Capítulo UHL 1015 - Fúria Élfica
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Enquanto Ming Xiao, Ming Xue e Gu Ren reduziam fortalezas inteiras a cinzas e radiação, o verdadeiro golpe mortal ainda estava por vir.
Aqueles ataques não eram o fim, eram o início. O sinal para o avanço total.
Sem cerimônia, sem discursos ou promessas, as forças de Decarius começaram a se mover. Não como se fossem um punhado de aliados distantes, mas como uma única entidade moldada para a destruição. O exército misto que acompanhava os três guerreiros havia sido cuidadosamente preparado nos últimos ciclos. Eram cultivadores de diversas origens, de diferentes tradições, mas unidos por um propósito simples: apagar o Olho da existência.
Entre eles, não existia separação por elementos ou linhagens, apenas um objetivo em comum. Homens e mulheres do Reino da Escuridão, aliados de Daren, de Hill, de Gard, de Kaos e da Dinastia Yang marcharam lado a lado. Guerreiros de estilos e culturas completamente distintas sincronizavam suas técnicas como se tivessem treinado juntos a vida inteira.
Quando os escudos das fortalezas caíram após os golpes iniciais de Ming Xiao, Ming Xue e Gu Ren, eles avançaram como uma onda que não distingue castas, sangue ou moralidade. Apenas o alvo.
Nas ruínas da base em Mavros, onde os gritos haviam se extinguido com a chegada de Ming Xiao, as tropas desceram da cratera recém-formada e tomaram cada corredor ainda de pé, vasculhando tudo com precisão cirúrgica. Selos de contenção foram apagados, artefatos roubados de vários lugares foram recuperados e até clones foram destruídos.
Já em Hareth, onde Gu Ren havia perfurado a linha de defesa principal com suas lanças e feito os ventos gritarem em fúria, o exército que o seguia aproveitou o rastro da destruição para adentrar as profundezas da instalação subterrânea. Ali, um novo nível de carnificina começou. Ondas de soldados tomaram os corredores, matando cada membro do Olho que viam pela frente e empurrando todos os que tentavam fugir para um ponto em comum.
Enquanto isso, em Askyr, sob os destroços vitrificados criados pelas tempestades de gelo e relâmpago de Ming Xue, os combatentes do exército de Decarius fizeram da desolação uma trilha de justiça. Os soldados avançaram pelas estepes geladas, neutralizando os cultos e interrogando sobreviventes antes de executar os líderes locais.
Aquilo não era uma guerra por territórios. Era uma limpeza absoluta.
Mas enquanto esses ataques avançavam com precisão militar e frieza técnica, havia um canto do universo onde a fúria era outra. Onde o sentimento era mias… pessoal.
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No Setor de Ryn'Sha, a Vingança Ardente Descia dos Céus.
Raya, a Leoa Vermelha, saltou do céu em chamas. Ela não caiu… Ela se lançou por vontade própria.
Ao seu lado, a elfa Nallrian voava em silêncio, como se sua presença ali não fosse natural, mas um presságio. Seus olhos, normalmente calmos e compassivos, agora brilhavam em tons escuros, e suas pétalas, antes brancas e curativas, tornaram-se negras e envenenadas.
Ali, o ataque não tinha nada de racional. Era ódio puro, queimando junto com as chamas de Raya e apodrecendo ao ritmo da alma fragmentada de Nallrian.
O Olho havia escolhido o lugar errado para fincar raízes. O posto avançado de Ryn'Sha era discreto, oculto numa floresta que há muito havia sido convertida em pântano sombrio, graças à manipulação de energia espiritual dos agentes locais. Era um ponto de estudo, de aprisionamento e, acima de tudo, de experimentos. E foi em um local parecido com aquele que Enya morrera.
Foi em um local semelhante que Nallrian perdera parte de sua sanidade.
Apenas pela mera semelhança, ela queria que aquele lugar deixasse de existir, não apenas no plano físico, mas no espiritual também, dentro da sua própria mente.
*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…* Raya chegou primeiro, rasgando a atmosfera com o corpo em chamas. Quando tocou o solo, uma cratera se formou, cuspindo labaredas em todas as direções. Assim que literalmente colidiu contra o planeta, ela rugiu, e o som que emergiu da sua garganta não era humano. Era bestial. Era de uma leoa.
Em instantes, sua forma híbrida se manifestou.
Garras incandescentes. Pelagem vermelha como lava viva. Pupilas verticais em olhos dourados. O peito ainda era o de uma mulher, mas o restante… era selvageria puramente moldada pela fúria.
Sem dizer uma palavra, ela se lançou contra os primeiros guardas.
