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Capítulo 0912 - Tensão por Todos os Lados

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Tenham uma boa leitura!]


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O chamado para alianças foi lançado, e tanto Gard quanto Niflheim se tornaram palcos de reuniões tensas e carregadas de incertezas. Enquanto Hakim e Jaha coordenavam os encontros em Decarius, organizando os líderes regionais no Palácio das Areias, Niflheim recebia suas próprias comitivas, vindas de diversas partes do cosmos.


No grande salão de Gard, centenas de figuras importantes se acomodavam em torno de um vasto auditório. Nobres, guerreiros e líderes de territórios diversos, todos com seus próprios interesses, mas cientes de que precisavam agir em conjunto. O ar estava sobrecarregado de formalidades e respeito mútuo, mas por trás de cada saudação e gesto cortês, escondia-se uma atmosfera de desconfiança bastante corrosiva.


Hakim estava no centro do auditório, ouvindo atentamente os debates que aconteciam antes mesmo do começo da reunião. Jaha, sempre analítico, mantinha-se um pouco afastado, observando os padrões de fala e comportamento de cada líder, e gravando em sua mente um perfil detalhado de cada um deles. Eles precisavam medir com precisão onde estavam seus aliados verdadeiros e onde havia lacunas que poderiam ser exploradas pelo Olho.


“Não podemos esperar que esse plano funcione se continuarmos a nos esconder atrás de formalidades.” disse um dos líderes, um homem robusto com cicatrizes no pescoço. 


O homem estava perto de Jaha, debatendo com um colega sobre o motivo por trás daquele encontro: “O Olho está se movendo, e cada momento que gastamos debatendo é um momento em que eles se fortalecem. Só por ter saído de casa, eu já não sei se quem encontrarei na minha volta é ou não que eu deixei para trás.”


Jaha finalmente cochichou para Hakim, com sua voz calma e incisiva: “Nós teremos que intervir em breve. Precisamos que essa reunião pareça uma fraqueza, mas internamente, precisamos estar mais fortes do que nunca.”


Enquanto os debates se intensificavam em Gard, em Niflheim, a situação não era menos tensa. O salão do trono estava lotado como nunca antes. Yanor, sentado no trono imponente dos gigantes, mantinha-se atento à chegada das diferentes raças ao seu reino. Krovackianos, elfos e orcs formavam uma comitiva de diplomatas e guerreiros, cada um mais desconfiado que o outro.


Os elfos, sempre meticulosos, foram os primeiros a demonstrar sua insatisfação com a situação. Um dos representantes da alta linhagem dos elfos de um planeta satélite do Grande Lar estreitou os olhos ao encarar os orcs, e murmurou com sua voz carregada de desprezo velado: “Nunca pensei que chegaria o dia em que seríamos convidados a compartilhar um espaço com esses bárbaros desmiolados.”


Enquanto isso, um líder dos orcs, um guerreiro de pele esverdeada com cicatrizes profundas, soltou uma risada grave e ameaçadora, respondendo ao elfo que pensou que não estava sendo ouvido: “Bárbaros? Curioso ouvir isso de um povo que prefere resolver problemas com diplomacia inútil. Quando os deuses esmagarem seus reinos frágeis, quero ver quantos floreios verbais vão salvá-los.”


O salão do trono de Niflheim estava carregado de tensão com apenas aquelas duas raças em atrito, mas essa situação poderia piorar ainda mais. 


Cada raça ali presente carregava incontáveis anos de desconfiança, guerras e ressentimentos que não poderiam ser apagados com uma simples convocação. Os elfos se mantinham orgulhosos, os orcs desafiadores, e então, os Krovackianos chegaram.


A entrada deles foi um espetáculo por si só. Uma tropa de cinco guerreiros Krovackianos, liderados por um imponente representante de pele negra como carvão e asas membranosas dobradas em suas costas, adentraram o salão com passos firmes e olhar intenso. Eles não usavam armaduras pesadas, mas suas vestes escuras e adornadas com símbolos tribais exalavam poder e selvageria. As pupilas dilatadas e os pequenos pontos brilhantes em seus olhos tornavam seus olhares quase hipnóticos, carregando uma presença perturbadora que fazia até os mais endurecidos guerreiros evitarem contato visual direto.


O líder da comitiva Krovackiana logo se aproximou, ignorando as formalidades que outras raças haviam mantido. Ele parou diante de Yanor, ergueu o queixo e cruzou os braços, avaliando o rei gigante com um olhar que oscilava entre desdém e curiosidade.


“Então é esse o novo rei dos gigantes?” Ele falou com sua voz profunda e ríspida e pouco satisfeita: “Não é muito diferente do anterior, pelo que vejo.”


Os orcs, que já estavam em pé de guerra com os elfos, imediatamente desviaram a atenção para os recém-chegados. Um dos líderes orcs, o guerreiro que havia respondido ao desprezo dos elfos, soltou uma gargalhada rouca enquanto menosprezava aqueles que chegaram fazendo tanto barulho. 


“Krovackianos... E eu pensei que já estávamos lidando com a escória do universo!” Ele zombou, cruzando os braços em resposta às ações dos Krovackianos.


O líder Krovackiano, ao ouvir aquilo, girou os olhos lentamente para o orc que falou e simplesmente sorriu, um sorriso que não trazia humor, mas sim uma promessa de violência.


"Engraçado…" Ele respondeu enquanto media o orc, e antes de completar: "Os orcs falam muito sobre força, mas sempre acabam rastejando para alianças quando sentem que não podem ganhar sozinhos."


