Capítulo UHL 1007 - Monstro
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Depois de uma mudança drástica no humor já desfavorável do Grande General, o mundo ao redor deles vibrava com uma intensidade que fazia a pele arder. O plano moldado pelo Grande General já não era mais apenas aquele espaço de trevas… agora era uma fornalha desordenada, onde o calor fundia a realidade em camadas instáveis de energia. E no centro desse caos, três presenças lutavam para escrever o que viria a ser lembrado como um dos combates mais intensos da era atual.
*Tsssssssssssssssssss...* As chamas que surgiram e serpenteavam ao redor do Grande General explodiram em uma espiral, como se respondessem à sua indignação. Aquele fogo não era apenas calor… ele era composto por fragmentos da própria energia espiritual do guerreiro. Não se alimentava de oxigênio ou de matéria: se alimentava da vontade dele e respondia de acordo.
*Swoosh.* Sem dar tempo para qualquer resposta emocional por parte dos desafiantes que o afrontaram ao trazer uma lembrança de Zaki àquela terra sagrada para ele, o Grande General avançou. Seus pés mal tocaram o chão uma vez, e em seguida ele desapareceu.
Ye Yang viu brevemente a trajetória dele e reagiu por instinto. Seus machados giraram rapidamente em uma sequência defensiva, traçando arcos em chamas que protegeram seu flanco. Mas o ataque não veio de frente.
*Vuuuup.* O Grande General apareceu acima dele, girando o corpo como um projétil humano, com os punhos em chamas esticados como martelos.
*Craaaaaaaaaaaash…* O impacto sacudiu o campo inteiro. O solo afundou sob os pés de Ye Yang, que bloqueou o golpe cruzando os machados sobre a cabeça. Ainda assim, ele foi lançado para trás, derrapando no chão por dezenas de metros enquanto faíscas escapavam de cada contato com o solo.
Tudo ao redor estava ardendo em chamas, mas Singrid não perdeu tempo em ajudar seu companheiro e aproveitar a ‘brecha’ que o oponente deu a ela.
*Baraaaaaaaaaaaaaaaaum…* Ela se impulsionou, se transformando em um relâmpago horizontal e surgindo ao lado do Grande General com uma lâmina elétrica girando no punho. Ao pressentir o ataque, ele girou o tronco, bloqueando com o antebraço revestido em chamas. Mas o contato não foi limpo.
*Dzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzt…* A eletricidade da espada penetrou sua armadura por microfissuras, como se mudasse de estado à medida que era empurrada contra o seu braço, o que fez ele estremecer. E antes que ele pudesse se recuperar, a segunda lâmina de Singrid já estava vindo em um corte diagonal, mirando o pescoço.
*Claaaaaaaaaaaaaaaang…* O Grande General abaixou a cabeça no último instante, e a lâmina passou rente ao seu ombro, arrancando parte da ombreira de sua armadura.
Após aqueles dois ataques que não surtiram tanto efeito, ela recuou imediatamente, mas ele já havia se movido. Com um giro seco, o Grande General lançou uma rajada de fogo puro, não como um feixe, mas como uma lâmina horizontal de ar quente condensado.
*Tssssssssssssssssssssssssssssssssssss…* Singrid se abaixou rapidamente. O calor passou por cima dela e pulverizou uma ilha flutuante ao fundo como se fosse papel.
Enquanto Singrid desviava daquele ataque que certamente causaria um bom estrago se a atingisse, Ye Yang apareceu atrás do Grande General no segundo seguinte.
Ye Yang atacou com um corte cruzado. Os machados em suas mãos formavam um X em chamas, girando como hélices.
*Boooooooooooooooooooom…* O impacto foi direto e devastador.
O Grande General conteve o ataque com uma liberação de sombras para afastá-lo, mas Ye Yang não cedeu. Ele manteve os braços pressionando as lâminas contra a barreira formada pelo oponente, e naquele instante, simplesmente deixou que o fogo escapasse por todos os poros de seu corpo.
*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM…* Uma detonação interna e sem precedentes aconteceu entre os dois.
O fogo de Ye Yang engoliu tudo em um raio de quilômetros, e o Grande General foi arremessado para trás pela primeira vez. Seu peitoral rachou. Parte da armadura escurecida se estilhaçou. Mas ele caiu de pé, escorregando por vários metros até parar.
A poeira da explosão ainda se dissipava quando o Grande General elevou o olhar. Seus olhos ardiam, não de dor, mas de uma atenção renovada. Ele havia sentido aquilo. A pressão. A técnica. A execução.
