Capítulo 0975 - A Origem do Mal 21
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Tenham uma boa leitura!]
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O som da cratera se formando ainda ecoava entre os cânions quando Rachid cuspiu sangue e tentou se virar para se desvencilhar de Momoa, mas sua cabeça girava como um redemoinho. Seu corpo estava afundado na terra, preso no meio de fragmentos de rocha e raízes destruídas.
A floresta, antes silenciosa e contemplativa, agora gritava. Mas não era um rugido de raiva. Era o som da vida reagindo. Comemorando. O som de Hill, respondendo ao seu protetor.
Enquanto isso, Momoa ainda segurava o braço de Rachid. Não era um aperto qualquer. Era uma prisão feita de carne, ossos e vontade. Os dedos do colosso estavam fincados na carne dele como garras de aço, esmagando meridianos e bloqueando qualquer tentativa de fuga.
Rachid, mesmo sendo um Santo, percebeu que algo estava errado. Algo que ele não previa. Ele não conseguia se mover. Não conseguia voltar para a miragem. A sua conexão com o Domínio da Miragem Eterna parecia… interrompida.
“Você não vai sumir dessa vez.” Momoa disse, com a voz baixa e lenta, como se estivesse falando com um animal encurralado.
“Aaaaaaaaaaaaaaaargh…” Rachid reagiu como tal. Com um grito rasgado de desespero e fúria, ele usou sua afinidade com a escuridão, conquistada na jornada de expansão pelo cosmos. Um redemoinho de sombras emergiu de seu corpo, explodindo ao redor como uma tempestade.
A gravidade ficou louca. Espinhos de energia sombria saltaram de sua pele, prontos para perfurar qualquer coisa ao redor com sua força invisível.
Momoa, porém, não se moveu. Ao contrário, ele aceitou o ataque. Deixou os espinhos rasparem contra sua pele e, quando eles entraram em contato com a sua força vital, começaram a se retrair, como se temessem tocar naquele homem ou soubessem que não eram capazes de perfurá-lo.
“Humph.” Com um rosnado grave, Momoa debochou da tentativa de feri-lo e puxou Rachid para fora da cratera com uma só mão. Seu corpo foi erguido como um saco de ossos quebrados, já dolorido. Contudo, a dor real só veio em seguida.
*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…* Um soco seco, brutal, direto no abdômen de Rachid foi dado. Aquele golpe soou como uma explosão, e teve efeitos similares no corpo dele.
Imediatamente após ser atingido, Rachid sentiu seus órgãos se deslocarem. Tossiu sangue. E sua pele escureceu, não pela afinidade, mas pelo trauma. Todas as suas costelas racharam em uníssono.
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* O segundo golpe veio no rosto, jogando sua cabeça para trás com força residual suficiente para partir árvores ao redor. O impacto levantou uma rajada de vento que sacudiu a floresta. Ele não conseguiu sequer ser arremessado, porque a mão de Momoa ainda segurava seu braço. A mesma mão. Sem nunca soltar.
Rachid sustentava seu corpo por causa da regeneração de sua afinidade com a vida, e ele tentou usar sua escuridão mais uma vez para atacar e ter qualquer chance de se soltar, mas ela mal saía. Ela parecia estar sendo drenada… ou neutralizada… ou anulada. Ele não sabia. A única coisa que sabia era que, naquele momento, ele estava perdendo. E perdendo feio.
“Você apareceu… e desapareceu… como uma sombra.” Momoa disse entre os golpes: “Mas a floresta… não esquece.”
*Craaaaack.* Outro golpe veio. E Rachid teve o ombro deslocado.
“Os galhos falaram.”
*Craaaaaaaaaaaaaaash…* Momoa pisou no joelho dele, que foi inteiramente esmagado.
“Os pássaros silenciaram.”
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang… Baaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* Agora foi um soco duplo no peito. O som de esterno de Rachid partindo ecoou pelo cânion como madeira seca se partindo.
“E o ar… me contou.”
*Boooooooooooooooooooooooooooooooooom…* Rachid foi balançado e jogado contra uma árvore de séculos, que se partiu como graveto. Mas, antes que caísse, Momoa o puxou de volta pelo braço ainda agarrado.
Amin e Samir observavam da dimensão da miragem, perplexos. Eles nunca tinham visto Rachid tão humilhado. Nunca tinham visto alguém conter a escuridão com as mãos nuas.
“Nós temos que tirá-lo dali.” Samir rosnou, quase desesperado.
“Você quer arriscar sair agora?!” Amin retrucou, tenso, observando cada movimento de Momoa: “Você viu o que ele fez. Ele está bloqueando a fuga de Rachid. Se entrarmos, podemos ser pegos.”
“Ele não sabe de onde viemos.” Samir respondeu, mas havia hesitação na sua voz.
“Tem certeza?” Amin rebateu: “Porque ele está segurando o braço desde o início. E já que o veneno falhou, você acha mesmo que ele ainda está apenas lutando? Não… Ele está estudando.”
Enquanto os dois hesitavam, no campo de batalha, Momoa segurava Rachid agora pelo pescoço. Seu rosto ainda não demonstrava ódio, mas havia algo ali. Um julgamento.
“Você desapareceu sem deixar rastros quando envenenou minha floresta.” Ele disse, olhando diretamente nos olhos de Rachid: “Mas eu senti o espaço… torcer. A realidade… dobrar.”
Enquanto escutava aquilo, Rachid arfava, cada inspiração doía como um corte.
