top of page
Garanta o seu exemplar.png

Capítulo 0906 - As Ramificações do Caos

[Capítulo patrocinado por Alberto Augusto Grasel Neto. Muito obrigado pela contribuição!!!


ATENÇÃO: Um grupo de leitores no grupo do Telegram está organizando uma vaquinha para patrocinar os capítulos, de forma que muitos possam contribuir e ter capítulos diários. Se você não pode ajudar patrocinando um capítulo, entre no grupo do Telegram e ajude com o que puder, porque quanto mais pessoas aderirem, menor é o valor para todos. Venha para a nossa  comunidade! https://t.me/+UWRgnawu5qP0xYzMx


ATENÇÃO: OS EXEMPLARES FÍSICOS E DIGITAIS DO PRIMEIRO LIVRO DE O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NAS MAIORES LIVRARIAS DO BRASIL E DO MUNDO. APOIE O NOSSO TRABALHO E GARANTA JÁ UM EXEMPLAR TOTALMENTE REESCRITO E REVISADO, E COM TRECHOS INÉDITOS.


Quer ver um mangá de O Último Herdeiro Da Luz? Então, a sua ajuda é muito importante para que possamos alcançar novos limites!


Para patrocinar um capítulo, use a chave PIX: 31988962934, ou acesse https://www.ultimoherdeirodaluz.com/patrocinarcap para outros métodos de pagamento, que podem ser parcelados em até 3x sem juros.


Para ver as artes oficiais da novel, que estão sendo postadas diariamente, siga a página do Facebook https://www.facebook.com/Herdeirodaluz


Ou a página do instagram https://www.instagram.com/herdeirodaluz/


Todas as artes e outras novidades serão postadas nas nossas redes sociais, e vêm muitas outras por aí, então siga as nossas páginas e não perca a chance de mostrar à sua mente qual é o rosto do seu personagem favorito!


Ps: Venha participar do nosso grupo no Telegram!


Tenham uma boa leitura!]


-----------------------


O silêncio tomou conta da sala após a análise de Jaha. Mesmo os presentes, que já estavam acostumados com a maneira brilhante e incisiva com que ele dissecava situações, não podiam deixar de ficar impressionados com a amplitude de suas previsões. O que ele descreveu era mais do que um plano de ação do Olho; era um vislumbre aterrador de como o caos poderia se expandir exponencialmente.


Hakim, de pé ao centro da sala, manteve-se em silêncio por alguns instantes. Seus olhos estavam fixos em Jaha, mas era evidente que sua mente trabalhava tão rápido quanto a de seu conselheiro. Sua postura firme transmitia a autoridade de sempre, mas havia algo mais… Algo que não vinha apenas de um título ou da força, mas foi aprendido e desenvolvido com o tempo… A sabedoria de alguém que não apenas liderava, mas também compreendia profundamente os mecanismos de poder e manipulação.


Finalmente, após o silêncio ensurdecer a sala, Hakim ergueu sua voz que, ponderada, ecoou pelo salão:  “Você está certo, Jaha. Eles não estão apenas jogando o jogo da manipulação. Eles estão usando nossa humanidade contra nós, explorando nossas falhas, nossas incertezas e, acima de tudo, nossos medos.”


Jaha assentiu levemente, mas Hakim continuou, com seu tom ganhando intensidade:  “Mas há algo que precisamos considerar além do que você mencionou. O caos que eles semeiam tem uma peculiaridade. Não é apenas destrutivo… Ele é contagioso. Uma vez iniciado, ele não precisa mais do Olho para continuar. As pessoas, com suas naturezas complexas, podem perpetuá-lo por conta própria.”


Hakim olhou ao redor, fixando o olhar em cada pessoa presente antes de completar:  

“Imaginem isto: um crime é cometido. Um assassinato, talvez. Um político, ou um líder militar, ou mesmo alguém comum. O culpado alega que não foi ele, mas, sim,  um clone, mesmo quando não há evidências. Como provaremos que ele está mentindo? E mais importante: como evitaremos que o povo acredite na mentira?”


Gu Ren, sempre pragmático, franziu o cenho. Ele sabia que a manipulação do medo era uma arma poderosa, mas o cenário descrito por Hakim era particularmente alarmante. 


“Você está dizendo que o próprio conceito dos clones pode ser usado como um pretexto para crimes comuns?” Gu Ren perguntou.


