top of page
Garanta o seu exemplar.png

Capítulo 0892 - Um Trio Nada Harmonioso

[Capítulo patrocinado por Thiago Rodrigues Guinsberg. Muito obrigado pela contribuição!!!


ATENÇÃO: Um grupo de leitores no grupo do Telegram está organizando uma vaquinha para patrocinar os capítulos, de forma que muitos possam contribuir e ter capítulos diários. Se você não pode ajudar patrocinando um capítulo, entre no grupo do Telegram e ajude com o que puder, porque quanto mais pessoas aderirem, menor é o valor para todos. Venha para a nossa  comunidade! https://t.me/+UWRgnawu5qP0xYzMx


ATENÇÃO: OS EXEMPLARES FÍSICOS E DIGITAIS DO PRIMEIRO LIVRO DE O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NAS MAIORES LIVRARIAS DO BRASIL E DO MUNDO. APOIE O NOSSO TRABALHO E GARANTA JÁ UM EXEMPLAR TOTALMENTE REESCRITO E REVISADO, E COM TRECHOS INÉDITOS.


Quer ver um mangá de O Último Herdeiro Da Luz? Então, a sua ajuda é muito importante para que possamos alcançar novos limites!


Para patrocinar um capítulo, use a chave PIX: 31988962934, ou acesse https://www.ultimoherdeirodaluz.com/patrocinarcap para outros métodos de pagamento, que podem ser parcelados em até 3x sem juros.


Para ver as artes oficiais da novel, que estão sendo postadas diariamente, siga a página do Facebook https://www.facebook.com/Herdeirodaluz


Ou a página do instagram https://www.instagram.com/herdeirodaluz/


Todas as artes e outras novidades serão postadas nas nossas redes sociais, e vêm muitas outras por aí, então siga as nossas páginas e não perca a chance de mostrar à sua mente qual é o rosto do seu personagem favorito!


Ps: Venha participar do nosso grupo no Telegram!


Tenham uma boa leitura!]


-----------------------


O sol da Singularidade mal havia nascido no horizonte, mas o clima entre Momoa, Amara e Zaki já era de pura tensão e caos. Após uma noite longa, em que Momoa utilizou suas habilidades de cultivador da vida para curar os ferimentos físicos dos dois, ele percebeu que nada no mundo poderia reparar os estragos que aquelas duas personalidades causariam em sua sanidade.


Agora, Amara estava recostada contra uma pedra, com os braços cruzados e uma expressão de desgosto que parecia permanente em sua face. Zaki, por sua vez, estava sentado no chão, com as pernas cruzadas e uma postura que, em sua cabeça, provavelmente parecia meditativa, mas que mais se assemelhava a um passarinho desajeitado tentando equilibrar-se em um galho.


Momoa, já impaciente por ser um ancião sendo forçado a conviver com duas crianças, decidiu começar o dia com algo simples… Alinhar expectativas e tentar encontrar uma maneira de lidar com cada um daqueles dois.


“Certo...” Ele começou, com sua voz grave ecoando pelo campo vazio enquanto se levantava e logo em seguida dava seguimento em suas palavras, dizendo: “Antes de começarmos, vou deixar uma coisa bem clara para vocês. Este treinamento vai ser intenso e vocês não vão me atrapalhar. Não quero ouvir reclamações, não quero drama, e definitivamente não quero atitudes idiotas. Entendido?”


Ao cair daquelas palavras, Zaki levantou a mão como uma criança no primeiro dia de aula… 


“Eu tenho uma pergunta!” Ele exclamou, com um sorriso animado que já fazia Momoa sentir uma dor de cabeça vindo.


“Sim, Zaki?” Momoa perguntou, fechando os olhos por um momento, já se preparando para o que vinha a seguir. O moleque, com muito pouco tempo de convivência, já tinha se revelado um pequeno diabo.


“Eu sou o líder do grupo?” Zaki perguntou, com a maior seriedade possível. E aquilo não era provocação dele… Ele realmente se achava na condição de assumir essa posição na equipe: “Porque, sejamos honestos, eu sou o mais qualificado aqui. Minha genialidade, perseverança e futuro promissor são incomparáveis com os de vocês.”


