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Capítulo UHL 1014 - Imparável

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Tenham uma boa leitura!]


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Na Frente de Ming Xiao…


No planeta Mavros, uma gigantesca lua mineral em órbita de um planeta morto, o céu era um eterno crepúsculo. As pedras ali absorviam energia solar e devolviam ao ambiente apenas uma luz púrpura difusa, que dava ao solo a aparência de um campo radioativo.


A base do Olho naquele local era uma das mais antigas e bem protegidas. Um bastião subterrâneo onde agentes de alto escalão treinavam recrutas e armazenavam artefatos coletados em missões especiais. A estrutura era protegida por camadas de escudos, matrizes de detecção e selos quase impossíveis de detectar.


O lugar estava preparado para qualquer tentativa de invasão, mas nada daquilo importava. Porque quem estava ali… era Ming Xiao.


Enquanto não tinha o sinal verde para atacar, ele permaneceu parado por quase uma hora, apenas observando, de cima de uma montanha, a energia do lugar. Seu corpo, naturalmente imponente, parecia vibrar e seus músculos tensionados sob a pele refletiam a energia que vazava de sua presença como se o universo tivesse dificuldade de segurá-lo.


Dois cultivadores ao seu lado suavam em silêncio. A pressão espiritual era sufocante.


*Tap.* Então, o sinal veio. E Ming Xiao deu o primeiro passo naquela terra.


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* Com o segundo… o planeta estremeceu.


No terceiro, ele desapareceu, caindo da montanha.


*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM…*  A queda de Ming Xiao não foi um salto, mas uma queda de ataque. Ele se jogou de uma altura absurda, como um meteoro.


Ao colidir com a superfície, uma cratera de quilômetros se abriu. A onda de choque do impacto atravessou os escudos da base como se eles fossem de vidro, obliterando suas capacidades de forma quase casual.


Os agentes nem tiveram tempo de reagir. O centro da base abaixo dele foi esmagado pela queda de Ming Xiao e pelos escombros que se seguiram.


Mas aquilo foi só o começo.


Emergindo da nuvem de poeira, ele puxou suas duas adagas: Ununpentia e Ununtria.


A primeira liberava uma névoa esverdeada que corroía tudo ao redor, esteja vivo ou morto. A segunda parecia explodir ao contato, lançando pulsos radioativos em ondas de calor que afetavam até as almas dos alvos.


Ming Xiao as empunhava como extensões de seus próprios ossos. Mesmo quando a radiação começava a queimar sua pele, ele sorria, pois o brilho de sua regeneração fazia com que os danos fossem curados instantaneamente.


Como um agente do caos, ele avançou pela base em linha reta.


Nada ficava de pé. Nem paredes. Nem carne. Nem estruturas metálicas.


Agentes experientes tentaram enfrentá-lo com técnicas conjuntas, selos e suas próprias armas espirituais, mas era como tentar parar um colosso com flechas de palha. Os que não morriam envenenados, morriam partidos. Os que conseguiam bloquear um golpe, eram explodidos no momento seguinte.


Ming Xiao era a morte em pessoa. Apenas se aproximar dele era praticamente suicídio, e em certo momento, quatro agentes tentaram atacá-lo ao mesmo tempo, cercando-o com barreiras de contenção.


Ming Xiao apenas riu.


*Clang.*


O som seco e metálico do choque entre Ununpentia e Ununtria ecoou como uma sentença cósmica. Naquele instante, o universo ao redor pareceu conter o fôlego. O tempo estagnou. Até a radiação pareceu hesitar, como se as partículas ao redor soubessem que algo terrível acabara de ser desencadeado.


Os quatro agentes que cercavam Ming Xiao tiveram o reflexo de ampliar suas barreiras, e então veio a ruína.


*Whooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


Uma onda de radiação pura, não visível aos olhos, mas sentida em cada célula viva, explodiu do centro do impacto. O solo, o ar, a energia, os metais… nada resistiu.


Tudo começou a se desintegrar.


Não foi uma explosão barulhenta, mas uma que consumia em silêncio. As rochas perderam coesão molecular. As paredes viraram pó. Os selos gravados em placas metálicas brilharam por um segundo antes de se apagarem como brasas sufocadas pelo vácuo.


E os quatro cultivadores…


Eles sequer puderam gritar.


