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Capítulo UHL 1026 - O Assassino Completo

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Tenham uma boa leitura!]


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No cenário em que Ragnar e Hanzo lutavam, as nuvens de eletricidade espiritual continuavam crescendo, girando sobre si mesmas, até formarem redemoinhos gigantescos de luz, plasma e energia pulsante. Aquele não era apenas um ataque. Era um ecossistema. Uma criação artificial forjada à força, sem autorização das leis da física. O vazio já não era mais vazio. Era um campo eletromagnético carregado até os ossos do universo.


Ragnar era o epicentro daquilo tudo. Seu corpo brilhava, vibrando numa frequência tão intensa que cada movimento de seus dedos liberava descargas involuntárias que explodiam no ar como cometas.


*Dzzzzzzzzzzzzt... Boooooooom…*


Cada pena que se desprendia do cocar virava uma lança de energia. E elas mergulhavam em ângulos erráticos, imprevisíveis, mas todas convergiam para Hanzo.


E o assassino, por sua vez… dançava.


Ele não recuava e nem desviava somente. Ele cortava.


A espada de Hanzo não batia. Ela desaparecia e reaparecia, deixando rastros quase translúcidos no espaço. Cada corte que ele fazia era um ajuste no equilíbrio do universo. A pressão ao redor dele era alterada. O fluxo do ar, mesmo sem ar, seguia seu movimento, como se o vácuo obedecesse às ordens da lâmina e seu portador.


Uma, duas, dez, cinquenta penas explodiram ao redor de Hanzo. Nenhuma o tocou diretamente, mas as deflagrações o empurravam para trás, fragmentando suas vestes, rasgando sua pele. Ainda assim, sua regeneração, descomunal, mas precisa, reconstruía as fissuras antes mesmo de completarem sua destruição.


“Você é um erro, Hanzo…” Ragnar rosnou, com os olhos elétricos se fixando nos gestos quase teatrais do inimigo.


Hanzo girou a espada entre os dedos com tranquilidade, mesmo sob ataque cerrado, e respondeu como se explicasse uma lição: “Não. Eu sou o resultado de acertos consecutivos. Refinados pela lógica. Destilados na dor.”


*Swooooooooooooooosh.*


Depois de dizer aquilo, Hanzo investiu. Rápido demais para qualquer leitura, mas Ragnar respondeu com instinto e relâmpagos.


*Zuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuump…*


Uma explosão de campo elétrico expandiu ao redor de Ragnar, criando uma bolha vibrante. Quando Hanzo entrou nela, seu movimento desacelerou levemente, não pelo tempo, mas pela diferença de pressão energética. Era como tentar correr contra uma tempestade que recusava te deixar avançar.


*Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang.*


A lança e a espada se encontraram no centro da bolha. A energia colapsou. A esfera de eletricidade implodiu, e depois explodiu em todas as direções, arremessando os dois lutadores para lados opostos da órbita destruída.


Ragnar girou várias vezes antes de estabilizar. Hanzo também. Mas ambos voltaram a se posicionar em frações de segundos, como se cada centímetro daquele espaço já fosse parte da arena deles.


Agora, porém, a respiração de Ragnar era visível. Não pela fadiga, mas porque o campo ao redor de seu corpo queimava tanto que deixava trilhas densas como vapor condensado no vácuo.


“Você é rápido demais…” Ragnar comentou, cuspindo sangue.


“E você é mais resistente do que pensei.” Hanzo respondeu, ajustando a lâmina: “Mas isso… já deixou de ser um duelo. Estamos reconstruindo a definição de combate.”


Ragnar sorriu. Um sorriso de desafio. E então, num tom mais sério, chamou: “Então vamos testar a estrutura desse novo dicionário…”


Ele ergueu os dois braços.


As nuvens responderam.


Milhares de raios desceram. Todos ao mesmo tempo.


*Baraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuum…*


A luz cegou qualquer sensor, qualquer olho que houvesse por ali. A intensidade do ataque foi tamanha que pedaços de lua, ainda distantes, se partiram só pela reverberação. A chuva de raios durou três segundos. Mas foram três segundos que pareciam uma eternidade.


Ragnar destruiu tudo sob o bombardeio. 


Os raios explodiam rochas, fritavam o que restou do planeta e pulverizavam até as lembranças dele.


Quando aquele inferno terminou…


O espaço estava limpo.


Vazio.


E assim como as coisas que estavam lá antes, Hanzo não estava à vista.


Ragnar flutuava no centro, com os olhos atentos e os músculos tensionados.


Silêncio.


Silêncio.


Isso foi tudo o que aconteceu depois daquela tempestade… Até que...


*Clack.*


Um som seco soou.


Ragnar olhou para a lateral instantaneamente, seguindo o som.


Naquela direção, Hanzo estava de pé… em um fragmento de rocha que sequer deveria estar ali. Seus pés pousavam naquele caco do universo, e a espada… a espada dele agora estava embainhada.


Hanzo estava ali. Intocado. Imperturbável. Um traço calmo dentro do caos. E ainda assim… sorrindo.


A espada embainhada parecia um insulto. Uma afronta direta à tempestade que Ragnar invocara segundos atrás. E ele não precisava dizer nada para provocar. A simples presença dele, imóvel, inteira, depois daquilo tudo… era o suficiente.


Ragnar estreitou os olhos, e comentou, com um semblante de que o desafio estava se tornando cada vez mais interessante: “Você devia estar em pedaços.”


Hanzo respondeu apenas com o som seco do metal deslizando para fora da bainha.


*Shiiing…*


“Estava.” Ele então respondeu, antes de explicar: “Mas eu não gosto de permanecer assim por muito tempo.”


Depois de dizer aquilo, Hanzo apontou para o lado do próprio pescoço, onde ainda havia um fio de carne exposta, costurando-se sozinho, como se o corpo dele estivesse renascendo através da regeneração.


“Você está se gabando por conseguir se remendar?” Ragnar, por sua vez, cuspiu, em tom irônico: “Então eu vou te quebrar até você não lembrar como se junta.”


Hanzo girou a espada em mãos, assumindo postura ofensiva. Mas não era uma guarda tradicional. Seu pé esquerdo estava recuado, a mão direita inclinada em diagonal, e os joelhos flexionados revelavam algo diferente: Hanzo não viria com cortes simples.


Ele viria como um projétil.


*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


E ele foi. E o impacto não foi com a espada.


Foi com o ombro.


*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*


Ragnar, preocupado em se desviar do corte, se esqueceu por um doloroso momento, que Hanzo era um cultivador da vida, também, e foi atingido no centro do peito por uma carga absurda de força bruta. Seu corpo foi arremessado por centenas de quilômetros, ricocheteando em fragmentos de rochas espaciais como se fosse uma bola de aço disparada por um titã.


Quando parou, estancando sua trajetória contra um pedaço de crosta ainda fumegante, Ragnar sentiu o esterno ranger. Mas a dor nem teve tempo de chegar e ser processada, porque Hanzo já estava ali.


E dessa vez, a lâmina veio...


*Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang.*


Ragnar ergueu o escudo no último segundo. A lâmina de Hanzo se curvou na borda da defesa, deslizando com uma elegância assassina. No final do movimento, ele girou o corpo, alavancando um chute giratório que acertou a lateral da cabeça de Ragnar como uma marreta.


*Craaaaaaack…*


Mesmo reforçado com camadas de eletricidade, o crânio de Ragnar trincou e ele cambaleou.


Hanzo, por sua vez, não perdeu o ritmo. Com um giro rápido, ele atravessou o vácuo com uma sequência de estocadas. Mas nenhuma era previsível. Não era a espada que se movia, era seu corpo inteiro, o braço de Hanzo girava como se estivesse brincando com a gravidade em uma coreografia letal.


