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Capítulo 987 - O Perigo Está em Todos os Lugares

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Tenham uma boa leitura!]


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Enquanto Zao Tian ainda descansava e se recuperava do combate único que travou contra a Trindade, a luz suave da manhã filtrava-se pelas nuvens densas que pairavam sobre o Palácio Imperial da Dinastia Yang. 


Aquele clima descrevia muito bem a situação tensa que a Dinastia foi deixada nos últimos dias, mas agora, no horizonte, um grupo se aproximava, destacando-se contra o céu pálido e pesado. À frente do grupo estava Yang Hao, o imperador que há algum tanto estivera ausente, acompanhado por Yang Chao, Cruz e Shara'Kala.


Assim que apontaram no horizonte, eles pareciam trazer consigo um ar de mudança, de renovação, de esperança. 


Eles seguiram, e quando atravessaram os portões principais do palácio, a notícia do retorno do imperador espalhou-se como fogo em capim seco. Rapidamente, soldados, oficiais e cultivadores das diversas famílias subordinadas à dinastia começaram a se reunir, formando uma multidão animada e ansiosa para rever o governante supremo.


Yang Gengi e Yang Feng, que haviam ficado responsáveis pelo comando interino do império ao lado de Yang Chao, foram os primeiros a aproximar-se. A alegria e o alívio eram visíveis em seus rostos, embora ambos mantivessem uma postura formal e respeitosa, como sempre haviam feito.


"Majestade! Seja muito bem-vindo de volta!" Exclamou Yang Feng, curvando-se profundamente diante do imperador: "Sua ausência foi sentida por todos nós."


Yang Gengi imediatamente seguiu o gesto do companheiro, curvando-se igualmente enquanto falava com voz firme e sincera: "Imperador, sua presença nos fortalece novamente. Ficamos aliviados ao vê-lo são e salvo."


Yang Hao sorriu suavemente, algo raro para aqueles que o conheciam antes. Então, ele respondeu em um tom surpreendentemente humilde, fazendo tanto Yang Feng quanto Yang Gengi erguerem o rosto lentamente, estranhando aquela mudança na maneira do imperador se expressar: "Agradeço pelas palavras gentis e por terem mantido nosso império forte na minha ausência. Vejo claramente que tomei a decisão correta ao deixar vocês três cuidando das coisas aqui."


Ao escutarem aquilo, Yang Gengi e Yang Feng trocaram um breve olhar surpreso. Aquele não era o imperador arrogante e impositivo que haviam conhecido durante tantos anos. A transformação em Yang Hao era evidente em sua voz tranquila e na maneira mais próxima e humana com a qual ele se dirigia aos seus subordinados. Dava até para dizer que ele era um clone, se não fosse pela presença marcante e irreconhecível que ele tinha.


"Por favor, atualizem-me sobre a situação atual, principalmente sobre Yang Yin e Yang Fen. Yang Chao já me falou brevemente sobre eles, mas gostaria de entender melhor como estão agora." Yang Hao pediu calmamente, com uma preocupação sincera no olhar que fez os dois guardiões imperiais novamente se entreolharem rapidamente.


Enquanto absorvia aquela forma boa, mas diferente de agir do seu imperador, Yang Feng se adiantou, ainda surpreso pela gentileza inesperada de Yang Hao, e respondeu: "Majestade, Yang Yin e Yang Fen retornaram recentemente da Singularidade, onde ficaram presos por tempo demais nas mãos do Olho. Conseguimos testá-los e ajudá-los, mas a recuperação deles ainda está em andamento. Ambos estão debilitados fisicamente e mentalmente fragilizados."


Ao término da fala de Yang Feng, Yang Gengi acrescentou com seriedade: "Nossos médicos têm cuidado deles constantemente. Embora seus corpos estejam curando bem, suas mentes continuam abaladas."


Yang Hao ouviu atentamente cada palavra, franzindo ligeiramente as sobrancelhas em sinal de preocupação genuína, algo que nenhum dos guardiões esperava ver nele. Após um momento breve de reflexão, ele respirou fundo e afirmou: "Quero vê-los pessoalmente. É minha responsabilidade estar ao lado deles agora."


O silêncio que se seguiu foi curto, mas carregado de surpresa. Yang Gengi foi o primeiro a reagir, recuperando-se rapidamente e respondendo com um aceno respeitoso: "Claro, Majestade. Organizarei imediatamente uma visita. Tenho certeza que a presença do senhor fará muita diferença para a recuperação deles."


Yang Hao acenou em concordância e agradecimento, seguindo em frente logo após. E enquanto o imperador e seus guardiões caminhavam juntos em direção ao interior do palácio, Cruz e Shara'Kala permaneciam um pouco atrás, observando a cena com um interesse genuíno.


