Capítulo 0886 - Encontros Inesperados
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Enquanto Momoa era ofendido e diminuído a todo momento, Gold e Moira se sentaram em uma pequena clareira à beira do Mar dos Monstros. A paisagem ao redor era de tirar o fôlego, com as águas cristalinas refletindo o céu acima e o som das ondas batendo suavemente na margem. No entanto, a cena que Momoa testemunhou parecia completamente fora de lugar.
Gold estava relaxado, jogado contra uma rocha plana enquanto segurava um pequeno pedaço de papel enrolado com um sorriso malicioso no rosto. Moira, sentada ao lado dele, segurava algo semelhante, mas parecia muito mais à vontade, rindo de algo que Gold acabara de dizer. A fumaça dos objetos subia preguiçosamente, serpenteando pelo ar antes de se dissipar.
“Isso é o seu compromisso tão importante?” Momoa perguntou, com uma mistura de incredulidade e irritação. Ele não conseguiu se conter, mesmo sabendo que Gold provavelmente reagiria de forma sarcástica.
Gold virou-se lentamente para ele, exalando uma longa baforada de fumaça enquanto um sorriso divertido se espalhava por seu rosto.
“Claro que é.” Ele respondeu, esticando os braços com um gesto exagerado de despreocupação: “Você achou que era o quê? Uma reunião cósmica para salvar o universo? Não, verdinho júnior, é isso. Eu tenho prioridades.”
“Hihi…” Moira riu, cobrindo a boca com a mão enquanto olhava para Momoa com um brilho divertido nos olhos.
“Relaxe, garoto.” Ela disse, com um tom tranquilizador: “Isso aqui é parte do treinamento dele também. De um jeito... Peculiar.”
Momoa respirou fundo, tentando manter a calma. Ele ainda estava se ajustando ao ritmo caótico e imprevisível de Gold, mas aquilo parecia ultrapassar qualquer limite.
“Você está atrasado para isso?” Ele perguntou, cruzando os braços e estreitando os olhos: “Eu andei dois mil quilômetros praticamente quebrado, para você… Fazer isso?”
Gold ergueu uma sobrancelha, inclinando-se para frente enquanto segurava o objeto como se fosse um troféu.
“Criança, cada segundo da sua vida agora é parte de algo maior. E cada segundo que você atrasa, eu faço questão de transformar em um inferno na sua agenda.” Ele disse, com um sorriso que não tinha nada de reconfortante: “Mas agora, eu e Moira temos muito… Muito o que conversar.”
Moira balançou a cabeça, claramente se divertindo com o desconforto de Momoa. Ela então cutucou Gold com o cotovelo, como se o provocasse.
“Você tem que admitir, Gold, ele tem uma postura interessante.” Ela comentou, sem tirar os olhos de Momoa: “Ele é o único homem de verdade que você pegou para treinar. Os outros eram todos pirralhos ou amedrontados.”
Gold deu de ombros, inclinando a cabeça levemente para Moira.
“Na…” Ele murmurou, antes de dar outra longa tragada. “Ele ainda não está pronto.”
Momoa sentiu o calor subir pelo rosto, mas decidiu não responder. Ele percebeu que qualquer tentativa de discutir com Gold seria inútil, especialmente naquele momento. Em vez disso, ele deu meia-volta, decidindo que era melhor deixá-los sozinhos. Havia algo na interação entre Gold e Moira, um tipo de ligação que ia além de amizade, mas sem o fervor de uma paixão avassaladora. Era… Confortável, de um jeito que parecia estranho para alguém como Gold.
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Enquanto Gold e Moira resolviam seus compromissos tão importantes, Momoa caminhava pela floresta densa que cercava o Mar dos Monstros, e sentiu o peso dos últimos acontecimentos começando a se dissipar. As árvores ao redor eram altas e imponentes, e a luz do sol mal conseguia atravessar as copas espessas. O som da água ao longe era relaxante ao extremo, mas sua mente ainda estava inquieta.
