Capítulo 0884 - Sem Piedade
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O silêncio entre os dois durou apenas o suficiente para que Momoa pudesse recuperar o fôlego, mas Gold, com seu sorriso sarcástico, quebrou a pausa com outra de suas risadas despreocupadas.
“Você saiu do seu tempo para ser esmagado como uma barata pelo seu próprio pai?” Ele repetiu, quase dobrando o corpo de tanto rir: “Ah, essa Singularidade realmente tem seus momentos. Isso é ouro, chimpanzé júnior! Absolutamente ouro!”
Momoa, ainda se apoiando em uma perna que mal aguentava o peso do próprio corpo, cerrou os dentes enquanto observava Gold rir à sua custa. Ele sabia que retrucar seria inútil, mas o desdém absoluto de Gold ainda o atingia como um soco.
“Você vai continuar rindo ou vai me ajudar?” Momoa conseguiu dizer, com sua voz rouca e irritada.
Gold imediatamente interrompeu a risada, endireitando-se com um movimento exagerado e cruzando os braços. Seus olhos, tão escuros quanto a noite, brilharam levemente enquanto ele o olhava de cima para baixo, como se o estivesse avaliando pela primeira vez.
“Ah, claro, ajudar...” Ele respondeu, com uma voz saturada de sarcasmo, logo antes de questionar retórica e provocativamente: “Porque, obviamente, eu deveria largar tudo e me dedicar a ajudar um chimpanzé quebrado que teve a brilhante ideia de enfrentar o próprio pai sem estar nem perto de estar pronto.”
Ele então deu alguns passos ao redor de Momoa, como um predador inspecionando uma presa.
Gold caminhou, passo a passo, até que finalmente parou, com um sorriso debochado estampado em seu rosto.
“Quer saber o estado em que você está agora, filhote de chimpanzé?” Gold perguntou, mas não esperou uma resposta antes de continuar: “Eu vou te mostrar. Fique bem parado… Não que você tenha escolha.”
Depois de dizer aquilo, Gold ergueu a mão, e uma luz sutil começou a emanar de seus olhos, como se ele estivesse vendo algo além da superfície. Seus olhos agora brilhavam levemente, revelando sua capacidade de enxergar em espectros invisíveis aos olhos comuns.
A expressão de sarcasmo em seu rosto só aumentava à medida que ele desvendava cada detalhe do estado deplorável de Momoa.
“Ah, vamos lá, vamos conferir a lista completa, chimpanzé júnior.” Ele disse, com um tom exageradamente entusiasmado, como se estivesse lendo os resultados de um exame comicamente ruim: “Fraturas em… Vamos contar? Uma, duas, três… Ah, praticamente todas as costelas. Três na perna esquerda, duas na direita, mas isso é só o começo.”
Gold deu um passo para o lado, gesticulando teatralmente com a mão como se estivesse apresentando os resultados para um público imaginário.
“Colapso parcial no pulmão direito. Luxação no ombro esquerdo, e por que não mencionarmos o rompimento parcial dos tendões? Ah, também tem o braço direito… Parece que foi deslocado e depois recolocado de maneira tão grotesca que dói só de olhar. E, claro, temos aqui pequenos rasgos nos tecidos musculares da coxa esquerda e do bíceps direito.”
Depois de despejar aquelas más notícias, Gold fez uma pausa, inclinando-se para olhar mais de perto.
“Ah, mas espere! Não podemos esquecer as fraturas menores em dois ossos do pé esquerdo e… Olha só, uma fissura no osso orbital esquerdo. Aposto que foi aquela joelhada, não foi? Magnífico!”
Gold então endireitou-se, rindo enquanto cruzava os braços, claramente se divertindo às custas de Momoa.
“E há mais, é claro.” Ele continuou, com uma voz casual: “Seus canais de energia? Um verdadeiro caos. Metade deles está parcialmente bloqueada, o fluxo é irregular, e sua regeneração está fazendo o que pode, coitada, mas na velocidade de um caracol bêbado. Isso tudo sem falar no seu sistema nervoso, que está… Humm… Bem, digamos que até um fio desencapado teria mais organização.”
Momoa cerrava os dentes, com sua expressão alternando entre irritação e exaustão enquanto ouvia cada palavra. Ele sabia que seu estado era ruim, mas ouvir aquela análise detalhada e zombeteira tornava a situação ainda mais humilhante.
“Consegue respirar direito? Não muito, né?” Gold provocou, inclinando-se ligeiramente para olhar Momoa nos olhos: “Porque, além do colapso parcial no pulmão, há também uma pequena perfuração nele. Não muito grande, mas o suficiente para te lembrar de que seu pai tinha controle absoluto sobre o que fez com você.”
Gold recuou alguns passos, observando Momoa com o mesmo olhar curioso de quem admira uma obra de arte destruída.
“E, por fim, não podemos ignorar sua coluna.” Ele disse, apontando com um dedo, como se estivesse destacando algo em uma radiografia invisível: “Nada quebrado, surpreendentemente, mas algumas vértebras deslocadas e uma compressão nervosa que provavelmente está te dando uma dor de cabeça digna de um elefante dançando em cima do seu crânio.”
“Haha.” Gold deu uma risada curta e seca, cruzando os braços novamente.
“Então, em resumo, pequeno estrupício… Você está um verdadeiro desastre ambulante. Honestamente, não sei o que é mais impressionante… O fato de você ainda estar de pé ou o fato de que você achou que poderia enfrentar alguém como ele e sair inteiro.”
Depois de dizer aquilo, Gold deu um passo para trás, balançando a cabeça com uma expressão de falso lamento enquanto dizia: “Parabéns, você conseguiu sobreviver… Bem Mal. Se é que podemos chamar isso de sobrevivência.”
