Capítulo 0921 - Vitória Amarga
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A captura de Hanzo foi mantida sob absoluto sigilo. Logo após o confronto e a breve troca de palavras entre ele e o grupo, a prioridade se tornou garantir que nenhuma informação sobre sua detenção se espalhasse antes do momento certo. Qualquer vazamento poderia resultar em retaliações imediatas do Olho ou, pior ainda, em uma tentativa de resgate organizada pela Trindade. Por isso, sua transferência foi tratada como uma operação de alto risco e executada com máxima discrição.
Assim que Joster reforçou a cúpula de diamante, o grupo não perdeu tempo. Eles levantaram uma barreira adicional de energia espiritual que foi aplicada para impedir qualquer forma de rastreamento. Qualquer vestígio de sua presença foi ocultado para evitar que aliados do Olho pudessem localizá-lo. Sob a escolta direta do Vale da Esperança, ele foi transportado para um local seguro, onde ninguém além dos mais altos líderes da aliança teria acesso ou conhecimento.
A decisão de ocultar a captura também servia para manter a vantagem estratégica. Se o Olho descobrisse cedo demais que um de seus guerreiros mais poderosos havia sido capturado, poderiam adaptar seus planos ou até mesmo agir de maneira desproporcional para recuperar seu agente antes que qualquer informação fosse extraída. Além disso, eles sabiam que Hanzo, mesmo detido, continuava sendo uma ameaça. Sua força física, combinada com suas habilidades regenerativas e sua dupla afinidade com o vento e a vida, o tornavam alguém extremamente difícil de conter. Mesmo em confinamento, ele não poderia ser subestimado.
O transporte ocorreu sob total vigilância e por rotas desconhecidas. Movimentações falsas foram realizadas para despistar possíveis espiões e, ao longo do trajeto, patrulhas ocultas de batedores garantiram que nenhum inimigo se aproximasse. Apenas um número seleto de guerreiros da mais alta confiança sabia seu verdadeiro destino.
Agora, com Hanzo fora do campo de batalha e longe dos olhos do Olho, o próximo passo seria garantir que ele não apenas permanecesse preso, mas que as informações em sua mente fossem extraídas no momento certo. Contudo, sua calma e silêncio absoluto deixavam claro que ele não seria um prisioneiro fácil de quebrar.
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Enquanto aquela parte do plano terminava de forma bem sucedida, outras frentes estavam em ação. E não era só em Gard que Hakim e Jaha estenderam ao raio de suas atividades de contrainteligência.
Eles anteciparam os planos do inimigo, prevendo passos que os colocavam dentro das mentes macabras da Trindade, eles pensaram como os inimigos, criando planos inescrupulosos para, assim, finalmente ter alguma vantagem.
E um dos motivos para Hakim segurar todos no auditório onde a reunião acontecia era parte dessa forma de pensar que eles usaram.
Se colocando no lugar da Trindade, Hakim e Jaha chegaram a uma conclusão com grande chance de acerto de que, o Olho, prevendo que os líderes regionais retornariam para suas cidades após a chocante transmissão de Hanzo na reunião, arquitetou emboscadas brutais para eliminá-los e instaurar o caos. Contudo, Hakim e Jaha, junto com as forças de Gard e do Vale da Esperança, já haviam antecipado essa estratégia.
Sabendo que o medo levaria os líderes a tentarem retornar apressadamente para seus domínios, eles os seguraram, para salvar suas vidas, e coordenaram contra-emboscadas letais, garantindo que as forças do Olho caíssem em suas próprias armadilhas.
Em estradas isoladas, montanhas, rotas e passagens estratégicas, tropas camufladas de Gard e do Vale da Esperança aguardavam pacientemente há dias. Eles estavam lá muito antes da reunião ser anunciada.
Quando os soldados do Olho surgiam para se posicionar com o intuíto de atacar os líderes que tentavam retornar para suas cidades, a ofensiva das forças aliadas agiu de forma sincronizada, imediata e precisa. Os soldados posicionados previamente atacaram de forma contundente, ceifando os agentes do Olho antes que pudessem perceber o que estava acontecendo.
