Capítulo 0891 - Colegas
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O silêncio, que parecia ter selado um entendimento tácito entre os três, finalmente foi interrompido por Gold, que se moveu até o centro do espaço entre Momoa e Amara. Ali, como se não tivesse nenhuma vergonha, ele esticou os braços para o céu, como se espreguiçasse após uma longa soneca, e então, com aquele sorriso enigmático que irritava e intrigava ao mesmo tempo, declarou: “Bom, acho que já tivemos drama e filosofia barata o suficiente por um ciclo. Está na hora de começarmos algo mais prático.”
Momoa e Amara olharam para ele com expressões diferentes. Amara revirou os olhos, claramente desgostosa com a repentina mudança de assunto, enquanto Momoa manteve sua seriedade, tentando adivinhar o que Gold queria dizer com "algo prático".
“Você, garoto…” Gold apontou para Momoa, antes de questionar: “Acha que sua jornada na Singularidade te torna especial, que só você tem algo a aprender aqui. Pois bem, eu tenho notícias extraordinárias… Seu treinamento vai começar agora. E você não estará sozinho.”
Enquanto dizia aquilo, Gold fez um gesto casual, apontando para Amara e depois para Zaki, que ainda golpeava o chão com a cabeça.
“Vocês três vão treinar juntos!” Gold afirmou.
As palavras pairaram no ar como uma bomba prestes a explodir. Num primeiro momento, todos ficaram em silêncio, porque o absurdo foi tão grande que não tinha sequer como responder a algo tão irracional.
Momoa, entretanto, foi o primeiro a reagir, com uma mistura de confusão e indignação.
“O quê?” Ele exclamou, franzindo a testa enquanto dava um passo à frente e avisava, como se tentasse ensinar algo para Gold: “Isso não faz sentido! Amara e Zaki não podem levar nada daqui com eles! O ciclo se reinicia, Gold! Eles não podem evoluir como eu!”
Amara, que inicialmente parecia querer ignorar a situação, foi tomada por uma indignação ainda maior, pois era dela que ele queria um esforço sem frutos. Ela cruzou os braços e encarou Gold, com uma expressão furiosa que chegava a dar medo.
“Ele está certo, velho!” Ela disse, com sua voz carregada de sarcasmo e raiva: “Por que diabos eu gastaria meu tempo treinando aqui, se sei que nada do que aprendo vai permanecer quando o ciclo terminar? Não tenho intenção de ser sua marionete!”
Gold sorriu com uma calma irritante, deixando que ambos despejassem suas frustrações antes de responder. E quando ele finalmente levantou a mão, pedindo silêncio, sua voz saiu firme, mas com um toque de ironia e diversão oculta.
“Vocês terminaram?” Ele perguntou, com um olhar desafiador que zombava enquanto ameaçava: “Porque, se tiverem, vou explicar algo que talvez tenha passado despercebido por essas suas cabecinhas mongolóides e incrivelmente vazias... A Singularidade pode ser uma prisão para o aprendizado de alguns, mas para mim... Ela é apenas mais uma ferramenta.”
Imediatamente após escutar aquilo, Momoa estreitou os olhos, claramente desconfiado, e perguntou como se não quisesse ouvir uma resposta: “O que você quer dizer com isso?”
Gold deu um passo à frente, colocando as mãos nos bolsos enquanto começava a andar em círculos ao redor de Amara e Momoa, como um predador examinando suas presas.
“O que eu quero dizer, garoto, é que existem maneiras de contornar certas... Limitações.” Ele parou, inclinando a cabeça e olhando diretamente para Momoa: “Você acha que é o único que pode aprender algo aqui? Que é o único que pode ficar mais forte? Pois bem, você está muito, muito errado. E eu vou provar isso. Você vai sentir isso!”
Ao ver aquela cena, Amara deu uma risada cética, balançando a cabeça enquanto resmungava: “Ah, claro. Você tem um plano milagroso para fazer o impossível. Que surpresa.”
Gold fez um aceno para Amara, mostrando dois dedos, como uma contagem, e a ignorou, virando-se para Zaki, que ainda estava imerso em sua tarefa impossível. Ele deu dois passos em direção ao garoto e assobiou, chamando sua atenção.