“Pffffffft… Hahahahahaha…” Quando escutou aquilo, Amara explodiu em uma gargalhada tão alta que até o eco zombou de Zaki. Ela se inclinava para a frente, segurando a barriga enquanto lágrimas de tanto rir começavam a surgir em seus olhos.


“Líder?” Amara conseguiu dizer entre as risadas, e não pôde segurar as palavras que vieram a seguir, que saltaram da sua boca como se fossem inconscientes: “Você mal consegue andar em linha reta sem tropeçar na sua própria sombra, e quer ser o líder? Isso é a coisa mais ridícula que já ouvi, moleque mongolóide!”


Zaki, por sua vez, cruzou os braços, claramente ofendido enquanto tentava manter a postura e respondia com ironia e prepotência: “Ah, claro, Biscate, porque você seria uma líder melhor, não é?! Aposto que sua ideia de estratégia é gritar com o inimigo até ele morrer de tédio.”


“Moleque… Me chama de Biscate de novo, e eu vou mostrar como minha estratégia funciona perfeitamente quebrando seus dentes!” Amara imediatamente rebateu as ofensas, já se levantando, com os punhos cerrados e a aura pronta para transformar Zaki em uma poça de carne e sangue.


“Parem!” De repente, no meio de toda aquela confusão, Momoa gritou, com sua voz ecoando com uma autoridade que fez os dois congelarem no lugar. A sua aura estava elevada, agressiva e turbulenta, e ele respirou fundo, passando a mão pelo rosto, antes de encarar os dois e dizer: “Isso é exatamente o que eu quero evitar. Nós estamos aqui para treinar, não para agir como crianças. Vocês dois são crianças que nem saíram das malditas fraldas, mas se Gold quer que eu treine com vocês, eu tenho que fazer isso! Então, se não querem morrer ou passar os próximos dias levando uma surra atrás da outra, eu sugiro que se comportem e abaixem essas suas malditas cabeças quando forem falar comigo ou pensarem em discutir entre si.”


Momoa foi firme e ameaçador em suas palavras e aura, mas Zaki, no entanto, não conseguiu resistir e murmurou para si mesmo, mas alto o suficiente para todos ouvirem: “Ele diz isso com tanta autoridade, mas parece um Orangotango bravo.”


“Eu ouvi isso, moleque!” Momoa prontamente respondeu, com sua paciência já se esgotando.


“Era pra ouvir mesmo…” Zaki respondeu, sem um pingo de remorso, enquanto Amara tentava, sem sucesso, conter uma risada.


Momoa manteve o olhar fixo em Zaki, com sua paciência agora completamente esgotada. Amara, recostada contra a pedra, observava a cena com um sorriso satisfeito, claramente curtindo o espetáculo. O clima entre os três era uma mistura de tensão e caos, e a falta de entendimento entre eles era tão palpável quanto o as folhas das árvores ao redor.


“Você realmente acha que é engraçado, moleque?” Momoa perguntou, com sua voz baixa, mas carregada de ameaça.


Zaki deu de ombros, fingindo inocência, e respondeu de volta: “Não é minha culpa se a verdade incomoda, Orangotango.”


“Eu vou acabar com você...” Momoa murmurou, fechando os olhos por um momento enquanto tentava se acalmar. Contudo, isso não funcionou. Ele então deu um passo à frente, estendeu a mão, e agarrou Zaki pela gola da camisa com tanta facilidade que parecia estar levantando uma pena.


“Ei! O que está fazendo?” Zaki exclamou, agitando os braços como um boneco de pano, mas claramente sem conseguir se soltar: “Isso é abuso de autoridade!”


“Autoridade que você mesmo pediu quando quis ser líder, moleque.” Momoa retrucou, elevando Zaki mais alto, como se estivesse avaliando a melhor direção para jogá-lo: “Agora vamos ver se sua ‘genialidade’ consegue sobreviver a uma viagem até a lua! Ou melhor… Eu deixarei você escolher… Escolha uma estrela no céu que deseja visitar, e eu te mandarei em uma viagem só de ida para ela!”