*Clang. Clang Clang. Clang…*


Ragnar bloqueava o quanto podia com a lança, girando seu corpo com pequenos impulsos de relâmpago, criando campos magnéticos para desviar os golpes. Mas os impactos continuavam a forçar rachaduras em seus ossos e músculos.


Um corte cruzou seu abdômen. Superficial. Mas fundo o suficiente para derramar um bocado de sangue.


Outro veio no ombro esquerdo, que forçou Ragnar a deixar a lança cair por um segundo.


Hanzo aproveitou.


Ele girou o corpo em um mortal invertido e desceu com ambos os pés sobre o peito de Ragnar.


*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*


O impacto rachou a rocha atrás deles e arremessou Ragnar novamente. O escudo voou de suas mãos, girando no espaço até colidir com os restos de uma torre de contenção que havia no planeta.


O corpo de Ragnar se chocou contra uma muralha de minério endurecido que restara da antiga base do Olho. Mas dessa vez, ele cravou os dedos na parede para parar o impacto, puxando-se para frente com brutalidade.


“Chega!” Ele gritou, cuspindo sangue. Seus olhos acenderam, e as veias em seus braços ficaram incandescentes com eletricidade comprimida.


Em um único gesto, Ragnar apontou as mãos para si mesmo.


E se eletrocutou.


*Dzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzt…*


Aquele foi um movimento estranho para Hanzo, mas para Ragnar, a explosão interna realinhou todos os seus ossos, cauterizou as lacerações e energizou seus membros ao ponto de seus músculos incharem ligeiramente com a pressão.


“Você quer velocidade?” Ragnar rosnou: “Então vamos falar a língua do raio!”


*Baraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaum…*


Ele desapareceu.


O espaço tremeu. E um trovão soou momentos depois.


Hanzo tentou rastrear o movimento, mas só sentiu o impacto.


*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


Ragnar surgiu atrás dele, e com um soco direto nas costas, o lançou girando no ar como um míssil.


Hanzo se virou no ar, tentando recuperar equilíbrio, e recebeu uma cotovelada no maxilar.


*Crack.*


A mandíbula dele deslocou e um pouco de sangue jorrou.


Ragnar apareceu acima. Depois, ele desceu com os dois pés no peito do inimigo.


*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…* Hanzo travou o golpe com a espada em posição horizontal, mas o impacto ainda os arremessou para baixo.


A luta estava completamente indefinida, e agora, os dois atravessavam os escombros do planeta fragmentado em queda livre, em meio a fragmentos que queimavam como meteoritos.


*Swooosh.*


No meio da queda, Hanzo girou o corpo, reestabelecendo sua espada com um corte circular. Ragnar desviou com o escudo que desapareceu depois de sair das suas mãos e foi materializado de novo, e contra-atacou com a lança.


Dessa vez, a ponta tocou a lateral de Hanzo.


Não apenas cortou. Mas rasgou e empurrou.


*Boooooooooooooooooooooooooooooooom.*


Uma explosão de plasma e magnetismo arremessou Hanzo para a lateral, com parte do torso arrancada.


A força foi tão insana que ele girava, enquanto seu próprio corpo começava a se regenerar no ar. Músculo, osso, tendão, todos estavam seriamente danificados, mas se reconectando enquanto ele sorria com um canto de boca deformado.


“Você entendeu...” Hanzo disse, ainda com a lateral do rosto em carne viva: “A luta não é sobre vencer. É sobre permanecer inteiro tempo suficiente pra obrigar o outro a entender que perdeu.”


“Não.” Ragnar prontamente respondeu, flutuando, agora com o escudo regenerado e o cocar refeito: “A luta é sobre quem aguenta continuar… mesmo depois que entende que não vai ganhar nada com isso.”


Ao dizer aquilo, Ragnar desceu com a lança novamente, dessa vez direcionando um corte vertical de cima para baixo.


Hanzo aparou com a espada, mas dessa vez, sentiu a estrutura da arma ranger.


O impacto pulverizou uma rocha do tamanho de uma cidade.


O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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