Capítulo 0950 - A Herança dos Gigantes
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Zao Tian agora controlava completamente o ambiente mental de Hanzo, moldando-o como um sonho lúcido onde ele era o único soberano. O silêncio absoluto reinava naquele espaço anteriormente caótico, agora pacificado e transformado em sua própria prisão particular. A gaiola onde Hanzo estava preso não passava de uma representação visual, porém altamente eficaz, do controle absoluto que Zao Tian exercia sobre aquela consciência.
Olhando com calma para o prisioneiro mental, Zao Tian começou a explorar lentamente as memórias que agora se revelavam diante dele sem nenhuma resistência. Os fragmentos que antes vinham e desapareciam rapidamente agora se apresentavam com uma nitidez impressionante, permitindo que ele mergulhasse profundamente nas lembranças ocultas daquele homem.
Enquanto avançava pelas camadas mais íntimas da memória de Hanzo, Zao Tian percebeu que grande parte de suas lembranças estavam relacionadas a um único lugar: A vila onde homens dedicavam suas vidas à espada, onde figuras como Ryuuji e Hatori haviam crescido. As memórias dali eram nítidas e detalhadas, revelando um Hanzo mais jovem, disciplinado e determinado em seus treinamentos diários.
Saudades, talvez…
Zao Tian observou uma memória específica com atenção redobrada. Hanzo estava treinando sob um sol escaldante, com seu corpo musculoso coberto por suor, empunhando uma espada pesada feita de algum metal raro e resistente. Seus movimentos eram suaves e ao mesmo tempo esmagadores, combinando força extrema com uma leveza impossível, exatamente como os de Hatori.
Apesar da espada ser diferente, o estilo de luta era idêntico, como se Hanzo se inspirasse nele.
Zao Tian prosseguiu, enquanto assistia àquela cena, uma curiosidade chamou a atenção dee: em praticamente todas as memórias de treinamento de Hanzo, a figura de Hatori pairava como uma sombra invisível, sempre presente, mas jamais diretamente vista ou interagindo com ele. Era como se a presença de Hatori estivesse profundamente gravada em seu subconsciente, uma influência silenciosa, porém poderosa.
"Interessante…" Zao Tian murmurou para si mesmo enquanto continuava a observar. Ele começou a entender claramente o motivo pelo qual aquela figura, apesar de nunca aparecer em nenhuma memória diretamente, era tão marcante para Hanzo.
À medida que avançava, Zao Tian confirmou suas suspeitas anteriores. Hanzo era o resultado de uma fusão genética cuidadosamente planejada pela Trindade, e um dos pilares fundamentais dessa fusão era, sem dúvida, Hatori. A afinidade quase instintiva com a espada e a postura de batalha impecável… tudo remetia diretamente ao lendário guerreiro.
Porém, o que mais impressionou Zao Tian não foi a confirmação de que Hanzo tinha parte do legado genético de Hatori. Foi outra coisa, algo muito mais chocante e inesperado.
Zao Tian percebeu que o potencial físico e energético de Hanzo era muito mais profundo do que qualquer um poderia imaginar. À medida que se aprofundava naquela análise, ele podia sentir a energia latente que fluía nas veias espirituais de Hanzo. Uma energia tão intensa e peculiar que era impossível não reconhecê-la.
"Não é possível…" Zao Tian murmurou, perplexo, enquanto estudava atentamente aquela energia única: "Essa sensação… só senti algo parecido uma única vez."
Quando Zao Tian pensou aquilo, um único nome surgiu imediatamente em sua mente: Momoa.
A energia de Hanzo lembrava profundamente aquela presença que ele sentiu na primeira vez em que encontrou o poderoso Momoa. Uma energia, selvagem e primitiva, como se tivesse sido retirada diretamente das forças fundamentais da natureza. Era mais do que uma simples coincidência. Era uma assinatura energética inconfundível.