Cada golpe daquela mulher vinha acompanhado de uma explosão. Seus punhos e garras não apenas rasgavam carne, mas incendiavam até a alma dos oponentes. Ela não lutava com técnica refinada. Lutava como uma força da natureza: violenta, imprevisível, imparável.
Já Nallrian, ao tocar o solo, permaneceu parada por um instante. As pétalas negras começaram a brotar de sua pele e dançar ao redor dela como um vendaval sombrio.
Um brilho sutil surgiu em sua testa. A alma de Diantha Stringbach, a Carniceira de Ghor Puntrad, se manifestava através do Elo das Almas. E quando o nome de Diantha vibrava nas correntes espirituais de Nallrian, até os mais ousados tremiam. Aquela era a mulher que, no passado, havia destruído um reino Krovackiano inteiro, sozinha, usando apenas suas lâminas e pétalas.
Agora, essa mesma essência estava dentro de Nallrian. E ela caminhava como uma ceifadora em silêncio, alimentada pelo ódio de sua hospedeira.
As pétalas negras tocavam árvores, pedras, soldados… e tudo apodrecia. Raízes se desfaziam. Ossos esfarelavam. As técnicas de defesa usadas pelos agentes locais não resistiam por mais de dois segundos ao toque putrefato das pétalas. Nem mesmo selos que deveriam durar séculos conseguiam anular o avanço daquela morte perfumada.
Raya explodia de um lado, Nallrian consumia do outro. E os gritos ecoavam por todo o setor de Ryn'Sha.
Agentes do Olho tentavam evadir, mas Raya se movia depressa demais. Quando não os encontrava com o faro, ela os puxava para fora da terra com colunas de fogo. Seus rugidos faziam o ar se partir em ondas de choque. E quando ela lutava com as garras, os corpos não se partiam… Eles sumiam.
Enquanto isso, Nallrian, com o olhar vazio, caminhava entre os inimigos como se já estivessem mortos.
“Pelos céus… Ela… Ela tem uma alma ancestral... Não é só a elfa!” Gritou um dos agentes ao vê-la caminhando com uma aura densa e a silhueta encoberta por flores negras.
Foi tarde demais.
Com um movimento de braço, Nallrian lançou milhares de pétalas em espiral. Elas invadiram o céu e desceram como uma chuva fúnebre. Cada uma levava um fragmento da fúria de Diantha, somada à dor de Nallrian.
E assim, em um só ataque, a linha de frente do Olho ali presente foi literalmente apagada.
Os cadáveres nem chegaram a cair. Sumiram antes mesmo que o pântano pudesse provar o gosto deles.
O cheiro que ficou no ar não era de sangue, era de carne morta há décadas. Era o cheiro de uma terra amaldiçoada, agora finalmente se vingando dos seus algozes.
O cheiroera denso. Não havia som de vida. Nenhuma ave, nenhuma raiz pulsando. Apenas o eco de um massacre em andamento.
Mas nem todos haviam sido engolidos pela onda de destruição e morte. Em meio às sombras do posto avançado de Ryn’Sha, uma presença distinta se manteve oculta, aguardando o momento certo para emergir.
Nallrian sentiu. O sangue em suas veias se agitou por um instante. Não por medo, mas por instinto. Havia algo ali… algo que não apodrecia.
De uma das torres secundárias que resistira ao avanço, uma figura saltou.
Não era um agente comum.
Era Rovar Eltan, conhecido entre os anais secretos do Olho como o Portador da Morte.
Seu corpo era parcialmente corroído, como se tivesse se banhado em ácido e sobrevivido, não com dor, mas com prazer. A carne que faltava em partes do rosto dava lugar a um brilho fúnebre, púrpura e pulsante. Seus olhos não tinham pupilas, apenas uma fosforescência em tom de enxofre. A energia ao redor dele parecia negativa, mas viva. Como se algo morto tivesse aprendido a andar.
Ele aterrissou diante de Nallrian com um baque seco, rachando o solo pantanoso.
Ao vê-lo, as pétalas que rodopiavam ao redor da elfapararam por um breve segundo. A matéria orgânica que compunha suas pétalas parecia reagir à energia de Rovar, como se ambas as forças se anulassem em um embate invisível.
"Você é a hospedeira da Carniceira…"Rovar falou, com a voz cavernosa, como um eco vindo de dentro de um sarcófago.
Nallrian não respondeu. Apenas ergueu uma mão e lançou uma sequência de pétalas negras.
Rovar sorriu, ou pelo menos a parte restante de seu rosto tentou sorrir.
Quando as pétalas o tocaram, não apodreceram. Elas murcharam, virando pó ao contato com a pele dele.