Hakim assentiu, com seu olhar sério e penetrante: “Exatamente. E esse é apenas um exemplo. Pensem nos conflitos internos que podem surgir em cidades e vilas. Pessoas apontando dedos umas para as outras, questionando se seus líderes, seus amigos ou até mesmo suas famílias são quem dizem ser. O Olho nem precisará intervir diretamente. O medo fará o trabalho por eles.”


Jaha sorriu levemente, com um brilho de compreensão cruzando seu rosto.


“Isso é brilhante…” Ele disse, com sua voz carregada de uma admiração genuína: “Você não apenas entendeu as ramificações do caos, mas enxergou o que está além. O caos como uma força auto alimentada, que continua crescendo mesmo sem sua origem.”


Hakim retribuiu o sorriso com um leve aceno: “Jaha, nós aprendemos a pensar de maneira semelhante. Mas há outra camada que precisamos explorar: como enfrentaremos isso? Como lidaremos não apenas com os clones, mas com as mentiras que surgirão em torno deles? E como restauraremos a confiança, não apenas entre as nações, mas dentro de nossas próprias casas?”


Jaha voltou a falar, desta vez ajustando o foco de sua análise: “Se quisermos lidar com isso, precisaremos de três coisas. Primeiro, um método infalível para identificar clones. Isso é fundamental. Sem isso, qualquer medida que tomarmos será vista com ceticismo. Segundo, precisamos de uma narrativa que unifique as pessoas. O medo é divisivo, mas a esperança e a transparência podem ser armas poderosas contra ele. E terceiro…” Ele fez uma pausa, permitindo que suas palavras ecoassem antes de continuar: “Precisamos de uma força de resposta rápida, uma coalizão de guerreiros e estrategistas de todo o mundo que possam lidar com situações emergenciais antes que elas fujam ao controle.”


Hakim assentiu lentamente, absorvendo cada palavra, enquanto completava: “E enquanto fazemos isso, precisamos estar preparados para o inesperado. Precisamos antecipar os próximos movimentos do Olho e, ao mesmo tempo, proteger nossas bases internas contra o colapso.”


Cruz, que até então ouvira em silêncio, cruzou os braços e murmurou: “Parece que estamos lutando contra um inimigo que está sempre um passo à frente. Como recuperamos o controle?”


Hakim olhou para Cruz, e sua resposta foi direta e cheia de convicção: “Nós não recuperamos o controle, Cruz. Nós criamos o nosso próprio jogo. Se continuarmos reagindo ao que eles fazem, estaremos sempre atrás. Precisamos forçá-los a reagir ao que fazemos. Precisamos ser imprevisíveis.”


Jaha inclinou-se levemente para frente, com seus olhos brilhando com o fervor de quem enxergava algo que os outros ainda não conseguiam captar. O sorriso em seus lábios não era de alívio, mas de satisfação por estar prestes a desvendar um caminho em meio à névoa.


“Criar nosso próprio jogo...” Ele começou, repetindo as palavras de Hakim antes de prosseguir: “É exatamente isso, mestre. Reagir não é uma opção, e tentar tomar controle do caos diretamente também seria inútil. Mas se há uma coisa que o caos faz, é se mover em direção a onde há menor resistência. Precisamos criar um espaço, um palco, onde o caos do Olho não possa se propagar de forma imprevisível.”


Hakim cruzou os braços, analisando as palavras de Jaha, e perguntou, com a curiosidade de um estrategista: “E como você propõe criar esse palco, Jaha?”


O gênio deu um passo à frente, gesticulando com calma, mas com uma precisão quase cirúrgica: “Precisamos trazer o Olho para fora de seu esconderijo. Eles são mestres em operar nas sombras, mas toda sombra precisa de uma luz que a projete. Podemos criar uma situação que os force a reagir abertamente.”


Cruz franziu o cenho, com sua voz carregada de curiosidade enquanto perguntava: “E como você espera fazer isso? Não sabemos onde estão, e mesmo quando conseguimos uma pista, eles desaparecem antes que possamos agir.”