Amara, assistindo com muita expectativa, não pôde evitar explodir em outra gargalhada, quase caindo no chão de tanto rir enquanto incentivava: “Vai, Momoa! Eu quero ver se ele consegue gritar ‘eu sou um gênio’ enquanto despenca de volta.”


“Amara, cala a boca!” Momoa gritou, mas sua atenção permaneceu fixa em Zaki, que agora olhava para baixo com um misto de desespero e desafio.


“Você não vai fazer isso.” Zaki afirmou, tentando parecer confiante, mas sua voz tremeu no final.


“Quer apostar?” Momoa retrucou, balançando Zaki no ar como uma pedra, como se estivesse testando o peso antes de lançá-lo.


“Comovente!” De repente, uma voz familiar ecoou pelo campo, carregada com um tom sarcástico e despreocupado, logo antes de ironizar: “Parem com isso, vocês vão acabar gostando um do outro antes do primeiro treino terminar.”


Os três congelaram sob o som daquela voz. Momoa ainda segurava Zaki no ar, mas seus olhos se voltaram para a figura que se aproximava lentamente. Gold, com suas mãos nos bolsos e aquele sorriso insuportável estampado no rosto, estava de volta. E seu olhar oscilava entre diversão e julgamento.


“Ah, o que temos aqui?” Gold começou, parando a poucos metros deles. Ele inclinou a cabeça, como se estivesse admirando a cena, e narrou: “Um pseudo ancião respeitado, agora se rebaixando ao nível de uma babá furiosa. Uma pirralha insolente e completamente repugnante, rindo como se estivesse assistindo a uma peça de teatro barata. E moleque... Bem, um moleque sendo um moleque. Que surpresa.”


“Ele está me provocando!” Momoa justificou, ainda segurando Zaki pela gola e com a intenção de fazê-lo pegar um vôo sem volta: “Eu não tenho que aturar isso!”


“Claro que tem.” Gold respondeu, com um tom casual enquanto caminhava até eles: “É por isso que você está aqui. Não para apenas treinar o corpo, mas para aprender paciência. Resiliência. Controle emocional.” Ele parou, olhando diretamente para Momoa com um sorriso irônico e finalizou: “E parece que ainda tem muito trabalho a fazer.”


Momoa fechou os olhos, respirando fundo, antes de finalmente soltar Zaki no chão e murmurar de forma envergonhada: “Está bem. Está bem. Mas ele está me testando, Gold.”


“E você está falhando no teste.” Gold retrucou, como se fosse óbvio.


Zaki ajeitou a camisa com um ar triunfante e estava prestes a abrir a boca, mas Gold virou-se para ele com um olhar que o fez congelar: “E você, moleque. Vamos colocar uma coisa em perspectiva… Você está tão longe de ser o líder deste grupo quanto a pirralha está de ser esforçada. Ou seja, muito, muito… Muito longe.”


“Ei!” Amara protestou, mas Gold apenas ergueu a mão, silenciando-a.


“E você, pirralha...” Ele continuou, virando-se para ela: “Está se divertindo demais com o caos. Que tal você tentar, só tentar, ser útil em vez de provocar todo mundo?”


Amara revirou os olhos, cruzando os braços, mas não disse nada.


Gold então olhou para os três, com seu sorriso se ampliando enquanto ele dava alguns passos para trás: “Bem, chega de preliminares. É hora de falarmos sobre o verdadeiro motivo de vocês estarem aqui.”


Os três trocaram olhares, cada um com expressões diferentes. Momoa estava cauteloso, Amara impaciente, e Zaki curioso.


Gold levantou a mão, como se estivesse prestes a fazer uma grande revelação, e prosseguiu: “Vocês três estão aqui porque eu tenho um plano. E, como todo bom plano, ele envolve sofrimento, confusão e, claro, uma dose generosa de humilhação.”


“Isso não soa encorajador.” Momoa comentou, cruzando os braços enquanto seu olhar ficava ainda mais desconfiado.


“Não é para ser.” Gold respondeu, com um sorriso malicioso e prazeroso: “Mas é necessário.”


Gold manteve seu sorriso enigmático enquanto cruzava os braços e olhava para o trio, que esperava, com diferentes graus de ceticismo, as próximas palavras saírem de sua boca. Ele parecia saborear o momento de tensão antes de finalmente começar a detalhar o treinamento.