Momoa tentou organizar seus pensamentos enquanto andava. Gold era um mistério, Moira era ainda mais enigmática, e a menção daquele “moleque” durante a conversa não saía de sua cabeça. Quem era ele? O que ele estava tentando alcançar? E, mais importante, que tipo de treinamento Gold havia imposto a ele?
Enquanto Momoa ponderava, algo chamou sua atenção. Um som baixo, quase imperceptível, mas distinto em meio aos sons habituais do habitat. Era o som de respiração pesada, acompanhada por passos vacilantes que arrastavam folhas pelo caminho.
Momoa franziu a testa, movendo-se cuidadosamente em direção ao som. Ao se aproximar, ele sentiu uma sensação de familiaridade… E preocupação.
“Amara?” Ele chamou, com sua voz baixa mas cheia de alarme.
Emergindo de entre as árvores, Amara apareceu, mas só de olhar para ela dava para perceber que não era a mesma garota arrogante que Momoa conheceu. Seu corpo estava coberto de ferimentos, com hematomas e cortes profundos marcando sua pele. Ela mancava, apoiando-se em uma muleta para não cair, mas seus olhos ainda brilhavam com aquela quantidade absurda de poder que ela sempre teve.
“Momoa…” Ela respondeu, com sua voz fraca mas reconhecível: “Você também está aqui? Por que?”
*Tap.* Logo após perguntar aquilo, Amara viu o mundo ao redor girar e começou a cair. Momoa imediatamente correu até ela, estendendo a mão para segurá-la antes que ela desabasse no chão.
A proximidade entre os dois revelou a extensão dos ferimentos de Amara, e Momoa sentiu um aperto no peito ao vê-la naquele estado.
Momoa a ajudou a se apoiar contra uma árvore próxima. Ela estava incrivelmente fraca, mas ainda havia algo na forma como ela olhou para ele… Uma mistura de surpresa e alívio.
“Você também está aqui…” Amara repetiu, com sua voz fraca, mas com um tom de incredulidade: “Isso significa que Gold... Ele ouviu.”
Momoa franziu a testa, ainda tentando processar o estado deplorável em que ela se encontrava. Os ferimentos em seu corpo eram profundos, alguns ainda sangrando levemente, apesar dos claros sinais de um tratamento bem feito que foi operado nela.
“O que você quer dizer?” Ele perguntou, ajustando sua postura para segurá-la melhor: “Gold… ouviu o quê?”
Amara sorriu levemente, um gesto que parecia fora de lugar em meio à sua dor, mas seus olhos brilhavam com algo mais profundo… Gratidão.
“Eu… Pedi a ele.” Ela começou, pausando para respirar: “Eu pedi para que ele ajudasse você. Disse a ele que isso aqui era uma Singularidade… Que o único que poderia morrer de verdade aqui era você.”
As palavras dela fizeram Momoa congelar por um momento. Ele piscou lentamente, tentando entender o que acabara de ouvir. Gold, aquele ser arrogante e quase intocável, havia agido porque Amara intercedeu por ele?
“Você pediu por mim?” Momoa perguntou, com sua voz cheia de surpresa. Ele nunca teria esperado algo assim vindo de Amara, considerando o histórico breve, mas marcante deles.
Amara assentiu, embora o movimento parecesse exigir todo o esforço que ela tinha.
“Sim.” Ela disse, com um tom que misturava exaustão e sinceridade: “Eu sabia que, se você morresse aqui… Não haveria volta. Não como eu, ou qualquer outro… Você seria apagado para sempre.”
Momoa ficou em silêncio por um momento, com o peso da revelação se infiltrando lentamente em sua mente. Ele olhou para ela, com os olhos brilhando com algo que ele raramente expressava… A mesma gratidão.
“Obrigado.” Ele disse, com uma sinceridade que surpreendeu até a si mesmo: “Eu não sabia… Não sabia que você se importava.”
Amara soltou uma risada fraca, que logo se transformou em um gemido de dor. Ela levou a mão ao lado do corpo, onde um corte profundo ainda não estava completamente curado.