Zao Tian continuou observando enquanto as memórias revelavam um Hanzo cada vez mais jovem, sendo rigorosamente treinado pelos sábios guerreiros da vila.
Apesar de ser aparentemente parte daquela comunidade, Zao Tian percebeu claramente que ele jamais foi tratado como igual. Ele era uma arma sendo forjada, um instrumento que crescia isolado do calor e da camaradagem que naturalmente existiam naquela vila.
A figura invisível de Hatori parecia acompanhá-lo a cada passo, quase como uma entidade protetora ou uma sombra de expectativa que Hanzo jamais conseguiria alcançar plenamente.
Zao Tian então se viu em outra memória específica, agora muito mais recente. Hanzo, já adulto e completamente desenvolvido fisicamente, demonstrava uma força bruta impressionante, esmagando montanhas com as mãos e balançando uma espada que pesava toneladas. Ele estava sozinho, afastado de todos, claramente isolado e consciente do seu destino.
Zao Tian observou atentamente cada detalhe daquela memória, percebendo com uma clareza assustadora o quanto ele e Hanzo compartilhavam em termos de potencial físico. A força que Hanzo exibia naquele instante era absolutamente comparável à dele próprio, e também à força de Ming Xiao.
Enquanto Zao Tian observava Hanzo, cada vez mais detalhes das memórias ocultas emergiam, formando um mosaico sombrio e revelador. A história daquela existência manipulada pela Trindade se desenrolava de maneira surpreendente, esclarecendo mistérios até então sem resposta.
Hanzo nunca teve a chance de viver uma vida comum ou fazer escolhas próprias.
Desde o primeiro suspiro, ele fora moldado para atender a um propósito específico, cruelmente determinado por aqueles que o criaram. A junção das essências genéticas de dois homens excepcionais, Hatori e Momoa, resultara numa criança única, dotada tanto de uma afinidade inata com a espada quanto de uma força física descomunal.
Zao Tian entendeu, naquele instante, por que aquela energia lhe era tão familiar e, ao mesmo tempo, tão estranha. Momoa representava algo que também estava dentro dele… A herança do Rei Esmeralda.
Assim como Zao Tian combinava dois grandes seres em si, outra combinação de duas forças resultou numa criatura de poder e potencial inimaginável: Hanzo.
Contudo, embora geneticamente aprimorado, Hanzo foi concebido sem qualquer laço afetivo. A mulher que o gerou não passava de um recipiente descartável, uma peça insignificante no grande esquema da Trindade. Assim que Hanzo veio ao mundo, ele foi imediatamente separado dela e enviado para aquela vila isolada, destinada a forjar guerreiros excepcionais. Ali, ele treinou exaustivamente, sempre ciente, ainda que de maneira inconsciente, de que seu verdadeiro destino não estava naquele caminho, mas sim ao lado da Trindade.
Observando as memórias que fluíam como águas calmas, Zao Tian notou algo perturbador. Hanzo sempre treinou sozinho, cercado por olhares de admiração e temor dos outros habitantes da vila. Embora nunca tenha conhecido Hatori pessoalmente, a sombra daquele homem lendário pairava sobre ele como um guia silencioso, uma referência inalcançável.
O jovem Hanzo era reverenciado pelos anciões e visto pelos outros discípulos como alguém destinado a ser o futuro daquela vila, um prodígio cuja presença era quase mística.
Ainda assim, Hanzo jamais criou vínculos reais com seus companheiros. Era como se uma barreira invisível o separasse de todos os outros, mantendo-o isolado num pedestal que ele próprio nunca quis ocupar. O jovem prodígio era tratado como uma potencial divindade, não por escolha própria, mas por imposição dos mestres que o controlavam.
Zao Tian viu claramente a transição na vida de Hanzo, que ocorreu em um momento crucial, marcado por uma decisão que mudaria para sempre seu rumo. Ao atingir o auge de seu treinamento na vila, Hanzo simplesmente desapareceu, abandonando tudo o que conhecia, sem sequer se despedir daqueles que, abertamente, o adoravam.