“É aí que entra o que sabemos.” Jaha respondeu prontamente, com um brilho no olhar: “O Olho é metódico. Eles operam com muitos padrões, mas ainda têm alguns. E, até agora, eles têm seguido uma lógica de ataque que maximiza o impacto psicológico. Hill, os Guardiões Imperiais, o uso de clones de figuras simbólicas... Todos esses movimentos apontam para uma coisa: eles escolhem alvos que possuem um impacto centralizado e dispersam o medo a partir deles. Precisamos nos tornar o alvo.”


A sala ficou em silêncio por um momento, enquanto as palavras de Jaha pairavam no ar. Singrid, entretanto, foi a primeira a falar, com sua voz carregada de preocupação com o rumo que aquela conversa estava tomando: “Nos tornarmos o alvo? Você está sugerindo que nos ofereçamos como isca?”


“Não exatamente.” Jaha respondeu, com seu tom mais controlado: “Não é sobre sermos iscas, mas sobre controlarmos o ambiente. Se criarmos um cenário onde pareça que estamos vulneráveis, mas na verdade estamos prontos, podemos atraí-los para onde queremos. E quando eles vierem, podemos atacá-los com força total.”


Hakim assentiu lentamente, compreendendo a lógica enquanto refletia: “Você está falando de criar uma falsa vulnerabilidade... Um cenário que seja tão tentador que eles não consigam resistir.”


Jaha sorriu novamente, satisfeito por Hakim ter captado sua ideia, e continuou: “Exatamente. Algo que tenha valor estratégico ou simbólico suficiente para que eles sintam que não podem ignorar. Mas, ao mesmo tempo, um lugar onde possamos controlar todos os fatores. O palco deve ser nosso.”


Gu Ren cruzou os braços, ponderando sobre as possibilidades: “E onde exatamente seria esse lugar? E o que ofereceríamos que fosse tão tentador para eles?”


Jaha voltou-se para Hakim, que imediatamente compreendeu o olhar de seu conselheiro. Ele ergueu a cabeça e disse, com convicção: “Gard.”


Cruz arregalou os olhos, claramente surpreso enquanto questionava: “Gard? Você quer dizer o seu próprio reino?”


Hakim assentiu, logo antes de explicar: “Gard é o símbolo da resistência e uma grande frustração para eles. É onde o Olho nasceu, e é o que eles querem retomar. Se há um lugar que pode atrair sua atenção, é aqui. E, mais importante, este é o único lugar onde podemos garantir que estaremos prontos. Eu fiz muitas mudanças sigilosas no palácio, e agora conhecemos cada canto dele, cada fraqueza, e temos a capacidade de transformá-lo em uma fortaleza intransponível.”


Jaha, por sua vez, acrescentou, com um sorriso que agora parecia quase predatório: “E não vamos simplesmente esperar. Vamos espalhar a notícia de que Gard está se preparando para uma reunião global de líderes, um esforço para unir Decarius contra o Olho. Um evento que será visto como uma oportunidade perfeita para um ataque.”


Singrid, no entanto, interveio, ainda com dúvidas: “E se eles perceberem que é uma armadilha? Eles ainda não atacaram diretamente porque sabem que não podem vencer Daren e todos nós juntos. Como vamos atraí-los se a fonte do medo ainda está aqui?”


Jaha permaneceu em silêncio por um momento, absorvendo a ponderação de Singrid. Ela estava certa. O Olho sabia onde estavam as maiores forças da humanidade e que, enquanto esses líderes permanecessem juntos, um ataque direto seria suicídio. Mas isso não significava que não havia uma solução.


O gênio levantou a cabeça, com seus olhos fixos em Singrid, e respondeu com um tom ponderado, mas seguro: “Você está certa, Singrid. O Olho não vai se expor enquanto souber que Daren e outros grandes líderes estão presentes. Eles precisam de uma abertura. E é isso que vamos oferecer.”


“Uma abertura?” Gu Ren perguntou, franzindo o cenho.


Jaha assentiu e começou a traçar seu plano com calma e precisão: “Se quisermos atrair o Olho, precisamos criar a ilusão de vulnerabilidade. Para isso, precisamos dar a eles uma razão convincente para acreditar que Daren e os outros não estarão aqui. Vamos propor um pretexto sólido para que essas grandes forças permaneçam afastadas enquanto realizamos nosso movimento.”


Hakim, que até então ouvia em silêncio, interveio, com sua mente já acompanhando o raciocínio de Jaha: “E qual seria esse pretexto?”