“Vocês acham que são fortes?” Ele começou, com um tom desafiador: “Que são capazes de sobreviver ao que quer que o mundo jogue em cima de vocês? Bom... Eu estou aqui para mostrar que estão errados. Todos vocês têm problemas específicos que estão me irritando profundamente. Então, vou corrigir isso.”


Ele começou a andar em círculos ao redor dos três, gesticulando enquanto falava, como se estivesse apresentando uma obra de arte.


“Primeiro, pirralha...” Ele parou de andar e virou-se para ela, com um olhar tão afiado que quase parecia penetrar sua alma: “Você nasceu com um talento que não merece... É completamente arrogante e não consegue derramar uma gota de suor genuíno. Você acha que é invencível, que sua força sozinha pode resolver tudo. Mas… O mundo não gira ao seu redor. Então, sua tarefa será simples... Você estará à beira da morte durante todo o treinamento. Se queria atenção… Agora você terá!”


Amara arqueou as sobrancelhas, claramente confusa e furiosa ao mesmo tempo: “O que você quer dizer com isso? Como assim, à beira da morte?”


Gold sorriu, satisfeito com a reação dela: “Simples. Vou reduzir sua energia vital ao mínimo necessário para mantê-la viva. Qualquer esforço excessivo, qualquer erro, e você cairá inconsciente ou pior. Você vai aprender, pela dor, a usar seu cérebro antes de confiar na força.”


Amara abriu a boca para protestar, mas Gold levantou a mão, silenciando-a: “Ah, e antes que diga qualquer coisa, saiba que seus colegas serão responsáveis por mantê-la viva. Especialmente o moleque.”


Ele então se virou para Zaki, que piscava confuso, tentando processar o que aquilo significava.


“Você, moleque…” Gold começou, apontando para ele, e prosseguiu: “Você acha que é corajoso, um gênio, o maior aluno que este mundo já viu. Mas a verdade é que você é um desastre ambulante. Sua tarefa será sustentar Amara. Literalmente. Você vai carregá-la, protegê-la, impedir que ela desmaie e garantir que ela sobreviva. Cada vez que ela cair, você terá falhado.”


“Carregar ela?” Zaki exclamou, claramente indignado: “Mestre, com todo o respeito, eu sou um guerreiro! Não um... Um enfermeiro de batalha!”


Gold sorriu, inclinando a cabeça, antes de encarar Zaki e responder com pouca empatia: “Você não é nem isso. Sendo assim, você vai aprender que coragem não é correr para a frente de um inimigo. Coragem é suportar o peso de alguém e ainda assim continuar em frente. Agora, cale a boca.”


Zaki abriu a boca para retrucar, mas Gold já havia se virado para Momoa.


“E você…” Ele começou, ignorando o olhar mortal que recebeu em resposta: “Voc~e pode pensar que foi importante em seu tempo e que vale alguma coisa, mas como vimos há pouco, você ainda não vale nada! Você vai aprender que liderança não é apenas força bruta ou gritar ordens. Liderança é paciência. Você não poderá ajudar diretamente nesses desafios, além de curar os dois quando eles caírem. Seu trabalho será guiá-los, mantê-los juntos e encontrar formas de superar os desafios sem perder ninguém no caminho. Entendido?”


Momoa franziu a testa, claramente incomodado com as restrições, mas assentiu: “Entendido.”


Gold sorriu satisfeito, e disse: “Bom. Agora que vocês sabem o que esperar, vamos ao primeiro desafio.”


*Clap.* Ele estalou os dedos, e o ambiente ao redor mudou. O chão tornou-se uma planície irregular, com rochas pontiagudas e ravinas profundas. Ao longe, um rio de lava borbulhava, iluminando o horizonte com um brilho laranja ameaçador.


“Vocês têm que atravessar este campo até aquela montanha ali.” Gold apontou para uma cadeia de montanhas no horizonte: “Parece simples, certo? Mas lembrem-se das regras: A pirralha estará à beira da morte, o moleque terá que carregá-la, e verdinho não pode fazer nada além de curá-los quando falharem. Ah, e uma última coisa...” Ele parou, olhando para eles com um sorriso que era tudo menos reconfortante: “Se algum de vocês se separar ou abandonar os outros... O nível de dificuldade será elevado cem vezes. E a cada falha, o nível de dificuldade será dobrado.”