Em uma memória vívida e reveladora, Hanzo estava ajoelhado novamente diante daquele altar sombrio com a estátua que representava os trigêmeos. Os olhos dos mestres da Trindade o observavam atentamente enquanto declaravam em uníssono, com uma frieza perturbadora: "Você é nosso filho. Seu propósito transcende qualquer lealdade que tenha criado até agora. Seu destino é muito maior do que esta vila. Está na hora de assumir o seu lugar ao nosso lado."
Naquela mesma noite, Hanzo deixou a vila sem hesitar, seguindo o chamado irresistível daqueles que sempre o controlaram à distância. Ao partir, seu nome foi lentamente apagado dos registros oficiais da aldeia, tornando-o pouco mais que uma lenda entre os mais antigos e um segredo absoluto para os mais jovens.
Por isso, Ryuuji nunca ouvira falar de Hanzo. A partida do prodígio ocorrera muito antes de Ryuuji atingir nascer para conhecer tais histórias. Ainda assim, nos tempos antigos daquela vila, Hanzo era mencionado com reverência e admiração absolutas, tratado como o futuro daquela comunidade isolada, um candidato à perfeição no caminho da espada.
Zao Tian suspirou profundamente ao absorver essas informações. Tudo fazia sentido agora. Hanzo não era apenas uma arma, era uma obra-prima criada através da fusão de duas linhagens extremamente poderosas e raras. A Trindade, em sua arrogância e ambição, fora ainda mais longe do que Zao Tian imaginara inicialmente, usando dois dos melhores guerreiros que o mundo já conheceu para criar algo que pudesse enfrentar diretamente aqueles que eles viam como inimigos absolutos.
No entanto, a Trindade jamais considerou o fator mais crucial: a vontade de Hanzo. Embora sua lealdade tivesse sido programada profundamente em sua consciência, agora que Zao Tian penetrara nas profundezas de sua mente, uma pequena rachadura começava a surgir naquela construção perfeita.
Zao Tian voltou sua atenção para o Hanzo aprisionado naquela gaiola mental, que agora permanecia em silêncio absoluto, com os olhos baixos e resignados, totalmente ciente do controle que seu adversário exercia sobre ele.
“Agora eu entendo você, Hanzo.” Zao Tian falou calmamente, quebrando o silêncio de maneira gentil, mas firme: “Entendo sua dor e também a sua confusão. Você foi criado como uma arma, não como um homem. Mas você ainda tem algo que ninguém pode tirar completamente de você.”
Hanzo levantou lentamente os olhos, encarando Zao Tian com uma expressão cansada.
“O que seria isso?” Hanzo perguntou em voz baixa, quase num murmúrio, como se temesse a resposta.
Zao Tian sorriu suavemente, respondendo com segurança absoluta: “A escolha. Talvez pela primeira vez na vida, você tem a oportunidade real de escolher o seu próprio caminho. Sua força e suas origens não precisam determinar seu futuro. Esse controle absoluto que a Trindade exercia sobre você está se rompendo agora, neste exato instante.”
Hanzo permaneceu imóvel, absorvendo lentamente aquelas palavras. Pela primeira vez, seu olhar demonstrava uma leve e quase imperceptível vacilação, uma centelha do que poderia vir a se tornar uma nova realidade para ele.
“Você foi longe demais!” Enquanto deixava Hanzo pensar, Zao Tian começou a buscar informações sobre a Tríade, mas uma voz contrariada soou de todos os lados, e, dentro da mente de Hanzo, ele sentiu outras três presenças surgirem.
Zao Tian olhou e sentiu aquelas presenças. Elas não eram constructos de defesa de Hanzo… Eram presenças reais. Mentes reais.
“Então dessa vez os ratos tentarão salvar o navio enquanto ele afunda…” Zao Tian comentou num tom sarcástico, em resposta à voz.