“Ei, moleque!” Ele gritou, com sua voz carregada de autoridade enquanto fazia um gesto de T com as mãos e dizia: “Pausa.”
Zaki parou no mesmo instante, levantando a cabeça ensanguentada para olhar para Gold. Seu rosto estava sujo, e ele ofegava como se estivesse correndo há horas, mas seus olhos brilhavam com uma vitalidade que não podia ser ignorada.
“Sim, mestre?” Zaki respondeu, com uma voz rouca, mas cheia de respeito, enquanto se levantava lentamente.
Gold sorriu, satisfeito, e fez um gesto para que ele se aproximasse: “Você acabou de ganhar colegas de treino.”
Zaki foi até eles, caminhando e cambaleando por causa das pancadas que levou na cabeça, ou melhor, que infringiu em si, e, quando chegou lá, e franziu a testa, claramente confuso com o que estava vendo. Ele olhou para Amara e Momoa, tentando entender o que estava acontecendo. Momoa, por sua vez, sentiu um misto de frustração e descrença. Ele não conseguia aceitar que fosse colocado no mesmo nível que Zaki, especialmente considerando o futuro sombrio que o garoto carregava e a total falta de força que ele tinha.
“Isso é ridículo, Gold.” Momoa insistiu, com sua voz cheia de convicção: “Eles não podem evoluir na Singularidade. É perda de tempo.”
Gold parou de sorrir por um breve momento, e sua expressão endureceu enquanto seus olhos perfuravam os de Momoa e ele o repreendia, dizendo: “Você acha que sabe tudo sobre a Singularidade, garoto? Você acha que entende as suas nuances, suas possibilidades? Você acha que sabe alguma coisa sobre mim? Pois deixe-me dizer algo… Seu bostinha anabolizado… Você não sabe nada. O que eu esqueci nesta vida, você ainda nem aprendeu! E é por isso que você vai aprender…”
Depois de fazer Momoa engolir seco, Gold olhou fixamente para ele, Amara e Zaki, com cada um reagindo à sua maneira, e suspirou pesadamente, como se carregasse o fardo de explicar algo óbvio para crianças que nunca haviam aprendido a escutar.
“Chega.” Ele disse, erguendo a mão para interromper qualquer tentativa de discussão adicional. Sua voz estava firme, e o olhar que lançou para os três era o suficiente para silenciar até mesmo Amara: “Não vou repetir mais nada. Vocês vão treinar juntos, e isso é definitivo.”
Amara cruzou os braços, bufando, mas permaneceu em silêncio, enquanto Momoa respirava fundo, tentando não explodir. Zaki, por outro lado, apenas olhou para Gold com sua testa ensanguentada e um brilho desafiador nos olhos, esperando pelo próximo comando.
Gold olhou para Zaki, então para Amara, e depois para Momoa. Um leve sorriso voltou a seus lábios, mas desta vez carregava uma ponta de ironia.
“Mas antes que eu veja vocês me decepcionarem no treinamento, aqui vai a boa notícia...” Ele disse, com um tom casual, quase despreocupado: “Vocês têm um dia para se recuperarem.”
“Um dia?” Amara repetiu, estreitando os olhos: “Como você espera que eu me recupere em um dia, com todos os ferimentos que tenho?”
“É simples, pirralha.” Gold respondeu, apontando casualmente para Momoa: “Ele vai cuidar disso.”
Momoa piscou, surpreso: “O quê? Eu? O que você quer dizer com isso?”
Gold deu de ombros, apontando para Momoa como se ele fosse a resposta óbvia para tudo: “Você é um cultivador da vida, não é? Use sua energia. Cure seus novos coleguinhas de treino. Deixe-os prontos para amanhã.”
Amara imediatamente protestou, apontando para si mesma: “Espera aí! Por que eu deveria concordar com isso?”
“Porque você não tem escolha.” Gold respondeu, com um sorriso travesso. Ele então virou-se para Zaki, que parecia alheio à tensão crescente entre Amara e Momoa: “E você, moleque... Você vai cooperar. Está na hora de dar um tempo à sua cabeça antes que você acabe batendo os miolos no chão de verdade.”
