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Capítulo UHL 1012 - Estopim

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Agora…


No laboratório do Vale da Esperança, após chamado de Gu Ren, o silêncio no local era profundo, denso, mas não natural. Era o tipo de silêncio que vem depois de um chamado tão urgente, quando o mundo parece respirar apenas pela dúvida. Zao Tian estava imóvel, com os olhos fixos nas duas amostras de sangue à sua frente, mas sua mente já não estava ali. O chamado de Gu Ren ainda ecoava dentro de sua cabeça como uma sirene e a vontade de finalmente entrar em ação crescia exponencialmente dentro dele, como uma ansiedade sem limites.


Ele não tinha mais tempo. Estava claro, pelas palavras de Gu Ren, que era uma questão de horas até que as informações que ele tinha sobre o Olho se tornassem inúteis.


De forma decidida, ele puxou o amuleto de transmissão sonora e fez seu primeiro contato.


“Ye Yang.” A voz de Zao Tian saiu seca, direta: “Já conseguiram?”


Por um breve instante, nada aconteceu. Nem estática, nem resposta. Apenas o som vazio da ausência.


Mas então…


A voz de Ye Yang surgiu, com um um tom que, mesmo sem poder ver sua expressão, dizia que as coisas saíram melhores do que o esperado: “Está feito.” 


Naquele momento, Zao Tian cerrou os punhos e quase bateu na mesa em comemoração. A parte mais difícil e imprevisível havia sido completada. Mas isso não significava que tudo estava sob controle.


“Ele vai chamar Daren agora.” Enquanto isso, Singrid completou, com a voz baixa, mas carregada de seriedade.


“Obrigado! Vocês fizeram um ótimo trabalho!” Zao Tian apenas assentiu uma vez e agradeceu, antes de cortar a conexão, sabendo que qualquer segundo de conversa adicional era um tempo precioso que ele não poderia perder. Ele precisava agir. Todos precisavam.


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Do outro lado do mundo… Bomani estava de pé, parado no mesmo ponto onde havia conversado com Ye Yang e Singrid momentos antes deles retornarem. O céu do Reino da Escuridão seguia limpo, sem as nuvens eternas que o resto do mundo costumava imaginar sobre aquele lugar. E mesmo sem o peso visual das trevas, o ar ao redor dele parecia mais pesado do que o normal. Como se a própria realidade esperasse o que estava por vir.


Com um movimento simples, quase discreto, ele puxou de dentro da roupa um amuleto de transmissão sonora, tocou o amuleto com dois dedos e falou com a voz firme, sem rodeios: “Daren.”


Por um momento, apenas o silêncio respondeu.


Mas então, uma vibração sutil indicou que o canal havia sido ativado. Não havia imagem, não havia rosto, apenas a certeza de que, do outro lado, ele escutava.


Bomani continuou: “Nós temos uma questão urgente aqui.”


Quando Bomani falou, sua respiração se estabilizou. A voz dele se manteve firme, mas agora carregava uma tensão que Daren saberia identificar.


“O clã de Haalem rompeu com os princípios da reabertura. Eles se uniram aos descendentes de Ghask e estão instigando outros clãs menores. Dizem que você vendeu nossas tradições. Que trocou nossas raízes por alianças com gente de fora.”


Depois de dizer aquilo, ele fez uma breve pausa, como se estivesse muito preocupado, e prosseguiu: “A coisa está crescendo rápido demais. Você é livre para tomar suas próprias decisões, mas se não voltar, isso vai virar guerra civil. O reino inteiro vai ser arrastado para isso. Até os neutros estão começando a se dividir.”


Mais uma pausa aconteceu. Mas não por hesitação, era o tempo exato que Daren e qualquer outro que estivesse escutando a comunicação precisava para entender o peso do que estava sendo dito.


“Você é o único que pode segurar isso. Eu não tenho o amor deles como você possui, então, estou pedindo que volte.”


“O nosso povo precisa de você.” Bomani completou, e então, soltou o amuleto, encerrando o contato. Não havia mais o que explicar além daquilo.


Atrás dele, Ye Yang e Singrid assistiam em silêncio.


Sem imagem, sem resposta verbal. Mas eles sabiam. Aquela era a peça final que faltava. Agora, começava o que realmente importava.