A pele deles desapareceu como se nunca tivesse existido. A carne evaporou numa fração de segundo. O que restou deles foi um brilho fantasmagórico nos ossos… antes que até isso sumisse.


Era como se a própria existência estivesse sendo apagada.


A área ao redor de Ming Xiao foi convertida em um espaço morto, onde nada mais cresceria ou vibraria com vida. Uma zona de absoluta esterilidade, como se o próprio conceito de vida tivesse sido deletado daquela região.


E em meio a tanta morte e destruição, Ming Xiao continuava de pé.


Sua pele havia se rompido em vários pontos. Seus braços estavam cobertos por veias expostas e queimadas, mas a energia vital dentro dele era tão abundante que a regeneração não parava.


Partes de seus órgãos internos brilhavam à mostra, revelando o quão fundo aquela reação havia penetrado, mas também o quão impossível era pará-lo.


A névoa verde de Ununpentia se espalhava, consumindo o que restou das muralhas da base. Fragmentos de artefatos começaram a derreter como se estivessem sendo engolidos por ácido.


Os tecidos do responsável pela abominação que estava acontecendo se regeneram ao ponto de parecer nunca ter sofrido qualquer dano, e Ming Xiao então cravou uma das adagas no chão.


*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…* Uma explosão vertical de energia radioativa subiu em direção ao céu púrpura. O feixe atravessou a crosta superior de Mavros e chegou à exosfera, riscando o céu com uma linha de morte. Esse era o sinal para as unidades de reforço avançarem: o coração de defesa base estava colapsado. Não havia mais volta.


Mas nem todo movimento ao redor de Ming Xiao tinha cessado.


No canto direito de sua percepção espiritual, Ming Xiao sentiu algo. Uma vibração distinta. Um selo de ocultamento sendo quebrado por engano, graças ao terremoto causado por ele mesmo.


E de lá, saíram três figuras. Três agentes de elite. Todos cobertos por mantos que se desgrudavam aos poucos, revelando armaduras feitas com camadas de escamas de dragão. Uma engenharia que combinava o que havia de genialidade da do Olho com fragmentos retirados de bestas mortas.


Eles não gritaram. Apenas agiram.


O primeiro disparou dezenas de projéteis negros que não viajavam pelo ar, eles se deslocavam no espaço, dobrando o percurso e indo direto para os órgãos internos de Ming Xiao.


O segundo manipulou as partículas do ambiente, solidificando-as em lanças espirais de uma liga estranha, lançando-as em todas as direções, tentando restringir a movimentação do oponente.


O terceiro invocou uma matriz circular de contenção, que se expandia como um eclipse. Era uma técnica que, teoricamente, anulava a regeneração de quem estava dentro dela e drenada energia espiritual para fornecê-las aos outros dois agentes.


Uma boa estratégia. Fria. Precisa. Coordenada… Mas ineficaz.


Ming Xiao sorriu. E correu.


Enquanto ele começava a correr, as lanças espirais cortaram o ar com zumbidos agudos, girando como perfuratrizes em alta rotação, prontas para atravessar qualquer coisa… exceto Ming Xiao.


*Clang. Clang. Clang…*


O som dos impactos foram altos, metálicos e secos. As lanças colidiram contra a pele de Ming Xiao e simplesmente entortaram, como se tivessem acertado uma muralha de titânio vivo. Algumas se partiram no ar, outras ricochetearam de volta como se o corpo dele tivesse rejeitado o próprio conceito de dano.


Os projéteis que dobravam o espaço alcançaram seus alvos internos,pulmões, fígado, coração, mas não penetraram. Eles colidiram com o interior de Ming Xiao e explodiram em faíscas inúteis, como se sua carne tivesse se convertido em algo superior à matéria. 


Ele deu mais um passo à frente.


*Clang.*


Outro passo.


*Clang.*


E as partículas que giravam ao redor da matriz de contenção começaram a sugar parte da energia dele, concentrando tudo numa espiral que se tornava mais densa a cada segundo.


As veias em seus braços escureceram, como se algo estivesse contorcendo a energia dentro dele. Elas ficaram estufadas, vibrando sob a pele, como rios sombrios tentando se libertar. A regeneração, por um breve momento… diminuiu. O brilho constante de recuperação enfraqueceu por meros instantes.


