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Capítulo UHL 1032 - Por Tyrone

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Tenham uma boa leitura!]


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O silêncio após o último sopro das chamas cerimoniais que levaram Tyrone ao descanso eterno ecoou por todo o campo de batalha devastado do cinturão de Gaiah. Naquele instante, uma notícia mais rápida e afiada que qualquer espada já rasgava o cosmos, cortando corações em batalhas que aconteciam simultaneamente em várias frentes. Uma única mensagem, breve e dolorosa, transmitida pelo amuleto de transmissão sonora:


“Tyrone caiu.”


Não era preciso dizer mais nada.


Para Ming Xue, ainda envolvida na batalha feroz contra Lucke, a notícia chegou como um soco no estômago, fazendo-a quase vacilar no ataque. Em sua memória, uma imagem tomou forma, forte e vívida: Tyrone, ferido, cansado, mas inabalável, protegendo os civis e soldados durante o ataque do Olho ao Vale da Esperança. Era graças a ele que muitos de seus amigos e familiares ainda estavam vivos. A gratidão que ele sentia por aquele homem que partiu era impossível de ser colocada em palavras.


Ming Xue apertou o punho em torno da espada, como se tentasse quebrá-la, esmagá-la para descarregar a inundação de sentimento que lhe assaltou. Seus olhos ficaram úmidos, mas nenhum choro escapou. Apenas uma promessa silenciosa surgiu em seus lábios trêmulos.


“Você não será esquecido, Tyrone. Juro pela minha espada.”


Em outra parte do cosmos, a notícia chegou até Ming Xiao quase ao mesmo tempo. O rei do Vale da Esperança sentiu o coração apertar-se dentro do peito, como se alguém tivesse arrancado um pedaço dele. Mesmo em combate, um breve instante de fraqueza tomou conta de seus movimentos. A lembrança do guerreiro que defendeu seu reino na sua ausência pesava como uma dívida sagrada. Uma dívida que ele precisava pagar, mas até agora não sabia como.


E, infelizmente, agora era tarde demais.


“Tyrone... você protegeu o Vale como se fosse seu lar. Você honrou o lugar que chamo de meu. Não permitirei que sua morte seja em vão!” Sussurrou Ming Xiao, antes de retomar seu ataque com um vigor multiplicado pela raiva que sentia dos responsáveis por arrancá-lo deles.


Ye Yang, por sua vez, sentiu a perda como se fosse uma punhalada pelas costas. No calor de sua batalha, sua respiração falhou por alguns segundos. Tyrone não era apenas um companheiro ocasional; era alguém com quem ele já havia enfrentado a morte lado a lado. A lembrança da batalha em Turop veio à tona com uma força brutal. Ye Yang cerrou os dentes com tanta força que quase os quebrou, liberando um grito de fúria contra seus inimigos:


“Malditos sejam todos vocês! Por Tyrone e todos os outros, eu os destruirei!”


Mais distante, lutando contra Hanzo, Ragnar também recebeu a notícia. A dor foi profunda e silenciosa. Lutar ao lado de Tyrone contra Murdoc e suas tropas em Turop criou uma ligação de irmandade eterna entre eles. Ragnar jamais esqueceria a coragem do companheiro caído, e mesmo com lágrimas nos olhos, ele sorriu com orgulho ao lembrar dos momentos perigosos, mas únicos que eles passaram juntos.


“Você foi grande, irmão. Um verdadeiro guerreiro até o fim!” Sussurrou Ragnar, empunhando sua lança com um vigor e ódio que cresciam exponencialmente.


Singrid, ocupada em uma luta feroz contra uma célula que resistia com muita força, engoliu em seco ao ouvir a mensagem. Ela havia testemunhado de perto o heroísmo de Tyrone em Turop, quando o guerreiro enfrentou sozinho dezenas de soldados inimigos para proteger civis indefesos. O coração dela acelerou, as mãos tremeram, mas sua energia espiritual brilhou mais intensamente, alimentada por uma raiva digna e uma gratidão infinita:


“Você sempre será um herói para mim, Tyrone. Seu sacrifício não será esquecido.”