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Do outro lado do universo, onde Daren se mantinha posicionado, o amuleto que ele carregava em um simples cordão de couro vibrou.


Ele estava sentado com os olhos fechados, e nem precisou abri-los para entender.


A voz de Bomani havia sido clara. E aquilo que foi dito não era mentira, era apenas uma meia verdade ampliada até o limite.


Ele conhecia o seu povo, e por mais insatisfeitos que alguns estivessem contra a abertura para o resto do mundo, eles jamais entrariam em uma guerra civil. Eles viveram juntos e isolados por milênios. E por pior que fosse o problema interno que eles estivessem vivendo, eles nunca começariam a se matar.


Por saber daquelas verdades que ninguém de fora do Reino da Escuridão entendia, Daren permaneceu imóvel por mais um segundo, tentando entender o que estava acontecendo, mas sabendo que a razão do chamado era falsa, que ela mascarava outra intenção.


Sua função ali era importante. Eles estava mantendo a paz com os orcs, então, para que o Grande General o chamasse, algo grande estava para acontecer, e para isso ser possível, ele precisava se mover. 


Daren praticamente adivinhou que Zao Tian e seu grupo tinham convencido Bomani a ajudar. Ele conhecia o perfil do Grande General, mas nunca conheceu alguém tão convincente quanto aquele grupo. Se eles conseguiram convencer até o próprio Daren a criar uma segunda Singularidade e enviá-los para uma missão que todos acreditavam ser suicida, a rigidez de Bomani não seria um obstáculo que eles não conseguiriam superar.


Com isso em mente, Daren fechou os dedos ao redor do amuleto e se levantou lentamente enquanto olhava na direção de Decarius. Era impossível enxergar o planeta de lá, mas ele olhou na direção exata.


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O eco final da voz de Bomani ainda reverberava no núcleo do artefato de transmissão quando, em algum lugar remoto, agentes sentados em silêncio absoluto, com amuletos parecidos, escutavam tudo. 


Logo após a mensagem, um deles levantou os olhos, e quebrou o silêncio: “Interceptado.”


As palavras mal haviam sido ditas, e um grupo de quatro agentes se moveu. Era automático. Parte de um protocolo conhecido apenas por um seleto círculo de membros do Olho. Se uma transmissão oriunda do de Decarius acontecesse e fosse interceptada, o protocolo era ativado.


A frase final “nosso povo precisa de você”, havia sido suficiente para crer que Daren iria se mexer.


O líder daquele núcleo de escuta nem esperou por ordens superiores. A estrutura do Olho permitia que, em casos como aquele, a resposta fosse imediata e coordenada entre os nós autônomos. O simples fato de Daren poder deixar sua posição dava-lhes total liberdade para se mover naquele setor.


Na prática, o freio havia sido retirado. E eles sabiam disso.


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A informação correu, e nos subterrâneos de Uhr’Gal, dois agentes escondidos há mais de um ano desmontaram seus disfarces em silêncio absoluto. Nenhuma palavra foi dita. Nenhum som foi feito. Em vinte segundos, o local foi deixado como se nunca tivesse sido habitado. Nem mesmo uma partícula de energia espiritual permanecia ali.


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Em paralelo, o sistema interno de sinalização do Olho começou a emitir ordens para incontáveis agentes ocultos espalhados pelo território orc.


A mensagem era clara: “Daren está se movendo. Retorno autorizado. Concentração em pontos de convergência prioritários.”


Os agentes não sabiam exatamente para onde Daren iria. Não sabiam o motivo do chamado. Mas sabiam o suficiente para entender que, onde ele não estivesse, o jogo voltava a ficar favorável.


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Todos se preparam, e o motivo da preparação realmente veio…


Daren, após se levantar, distorceu o espaço à frente, criando um portal até Decarius.


Aquele movimento pôde ser sentido por todos que monitoravam a posição dele, mas o que foi mais perceptível, até para os mais fracos e distraídos, foi o momento da sua ausência, quando ele finalmente partiu.


Tudo ficou mais leve, como se uma segunda estrela saísse de um sistema solar e sua gravidade parasse de exercer influência nos planetas. Daren não era hostil, mas a sua partida deixou tudo mais leve. A rocha que fazia o rio transbordar foi retirada, e ele ficou incrivelmente raso.


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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