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Capítulo UHL 1017 - O Gênio vs O Manipulador

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Tenham uma boa leitura!]


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O céu sobre Karun brilhava com raios entrecortados por véus de areia fervente. E enquanto Hakim travava uma batalha intensa a céu aberto, no centro da maior câmara subterrânea, a batalha entre Jaha e Garun Vhas começava a rasgar não apenas o chão de mármore, mas a própria estrutura que mantinham o império de escravos do Olho de pé.


Garun avançou primeiro, logo após escutar da boca que Jaha que ele o daria uma morte rápida. Em um piscar de olhos, a temperatura subiu a um nível que derreteria aço e colunas de fogo puro saltaram do chão como serpentes famintas, convergindo sobre Jaha com uma fúria que consumia tudo.


Qualquer um ficaria encurralado ao lutar contra um cultivador do fogo em um ambiente fechado, mas Jaha não era um cultivador comum.


Quando o fogo colidiu, não encontrou carne, encontrou uma muralha de água comprimida em uma lâmina tão fina que parecia vidro. O vapor que emergiu instantaneamente era branco, ofuscante, mas por trás dele, Jaha não se mexeu um milímetro.


Seus olhos, agora frios como geleiras, avaliavam cada centímetro cúbico do calor que dançava na câmara.


Em um movimento rápido de Jaha, gotas minúsculas, impossíveis de ver a olho nu, emergiram de seus poros, girando em torno de seus braços como anéis líquidos. Em um único gesto de sua palma, essas gotas se agruparam numa esfera que pulsava com um peso absurdo.


*Caaaaaack…Booooooooooooooooooooooooooooom…*


Quando ele soltou essa esfera, o impacto foi o mesmo de mil tsunamis comprimidos numa muralha de água, gerando uma parede líquida que varreu as chamas de Garun como se fossem velas sopradas ao vento. O choque daquela colisão de técnicas foi tão grande que rachou o piso, jogando placas de mármore para os corredores adjacentes, que começaram a desabar.


Garun, porém, não recuou. Ele riu, e o seu peito vibrou com labaredas internas. Com um rugido, ele abriu os braços e absorveu o vapor de volta em seu núcleo, queimando-o em um clarão de fogo carmesim.


“VOCÊ NÃO PODE CONTER MEU FOGO!” Garun gritou enquanto avançava em uma explosão viva, um tornado humano de magma e chamas vivas. Enquanto se aproximava, os punhos de Garun rasgavam o ar, deixando rastros flamejantes. 


*Boooooooooooooooooooooom… Boooooooooooooooooooom…* Cada soco de Garun era como um vulcão em erupção.


Jaha desviou dos golpes, mas um punho de Garun atravessou a muralha de água de Jaha como uma lança de lava. O impacto arremessou Jaha contra uma coluna de mármore, quebrando-a como gravetos.


Sem perder tempo, Garun se lançou atrás dele, com os pés queimando o chão a cada passo. O braço direito de Garun, em brasa, riscou o ar num arco brutal, mirando a cabeça de Jaha ainda na poeira da queda.


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* Garun pensou ter encurralado o oponente, mas Jaha se ergueu como um raio. Uma grande quantidade de água condensada girou no cotovelo dele, impulsionando-o contra o punho de Garun de baixo pra cima. Um som alta de ossos trincando ecoou, misturado aos caóticos sons gerados pela colisão e abafado pelo rugido das chamas.


Ambos saíram ilesos daquilo, e antes que Garun pudesse recuar, Jaha avançou um passo, encurtou a distância e colocou a palma da mão direto na barriga do homem.


*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


O golpe de palma que Jaha usou não era força bruta. Era pressão, toneladas de mar revolto socadas em um único ponto. O tórax de Garun afundou na hora, fazendo-o vomitar sangue que virou vapor antes de pingar.


“Desgraçado!” Garun urrou, mas continuava vivo e acabou agarrando o braço de Jaha com ambas as mãos incandescentes. Ao seu toque cheiro de carne queimando inundou a sala quando ele tentou fritar Jaha no aperto.


Jaha torceu o rosto, mas não se rendeu. Ele apenas soltou a respiração, e dezenas de gotas de água saltaram de seus poros, grudando na pele de Garun como esferas de chumbo líquido.


Sem entender, mas pressentindo o perigo, Garun arregalou os olhos.


*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* Aconteceu mais rápido do que Garun podia reagir. Cada gota explodiu ao mesmo tempo. Foi como se Jaha tivesse socado Garun com cem marretas simultaneamente. A explosão rasgou as paredes de mármore, abrindo crateras por onde a luz do sol do deserto entrou aos feixes.


Pedaços do teto ruíram e rachaduras rasgaram os corredores, demonstrando que a estrutura não aguentava mais conter monstros assim.


A explosão arremessou Garun para trás como um projétil humano em chamas. Ele atravessou duas paredes de mármore, destruindo colunas grossas como torres de castelo. Poeira, lascas de pedra e fogo engoliram a galeria subterrânea, mas Garun já estava de pé antes mesmo de parar de deslizar.


Seu peito afundado chiava, a carne borbulhava enquanto o calor interno ‘soldava’ ossos e músculos de volta ao lugar. Ele então cuspiu uma nuvem de fogo, limpou o sangue da boca com as costas da mão, e avançou de novo.