“Usaremos o conflito com os orcs como pretexto para a ausência desses grandes atores, enquanto, ao mesmo tempo, anunciaremos a adoção de uma estratégia descentralizada de proteção micro regional.” Jaha respondeu prontamente, com seus olhos brilhando com uma certeza calculada: “Vamos espalhar a ideia de que estamos adotando uma abordagem diferente, focada em líderes regionais, para proteger as áreas menores e mais vulneráveis em uma operação bastante abrangente e que não precise da interferência direta dos grandes líderes. Isso significa convidar muitos líderes regionais para Gard e fazer disso o foco principal do evento.”


Singrid cruzou os braços, ainda cética enquanto perguntava: “E como isso os atrairia? Se Daren não estiver aqui, eles não podem pensar que isso é apenas uma armadilha?”


“Não se for convincente o suficiente.” Jaha respondeu antes de explicar: “O Olho sabe que Daren e os outros líderes estão sobrecarregados. Eles mesmo criaram o conflito com os orcs para dividir nossas atenções e têm conhecimento de que os grandes nomes estão sendo obrigados a intervir em várias frentes. Se criarmos o cenário de que Gard está se tornando o centro de uma nova coalizão, mas sem o envolvimento direto desses grandes nomes, parecerá uma decisão pragmática, não uma armadilha. Afinal, Sem Momoa, Yang Hao e Yan Chihuo aqui, Hakim é o único líder legítimo de uma nação que é de conhecimento público.”


Hakim acrescentou, com seu tom firme validando o plano: “Se deixarmos claro que estamos delegando a responsabilidade de defesa regional para líderes menores, isso reforça a ideia de que estamos nos ajustando às circunstâncias. Isso fará o Olho pensar que estamos mais vulneráveis e que precisa frustrar essa nossa tentativa, quando, na verdade, estamos preparados para atacá-los no momento em que aparecerem.”


Gu Ren, sempre prático, perguntou: “E como garantimos que os líderes regionais confiem em nós o suficiente para virem até aqui? Muitos já estão desconfiados depois do pronunciamento.”


Jaha sorriu levemente, como se já esperasse essa pergunta: “Essa é a parte mais simples. O pronunciamento foi apenas o primeiro passo. A mensagem foi clara: precisamos da cooperação de todos. O próximo passo é reforçar essa mensagem diretamente com os líderes regionais. Precisamos apelar ao senso de dever deles, à oportunidade de participarem de uma solução em vez de serem vítimas dela. Se formos persuasivos, eles virão.”


Hakim então completou, com seu tom assumindo o peso da liderança: “E para aqueles que hesitarem, precisamos demonstrar força e segurança. Mostrar que Gard é um lugar onde eles estarão protegidos, onde poderão discutir estratégias sem medo de represálias imediatas.”


Singrid assentiu lentamente, começando a ver a lógica no plano: “Mas ainda há um risco. E se o Olho perceber que é uma armadilha?”


Jaha sorriu novamente, desta vez com uma confiança que irradiava pela sala: “Se perceberem, então teremos cumprido pelo menos um objetivo. Mesmo que suspeitem, o simples fato de considerarem a possibilidade significa que eles precisarão investigar ou reagir, porque, no fim, a ideia de resoluções regionais é a melhor que podemos seguir para administrar o que está por vir. De um jeito ou de outro, nós teremos uma vitória.”


Hakim olhou para todos na sala, com sua mente captando cada nuance do plano. Ele então assentiu, decidido a colocá-lo em prética: “Então é isso. Vamos fazer de Gard o símbolo da resistência e um objeto de desejo para o Olho. Vamos convidar os líderes regionais, criar a ilusão de vulnerabilidade, e transformar essa fraqueza aparente em resposta para criar um novo tabuleiro.”


Gu Ren, Cruz, Singrid e os outros trocaram olhares, percebendo a magnitude do que estavam prestes a fazer. Aquele era um plano arriscado, mas a alternativa era continuar reagindo às ações do Olho, estando sempre um passo atrás.


Hakim, por fim, concluiu, com sua voz carregada de convicção: “Avisem Zao Tian sobre o que decidimos. Ele deve se afastar também, e quando o Olho vier, vamos mostrar a eles que o caos que tentam semear não será sua vitória… Mas o início de sua derrota.”


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
bottom of page