“Vocês não estão brincando.” Ele disse em tom seco e seus dedos se fecharam em punho.
*Creck…* Um estalo sutil ecoou de sua espinha enquanto sua postura se ajustava. Em seu braço, onde antes havia proteção sólida, agora se via a pele coberta de escamas de sombras que tremeluziam entre a matéria física e o etéreo. Não era uma simples técnica de defesa: era como se seu corpo real estivesse se adaptando à luta.
Do outro lado, Singrid pousou ao lado de Ye Yang, com os olhos fixos no oponente. Ela ainda sentia a reverberação da última detonação e seu braço direito formigava após cortar parte da armadura do General.
“Estamos fazendo ele recuar.” Disse ela, ainda que seu tom não fosse exatamente de celebração.
“Por enquanto.” Ye Yang respondeu, girando um dos machados e liberando uma chama que dançava à sua volta: “Mas eu acho que ele está só começando a lutar.”
A resposta daquele comentário veio antes que os dois pudessem pensar em qualquer estratégia.
*Booooooooooom…* O chão sob os pés do Grande General rachou novamente. Mas não por um ataque. Era apenas a força da propulsão.
Ele estava ali… e num instante seguinte, estava entre os dois.
*BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANG.* Um soco direto no peito de Ye Yang lançou o rapaz de volta com força suficiente para atravessar três plataformas flutuantes. Instantes depois, Singrid sentiu a mão do General agarrar sua armadura pela cintura.
Sem cerimônia, ele a girou no ar e arremessou contra uma estrutura suspensa. Mas ela não colidiu. No último segundo, Singrid canalizou energia nas costas e explodiu em um relâmpago, redirecionando o próprio corpo para o chão, onde pousou com uma ajoelhada forçada, rachando o solo.
*Dzzzzzt.* Relâmpagos saltavam por sua pele. A armadura havia suportado o impacto, mas seus músculos tremiam. Havia força demais naquele homem. Força crua, antiga, moldada por séculos de batalhas.
Enquanto isso, acima, Ye Yang voltava. Suas mãos já sangravam entre os dedos dos machados, mas ele não demonstrava hesitação. De forma calculada, ele deu um giro no ar e caiu com ambos os pés sobre uma das rochas flutuantes, usando-a como plataforma.
Com um grito que buscava colocar mais força no seu próximo movimento, ele lançou um dos machados com uma rotação violenta.
*Vuuuuuuuuuuum…* A arma riscou o ar com potência bruta, gerando uma linha de fogo incandescente por onde passava. O Grande General, porém sequer tentou desviar. Ele apenas deixou a lâmina se aproximar até o último instante… e então a pegou com a mão nua.
*Crack.* Os dedos dele cerraram sobre o cabo com um estrondo seco. A lâmina mordeu parte da sua carne, um rastro de sangue escorreu, mas ele não soltou.
Imediatamente após segurar a arma de Ye Yang, ele girou o machado no próprio eixo… e o arremessou de volta ao dono.
*Vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuup.* Ye Yang desviou por centímetros, sentindo o calor passar rente ao rosto. Mas enquanto fazia isso, percebeu tarde demais o que vinha a seguir.
*Whoooooooosh.* O Grande General usou aquilo para mascarar seu movimento de aproximação. Ele chegou até Ye Yang praticamente junto com o machado, e seu braço esquerdo ainda sangrava, mas ele desferiu um soco potente que não visava apenas acertar… visava gerar uma pressão abismal.
*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…* A onda de impacto que saiu de seu punho destruiu as rochas ao redor, lançou poeira flamejante no ar e projetou Ye Yang como uma pipa sem eixo. Ele rolou por sabe-se lá quantos quilômetros no ar até se estabilizar.
O Grande General seguiu Ye Yang, para dar sequência ao seu ataque, mas nesse meio tempo… Singrid já havia reagido.
*Dzzzzzzzzzzzzzt.* Ela apareceu acima do General com duas espadas girando como hélices. Em cada rotação, relâmpagos ricocheteavam nos próprios pulsos.
Ela desceu até ele em um corte duplo e vertical.
*Claaaaang.* O General cruzou os braços e segurou o impacto. Mas o solo abaixo dele afundou em uma imensa cratera.
O trovão que se seguiu explodiu em esferas de eletricidade que se espalharam por quilômetros. Plataformas foram destruídas. As sombras ondularam, e o próprio plano pareceu estremecer com o acúmulo de energia que Singrid liberou.