“Não me entenda mal.” Ela disse, forçando um sorriso e um tom de autocrítica: “Eu não sou exatamente a pessoa mais altruísta do mundo… Mas você… Você intercedeu por mim, mesmo quando sabia que Halfkor era muito mais forte.”
Momoa abaixou os olhos, lembrando-se daquele momento. Ele sabia que enfrentaria uma força muito além da sua capacidade quando encarou o seu pai, mas ele não podia simplesmente assistir enquanto Halfkor destruía Amara sem intervir.
“Eu não podia deixar aquilo acontecer.” Ele disse, com sua voz baixa, mas firme: “Mesmo que você… Bem, você não tenha facilitado as coisas para ninguém.”
Amara soltou uma risada ainda mais fraca, mas havia algo genuíno nela enquanto dizia: “É… Acho que mereço isso.” Ela admitiu, desviando o olhar por um momento antes de voltar a encará-lo: “Mas ainda assim… Você fez algo que ninguém mais faria. E eu nunca vou esquecer isso. Pelo menos não pelos próximos dias.”
Os dois ficaram em silêncio por um momento, enquanto Momoa ajudava Amara a se acomodar melhor contra a árvore. Ele podia sentir o peso do que ela havia dito, mas também a leveza que vinha com aquela troca inesperada de gratidão.
“Gold realmente te ajudou, então?” Amara perguntou, com um tom de satisfação em sua voz, apesar da dor: “Eu não sabia se ele ouviria… Mas parece que ele fez.”
“Ele ajudou… Do jeito dele.” Momoa respondeu, com sua expressão endurecendo levemente ao lembrar da caminhada exaustiva e das humilhações constantes: “Mas, no final, sim. Ele ajudou.”
Amara sorriu novamente, fechando os olhos por um momento, como se aquele simples fato fosse suficiente para lhe dar algum conforto.
“Ele ainda tem isso nele.” Ela murmurou, quase para si mesma: “Mesmo sendo o ser mais irritante do universo, ele tem um senso de justiça que não pode ser apagado, mesmo que ele tente esconder isso.”
Momoa olhou para ela, sentindo um misto de emoções que não conseguia nomear. Por mais exausta e machucada que estivesse, Amara ainda parecia ser movida por uma força que ele começava a entender melhor.
“Você vai ficar bem?” Ele perguntou, com sua voz mais suave do que ele pretendia.
Amara abriu os olhos novamente, olhando para ele com uma determinação que parecia quase inabalável, mesmo naquele estado.
“Vou ficar.” Ela respondeu, com um sorriso que, dessa vez, não parecia forçado: “Mas, por agora… Obrigada, Momoa. E, mesmo que eu não admita isso de novo, estou feliz que você esteja vivo.”
Momoa assentiu, ajudando-a a se acomodar melhor antes de se levantar.
“Descanse.” Ele disse, olhando ao redor, como se procurasse algum sinal de segurança para garantir que ela não estivesse em perigo imediato: “Eu vou procurar ajuda… Ou ver o que Gold e Moira estão tramando.”
Amara balançou a cabeça levemente, rindo para si mesma.
“Boa sorte com isso.” Ela murmurou, antes de fechar os olhos e deixar seu corpo relaxar contra a árvore.
Enquanto Momoa se afastava, ele não podia deixar de sentir que, apesar de tudo, daquele começo muito conturbado, algo havia mudado entre eles. Talvez a Singularidade não fosse apenas um ciclo interminável de dor e luta… Talvez houvesse algo mais a ser aprendido ali.
*Bang. Bang. Bang. Bang. Bang…* Antes que Momoa pudesse deixar Amara e voltar para Gold e Moira, um barulho fraco, constante e muito ao longe de algo sendo batido já o incomodava há algum tempo. Aquele som era quase rítmico, mas não fazia parte de nenhuma melodia ou composição… Era simplesmente alguém batendo em algo, algo muito duro por sinal.
“Que som é esse?” Ainda perto de Amara, Momoa apontou na direção do som e perguntou com uma curiosidade genuína.
Amara olhou na direção indicada, e fazendo uma expressão de pena, muita pena, respondeu: “É o moleque… Ele já está fazendo isso há dias…”