Os assassinos mais letais de cada exército foram designados a dedo para aquela missão, e eles foram muito bem sucedidos, surgindo das sombras e desferindo golpes fatais antes que o inimigo pudesse reagir.
Em várias frentes, de forma simultânea, o Olho sofreu baixas severas, pois os assassinos que eles enviaram eram fortes na mesma proporção de seus alvos. E como os líderes eram, em sua maioria, Santos ou pelo menos algo em torno de um antigo Profano, as baixas foram um golpe doloroso à organização.
Graças às mentes de Jaha e Hakim, os ataques que deveriam ser uma ofensiva certeira contra os líderes de Decarius se tornaram uma chacina para os próprios agressores. O elemento surpresa no qual eles tanto confiavam foi completamente anulado pela inteligência combinada dos dois.
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Enquanto os emboscadores do Olho eram eliminados antes mesmo de iniciarem seus ataques, os territórios dos líderes regionais não ficaram desprotegidos. Hakim e Jaha previram que, além das emboscadas diretas contra os líderes, o Olho tentaria ataques coordenados contra as cidades que haviam sido deixadas para trás. A mensagem de Hanzo na transmissão não foi apenas uma manipulação psicológica, foi um aviso, uma isca para atrair o caos e espalhar desordem.
Porém, as forças de Gard e do Vale da Esperança estavam um passo à frente.
Quando os líderes foram convencidos a permanecer no auditório, suas cidades já estavam protegidas por contingentes militares previamente mobilizados. Tropas foram enviadas de maneira discreta, misturando-se à população ou assumindo posições estratégicas em pontos-chave. Soldados experientes se passaram por civis, enquanto unidades de elite estavam escondidas, aguardando o momento certo para agir.
A fortificação das cidades não era apenas uma medida de precaução; era uma armadilha cuidadosamente montada. Ao invés de tentar expulsar os invasores diretamente, os defensores esperaram que os atacantes do Olho avançassem, permitindo que entrassem nas ruas e becos antes de atacá-los de todos os lados. A luta, então, deixou de ser uma simples defesa para se tornar um massacre tático.
O uso de formação e posicionamento estratégico se provou mais letal do que qualquer poder individual. Unidades especializadas foram enviadas para liderar emboscadas contra a retirada dos inimigos, cortando as rotas de fuga e exterminando-os sem piedade. Enquanto seus líderes e guardiões estavam presos na reunião, cada cidade fortificada tornou-se um campo de extermínio para os invasores.
Apesar das previsões precisas, uma cidade em particular, a que Hanzo exibiu na transmissão, sofreu um ataque mais intenso. Os agentes do Olho, confiantes de que haviam desestabilizado emocionalmente os líderes, investiram contra aquele território com força total, acreditando que a ausência de seu governante garantiria uma vitória fácil.
O ataque foi brutal e coordenado, e um atraso na comunicação deu-lhes uma certa vantagem temporal. Os inimigos surgiram em várias frentes, derrubando as muralhas externas e espalhando-se pelas ruas como uma maré negra de destruição. Explosões ressoaram pelo ar quando grupos do Olho tentaram incendiar a cidade, quebrando as barreiras defensivas com ataques contínuos. Eles não estavam apenas ali para tomar o controle da cidade; eles queriam transformá-la em um exemplo, um símbolo do que aconteceria com qualquer território cujos líderes desafiassem a Trindade.
Contudo, após o atraso que acabou sendo fatal para muitas pessoas, o que eles não esperavam aconteceu. Eles encontraram uma resistência muito mais preparada do que imaginavam.
As forças de Gard chegaram.
A chegada das forças de Gard foi como o rugido de uma tempestade prestes a engolir tudo. Relâmpagos cortavam o céu enquanto cultivadores do Vale da Esperança e guerreiros veteranos de Gard desciam dos céus, caindo sobre os agentes do Olho como divindades da guerra. O choque foi imediato e brutal.
A cidade, que momentos antes estava à beira da ruína, tornou-se um campo de destruição em larga escala. Torres desmoronavam, ruas se partiam como vidro e edifícios eram pulverizados no meio dos combates. O ar estava saturado de energia espiritual, enquanto os guerreiros se chocavam com força suficiente para remodelar o terreno.