Singrid, após acertar aquele golpe, não recuou e começou a disparar estocadas rápidas com ambas as espadas. Cada golpe deixava uma marca elétrica onde enconstava, como se estivesse “programando” o corpo do General com circuitos de choque retardado.
As lâminas batiam contra sua armadura e carne. Algumas perfuravam. Outras ricocheteavam, mas o Grande General… não atacava.
Ele apenas suportava.
Até que… *Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom.*
Todo o acúmulo elétrico explodiu ao mesmo tempo.
O corpo do General foi lançado para trás, como uma âncora arremessada por um furacão. Ele atravessou duas colunas de pedra incandescente e caiu de pé, com os braços queimando, a pele em pedaços, mas seus olhos estavam mais vivos do que nunca.
“Agora sim…” Ele calmamente murmurou, cuspindo ao lado, um dente envolto em sombras, antes de elogiar: “Vocês estão me lembrando do que significa lutar.”
*Zooooooooooooooooom…* De repente, após dizer aquilo, a sombra sob seus pés cresceu de forma colossal.
Ela não se expandiu… ela afundou. Como se tivesse consumido tudo e agora ele estivesse pisando em um abismo que se abria para baixo.
E do fundo daquele buraco escuro… veio algo novo para todos.
Um braço.
Mas não era dele.
Era como uma projeção. Um braço espiritual feito de escuridão pura, flamejante nas bordas, e com os dedos alongados. Ele surgiu do vazio e agarrou o ar.
Ye Yang, ainda no céu, sentiu a pressão daquela ‘presença nova’. Aquilo não era uma técnica. Era como um fragmento de alma sendo usado como extensão de seus pensamentos.
Calmamente, o Grande General deu um passo à frente… E o braço espiritual avançou junto.
Aquela projeção espiritual que se formava não era uma simples manifestação de poder. O braço que emergia da fenda gravitacional tinha massa. Tinha densidade. Era gravidade solidificada em forma de membro. Cada centímetro daquela estrutura parecia distorcer o espaço à sua volta, comprimindo luz e matéria como se o próprio tecido do mundo estivesse sendo sugado para dentro daquilo.
As bordas flamejantes que o rodeavam não queimavam com calor: queimavam com força gravitacional vibrando em frequência absurda. Era como se cada partícula que encostasse ali fosse comprimida até o limite entre existência e colapso.
Ye Yang sentiu isso antes mesmo de encostar naquela coisa. No ar, a dezenas de metros do braço, seu corpo já começava a pesar. O machado restante em sua mão ameaçava escorregar com o aumento brutal da força que o pressionava para baixo. E então, o braço avançou de verdade.
*Vooooooooooooooooom…* A velocidade daquilo era grotesca. A mão gigantesca cruzou o campo entre os dois em menos de meio segundo e se fechou com precisão onde Ye Yang estava. Ele tentou escapar com um giro lateral e até gerou uma explosão para ganhar mais impulso, mas o dedo médio da projeção encostou em seu braço esquerdo… Foi apenas um toque.
*CRAAAAAAAAAAAACK.* A mão esquerda de Ye Yang simplesmente implodiu. Ela não foi arrancada, nem esmagada contra uma superfície. Ela colapsou em si mesma. A carne, os ossos, os ligamentos… tudo foi pressionado a um ponto tão extremo que se rompeu por dentro.
Um grito mudo escapou de sua garganta, um urro, e ele caiu do céu como um meteoro, batendo contra o solo rachado em um ângulo desajeitado.
Singrid viu aquilo e se moveu de imediato.
Uma explosão de relâmpagos dourados a impulsionou como um raio vivo. Ela se colocou entre o braço espiritual e Ye Yang, girando ambas as espadas em um movimento que deixou para trás um campo de impulsos elétricos que distorciam o ar.
*Swiiiiiiiiiiiiiiiiiiiing.* As lâminas cortaram o punho da projeção. A primeira não surtiu efeito. A segunda fez a massa do braço vibrar… mas não o destruiu.
E então… Singrid sentiu…
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* Uma pancada forte a atingiu. Não por fora, nem visível. Foi interna. A força que ela usou para atingir o braço ricocheteou para dentro do seu próprio corpo, sendo repelida de uma forma que ela nunca imaginou ser possível. E olha que ela já lutou contra Cruz, que tinha o costume de inventar coisas totalmente fora do comum.
As espadas em suas mãos simplesmente se voltaram contra ela, se transformando em correntes elétricas que entraram em seu próprio corpo e causaram danos massivos. Singrid gemeu baixo e ficou travada no lugar onde estava, sendo eletrocutada pela sua própria energia.