“VOCÊ É UM INSETO QUE ENTROU NA TEIA DA ARANHA!” Garun rugiu, com cada palavra cuspindo fagulhas.


Jaha, sem responder às provocações, surgiu na poeira como uma sombra líquida. Ele não esperou Garun terminar de falar, apenas avançou, deslizando sobre uma fina lâmina de água congelada, com a fricção zero transformando-o num projétil humano.


*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


Outro estrondo soou quando o ombro de Jaha acertou Garun no peito reconstruído, afundando de novo a mesma região. Contudo, desta vez, Garun segurou a cintura dele com os braços cobertos de magma e girou, arremessando Jaha de costas contra uma parede que se dissolveu em calor antes do impacto. Jaha rolou para o lado no último segundo, mas não escapou do chute que Garun engatou logo depois.


*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…* O chute bateu como um martelo de lava no flanco de Jaha. Costelas se partiram com estalos secos. Jaha engasgou um sopro de sangue, mas estendeu os dedos para o chão no exato instante e gotas pesadas explodiram de seus poros, formando uma almofada de pressão líquida que amortizou seu corpo, devolvendo-o de volta para cima.


Rapidamente, Jaha girou no ar, e a sola do pé esquerdo acertou o queixo de Garun em cheio.


Garun balançou a cabeça, tendo até seu pensamentos chacoalhados pelo chute, mas riu, cuspindo outra baforada de fogo que quase carbonizou Jaha na descida. Jaha desviou e caiu de joelhos, deslizou de lado, e uma torrente de água em alta pressão jorrou do chão, arrastando-o para longe do alcance imediato de Garun.


Enquanto o combate se estendia, o calor acumulado se tornava insuportável. O piso não era mais mármore: era uma mistura de rocha quebrada, areia fundida e placas incandescentes que se partiam sob os passos dos dois. A fortaleza desabava em pedaços. E mesmo assim eles seguiam.


Garun saltou como um meteoro de carne em chamas. Veios de fogo riscaram o ar ao redor dele. Jaha ergueu uma muralha de água, mas não era água comum: era água condensada até o limite físico, tão densa que caía em pedaços como se fosse metal líquido.


Garun socou a muralha.


*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…* A muralha rachou, mas não cedeu. Enquanto isso, a força do impacto reverberou pelos corredores, partindo vigas de suporte como gravetos.


Jaha, do outro lado, estava firme. Os olhos dele brilhavam, calculando tudo. Em sua mente, vetores, ângulos, pressão, temperatura: tudo bailava como fórmulas vivas.


Era impossível saber o que se passava na mente dele, mas ele esticou os dedos, e cada gota que saía de seus punhos se tornava um projétil.

As gotas cortaram o ar, furando a ‘armadura’ de fogo de Garun. Cada gota explodia dentro da carne dele, soltando vapor e rasgando tecidos por dentro. Garun rugiu, ignorou a dor, avançou.


*Booooooooooooooooooooooooooooooom…* Eles colidiram de novo. Punhos, cotovelos, joelhos. Nenhum passo em falso. Nenhuma hesitação. E a cada impacto, eles rachavam mais o chão.


Os dois trocaram esquivas e tentativas de golpes por um certo tempo, até que um soco de Garun pegou de raspão a têmpora de Jaha…


*Baaaaaaaaaaaaaaaaang…* O crânio dele rodou e o corpo voou para trás. Mas antes de tocar o chão, uma corrente de água o agarrou como uma mão gigantesca e devolveu Jaha para frente, a dez vezes a velocidade.


*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* A cabeça de Jaha bateu no queixo de Garun como um martelo de pressão. O maxilar do cultivador de fogo se deslocou com um estalo horrível. Mas Garun não caiu… ele pegou Jaha pelo pescoço, ergueu-o acima da cabeça e rugiu: “ARDA ATÉ O ÚLTIMO OSSO!”


Chamas brotaram das mãos de Garun, envolvendo Jaha como um casulo incandescente. O cheiro de carne tostada se espalhou pela câmara destruída, mas, dentro do casulo de fogo, os olhos de Jaha não apagaram. Pelo contrário. Eles brilharam num azul tão cortante que atravessou as chamas.


*Slaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* Do meio do fogo, uma bolha de água, negra de tão densa, se formou nas mãos de Jaha. Ela inchou, vibrou, e num baque ensurdecedor, explodiu para fora.


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…* A explosão de pressão simplesmente rasgou a camada de fogo de Garun. Um clarão ofuscante iluminou cada fissura, cada parede em ruína e condenou toda a estrutura daquele lugar.


Quando a poeira caiu, Garun estava de joelhos, com o rosto fumegante, parte do tórax aberto por dentro e expelindo vapor vermelho.


Jaha caiu de pé a três metros dele.


Garun cuspiu sangue, gargalhou e ergueu um punho trêmulo, ainda flamejante enquanto perguntava: “É… tudo? Gênio de Gard…?”


Jaha sacudiu a cabeça em negação e o ar ao redor dele começou a ranger com gotículas que pesavam como mares comprimidos: “Não… Eu estou só começando.”




O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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