Ming Xiao olhou para o braço. Depois para o ombro. E então, para os três agentes, que pareciam surpresos com aquele resultado mínimo.


“Essa matriz é boa…” Ele disse, sem pressa, quase como um elogio: “Você conseguiu suprimir um sexto da minha regeneração.”


Ele sorriu mais uma vez. Não era um sorriso de deboche. Era sincero. Como se estivesse realmente surpreso com o resultado. Como se fosse a primeira vez, em muito tempo, que algo realmente tivesse feito efeito nele: 


“Mas é só isso.” Ele falou, por fim, e o mundo se moveu com ele.


*Swoosh.* Ming Xiao simplesmente sumiu. Não houve aviso. Não houve energia acumulada.


Ele apenas desapareceu e reapareceu em frente ao primeiro agente, com o punho cerrado e um brilho espectral envolvendo o braço.


O primeiro golpe não foi com as adagas. Foi com o punho nu.


*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


O impacto gerou uma onda de choque rachou o chão. O corpo do primeiro agente foi arremessado como uma bala viva contra a parede de pedra do complexo, que se partiu como vidro seco. No instante seguinte, antes que o homem pudesse recuperar a consciência ou ativar qualquer defesa, Ming Xiao apareceu atrás dele e fincou a Ununtria no meio das costas.


*Splaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*


O corpo se contorceu inteiro. Um brilho radioativo saiu pelas órbitas oculares do homem. Ossos começaram a se derreter por dentro. O corpo dele começou consumido de dentro para fora, até que restasse apenas uma sombra queimada marcada na parede.


O segundo agente tentou reagir. Reuniu energia espiritual, criando um bastão de pura pressão gravitacional, tentando comprimir Ming Xiao até a subatomização.


Mas não funcionou.


A gravidade foi negada pela massa absurda de radiação e energia vital que compunham Ming Xiao naquele momento. Ele não era feito de elementos comuns. Não obedecia mais as regras de resistência física e lógica espiritual.


Ming Xiao, sem ser afetado pela pressão, apareceu ao lado do segundo agente e, desta vez, usou Ununpentia. O corte veio lateral, limpo, feito com precisão cirúrgica.


A lâmina cortou a armadura como se fosse papel. O agente ainda tentou se defender com uma espada, mas ao bloquear, seu braço inteiro foi corroído em segundos.


A névoa esverdeada invadiu as vias respiratórias, os poros e os olhos. O homem gritou por apenas meio segundo, tempo suficiente para que o veneno invadisse sua alma e a devolvesse para o grande rio.


Seu corpo até tentou cair de joelhos, mas à medida que tentava alcançar o chão, ele derreteu até virar uma poça de matéria instável.


O terceiro agente, o mais inteligente deles, não atacou.


Ele tentou fugir.


Desativando a matriz de contenção, ele concentrou toda a sua energia em um salto espacial. Ele precisava reportar o que viu.


“Não vai dar tempo.” De repente, Ming Xiao, atrás dele falou.


*Splaaaaaaaaaaaaaaash…* Após o homem escutar aquelas palavras, as duas adagas se cravaram em cruz sobre as costas.


A radiação combinada de Ununpentia e Ununtria explodiu num brilho que aniquilou aquela existência. O próprio portal foi desintegrado. O corpo do agente, por sua vez, foi suspenso no ar, travado pelo cruzamento das adagas.


Seu coração foi o primeiro a parar, mas por poucos instantes, ele ainda estava vivo.


Ming Xiao fez questão de encará-lo nos olhos e sussurrar: “Me façam sangrar da próxima vez.”


E então, Ming Xiao puxou as duas adagas em sentidos opostos, partindo o agente ao meio como se fosse um galho seco.


O corpo se desintegrou antes de tocar o chão.


Não restou nada além da energia espiritual residual, que se dissipava em partículas esverdeadas e púrpuras, contaminando o ambiente como uma lembrança de que ali esteve a morte.


Ming Xiao estava bem no centro do pontapé inicial, no meio dos cadáveres e da ruína do Olho. E ele sorriu, porque sabia que os outros estavam fazendo o mesmo, em suas próprias frentes. E quando a poeira baixasse, o Olho não teria mais onde se esconder.



O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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