Capítulo 0881 - Controle
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Enquanto Amara lidava com Gold e uma chuva de verdades que ele jamais iria querer escutar, Halfkor arrastava Momoa pelo chão áspero como se ele fosse um fardo insignificante. O gigante, que antes se mostrava tão imponente, agora era uma sombra de si mesmo, ensanguentado, com os membros flácidos e um rastro de poeira e sangue marcando seu trajeto. E cada passo do Rei Esmeralda era pesado, como se a terra carregasse seu ódio e frustração.
O vento quente soprava sobre o terreno devastado enquanto Halfkor avançava com uma expressão fria, mas seus olhos brilhavam com uma fúria que não se apagava. Ele não olhava para trás, porque não precisava. Ele sabia que Momoa estava ali, fraco, completamente derrotado, à mercê de sua força descomunal.
Ainda assim, enquanto continuava, Halfkor sentiu algo. Um calor sutil no ar, quase imperceptível. Ele então parou, soltando um suspiro baixo, e olhou de relance para o corpo que arrastava. Pequenas faíscas de energia verde começavam a irradiar do peito de Momoa, envolvendo seus ferimentos mais graves com uma energia purificante.
“Interessante…” Halfkor pensou, mas não disse nada imediatamente. Ele continuou andando, observando com o canto do olho enquanto a regeneração de Momoa tentava se acelerar, lutando para consertar o que para muito era irreparável.
“Você não desiste, não é, chimpanzé?” Em um determinado momento, Halfkor finalmente murmurou, com sua voz baixa, mas cheia de desdém, logo antes de avisar: “Eu respeito isso, de certa forma. A vontade de sobreviver é admirável… Mas não confunda isso com aprovação.”
*Poof.* Depois, Halfkor parou abruptamente, soltando o tornozelo de Momoa e permitindo que o corpo do gigante caísse com um som surdo no chão. Halfkor virou-se para ele, cruzando os braços, enquanto olhava para a aura verde que agora cobria Momoa.
“Você é forte e tem algum talento, eu admito.” Halfkor disse, com a voz carregada de um tom sombrio: “Essa regeneração… Essa resistência… Qualquer outro já estaria morto.”
Ele inclinou a cabeça por alguns minutos, como se analisasse Momoa com mais atenção. Contudo, suas próximas palavras foram cortante: “Mas isso não significa nada para mim.”
Halfkor abaixou-se, ficando de cócoras ao lado do corpo de Momoa, que arfava e tentava desesperadamente se curar. Seu rosto ainda estava coberto de sangue e sujeira, mas seus olhos semicerrados revelavam que ele ainda estava consciente, mesmo que mal.
“Vou te dar um aviso, chimpanzé.” Halfkor disse, com sua voz agora mais baixa, quase no tom de um rosnado. Ele apontou para o peito de Momoa, onde as energias verdes brilhavam com maior intensidade, e avisou: “Para cada ferimento que você curar… Eu farei dez novos. Dez mais profundos. Dez mais dolorosos.”
Momoa tentou falar, mas o som que saiu foi apenas um murmúrio rouco, incapaz de formar palavras. Ainda assim, o pequeno movimento em seus olhos indicava que ele entendia.
Halfkor ergueu-se novamente, com seu olhar frio e calculado fixo em Momoa. Ele começou a andar em círculos ao redor do corpo, como um predador estudando sua presa antes do golpe final.
“Você não entende o que fez, não é?” Halfkor perguntou, mais para si mesmo do que para Momoa. Sua voz era pesada, carregada de uma dor profunda que ele não escondia mais: “Você e aquela pirralha… Vocês não destruíram apenas construções ou vidas. Vocês arrancaram um pedaço do meu ser.”
Ele parou por um momento, olhando para o horizonte distante. Apesar de sua postura imponente, havia algo em seus olhos que parecia… Frágil. Algo que ele jamais admitiria.
“Eu sou o Rei Esmeralda.” Halfkor disse, com sua voz agora quase sussurrando: “Meu povo me vê como mais do que um homem. Para eles, eu sou o protetor, o guia, a força que mantém o reino unido. E vocês… Vocês violaram isso.”
Halfkor virou-se abruptamente para Momoa, chutando-o levemente no peito para verificar se ele ainda estava consciente. O corpo de Momoa tremeu com o impacto, mas a energia verde continuava a irradiar, tentando consertar os danos.
“Eu deveria matá-lo agora.” Halfkor disse, apertando os punhos: “Mas isso seria misericordioso demais. Você precisa entender o que fez. Precisa sentir cada segundo do peso das suas ações.”
Ele abaixou-se novamente, agarrando o tornozelo de Momoa com uma mão enquanto olhava para ele uma última vez antes de continuar.
“Você é forte, chimpanzé.” Halfkor admitiu, com um tom quase resignado: “Mas força sem propósito e controle é apenas destruição. Você e a pirralha não passam de instrumentos caóticos que não entendem as consequências de seus atos.”
Halfkor começou a caminhar novamente, arrastando Momoa com ele. O gigante continuava a se curar lentamente, mas cada passo de Halfkor parecia prometer que a estrada à frente seria ainda mais brutal.
“Espero que você aprenda algo com isso.” Halfkor murmurou, mais para si mesmo do que para Momoa: “Porque, se não aprender, você será apenas mais um nome esquecido em meio às ruínas.”
Halfkor continuava a arrastar Momoa, mas a intensidade da luz verde ao redor do corpo do gigante crescia a cada segundo. A regeneração estava longe de ser instantânea, mas era persistente e teimosa. Momoa, mesmo em um estado quase inconsciente, demonstrava a força de sua vontade ao tentar reparar os danos que o seu corpo havia sofrido.