Momoa respirou fundo, lutando para não cair, mas a dor excruciante que irradiava de seu corpo o lembrava da verdade em cada palavra de Gold.
“Você terminou?” Momoa perguntou, com a voz carregada de exaustão e irritação, quando Gold parou de citar seus ferimentos.
Gold inclinou-se levemente, com os olhos brilhando com uma intensidade fria enquanto observava Momoa. A leveza zombeteira em seu rosto desaparecia gradualmente, substituída por algo mais pesado, mais perigoso. Ele não disse nada em resposta ao questionamento de Momoa, mas sua presença por si só parecia exigir uma explicação.
Momoa, sentindo aquilo, ergueu os olhos para ele, com sua expressão marcada pela determinação que superava a dor e o cansaço. Ele respirou fundo e forçadamente, antes de falar, com sua voz ainda fraca, mas firme: “Eu quero que você me treine.” Ele declarou, e cada palavra que saiu de sua boca estava carregada de uma convicção que parecia contrariar seu estado deplorável: “Quero me tornar forte o suficiente para enfrentar meu pai um dia. Quero ser como ele… Não, eu quero superá-lo.”
Por um momento, o silêncio reinou entre os dois. Gold permaneceu imóvel, mas a atmosfera ao seu redor tornou-se opressiva. Seus olhos fixos em Momoa pareciam penetrar além da carne e dos ossos, como se estivessem lendo cada centímetro de sua alma.
“Haha.” De repente, ele riu. Uma risada seca e desdenhosa que ecoou pelo deserto vazio, sem qualquer calor ou humor.
“Você quer treinar comigo?” Gold finalmente falou, com um tom de voz carregado de um sarcasmo afiado: “Você tem noção do que acabou de pedir, chimpanzé júnior?”
Momoa não respondeu imediatamente, mas seu olhar não vacilou. Ele sabia que não podia demonstrar hesitação.
Logo em seguida, Gold deu um passo à frente, inclinando-se novamente, mas agora seu tom perdeu toda a leveza e sua voz tornou-se grave, cortante e perigosa.
“Treinar comigo não é apenas um pedido para se tornar forte.” Ele disse, quase como um rosnado de fera que tinha acabado de se transformar, e logo em seguida avisou: “É um pacto para se destruir por completo e talvez, somente talvez, se reconstruir como algo melhor. Você não entende, mas vou te dizer como funciona comigo… Isso não será sobre levantar peso ou suportar dor. Será sobre jogar fora qualquer resquício de quem você acha que é. O meu tempo de professor bonzinho ficou no passado. Hoje, eu não ensino para criar sobreviventes. Eu treino para moldar monstros.”
Gold então levantou a mão levemente, gesticulando como se estivesse pintando uma imagem no ar enquanto dizia: “Olhe para você. Quebrado, mal conseguindo ficar de pé, e com uma determinação patética que mal sustenta seu corpo. E ainda assim você acha que está pronto para isso? Você quer que eu o quebre ainda mais? Porque eu não só posso fazer isso… Mas eu vou fazer. Dias após dia, minuto após minuto… Cada momento da sua existência se torna um inferno com a minha orientação.”
Momoa olhou fixamente para Gold, que endireitou-se, cruzando os braços novamente, mas sua presença permanecia esmagadora.
“Deixe-me ser claro, pequeno. Não há garantias no meu treinamento. Não há seguranças. Você pode morrer antes mesmo de entender o que eu estou tentando te ensinar. E mesmo que sobreviva, você pode acabar como algo tão irreconhecível que até mesmo você vai odiar o que se tornou.” Gold avisou.
Momoa apertou os punhos, ignorando a dor latejante que percorria seus braços. Ele sabia que cada palavra de Gold era verdadeira, mas não se permitiria recuar.
“Eu estou preparado para isso!” Ele respondeu,com sua voz vacilando levemente por causa dos ferimentos, mas com uma convicção clara em seus olhos.
Gold ficou em silêncio, observando Momoa como um predador analisando uma presa em potencial. E após alguns segundos que pareceram uma eternidade, ele balançou a cabeça levemente, com um sorriso frio no rosto.
“Preparado, hein?” Ele murmurou, mais para si mesmo do que para Momoa. Então, ele deu um passo para trás e se virou, caminhando lentamente para longe.
“Tudo bem, chimpanzé júnior.” Ele disse, sem olhar para trás: “Vamos ver do que você é feito. Mas lembre-se… Você pediu por isso.”
Enquanto caminhava e Momoa ficava parado, Gold parou por um momento, girando levemente a cabeça em direção a ele, antes de questionar num tom impaciente: O que você ainda está fazendo aí? Engula o choro e comece a caminhar, porque eu tenho um compromisso em quinze minutos, e se eu me atrasar, eu te darei mil motivos para se arrepender, para cada segundo de atraso meu…”
Depois de dizer aquilo, Gold ficou tranquilamente parado enquanto esperava Momoa se levantar e indicava que seria ele quem ditaria o ritmo da caminhada.
Foi ele quem pediu, e já tinha começado! Gold já estava dando a primeira lição em Momoa, que cerrando os dentes e forçando os limites do seu corpo, se levantou, gritando de raiva e dor.
Gold ergueu o cenho em uma atitude debochada, e apontou para uma direção específica enquanto dizia: “O meu destino está para lá!”
Momoa olhou e não viu nada. E por isso, ele perguntou: “A que distância estamos?”
Gold, como se não fosse nada, respondeu: “Cerca de dois mil quilômetros.”