Os soldados do Olho, cientes de que haviam sido emboscados, não fugiram. Eles eram fanáticos treinados para batalhas onde a morte era uma certeza, e se reagruparam rapidamente.
Explosões ressoavam por todos os lados enquanto guerreiros trocavam golpes que faziam o solo estremecer.
No entanto, a resistência foi esmagadora.
Os soldados de Gard eram fortes, e suas chegadas não foram precipitadas. Eles tinham um plano. Eles se espalharam pelo campo de batalha, não tentando proteger prédios ou manter formações terrestres, pois sabiam que o campo de batalha era o próprio ar. Como leões caçando em meio ao caos, eles começaram a segmentar os guerreiros do Olho, isolando-os e exterminando-os com precisão brutal.
Cientes de que um alvo tinha sido atacado, o grupo que capturou Hanzo mobilizou, logo após a sua contenção, alguns de seus membros para ajudar na proteção da cidade.
Ragnar liderava uma das ofensivas, com trovões rugindo ao seu redor como se as nuvens gritassem em sua homenagem. Sua lança brilhava como um sol em meio à tempestade enquanto ele descia sobre um grupo de assassinos do Olho. Com um único golpe, o solo abaixo deles se abriu, e o impacto da lâmina gerou uma onda de eletricidade que vaporizou seus corpos instantaneamente.
Hildeval, por sua vez, avançava descarregando toda a frustração que Hanzo e sua personalidade enigmática lhe causaram. A cada golpe seu, ele desintegrava seus inimigos, esmagando guerreiros com as próprias mãos ou os pulverizando com explosões de puro relâmpago. Ele avançava pelo campo de batalha como uma avalanche de destruição, e cada inimigo que ousava se colocar diante dele era reduzido a cinzas em segundos.
No céu, os cultivadores do Vale da Esperança que seguiram com eles travavam duelos aéreos que rasgavam as nuvens com rajadas espirituais. Eles não apenas detinham os assassinos do Olho, mas estavam os exterminando com precisão implacável.
Apesar das perdas, o Olho não era um inimigo que aceitaria a derrota sem levar o máximo de vidas consigo. Um grupo de invasores acabou liberando um mar de chamas que consumiam tudo ao redor. Ao mesmo tempo, enormes feixes de energia surgiram no céu, disparando contra os soldados de Gard e criando crateras imensas onde tocavam o solo. Os guerreiros que foram atingidos, ao tocarem as chamas, queimaram até que restasse apenas poeira.
Um deles riu antes de ser morto, proclamando: “Se formos cair, levaremos vocês conosco!”
Eles tentavam transformar a cidade em um túmulo para ambos os lados. Mas os guerreiros de Gard e do Vale da Esperança não estavam ali para permitir isso.
Gu Ren então apareceu como um raio branco, com sua lança cortando através da das chamas como uma lâmina afiada contra um tecido. Seu movimento foi tão preciso que abriu um vácuo momentâneo na batalha. As chamas simplesmente desapareceram, e no mesmo instante ele lançou sua lança para baixo, conjurando ao redor dela um ciclone devastador que capturou os suicidas do Olho e os reduziu a meros fragmentos.
Aquele golpe acalmou o campo de batalha, que foi engolido pelo silêncio, mas o dano já havia sido feito. Muitos guerreiros de Gard estavam caídos, e a cidade estava em ruínas.
Ao final da batalha, os poucos guerreiros do Olho restantes tentaram recuar, mas foram interceptados e mortos sem hesitação. Quando a poeira assentou e os gritos de guerra cessaram, tudo o que restava era o silêncio e o cheiro de cinzas.
Ragnar, olhando ao redor, viu todo o estrago que o Olho fez e que eles não conseguiram impedir, e acabou dizendo em voz baixa: “A vitória tem um gosto amargo quando vem acompanhada de tantas perdas.”
Gu Ren, um pouco longe dele, também observava a destruição, ainda de olhos semicerrados, e disse em lamento: “Eles perderam. Mas isso não significa que fomos vitoriosos.”
A cidade estava salva, ou pelo menos o que restou dela. O Olho havia sido repelido. Mas as perdas estavam lá, inegáveis para qualquer um que tivesse olhos.
