Capítulo 0971 - A Origem do Mal 17
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Zao Tian, mesmo como mero espectador no fluxo da memória de Amin, sentia o frio da possibilidade que se avolumava no espaço esquecido.
A Trindade havia tocado algo proibido. Algo que, por incontáveis eras, permaneceu oculto até mesmo aos olhos dos deuses. Um artefato que, nas mãos de Zeus, tinha o poder de reescrever as regras da existência e fazer com que um único ser ultrapassasse os limites que nem mesmo os deuses ousavam cruzar.
Eles não apenas encontraram o Domínio da Miragem Eterna… Eles estavam libertando-o e entregando para o ser mais odioso que Zao Tian já conheceu.
Zao Tian apertou os punhos, mesmo sem corpo físico naquele instante, e xingou: "Eles são uns malditos loucos."
Eles eram mesmo loucois.
Loucos o bastante para cutucar um deus em fúria. Loucos o bastante para confiar que controlariam Zeus. Loucos o bastante para crer que um poder selado por Loki, o deus mais traiçoeiro que já caminhou entre as estrelas, poderia ser usado sem consequências.
Hefesto não deu aquele tesouro para Zeus justamente por saber que seria perigoso demais fazer isso.
Se os irmãos tivessem falhado… se Amin não tivesse vencido a luta espiritual com a besta… se o selo tivesse se rompido enquanto eles ainda estavam vulneráveis…
Decarius poderia ter se transformado em cinzas.
O universo poderia ter se transformado numa peça de tragédia cíclica, e teria novamente dobrado os joelhos a um tirano.
Mas a memória seguia… ela não acabou ali. E Zao Tian não pôde deixar de assistir.
*Dzzzzzzzt… Craaaaaack..* O som final do trabalho de Zeus não foi explosivo. Foi afiado. Cortante. Como se o próprio espaço tivesse sido dilacerado por uma lâmina invisível.
O último selo cedeu perante a existência de um dom que o subjugou sem problema algum. As matrizes giraram uma última vez antes de se partirem como vidro etéreo, dissolvendo-se em partículas de luz azulada.
No instante seguinte, o asteroide tremeu.
Não com violência… mas com reverência.
Do seu interior, uma esfera prateada, pulsante como um coração vivo, emergiu. Era pequena, do tamanho de uma maçã. Mas sua presença… era incomensurável.
O Domínio da Miragem Eterna.
Uma relíquia construída por Hefesto e imbuída pela própria essência de Loki. Era como olhar para um fragmento da realidade que todos tentavam esquecer. Um objeto que reluzia com todas as cores e, ao mesmo tempo, com nenhuma.
Zeus flutuou até o tesouro divino como um predador satisfeito. Seus olhos azuis estavam abertos em êxtase. A respiração, profunda. Ele estava sorrindo, como uma criança diante de um brinquedo proibido.
"Ahhh… finalmente…" Ele murmurou: "Durante dois milhões de anos… eu fui apenas um carcereiro para todos os meus malditos irmãos. Um cão preso a um planeta morto. Mas agora… agora, eu serei o rei de tudo."
Enquanto murmurava aquilo, Zeus estendeu a mão para tocar o orbe.
"Vocês dois…” Ele falou com naturalidade, como se Samir e Rachid fossem ferramentas de seu uso: “Vocês vão me ajudar a encontrar todos os outros artefatos. Vão farejar, vasculhar, e quando encontrarem… vão me entregar."
às costas de Zeus, Samir sorriu com gentileza. Rachid, ao lado, inclinou levemente a cabeça.
"E o que ganhamos com isso, senhor dos raios?" Perguntou Samir, com a voz branda e olhos serenos.
"Ganham o direito de continuar vivos." Zeus respondeu, rindo com desprezo: "Não é o bastante?"
Então houve um silêncio. E o silêncio que se seguiu foi curto.
Curto demais.
Rachid se moveu de forma repentina. E quando se moveu… foi como uma flecha sem aviso. Sem hesitação. Sem grito.
Um punho revestido em energia verde, carregando o peso de um corpo estelar, atingiu Zeus entre os ombros com uma força absurda, jogando o deus contra os escombros flutuantes do asteroide como uma marionete sem cordas.
*Boooooooooooooooooooooooooooooom…* O som da colisão reverberou pelo vácuo. Asteroides se partiram. A distorção do espaço fez estrelas piscarem.
E antes que Zeus pudesse entender o que havia acontecido, Samir já havia agarrado o Domínio da Miragem Eterna com ambas as mãos.
"Você é perigoso demais para possuir isso." Murmurou Samir, com os olhos agora frios como o vazio estelar: "E burro demais para perceber o que deixamos escapar."
Logo após se dar conta de que tinha sido golpeado, Zeus explodiu para fora dos escombros com um urro de fúria.
A pele de seu rosto estava rachada onde o golpe de Rachid o atingira, e raios brotavam de seu peito, de seus braços e de seus olhos.
"SEUS INSETOOOOS!" Zeus rugiu como uma fera ensandecida: "VOCÊS ME TRAÍRAM?!"
Enquanto Zeus gritava aquilo, Rachid estava agora entre Samir e ele. Suas mãos tremiam levemente diante do medo da fúria divina, mas seu rosto ainda estava calmo.
"Você já tem poder demais, Zeus." Rachid respondeu com simplicidade uma brutal: "E nunca sequer mereceu mais do que isso."
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* O espaço estalou naquele momento. Raios dançavam como serpentes à sua volta, mas Zeus não atacou de imediato.