Zaki deu de ombros, claramente não se importando com as ordens: “Sim, mestre.”
Gold pareceu aprovar a loucura daquele garoto e lançou um último olhar para os três, com sua expressão misturando severidade e satisfação: “Amanhã vocês começam. E quero todos vocês inteiros, sem desculpas. Sejam cooperativos ou fiquem quebrados, a escolha é de vocês.”
Antes que alguém pudesse protestar, ele deu meia-volta e começou a se afastar, assobiando uma melodia descontraída enquanto desaparecia entre as árvores. Amara e Momoa trocaram olhares de puro desgosto, enquanto Zaki apenas observava Gold ir embora com uma expressão que era metade admiração e metade frustração.
“Isso é ridículo.” Amara murmurou, cruzando os braços novamente enquanto olhava para Momoa: “Você realmente acha que pode consertar tudo isso em um dia?”
Momoa suspirou, passando a mão pelo rosto antes de responder: “Eu não tenho escolha, não é? Eu não queria, mas eu posso.”
Depois daquela resposta, Zaki, que até então estava calado, deu um passo à frente, limpando o sangue da testa com o braço e lançando um olhar avaliativo para os dois.
“Então, vocês são os novatos que vão treinar comigo.” Ele começou, com sua voz ainda rouca, mas com um tom casual que irritava tanto quanto o de Gold. Ele apontou para Momoa, erguendo uma sobrancelha, e avisou: “Você, Orangotango, parece forte o suficiente. Talvez não seja tão inútil. Então tente não me atrasar.”
Momoa franziu a testa, claramente surpreso com o apelido e forma que foi tratado como um inferior, mas antes que pudesse responder, Zaki se virou para Amara.
“E você...” Ele disse, com um sorriso travesso que deixava claro que ele sabia que estava cutucando uma fera: “Biscate... Não sei o que esperar de você. Espero que pelo menos você saiba lutar, porque cara feia e gritos não vão funcionar comigo.”
Amara congelou por um momento, com a raiva crescendo em seus olhos enquanto ela dava um passo à frente, com o punho cerrado prestes a esmagar aquele garoto como uma formiga: “O que você disse, moleque?”
Zaki levantou as mãos, fingindo inocência, mas havia um brilho de desafio em seu olhar: “Ah, calma aí. Foi só uma brincadeira. Não precisa se estressar, Biscate.”
Ele repetiu, e Momoa rapidamente colocou a mão no ombro de Amara, tentando impedir que ela explodisse, enquanto dizia: “Amara, não... Ele é só um garoto. Ele é apenas um garoto que ficou imbecil depois de bater tanto a cabeça.”
“Um garoto?!” Amara exclamou, empurrando o braço de Momoa enquanto continuava a encarar Zaki: “Esse garoto vai aprender a respeitar as pessoas, nem que eu tenha que ensinar isso na base do soco.”
Zaki, por sua vez, apenas sorriu, claramente se divertindo com a situação, enquanto botava ainda mais lenha na fogueira: “Vou adorar aprender. Mas vamos com calma, Biscate. Não quero que você quebre uma unha.”
Aquilo foi a gota d’água. Amara avançou, mas Momoa a segurou novamente, desta vez com mais firmeza: “Chega, Amara. Temos coisas mais importantes para resolver agora, em vez de nos estressar com um moleque suicída que perdeu todos os neurônios no chão.”
Ela bufou, cruzando os braços novamente enquanto lançava um olhar mortal para Zaki. O garoto, por outro lado, simplesmente sorriu, satisfeito por ter conseguido irritá-la.
Momoa suspirou, sentindo que aquele seria um longo dia, enquanto tentava ser o adulto ali: “Certo... Vamos começar com a recuperação. Zaki, sente-se. Amara, tente não matar ninguém até amanhã.”
Zaki obedeceu sem questionar, mas o sorriso provocador nunca deixou seu rosto. Amara revirou os olhos, mas permaneceu em silêncio, enquanto Momoa começava o processo de cura.
“Onde foi que eu vim parar…” Momoa suspirou, como se tivesse cometido um grande erro ao ter entrado naquela Singularidade.