Yang Chao, vendo a cena causar tanta estranheza, aproximou-se discretamente de Yang Feng, murmurando em voz baixa para não atrair atenção: "Percebeu também, não é?"


Yang Feng assentiu levemente, com um olhar pensativo: "Sim. O imperador mudou. Não sei exatamente o que aconteceu com ele, mas esta nova postura pode ser exatamente o que precisamos neste momento crítico."


Cruz, que escutava a conversa dos dois discretamente, trocou um olhar significativo com Shara'Kala. A líder orc parecia compreender perfeitamente a magnitude da mudança que estava diante deles. Ambos sabiam que a força não vinha apenas de poder bruto ou autoridade imposta, mas também da capacidade de empatia e liderança genuína, qualidades que Yang Hao agora parecia possuir.


Mais adiante, o imperador caminhava com calma e serenidade, preparando-se mentalmente para o encontro com Yang Yin e Yang Fen. Ele compreendia agora, mais do que nunca, a importância de sua presença como líder e como humano. Seu tempo na Singularidade havia moldado algo dentro dele, ensinando-lhe o valor de cada vida e de cada aliança verdadeira. Por causa disso, ele esperava, do fundo de seu coração, ser capaz de ajudar os seus dois Guardiões que estavam em um péssimo momento de suas vidas.


Yang Hao atravessou os corredores do palácio com passos calmos. Embora houvesse reencontros importantes a serem feitos, estratégias a serem revistas e honras a serem restauradas, nenhuma dessas coisas viria antes de ver com os próprios olhos o estado de Yang Yin e Yang Fen.


Ele havia pedido poucas explicações no caminho. Já sabia o suficiente, e o que não sabia, sentia. Após tanto tempo longe, e após tudo o que vivenciou dentro da Singularidade, ele havia aprendido a perceber o peso silencioso que pairava nas palavras não ditas, nos rostos que evitavam contato visual direto e nos tons abafados da preocupação.


Guiado pelos seus Guardiões, Yang Hao deixou as alas principais e atravessou os pavilhões internos, até adentrar uma das áreas mais reservadas da Residência Imperial: o jardim dos Guardiões.


Aquele não era um jardim comum, era um refúgio cuidadosamente projetado para cultivadores de alto nível em recuperação. Árvores de copas largas ofereciam sombra serena; pequenos lagos espelhavam o céu sobre pedras lisas e brancas; caminhos de pedra serpenteavam entre trechos floridos com ervas medicinais raríssimas, e pequenas fontes brotavam da terra com sons tranquilizantes. Havia ali, em meio ao perfume das flores e ao murmúrio suave da água, uma sensação de refúgio inviolável, de lar verdadeiro para aqueles que já haviam sangrado demais. E foi ali, sob a sombra das cerejeiras em flor, que Yang Hao os viu.


Yang Yin e Yang Fen estavam sentados lado a lado em um banco de pedra ornamentado com entalhes da primeira geração da Dinastia Yang. Cada um deles trajava as vestes tradicionais dos Guardiões e ambos estavam visivelmente mais magros do que se recordava. Seus semblantes, embora ainda marcados por olheiras, deixavam claro que os dois estavam sendo bem cuidados.


Médicos especializados, a poucos passos de distância, observavam discretamente, mantendo a distância respeitosa que a nobreza exigia, mas atentos a qualquer oscilação na energia vital dos dois. Guardas imperiais se mantinham discretos ao longo dos caminhos de pedra, apenas o suficiente para proteger sem parecer vigiar. 


Era a medida exata entre o zelo e a honra.


O imperador parou por um momento na entrada do jardim, apenas observando. Por mais que sua aparência seguisse imponente, seus olhos estavam marcados por um tipo de ternura rara, um olhar que só quem já perdera muito e retornara da beira do fim era capaz de sustentar.


Ele percebeu detalhes pequenos, mas importantes: o modo como o vento movia os cabelos de Yang Yin, ainda sem o brilho de antes, mas limpos e arrumados; o modo como Yang Fen posicionava-se com o corpo ligeiramente curvado, protegendo instintivamente o irmão mesmo estando em descanso; o cuidado dos servos ao manter uma mesa próxima abastecida com infusões restauradoras e frutas frescas. 


Aquilo agradou Yang Hao mais do que qualquer vitória militar recente.


"Fizeram tudo certo até aqui..." Ele murmurou para si, reconhecendo em silêncio o bom trabalho de Yang Feng e Yang Gengi.


Então, sem anúncio algum, apenas com sua presença, Yang Hao adentrou o jardim.


Os médicos se curvaram discretamente e recuaram em silêncio, e os guardas imperiais, ao notarem a aproximação do imperador, mantiveram a posição com maior firmeza. A energia no ar mudou. Como se o próprio jardim o reconhecesse, os ventos se aquietaram, e até as folhas pararam de cair.