Depois de informar aquilo, Gold olhou para Amara e Momoa, e falou: “E se vocês ainda acham que isso é uma perda de tempo… Olhem ao redor e vocês verão que, a partir de hoje, vocês três crescerão juntos!”


Amara olhou e murmurou algo ininteligível enquanto apertava os punhos, mas antes que pudesse se lançar em outra reclamação, um som estranho chamou sua atenção. Um zumbido, como o de um milhão de abelhas gigantes voando em uníssono, começou a preencher o ar. Era baixo no início, quase imperceptível, mas rapidamente tornou-se mais alto, mais claro.


“O que diabos é isso?” Amara perguntou, franzindo a testa enquanto olhava ao redor.


Zaki, aparentemente sem a menor ideia do que estava acontecendo, apontou para o horizonte e falou: “Olha... Lá.”


Momoa seguiu o dedo de Zaki, e o que viu fez seu coração pular uma batida. Ao longe, o horizonte inteiro parecia... Se mover. Mas não era apenas um movimento comum. As montanhas, o rio de lava, as árvores e até mesmo o céu pareciam deslocar-se a uma velocidade impossível, como se o mundo ao redor tivesse sido acelerado até alcançar algo próximo da velocidade da luz.


“O que é isso?” Momoa murmurou, incapaz de desviar os olhos daquela visão surreal.


Amara, agora claramente preocupada, deu um passo para trás, como se quisesse colocar alguma distância entre ela e o fenômeno: “Isso não é normal. O que está acontecendo aqui?”


Gold, apenas olhou para eles, com um sorriso que parecia ainda mais sinistro sob a luz trêmula do ambiente em rápida mutação.


“Ah, isso?” Ele disse, apontando casualmente para o horizonte em movimento. “Só estou ajustando o tempo para o treino de vocês.”


“‘Ajustando o tempo’?” Momoa repetiu, com sua voz cheia de incredulidade. Ele deu um passo à frente, apontando para o horizonte com uma expressão de puro choque enquanto tentava traduzir o seu entendimento: “Você está movendo toda a área... Isso é impossível!”


Gold se virou completamente, cruzando os braços enquanto observava os três com olhos que brilhavam com um poder incompreensível: “Nada é impossível, garoto. Eu estou simplesmente aprimorando a Singularidade. Vocês verão... O que é um ciclo para vocês, será uma eternidade para este campo.”


Amara sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto observava o horizonte em movimento e a explicação de Gold soava como um estrondo: “Você está congelando o tempo lá fora... Para que tudo aqui aconteça mais rápido?”


Gold sorriu, satisfeito com a percepção dela. “Mais ou menos isso, pirralha. Eu estou movendo tudo ao nosso redor em alta velocidade, em movimento curtos, para manter a passagem de tempo aqui diferente da passagem de tempo ao nosso redor. E sabe o melhor de tudo isso? Vocês terão todo o tempo do mundo para falhar... E aprender. Então… Aproveitem.”


Com isso, ele desapareceu em um piscar de olhos, deixando os três sozinhos no campo de treinamento transformado. Momoa, Amara e Zaki continuaram a observar o horizonte em movimento, cada um lidando com uma mistura de medo, fascinação e frustração.


“Isso é... Isso é loucura.” Momoa murmurou, ainda tentando processar o que havia acabado de testemunhar.


“É mais do que loucura.” Amara respondeu, com sua voz mais baixa e intimidada do que o habitual. Ela olhou para Zaki, que, para variar, estava estranhamente calado, e falou: “Estamos presos aqui... E ele vai nos levar ao limite.”


Zaki finalmente quebrou seu silêncio, com um sorriso que não combinava com a gravidade da situação: “Bem, se vamos sofrer, pelo menos será épico. Vamos lá, Biscate e Orangotango! Temos uma montanha para escalar!”


Amara suspirou profundamente, enquanto Momoa fechava os olhos, rezando por um momento de paz que ele sabia que nunca viria.


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
bottom of page