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Capítulo 0965 - A Origem do Mal 11

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Tenham uma boa leitura!]


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Zao Tian sentiu um calafrio profundo percorrer seu corpo espiritual enquanto avançava para a próxima memória. Aquela era diferente, mais sombria, carregada de um peso que ia muito além da simples retaliação. A energia era densa, violenta, fria.


Ele emergiu na memória já dentro de um grande salão subterrâneo. A iluminação era fraca, vinda apenas de cristais avermelhados que pareciam pulsar lentamente, como se respirassem junto com a própria escuridão. No centro do salão, havia um homem amarrado a uma cadeira robusta, com braços e pernas imobilizados por correntes pesadas e símbolos espirituais que drenavam sua força e o impediam de resistir.


Zao Tian reconheceu o homem imediatamente: era aquele primeiro informante, o mesmo que antes parecia frágil e inseguro, mas que agora revelava desespero puro em cada músculo contraído do rosto.


Diante dele estavam Amin, Samir e Rachid, em pé, imóveis, observando-o em silêncio. Não havia pressa, não havia raiva explícita. Apenas o silêncio esmagador de algo inevitável.


“Por favor...” O homem implorou, com a voz trêmula, os olhos arregalados e cheios de lágrimas: “Eu cometi um erro, eu me arrependo, eu jamais faria isso novamente!”


Nenhum dos três respondeu imediatamente. Eles apenas continuaram olhando para ele.


Amin então se aproximou devagar, parando diante do homem, com os olhos frios e indiferentes como uma lâmina.

 

“Você sabia o preço. Sempre soube.” Amin disse com a voz baixa, quase um sussurro: “E mesmo assim, escolheu nos vender. Achou que seu prêmio valia mais que sua vida.”


“Eu estava desesperado! Eu achei que…” Ele tentou se defender, mas as palavras do informante morreram na garganta quando Amin ergueu uma mão. Um movimento suave, quase gentil, mas o suficiente para calá-lo por completo.


“Você achou errado.” Disse Amin com firmeza.


Samir, mais impaciente, deu um passo à frente, com os olhos brilhando com uma curiosidade perversa enquanto trazia à mão um pequeno objeto pontiagudo, que parecia uma agulha feita de cristal negro.


“Não estamos aqui para obter informações. Não há nada que você saiba que nós já não saibamos.” Samir disse calmamente, enquanto aproximava lentamente a agulha do olho esquerdo do homem: “Estamos aqui apenas para fazer você entender. E para que todos entendam.”


*Aaaaaargh… Aaaaaaaargh…* Um grito de agonia cortou o silêncio absoluto do salão assim que a agulha tocou suavemente a superfície do olho, perfurando lentamente, sem pressa, deixando cada segundo daquela dor ser sentida plenamente.


A Trindade não reagiu aos gritos, não piscou diante do sofrimento extremo. Pelo contrário, eles pareciam absorver aquela dor com uma satisfação silenciosa.


Rachid, então, deu um passo à frente, segurando uma esfera translúcida que capturava cada segundo daquele horror, transmitindo cada detalhe da punição para dezenas de outros lugares ao redor do mundo. Cada informante atual, cada pessoa que carregava uma moeda com a pedra dourada no centro, assistia em silêncio àquele espetáculo macabro.


Até mesmo aqueles que ainda eram candidatos a obter uma moeda receberam a transmissão.


Os minutos se arrastavam enquanto o homem era afogado na mais profunda e meticulosa dor. Samir trocou a agulha por uma lâmina fina e começou a realizar cortes superficiais, precisos, metódicos, garantindo que nenhuma ferida fosse profunda o suficiente para causar morte rápida, mas suficientes para causar dor constante e enlouquecedora.


O informante suplicava entre soluços, implorava por perdão, clamava por misericórdia, mas nenhuma dessas palavras chegava até os três irmãos.


Amin então sussurrou perto do ouvido do homem: “Você não será esquecido. Seu nome, sua dor, seu arrependimento... tudo isso será eternizado em cada um dos nossos informantes. Você será a lembrança viva do preço da traição.”


O castigo continuou por horas, uma longa sessão meticulosa e implacável. Cada ferimento, cada grito, cada expressão de desespero era transmitida sem censura. E em cada canto onde alguém segurava uma moeda da Trindade, o terror era absoluto. Nenhum deles poderia esquecer aquilo. Nenhum deles poderia alegar ignorância.


A atmosfera no salão subterrâneo se tornara insuportável até para Zao Tian, que, mesmo sendo apenas um observador espiritual, sentia-se encharcado pela densidade da dor e da perversão que se alastrava como fumaça espessa por cada canto da memória.


O homem, ou o que restava dele, já não chorava. Seus olhos estavam vazios. A boca se movia, mas nenhum som saía. A garganta estava ferida de tanto gritar, e sua pele já não possuía regiões intactas. Mesmo assim, ele estava vivo. Não por milagre. Mas por designo.


Porque eles queriam que ele vivesse.