O Rei Esmeralda finalmente parou novamente. Ele observou com olhos estreitos enquanto os ferimentos de Momoa começavam a se fechar, lentamente, mas de forma visível. Um músculo pulsava na mandíbula de Halfkor enquanto ele apertava os dentes, com sua paciência sendo testada a cada momento.
“Eu avisei.” Halfkor murmurou, com sua voz baixa, mas carregada de um ódio quase palpável. Ele largou o tornozelo de Momoa e ficou de pé, olhando para o gigante como um pai desapontado que se preparava para punir um filho desobediente: “Eu disse que, para cada ferimento que você curasse, eu faria dez novos.”
*Tap.* O som dos passos de Halfkor ecoou enquanto ele caminhava lentamente até o lado de Momoa. Ele parou, abaixando-se novamente para observar o rosto do gigante. A luz verde continuava a brilhar, e Momoa soltava um gemido baixo, quase inaudível, enquanto o processo de cura fazia seu trabalho.
“Você acha que isso é impressionante?” Halfkor perguntou, com sua voz carregada de desprezo: “Você acha que regeneração é o que define força? Que é isso que faz de você um verdadeiro cultivador?”
Ele estalou os dedos, e de repente, uma energia suave, quase imperceptível, começou a envolver suas mãos. Diferente da aura esmeralda de Momoa, essa energia era sutil, translúcida, como se fosse apenas uma extensão natural de Halfkor.
“O elemento da vida é o mais mal compreendido de todos.” Halfkor disse, com um tom que misturava ensinamento e sarcasmo: “A maioria acha que ele é sobre regeneração, sobre cura e sobre força bruta. Que é um poder gentil, pacífico, ou estúpido. Mas a verdade…” Ele levantou a mão direita, que agora brilhava com um tom esverdeado pálido, quase inofensivo, antes de cerrá-la em um punho: “A verdade é que ele é sobre controle. E controle significa que eu decido o que vive e o que morre.”
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang.* Sem aviso, o punho de Halfkor desceu como um meteoro sobre o peito de Momoa. A energia verde de regeneração foi instantaneamente dissipada no impacto, como se tivesse sido apagada por uma força superior. O golpe não apenas abriu uma nova ferida, mas também reativou as anteriores, tornando-as ainda mais graves. Momoa arqueou as costas em agonia, tentando gritar, mas o som ficou preso em sua garganta.
“Você sente isso?” Halfkor perguntou, com sua voz fria enquanto observava o sangue escorrer do corpo de Momoa: “Isso é o que acontece quando o elemento da vida é usado para destruir. Ele não rasga carne ou quebra ossos de forma descontrolada… Ele ataca exatamente o que eu quero.” Ele tocou com o dedo indicador na lateral do tórax de Momoa, e uma linha de fraturas surgiu instantaneamente, alinhando-se perfeitamente com as costelas.
“Cada osso, cada músculo, cada nervo…” Halfkor continuou, desferindo um chute no lado de Momoa, que enviou o gigante voando alguns metros antes de colidir contra o chão com um estrondo abafado: “Eu escolho o que destruir, e eu faço isso sem esforço. Porque isso é o que significa ser um verdadeiro cultivador da vida. Controle absoluto.”
Momoa tremia enquanto tentava se levantar, mas seus braços cediam sob o peso do corpo destroçado. Ele estava começando a perceber que a força bruta não significava nada contra alguém como Halfkor, cuja precisão e controle eram incomparáveis.
“Você acha que eu preciso destruir o ambiente ao meu redor para ser poderoso?” Halfkor perguntou, caminhando em direção a Momoa com passos deliberados: “Não. Isso é para amadores. Eu sou o Rei Esmeralda. Meu poder é uma extensão do meu domínio, do meu povo. E você ousou profanar isso.”
*Craaaaaaaaaaaash.* Outro golpe atingiu Momoa, desta vez um chute lateral que atingiu sua perna esquerda. O osso quebrou em três lugares, mas a pele permaneceu intacta, como um lembrete cruel do nível de controle de Halfkor.
“Você é apenas um brinquedo quebrado, chimpanzé.” Halfkor disse, parando sobre Momoa e olhando para ele com desprezo: “Você se cura, mas eu te destruo novamente. E enquanto você insistir em resistir, eu continuarei mostrando a você o que significa estar diante de um verdadeiro cultivador da vida.”
Momoa, mesmo em meio à dor insuportável, tentou falar. Suas palavras eram fracas, mas carregadas de uma determinação incessante de expressar algo.
“Ninguém… Morreu…” Ele murmurou, com sua voz trêmula e palavras espaçadas.
Halfkor, por sua vez, deu uma risada seca, sem humor.
“Você está delirando?” Ele perguntou, ajoelhando-se ao lado de Momoa e agarrando seu cabelo para levantar sua cabeça: “Você já está com medo a ponto de implorar e mentir?”
Ele soltou a cabeça de Momoa, deixando-a cair no chão, e levantou-se novamente.
“Mas não se preocupe.” Halfkor disse, com sua voz agora mais baixa, prometendo: “Eu tenho todo o tempo do mundo para fazê-lo ver e sentir a dor de cada pessoa que vocês mataram e de cada ente querido que agora sofre por causa de suas ações.”
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* E com isso, Halfkor continuou o espancamento, e cada golpe seu era uma demonstração do que significava o verdadeiro poder do elemento da vida, que não era apenas para curar ou para machucar de forma indiscriminada, mas para destruir com uma precisão que Momoa jamais imaginou ser possível.