Ele estava tentando entender. Ainda havia parte de sua mente processando o golpe. A afronta.
Como dois mortais ousavam fazer aquilo com ele? Como alguém… se colocava entre ele e seu renascimento?
"Eu não vou só matá-los… EU VOU SELAR SUAS ALMAS NO FUNDO DAS ESTRELAS!" Zeus então rugiu de volta, e sua voz rompeu as barreiras dimensionais. Planetas distantes tremeram em ecos.
Samir, agora com o orbe envolto por seu próprio poder, gritou mentalmente:
"AMIN! AGORA!"
O rugido de Zeus ecoava como trovões em uma tempestade que ultrapassava galáxias. O espaço vibrava com sua ira, e mesmo os astros mais distantes pareceram titubear diante do despertar de sua fúria verdadeira. Mas, naquele instante, quando o clamor de sua promessa de aniquilação rompeu as barreiras espaciais, Samir já havia gritado.
E Amin, preparado para aquele momento há algum tempo, executou o protocolo que os três haviam desenvolvido em segredo. Uma técnica de troca espacial, uma variação extremamente refinada de teletransporte, com base em marcas vinculadas a entidades vivas.
Não era apenas uma técnica de fuga. Era uma farsa pensada com a frieza dos calculistas que eram. Era um abuso de seus poderes de dominação.
Amin tocou dois cristais negros que levava consigo, contendo a essência e o vínculo espiritual de dois servos capturados, homens miseráveis, sem cultivos decentes, acorrentados e manipulados até aquele triste fim, e ativou o Círculo de Substituição, uma técnica que fazia exatamente o que prometia: trocava instantaneamente a posição de uma entidade com seu receptore vinculado.
Bem na frente de Zeus, em meio a uma explosão silenciosa de névoa espectral, as formas de Rachid e Samir se distorceram como se tivessem sido mergulhadas em um lago de vidro líquido.
E no exato momento em que Zeus preparava sua investida para fulminá-los com um selo eterno, o impossível aconteceu diante de seus olhos.
*Whoosh.* No lugar de Rachid e Samir… de repente estavam dois homens franzinos, perdidos, sem roupas apropriadas, com olhares vidrados e completamente desorientados.
Zeus rangeu os dentes, como se traílo não fosse insulto suficiente.
“Por… favor…” Um deles então balbuciou, com a voz quebrada, sem sequer entender onde estava.
O segundo, antes de conseguir falar, foi reduzido a cinzas pela energia do espaço que ainda dançava ao redor de Zeus.
O que restou… foi um silêncio ensurdecedor.
Zeus ficou imóvel. Irritadíssimo. A mente dele girava entre o choque, em raiva e humilhação absoluta. Aquilo… era um escárnio direto.
Eles o haviam enganado.
Eles o haviam manipulado.
Eles o haviam roubado.
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Enquanto isso, em um ponto distante, nas bordas de uma cadeia montanhosa em Decarius, duas formas emergiram ao mesmo tempo.
A técnica de Amin havia funcionado com precisão cirúrgica.
Rachid e Samir, com os corações disparados e as vestes rasgadas pela viagem abrupta, caíram de joelhos sobre a pedra fria da encosta. Amin, de pé, ofegava com o esforço de ter acabado de vencer uma batalha espiritual.
Eles simplesmente desabaram por alguns segundos, e então… Eles finalmente sorriam. E entre as mãos de Samir… o Domínio da Miragem Eterna pulsava como um troféu inesperado, mas ainda mais valioso do que aquilo que Amin conquistou.
A esfera parecia viva. A energia que emanava dela não era violenta, mas tampouco era dócil. Era uma constante oscilação de realidades, como se o orbe se recusasse a pertencer a apenas um plano de existência.
“Vocês conseguiram.” Amin murmurou, aliviado, enquanto fechava os olhos por um instante.
Rachid se jogou de costas no chão, respirando com dificuldade: “Por pouco…”
Samir ainda segurava o orbe, imóvel, como se estivesse hipnotizado pela complexidade daquele poder.
“Ele… vai nos caçar até os confins do mundo.” Ele avisou: “Zeus não vai parar até nos ver mortos.”
Amin assentiu com frieza, e então respondeu: “Já começou. E nós vencemos a primeira grande batalha.”
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No espaço, Zeus ainda não havia se movido.
Apenas as cinzas do segundo escravo flutuavam lentamente diante dele, como a poeira de uma lembrança queimada. Mas então, o céu se acendeu. Seus olhos brilhavam tanto que o universo ao seu redor clareou como se estivesse sob a luz de mil sóis.
“EU VOU MATAR TODOS VOCÊS E TODOS QUE CONHECEM!!!” ele rugiu. E sua voz, naquele momento, não ficou restrita ao vácuo.
A fúria de Zeus atravessou a matéria. Passou pelas nebulosas. Invadiu sistemas. Irradiou-se até que todo o tecido cósmico ao redor começasse a pulsar com sua presença.
Estrelas próximas começaram a piscar. Planetas tremeram em suas órbitas.
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Em Decarius, a Trindade sabia o que tinha feito e as consequências. E mesmo em meio ao cansaço, ao risco e à dor, nenhum dos três se arrependia.
Eles haviam conseguido o que ninguém jamais ousou sequer tentar. Tinham nas mãos um dos artefatos mais perigosos do passado, que mesmo entre os deuses era considerado um tesouro.
Agora, eles só precisavam entender como usá-lo… antes que o universo inteiro desabasse sobre suas cabeças e Zeus os encontrasse.
