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Capítulo UHL 1003 - Chocados

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Tenham uma boa leitura!]


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O céu sobre o Vale da Esperança estava limpo, com faixas douradas cortando as nuvens enquanto a tarde caía lentamente. A vegetação de lá, como sempre vibrava em tons de verde intenso, como se alimentada pela energia espiritual concentrada naquela região. E no alto, como três cometas, Zao Tian, Cruz e Shara’Kala desciam em alta velocidade.


Lá embaixo, cuidando das coisas enquanto Zao Tian e Ming Xiao estavam fora, Kyon e Ragnar aguardavam, inquietos desde a saída do primeiro. Ambos mantinham postura fortes, mas seus olhos não negavam a ansiedade que sentiam. Kyon, impaciente e preocupado além do normal, andava de um lado para o outro e coçava o queixo pela décima vez, enquanto Ragnar mantinha os braços cruzados, com o cenho franzido e incomodado com a inquietação do seu companheiro.


“O que foi? Você vai acabar abrindo um buraco no chão desse jeito!” Ragnar comentou, mais para provocar do que por real curiosidade:“Tá tão nervoso por quê?”


“E você não está?” Kyon parou na hora e rebateu, antes de explicar, à contragosto, o óbvio: “Zao Tian e Yang Hao… sozinhos, por horas, sem testemunhas, sem barreiras e com contas antigas pra resolver… Quais são as chances disso terminar bem?”


Kyon falou sobre o ‘elefante na sala’, mas Ragnar deu uma risada curta e diminuiu a catástrofe iminente, dizendo: “Se eles tivessem brigado, a gente já estaria recolhendo os destroços da Dinastia. Como o planeta ainda está no lugar e sequer tremeu… deve ter dado tudo certo.”


Kyon soltou um suspiro muito longo, como se tentasse se acalmar e dar razão a Ragnar, e olhou para o céu enquanto murmurava: “Espero que tenha razão.”


Pouco depois daquela conversa, os três viajantes chegaram e tocaram o chão. Zao Tian foi o primeiro a pousar, erguendo uma leve nuvem de poeira com o impacto controlado. Cruz veio logo atrás, com um giro desnecessário, quase performático. Shara’Kala, por sua vez, desceu como uma rocha firme, sem fazer alarde.


Kyon imediatamente deu um passo à frente, aliviado ao ver o semblante sereno de Zao Tian e a falta de sujeira ou queimaduras em suas roupas.


“Está inteiro.” Ele comentou, observando seu amigo dos pés à cabeça: “Isso já é um bom sinal.”


Zao Tian ajustou calmamente a túnica, desgastada pelo tempo e pela viagem, e respondeu, com um tom leve e quase cínico: “E por que não estaríamos inteiros?”


Kyon bufou de forma sarcástica, antes de responder: “Será que é porque você é um maldito cabeça dura que tem o pavio mais curto que o pau de um mosquito?”



Zao Tian, na mesma hora, fez um gesto de ofendido, mas por pura encenação, para provocar os demais.


Ele obviamente concordava com o que foi dito, mas tentava fingir que não era assim, e antes que Kyon ou Ragnar pudessem fazer outra pergunta, Cruz levantou a mão, como quem tomava a palavra numa assembleia. 


Todos olharam para ele e, com uma expressão carregada de teatralidade e uma pitada de deboche, ele começou a falar como se fosse um mensageiro da corte: “Senhores... é com muito orgulho, uma pitada de desgosto e o saco do tamanho de uma montanha que venho relatar que, sob as ordens do próprio Zao Tian… aquele mesmo, o tímido e inocente ali… infiltramos um agente do Reino da Escuridão na Dinastia Yang, sem ninguém saber.”


Assim que Cruz fez aquele anúncio, Ragnar ergueu uma sobrancelha, interessado. Kyon, por sua vez, apenas franziu mais o cenho, como se já não esperasse nada menos de Zao Tian.


Após aquela introdução, Cruz continuou: “Esse agente, conhecido como Orfeu, de nome pomposo, habilidades discretas, comportamento robótico, mas extremamente eficaz, conseguiu ficar ao lado dos clones traidores por dias, fingindo ser apenas um soldado. Tudo isso, claro, enquanto os padrões dos dois supostos falsos Guardiões Imperiais.”


“Sabe-se lá o que mais ele descobriu e não contou para ninguém… Mas isso não importa, não é!?” Cruz indagou Zao Tian de forma provocativa.