“Você saiu do mundo.” Momoa concluiu. E com um último gesto, ele levantou Rachid acima da cabeça, girou o corpo e o lançou contra o chão com força devastadora. A floresta gemeu, e uma cratera maior se abriu. Poeira, folhas e energia explodiram para os céus devido a colisão.
Enquanto isso, Momoa olhou em volta, com olhos estreitos. Ele ainda segurava o braço do oponente, agora esmagado, enseus pés estavam firmes, como se fossem raízes.
“Não vai tentar fugir?” Ele perguntou, quase incentivando.
Samir já não suportava ver aquilo. Ele se moveu, pronto para sair da miragem e puxar Rachid.
Com o sangue fervendo e os dentes cerrados, Samir atravessou o véu da Miragem Eterna sem esperar o consentimento de Amin. O som do plano real o acolheu como uma lufada de ar denso e pesado, carregado com a essência do caos que ele mesmo ajudara a semear. Seu corpo surgiu entre os destroços, a poucos metros de Momoa, como uma flecha invisível disparada no silêncio.
Ele não hesitou. Como um predador treinado, Samir já avançava com velocidade e precisão absurdas, mirando o ombro exposto do colosso, pronto para forçá-lo a soltar Rachid com um golpe cortante direto no pescoço.
Mas foi inútil.
Antes que Samir pudesse completar dois passos no chão de Hill, o mundo pareceu parar.
Momoa virou o rosto.
Não foi um movimento súbito. Não foi apressado. Foi apenas… inevitável.
Seus olhos encontraram os de Samir com a frieza de quem já esperava por ele. E então, ainda segurando Rachid com a mão esquerda, o colosso curvou levemente o tronco e, com a mão direita, apanhou do chão a adaga caída, a mesma lâmina banhada com a Essência Negra
Samir não teve tempo de reagir.
*Splaaaaaaaaash…* O primeiro golpe foi direto no peito. A adaga entrou com um som sujo, afundando-se até o cabo, rompendo ossos, músculos e órgãos como se atravessasse manteiga aquecida. A brutalidade do gesto arrancou um urro mudo do assassino, cujos olhos se arregalaram ao sentir o coração ameaçar parar.
*Splaaaaaaaaash…* O segundo golpe veio logo em seguida, no mesmo ponto. A lâmina foi puxada e empurrada novamente com força animal, com um estalo que reverberou pelas árvores.
*Swing. Swing. Swing. Swing…*
A sequência prosseguiu sem qualquer pausa. Não havia elegância, nem tática, nem misericórdia. Apenas violência. Pura, instintiva, primitiva. A arma entrava e saía do peito de Samir como se Momoa estivesse tentando esmagar algo que não merecia estar vivo. Cada perfuração sacudia seu corpo como um boneco. O sangue jorrava em jatos rítmicos, manchando as raízes e respingando na pele do próprio colosso.
Enquanto isso, a mão esquerda de Momoa?
Ainda segurava Rachid. Ainda esmagava seu braço com força imutável.
“Mais um.” Momoa disse, entre as estocadas, com a respiração tranquila e estável: “Vocês vieram juntos, vão cair juntos.”
Samir tentou invocar suas afinidades com a terra e o ar. Tentou desaparecer. Tentou tudo. Mas a lâmina, forjada por ele e envenenada com o próprio sangue do irmão, agora era sua penitência. O composto havia se voltado contra ele. E o toque de Momoa era como o selo de uma prisão.
A cada estocada, Samir perdia o controle. Seus meridianos tremiam. Suas técnicas escorriam por entre os dedos, como areia molhada.
Quando o colosso finalmente parou, Samir caiu de joelhos. E a floresta silenciou.
Os olhos do assassino, ainda abertos, vacilavam entre a consciência e a morte. Ele tossiu sangue. Muito sangue. Tentou pronunciar algo, mas só emitiu um gemido fraco, infantil, como o de um moribundo abandonado.
Do alto de uma árvore, ainda na miragem, Amin observava tudo.
E, por um segundo, um único e doloroso segundo, ele hesitou. Não por medo. Mas por cálculo.
Momoa havia acabado de mostrar que podia derrotar dois deles sem esforço. E ainda segurava um. Ele tinha energia para mais. Estava inteiro. E, pior, agora sabia que havia algo além da realidade. Sabia que eles vinham de outro plano.
“Ele está nos decifrando.” Amin sussurrou para si mesmo.
No chão, Samir cambaleava. Ainda vivo. Mas só por inércia.
Momoa chutou o corpo do assassino para o lado com um movimento seco. Não com desprezo mas com a mesma praticidade com que alguém tira uma pedra do caminho.
Ele então voltou os olhos para Rachid, que continuava preso pela mão esmagadora.
“Agora… me diga.” Momoa disse, e seus olhos cintilaram com um foco novo, terrível: “Quantos mais vêm atrás de mim?”
Rachid não respondeu. Não podia. Ele estava sem forças até para gritar.
Momoa então cravou o joelho no abdômen dele e se aproximou ainda mais.
“Eu senti a dobra do espaço quando você veio.” Ele sussurrou, com a voz firme: “Mas agora eu sei o cheiro.”
E nesse momento, Amin soube que era tarde demais para qualquer tentativa de virar a batalha.
Momoa não era só força. Ele estava aprendendo. Rápido.
A única opção que Amin tinha era tentar salvar seus irmãos antes que aquele monstro os matasse.
