.
“Quem sou eu?” Halfkor respondeu, com sua voz cheia de um sarcasmo frio. Ele bateu o pé direito no chão, com sua aura opressiva pressionando ambos como uma onda, e respondeu: “Eu sou Halfkor. Este é o meu reino, e vocês dois acabaram de massacrar milhares do meu povo e destruir tudo o que construí!”
O olhar de Halfkor percorreu a paisagem devastada, com os restos do que antes era uma parte gloriosa do Reino Esmeralda agora reduzidos a ruínas e crateras. Sua expressão endureceu ainda mais enquanto ele se virava novamente para Amara e Momoa, e a fúria em seus olhos brilhava tanto que parecia transcender o próprio tempo.
“Vocês acham que podem chegar aqui, destruir meu lar e sair impunes?” Ele rugiu, com sua voz ecoando como o som de uma avalanche descendo de uma montanha.
Amara inclinou a cabeça, ainda agindo despreocupadamente. Ela não demonstrava medo, apenas um interesse renovado.
“Interessante…” Ela murmurou, com um sorriso que sugeria que estava mais curiosa do que preocupada: “Então este é o grande Halfkor. O famoso Rei Esmeralda. Sempre quis saber se as lendas eram verdadeiras.”
Halfkor a ignorou completamente e olhou em direção a Momoa. Seus olhos pareciam perfurá-lo, como se quisessem ver além da carne.
“E você…” Halfkor disse, com sua voz cheia de desprezo: “Quem é você para ousar erguer a mão contra mim?”
Momoa apertou os punhos, mas hesitou por um momento. Ele sentiu o peso emocional de estar diante de seu próprio pai em um tempo em que Halfkor ainda não tinha um filho. Contudo, a raiva crescente de Halfkor e a destruição ao redor tornavam claro que não havia espaço para sentimentalismos.
“Eu sou…” Momoa começou, mas foi interrompido por Halfkor, que levantou a mão e rosnou com um olhar psicótico: “Eu não me importo quem você é. O que importa é que vocês dois responderão por isso.”
Depois de dizer aquilo, ele voltou seu olhar para Amara, que continuava fingindo indiferença. Contudo, o olhar do Rei Esmeralda finalmente transmitiu a mensagem de morte que ele queria, e suas próximas palavras foram como banho de punição à arrogância da garota.
“Vocês dois são inimigos do meu reino.” Halfkor disse, com uma frieza que fazia o ar ao redor parecer gelar: “E agora, eu vou acabar com as suas malditas existências, cobrando dor, sangue e ossos enquanto as suas vidas miseráveis se desvanecem entre os meu dedos!”
Com aquelas palavras fúnebres, Halfkor avançou. Seu primeiro alvo era Amara. E pela primeira vez, a expressão de confiança dela vacilou. E como vacilou.