Zao Tian bufou e torceu o nariz, mas deixou o amigo continuar.


“E então, meus caros, quando o plano estava prestes a escorrer como lama pelas pedras… ele nos revelou o selo de autodestruição embutido neles. A bomba estava armada, esperando apenas o Imperador aparecer.”


“Que tipo de bomba?” Ragnar rapidamente perguntou, agora realmente atento ao relato de Cruz.


“Bombas vivas.” Cruz respondeu: “Feitas pra explodir os dois Guardiões Imperiais e o imperador junto com eles. Uma delícia de armadilha. Se Orfeu não tivesse agido... talvez nem estaríamos tendo essa conversa. Pelo menos não tão inteiros.”


Ao escutar aquilo até o fim, Kyon deu um passo mais próximo, agora mais sério, e perguntou: “E Yang Hao? Qual foi a reação dele?”


Foi então que Cruz abriu um sorriso escancarado e continuou: “Aí que vem a parte boa... Zao Tian e o Imperador resolveram a questão do jeito mais civilizado possível. Entraram numa sala, ficaram sozinhos por um bom tempo... e quando saíram, estavam praticamente flertando um com o outro. Juro pelos meus ossos que não vi dois pombinhos tão em sintonia desde que eu e Shara’Kala nos conhecemos.”


De forma completamente ofendida e assustada, Zao Tian virou o rosto devagar na direção de Cruz, com uma sobrancelha arqueada e o encarou como se quisesse esganar-lo.


“Você terminou?” Ele teve que ter muito controle mental para reunir a paciência suficiente para fazer aquela pergunta sem tentar estrangular Cruz.


Cruz, por sua vez, levou a mão ao peito, fingindo ofensa e inteira razão, e respondeu: “Desculpe! É que ver vocês dois saindo lado a lado, sem destruição, sem sangue, com o ar tão... reconciliado… me emocionou.”


“Eu esperava juntar alguns pedaços de pessoas; brigar com Guardiões Imperiais; começar outra guerra universal, talvez até interdimensional. Eu achei que sairia de lá sem pelo menos uma orelha e com metade do universo querendo nos matar.”


“Era dedo no cú e gritaria! Mas até quando a gente espera que você faça o natural, seja o Zao Tian, você nos confunde.”


Enquanto Cruz parecia decepcionado por não ter começado outra guerra na Dinastia Yang, Ragnar soltou uma gargalhada espontânea e, acenando em aprovação para Zao Tian, falou: “Me desculpe, Cruz, mas eu prefiro isso do que um buraco no continente.”


Shara’Kala, bem ao lado de Cruz, apenas virou o rosto para ele e falou num tom de choque: “E dizem que orcs são os bárbaros...”


Zao Tian, o alvo do desabafo de Cruz, então deu um passo à frente, cruzando os braços e explicou de uma forma mais compreensível o que realmente aconteceu.


“A reconciliação foi real.” Ele confirmou: “Tivemos a conversa que precisávamos. Áspera, pesada… mas necessária. Yang Hao não é mais o mesmo. E parece que a dor fez bem a ele.”


Kyon assentiu, compreendendo o peso daquelas palavras, afinal, ele passou por um processo semelhante.


“Ele vai lutar ao nosso lado, então? Na batalha logo adiante?” Kyon questionou.


“Vai.” Zao Tian respondeu, sem rodeios: “E ele está disposto a seguir ordens, inclusive de vocês. Ele reconheceu que a guerra exige mais do que títulos. Admitiu que se for preciso, será escudo, espada, ou apenas uma muralha para os outros passarem por cima.”


Mesmo sem conhecer a história de Yang Hao tão profundamente quanto os outros, Ragnar arregalou os olhos por um instante. Chocado por ouvir que o imperador aceitou acatar ordens.


“Ele disse isso mesmo?” Ragnar perguntou, só para confirmar.


“Com todas as letras.” Zao Tian confirmou, mostrando que ele estava igualmente surpreso.


Kyon manteve o olhar firme no amigo e perguntou: “E você acredita nele?”


Zao Tian não hesitou ao responder: “Acredito. E mais… confio que ele fará até mais do que prometeu.”


Cruz, logo ao lado, balançou a cabeça, sorrindo enquanto dizia: “Agora sim, estamos em um momento histórico. Zao Tian confiando em Yang Hao. Vai chover sangue e canivete.”




O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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