“Decomposição Inversa…” Ele murmurou, como quem explicava a arte de um mestre: “Tudo que foi feito para deteriorar… me alimenta.”
Depois de dizer aquilo, então ele avançou. Rápido. Mais rápido do que Nallrian previa.
Em um instante, ele apareceu à sua frente em uma sequência de impulsos que não deixavam rastro. Um golpe com o punho desprotegido atingiu o ombro da elfa com força suficiente para fazê-la ser arremessada contra uma árvore. A casca do tronco estourou, e Nallrian afundou no solo encharcado.
Raya, ao longe, notou a interrupção no ritmo da companheira, mas se manteve ocupada com dezenas de agentes que ainda surgiam dos fundos do pântano. Ela confiava em Nallrian. Sabia que, se fosse necessário, seria chamada.
Nallrian se ergueu, com um fino rastro sangue escorrendo da lateral da boca, e encarou Rovar com frieza. O golpe havia doído um pouco.
A força dele era real. Contudo, ela não era mais apenas uma elfa. Ela era Nallrian. E dentro dela havia Diantha.
Com um salto silencioso, ela cruzou o campo de batalha, e, ao invés de lançar pétalas, usou os próprios braços como lâminas. As flores negras envolviam seus punhos e cotovelos, criando estacas que pareciam feitas de cristal venenoso.
*Claaaaaaaaaaaaaaaaaang.* Os dois colidiram. O impacto lançou faíscas negras no ar.
Rovar bloqueava, contra-atacava, absorvia parte do veneno das flores, mas cada golpe de Nallrian parecia se adaptar. Diantha estava aprendendo. Ela usava a própria decomposição dele como base para uma nova forma de ataque.
Em um movimento circular, Nallrian girou o corpo, e, ao invés de lançar flores, liberou pólen negro. Rovar tentou absorver, mas tossiu. Não era decomposição física… era uma memória envenenada.
O pólen continha um conjunto de experimentos feitos a cada ataque. Cada reação do seu oponente foi analisada, por mais sútil que parecesse, e mesmo alguém como Rovar… não estava preparado.
Depois que ele tossiu, o tempo pareceu parar.
Rovar tentou entender o que havia inalado, mas já era tarde. Aquilo não era pólen, era uma distração. Um microelemento com propriedades espirituais oscilantes, projetado para simular decomposição, mas que, na verdade, servia para confundir o mecanismo de absorção de sua técnica. Por uma fração de segundo, o corpo dele absorveu uma energia que não existia… e nesse lapso, ele ficou vulnerável.
Nallrian não desperdiçou a brecha.
Ela se lançou com os cotovelos à frente, com as lâminas florais afiadas girando em espiral. A primeira acertou o flanco esquerdo de Rovar e penetrou sua carne com violência. A segunda golpeou de baixo para cima, atravessando a mandíbula corroída e emergindo pela lateral da cabeça.
O corpo dele foi arrastado alguns metros até bater contra uma elevação lodosa. Mesmo com o rosto parcialmente destruído, ele não caiu. Em vez disso, sorriu com o que restava de boca.
“Você é melhor do que eu esperava…” Ele falou, cuspindo uma gosma púrpura que ferveu ao tocar o chão.
Nallrian não respondeu. Em silêncio, ela moveu os dedos e novas pétalas brotaram entre suas unhas. Dessa vez, elas vibravam como lâminas de alta frequência.
Ela percebeu na mesma hora que ele estava prestes a mudar o padrão.
Rovar deu um passo à frente e ativou um selo cravado no centro de seu peito. A carne em volta se abriu, revelando uma cavidade repleta de órgãos deformados, pulsando em tons de roxo e preto. Uma energia podre se espalhou, consumindo o solo abaixo dos dois e fazendo o pântano borbulhar como se estivesse sendo cozido por dentro.
O selo no peito de Rovar brilhou com um pulsar doentio, como um coração apodrecido batendo fora de ritmo. A energia de afinidade com a vida, corrompida até a medula, se espalhou pelas veias abertas de seu corpo, formando veios pulsantes que pareciam vermes vivos sob a carne rachada.
Nallrian sentiu aquilo no instante em que o solo sob seus pés morreu e a lama escura se abriu em bolhas, exalando um vapor ácido. Onde Rovar pisava, a vegetação putrefata explodia em fungos espumosos, e esses fungos, por menor que fossem, tentavam grudar nos tornozelos dela como parasitas famintos.
“Você usa vida para curar... Eu uso para devorar.” Rovar rosnou, com a voz agora soando como um estalo rouco que vibrava como ossos quebrando.