Samir, agora sem máscara alguma, ria de forma baixa, quase infantil, enquanto deslizava o fio de uma pequena lâmina circular sobre os músculos expostos do braço do traidor. Ele cortava nervos específicos, parava, aplicava pequenas doses de veneno para reacender a dor, e em seguida, curava parcialmente o local com uma pílula espiritual de recuperação lenta.


"Você está começando a ficar interessante agora…" Sussurrou Samir com brilho nos olhos: "Eu gosto de quando os músculos tremem sem saber se vão morrer ou pedir socorro."


Amin não dizia nada. Apenas observava. Mas sua expressão era de aprovação absoluta. Um aceno sutil bastava para que Samir prosseguisse com uma nova técnica, dessa vez, um bastão fino que canalizava ondas de energia que vibravam diretamente nos ossos do prisioneiro.


O corpo do homem se contorcia, sem força, como uma marionete quebrada. Cada vibração interna fazia seus olhos saltarem de dor. Zao Tian, mesmo já acostumado com horrores, precisou se concentrar para não ser engolido por aquela sensação.


Enquanto isso, Rachid, com frieza glacial, comandava os mecanismos de transmissão. Ele garantia que nenhuma emoção fosse desperdiçada. Aquilo era mais do que uma imagem. Era uma experiência sensorial compartilhada.


Todos os detentores de moedas, centenas de indivíduos espalhados pelo mundo, recebiam aquilo como se estivessem na sala. Sentiam o cheiro do sangue, escutavam o som da carne sendo rasgada, a respiração trêmula do homem, a vibração do medo. Era impossível ignorar.


Mas a mensagem ainda não estava completa.


Porque, naquele momento, Rachid falou. Não com raiva. Mas com um tom pedagógico: "Informação é poder. Poder gera confiança. E confiança, quando quebrada… deve ser esmagada."


Amin assentiu, então se virou para a parede de cristal escurecido ao fundo. Um selo foi ativado, e uma grande porta se abriu. Dela, saíram seis figuras acorrentadas, todas cobertas por panos sujos e amordaçadas. Seus olhos denunciavam o terror absoluto.


Eles eram a rede.


Aqueles que trabalhavam com o traidor.


Coletores de informação. Transportadores. Disfarçados. Intermediários. Todos os que, de alguma forma, estavam ligados a ele.


Samir bateu palmas uma vez, quase em celebração.


"Vamos ampliar a audiência." Disse ele, antes de se aproximar do primeiro deles, um homem de meia-idade, robusto, que fora, outrora, o braço direito do informante principal.


"Este aqui foi quem convenceu o outro de que valeria a pena nos vender." afirmou Amin.


"Bom… então nada mais justo que ele vá primeiro." Sorriu Samir, como se tivesse acabado de receber um presente.


O homem tentou gritar, mas sua mordaça foi reforçada por selos. Ele só podia olhar, e implorar com os olhos, enquanto Samir desenhava símbolos espirituais em seu peito com uma faca de osso.


A técnica não era comum. Era antiga. Dolorosa. Ela fazia o espírito ser exposto à superfície do corpo, tornando qualquer estímulo físico… um tormento multiplicado.


Os gritos, ainda que abafados, preenchiam o salão como ecos antigos de sofrimento. Zao Tian não conseguia desviar o olhar. Sabia que aquilo era mais do que uma demonstração de fúria.


Era um manifesto.


A Trindade não estava apenas punindo.


Eles estavam ensinando.


"Vocês…" Disse Rachid, com a voz elevada, olhando diretamente para o cristal de transmissão: "Todos vocês que carregam nossa moeda, nossa confiança… todos que esperam carregar uma… devem saber que este é o novo protocolo."


Samir ergueu o rosto, com um sorriso sujo de sangue e continuou: "A confiança é o único bem inegociável."


Amin então deu o último passo para transformar aquilo em história, completando: "Este é o destino de quem trai. E o destino de todos os que o cercam. Você pode mentir para seu clã. Pode mentir para seus aliados. Mas se mentir para a Trindade…"


Ele se virou para os outros cinco capturados, que já se debatiam em pânico: "você mata todos ao seu redor também."


E assim, a sessão prosseguiu.


Um por um.


Com métodos diferentes, com ritmos alternados, com palavras específicas para cada um. Eles não queriam apenas punir. Queriam destruir.


Queriam que todos os que viam aquilo entendessem que não existia retorno.


Zao Tian sentiu, com um peso insuportável, o verdadeiro impacto daquilo.


Agora, a Trindade não era só mais um grupo de manipuladores poderosos.


Eles eram um culto de controle.


Um império silencioso que crescia pelas margens da sociedade, se alimentando daquilo que todos escondiam… e cobrando em dor por qualquer desvio.


A mensagem tinha mudado de nível.


Eles não queriam mais apenas ser temidos.


Eles queriam ser reverenciados.


Eles queriam que todos, sem exceção, sentissem que o olhar da Trindade jamais piscaria. E que, se você estivesse sob ele… você obedeceria.


Ou pagaria com tudo.


Este foi o novo marco.


Não era sobre punição.


Era sobre controle absoluto.



O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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