*Huuump…* O orc rosnou, cerrando os punhos e dando um passo à frente, mas antes que o conflito pudesse estourar, Yanor ergueu uma das mãos e liberou um pouco de sua aura. 


Aquele simples movimento do rei gigante foi o suficiente para fazer com que os gigantes à porta se movessem em torno da sala e silenciar a sala inteira. Depois, em tom de aviso, sua voz reverberou como um trovão pelo salão: "Se vieram aqui para brigar entre si, podem dar meia-volta agora. Este é meu reino, e eu não tolero disputas mesquinhas dentro das minhas muralhas."


Após escutar aquilo e olhar para os gigantes, os orcs recuaram levemente, ainda cheios de raiva, e os elfos mantiveram suas expressões altivas, mas sem intervir. O líder Krovackiano, por sua vez, manteve seu sorriso enigmático, mas deu um leve aceno de cabeça.


"Sabemos por que fomos chamados aqui." Ele disse em resposta, logo antes de completar: "E se engana quem pensa que os Krovackianos se importam em lutar contra deuses ou qualquer outra ameaça. Não temos medo de guerra, Yanor. Mas temos exigências."


Ao escutar aquilo, Yanor franziu o cenho e encarou o Krovackiano enquanto perguntava: "Que tipo de exigências?"


Os Krovackianos nunca aceitavam alianças sem algo em troca. Eles viviam em constante guerra por território, sempre enfrentando outros povos e expandindo seu domínio com brutalidade e estratégia. A proposta de Niflheim era tentadora para eles, mas ainda assim, queriam garantir que sairiam beneficiados.


O líder Krovackiano apontou para o salão ao redor, indicando as vastas construções dos gigantes, e respondeu: "Niflheim precisa ser reconstruída, e nós temos guerreiros, construtores e experiência para isso. Vocês perderam muitos gigantes na guerra entre você e Jhora, e precisam de segurança, também. Nós podemos dar a vocês tudo o que precisam enquanto tentam se reerguer, mas em troca, queremos acesso aos recursos subterrâneos do seu reino. As cavernas de Niflheim guardam metais raros que poderiam reforçar nossas próprias armas e fortalezas."


Assim que o Krovackiano terminou de falar, aquela sugestão causou murmúrios entre os presentes. Os elfos se entreolharam, claramente incomodados com a ideia de Krovackianos extraindo recursos de um reino que não era deles. Os orcs apenas observaram, esperando a resposta de Yanor, para pedir algo tão valioso quanto o último pedido.


O rei gigante, por sua vez, permaneceu em silêncio por um longo momento, considerando a proposta. Ele sabia que ceder território ou recursos para os Krovackianos era um risco, mas também sabia que precisava de aliados dispostos a se envolver na reconstrução e, futuramente, na guerra contra o Olho. Outra coisa que ainda era uma incógnita era quem poderia querer acessar o túnel para destruir pistas que levassem ao paradeiro da Trindade. E o pedido de acesso ao subterrâneo de Niflheim acendeu um alerta em sua mente.


Yanor pensou, mas antes que pudesse responder, um dos elfos finalmente interveio. 


"Vocês querem permitir que essas bestas escavem suas terras?" O tom do elfo era ácido enquanto ele completava em aviso: "Niflheim pode muito bem acabar como um deserto devastado, se os Krovackianos tomarem o que querem e os enganarem depois."


O líder Krovackiano virou-se para o elfo com um olhar frio e desdenhoso enquanto respondia: "Prefere lutar contra os deuses com arcos e flechas, então? Porque garanto que vocês vão ser os primeiros a cair."


O clima na sala se tornou ainda mais carregado depois da exigência dos Krovackianos. E Yanor percebeu que, se não intervisse rápido, a reunião se tornaria um caos absoluto. Ele então se levantou de seu trono, com a mera ação fazendo o chão tremer levemente.


"Chega." Sua voz soou como um estrondo: "Não permitirei que velhas rivalidades atrapalhem essa aliança. Se os Krovackianos desejam ajudar, isso será discutido em detalhes. Se os elfos desejam se opor, podem muito bem sugerir algo melhor ou apenas ir embora."


Os elfos se calaram, não dispostos a desafiar um gigante dentro de seu próprio reino. Os orcs continuaram atentos, e os Krovackianos simplesmente sorriram, satisfeitos em ver os elfos sendo pressionados.


Yanor então olhou diretamente para o líder Krovackiano e avisou: "Falaremos sobre sua proposta. Mas saibam que eu não sou Jhora. Se tentarem tomar mais do que o combinado, lidarei com vocês como lido com meus inimigos."


O líder Krovackiano riu suavemente e olhou para o trono vazio que um dia pertenceu a Jhora, antes de responder: "É o que espero, Yanor. É o que espero."


Isso foi apenas o começo. A reunião em Niflheim não estava nem perto de ser harmoniosa, mas pelo menos a conversa havia sido iniciada. A primeira aliança estava sendo costurada entre insultos e ameaças veladas, mas isso já era esperado quando se tratava de raças guerreiras. O caminho até o Olho só poderia ser longo e cheio de obstáculos.


E enquanto tudo isso acontecia, Zao Tian assistia de longe, oculto nas sombras. Ele sabia que sua presença ali poderia inflamar ainda mais os ânimos, e por isso optou por se manter invisível. Sua atenção não estava apenas nos debates… Ele estava observando todos os detalhes, buscando qualquer indício de um espião ou traidor que estivesse planejando entrar naquele túnel que Jhora escondeu de todos.


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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