Ele avançou, não como antes, com explosões de força seca, mas como um predador infeccioso. Cada soco seu era um ponto de contato que injetava aquela energia de putrefação direta na carne. Ele não precisava mais resistir às lâminas de Nallrian: ele estava tentando apodrecer a elfa de dentro para fora, célula por célula.
Ela bloqueou o primeiro soco, mas o cotovelo dele raspou de leve sua clavícula. A pele ali ficou cinzenta instantaneamente, necrosando em uma linha irregular. Ela ignorou a dor, girou o corpo e acertou um chute no flanco dele. O impacto quebrou algumas costelas, mas o riso tenebroso de Rovar soou como um trovão na bruma.
“Você vai apodrecer comigo, hospedeira!” Ele rugiu, cuspindo um sangue extremamente grosso e escuro.
Nallrian recuou dois passos, observando seu próprio ombro onde o toque havia deixado a carne escura. A Diantha dentro dela entendeu. A regeneração natural não adiantaria se a infecção espiritual seguisse corrompendo tudo.
Então, ela se adaptou, não para curar, mas para isolar.
Com um estalar de língua, Nallrian concentrou a energia vital no braço esquerdo afetado, comprimindo-a até que as veias negras brilhassem em contraluz. E então, num ato que nenhum elfo faria em estado normal, ela decepou o próprio braço corrompido com uma lâmina de pétala.
*Splaaaaaaaaaash…*
O braço necrosado caiu na lama e se dissolveu em segundos, devorado pelos fungos de Rovar. Nallrian não gritou. Diantha não deixava espaço para dor. Ao invés disso, raízes finas de flores brancas, as últimas ainda puras, brotaram do ombro cortado, formando um membro vivo que parou de sangrar na mesma hora.
Rovar tentou aproveitar a brecha, avançando com ambas as mãos abertas e suas garras imundas tentando tocar seu pescoço.
Nallrian sorriu. Pela primeira vez, não era um sorriso de frieza. Era a risada silenciosa de Diantha pulsando em sua garganta.
Ela não recuou nem um único passo. Pelo contrário… Ela avançou.
Rapidamente, Nallrian deslizou pelo flanco dele, deixou as garras podres passarem raspando e, com a mão restante, cravou o punho inteiro no buraco do peito que ele mesmo havia aberto com o selo.
*Craaaaaaaaaaaaaaaack…* Os órgãos pulsantes tremeram quando as pétalas da mão de Nallrian se abriram como uma flor carnívora dentro do peito de Rovar.
“Quer devorar, parasita? Então devore até o fim.” Ela sussurrou ao ouvido dele.
Rovar tentou rir da tentativa de Nallrian, mas, de repente, a dor engasgou sua garganta. Ele sentiu, e tentou segurar o braço dela com força, tentando esmagar os ossos, tentando despejar a decomposição para cima dela.
Ele conseguiu fazer o que queria, só que ela não puxou o braço de volta. Ela deixou lá dentro, e começou a comprimir toda sua energia viva num único pulso, canalizando pela raiz que mantinha sua essência equilibrada.
*Tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuump.*
Um estalo abafado ressoou. As pétalas dentro do peito de Rovar se fecharam de uma só vez, trancando o núcleo de energia putrefata do homem em um casulo negro. Um segundo depois, o casulo explodiu para dentro, como uma flor invertida, rasgando cada órgão de Rovar em microfibras.
Ele arregalou os olhos, sentido uma dor imensurável, mas mesmo o grito inevitável e necessário para aliviar a dor engasgou na garganta.
Em um ato desesperado, Rovar tentou rasgar Nallrian com as unhas, mas suas mãos perderam as forças. O resto de seu peito virou uma fenda de vapor púrpura, fervendo como carne em ácido.
Nallrian puxou o braço de volta, agora coberto de espinhos cristalinos que vibravam como lâminas afiadas.
Ela não precisou dar o golpe final.
Rovar caiu de joelhos. Tentou dizer algo. Da boca aberta, apenas escorreu uma mistura de bile, sangue púrpura e fragmentos de costelas dissolvidas.
Nallrian se abaixou, pegou seu queixo, forçou-o a olhar em seus olhos vazios.
“Diantha devora monstros. E eu... devoro memórias de dor.” Ela falou, e logo em seguida esmagou o crânio dele contra o solo lodoso com uma única pressão, fazendo o rosto implodir numa mancha de osso triturado.
O Portador da Morte virou adubo do pântano. Literalmente.
Atrás dela, Raya apareceu, coberta de cinzas e fumaça.
“Acabou aqui?” Ela perguntou.
Nallrian não respondeu de imediato. Olhou para o cadáver que não existia mais, respirou fundo, e apenas sacudiu a cabeça: “Com ele, sim. Mas ainda falta muito para ficarmos quites.”