Yang Yin foi o primeiro a notá-lo. Seus olhos, antes vazios e dispersos, se focaram com uma rapidez incomum. A expressão, antes sonolenta, estilhaçou-se como vidro quebrado por uma pedrada.


"Majestade!" Ele prontamente exclamou, tentando se levantar de imediato.


Yang Fen, também o notando, forçou o próprio corpo a erguer-se, mesmo com o desconforto visível em sua respiração. Os dois logo se colocaram de joelhos diante de seu imperador, com as mãos ao chão e as cabeças baixas em sinal de respeito.


Yang Hao caminhou até eles com uma serenidade que contrastava com a emoção que crescia no peito. Ele não pronunciou palavra alguma de imediato. Ele apenas abaixou-se e colocou as mãos sobre os ombros de cada um, olhando-os como um pai que reencontra seus filhos depois de uma longa guerra.


"Vocês dois..." Ele disse, com a voz baixa e profunda: "Sofreram além do que posso imaginar. Mas voltaram. E isso... é tudo que importa agora."


Yang Yin imediatamente levantou os olhos. Eles brilhavam com emoção, e então, de forma solene, ele ergueu a mão.


"Majestade... por favor, permita-me beijar sua mão." Ele disse com uma reverência tão genuína que fez até os guardas presentes se emocionarem.


Yang Hao estendeu a mão direita sem hesitar. Ele não precisava daquilo, mas parecia que Yang Yin precisava.


O gesto aconteceu, e no momento em que os dedos de Yang Yin tocaram sua pele... tudo mudou.


A mão do Guardião, que tremia de emoção segundos antes, agarrou o pulso do imperador com uma força inesperada, uma força firme, súbita, determinada. Os olhos de Yang Yin se estreitaram e os traços de emoção sumiram rapidamente.


Ao mesmo tempo, Yang Fen também se ergueu ligeiramente, como se algo o puxasse do interior. Sua respiração desacelerou e a serenidade foi substituída por frieza.


As auras dos dois se condensaram e expandiram de forma estranha, sutil, mas perceptível. A suavidade anterior evaporou-se como fumaça diante do fogo. E diante dos olhos de Yang Hao, a expressão de seus dois Guardiões não era mais a de homens feridos, mas a de predadores que haviam acabado de cercar a presa.


“Finalmente nos encontramos…” Murmurou Yang Yin, com um tom que não era o mesmo do discípulo leal e submisso de antes.


Yang Fen, à direita, completou: “Você demorou, Majestade.”


Yang Hao não recuou. Não perdeu a compostura. Mas em seu íntimo, o alarme soou como um trovão.


Algo estava errado.


Muito errado.


E ele sabia disso... porque reconhecia aquele tipo de mudança no olhar. Aquele tipo de riso que não chegava aos olhos. Aquele tipo de firmeza que não vinha da lealdade, mas da certeza de que a traição estava prestes a ser consumada.


O silêncio que pairou sobre o jardim tornou-se sufocante. Os médicos, sentindo o súbito aumento energético nas auras de Yang Yin e Yang Fen, pararam onde estavam. Não ousaram dar um passo sequer.


Os guardas imperiais, treinados para detectar alterações de comportamento, começaram a se mover instintivamente,com os olhos trocando sinais silenciosos. A mão de um deles deslizou discretamente para a empunhadura de sua lança, não para usá-la, mas como um reflexo natural de alguém que sentiu o perigo florescer onde não deveria haver ameaça.


Yang Hao, no entanto, permaneceu imóvel. Não por imprudência, mas por cálculo. Ele sabia, com clareza absurda, que qualquer gesto impensado ali poderia transformar aquele momento em um massacre relâmpago. E se o que ele intuía fosse verdade, se aqueles dois homens diante dele não fossem mais apenas Yang Yin e Yang Fen, então era sua responsabilidade manter o equilíbrio da cena por tempo suficiente para compreender a profundidade do problema.


“Solte meu braço.” Disse o imperador, num tom calmo, mas firme. Contudo, Yang Yin não soltou. Seu aperto apertou-se um pouco mais, e em seus olhos algo cintilou. Não era desrespeito. Não era desprezo. Era um ensaio de controle, uma afirmação velada de que as peças no tabuleiro estavam mudando de dono.


Yang Fen deu um passo adiante, como se fosse interceder, mas sua postura era dúbia. Ele não demonstrava raiva, nem urgência. Apenas a frieza letal de quem não precisava mais fingir.


“Esse é o seu fim, imperador!” Yang Fen então afirmou, e assim como o servo que a Trindade jogou em Zao Tian, ambos começaram a emanar uma aura caótica, explosiva, mas que em comparação ao que foi feito naquela cela era cem vezes pior.


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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