Hildeval, ao escutar a notícia, sentiu uma explosão interna de dor e revolta. Seus olhos ardiam, não apenas pela fumaça da batalha, mas por lágrimas que ele não permitia escapar. Em Turop, Tyrone havia sido mais do que um aliado, fora um irmão de armas. Hildeval levantou seu braço com ainda mais força, encarando os inimigos com um ódio que fez sua armadura brilhar como se fosse um vulcão entrando em erupção:


“Eu farei com que todos vocês paguem caro pela vida dele!”


Ali perto, Ryuuji sentiu um vazio imenso ao receber a notícia. Sua respiração se tornou pesada, e um golpe que normalmente desviaria com facilidade, quase o atingiu em cheio. 


Desde a infância, Tyrone fora seu rival e amigo mais próximo. Juntos, na Escola da Espada Polida, eles cresceram e aprenderam o valor da verdadeira amizade em meio à competição saudável.


“Você me deixou cedo demais, irmão…” Ryuuji murmurou com voz embargada, levantando sua espada com uma tristeza que ameaçava quebrá-lo ao meio: “Mas eu prometo, eu viverei por nós dois a partir de hoje!”


Cruz ouviu a mensagem no meio de uma luta e sentiu como se seu coração fosse parar. Tyrone defendera Turop como poucos seriam capazes, e para Cruz, o peso daquela dívida era enorme. Ele fechou os olhos por apenas um segundo, tempo suficiente para agradecer em silêncio:


“Obrigado por tudo, Tyrone. Sua coragem viverá dentro de mim.”


Kyon recebeu a notícia quase como um golpe físico. A dor cortante atravessou seu peito, lembrando-o vividamente do companheirismo vivido na batalha contra as forças de Murdoc em Turop. Tyrone era alguém que merecia viver para ver a paz pela qual tanto lutaram. Contudo, o destino, infelizmente, não quis que fosse assim.


Ele não se tornou um espectador, como Kyon deseja, mas, sim, um mártir que ninguém queria que ele fosse.


“Malditos sejam aqueles que tiraram você de nós.” Kyon sussurrou, preparando seu próximo ataque com muita fúria.


Gu Ren, ao receber a notícia, sentiu uma profunda gratidão misturada com amargura. Tyrone salvou seu lar, o Vale da Esperança, protegendo toda sua família. Aquela perda era imensa, e Gu Ren prometeu, dentro de si, fazer valer cada gota de sangue derramada pelo guerreiro caído:


“Você se foi protegendo o que eu mais amo. Sua coragem jamais será esquecida.”


Joster recebeu a notícia com um soco na alma. Ele também lutou ao lado de Tyrone em Turop, conhecia a bravura e o talento do guerreiro que agora havia partido. O peso da perda quase o fez vacilar, mas sua determinação prevaleceu sobre a dor, e ele jurou em silêncio:


“Sua luta acabou, irmão. Agora é minha vez de carregar sua memória adiante e proteger todos.”


Para Gins, o sentimento era estranho, porém profundo. Eles não eram próximos, mas o Vale da Esperança era o seu segundo lar, e Tyrone o havia protegido até o fim. A notícia pesou em seu coração com uma melancolia amarga, algo que gerou uma certa confusão, mas que prevaleceu a tristeza, principalmente pelos seus amigos que conheciam e lutaram ao lado de Tyrone:


“Que sua alma encontre paz, Tyrone. Você sempre será honrado por nós.”


Jaha sentiu o mesmo aperto doloroso no peito que seu irmão Gins. Tyrone não era alguém próximo, mas sua coragem e sacrifício significavam muito para aqueles que chamavam o Vale da Esperança de lar.


“Descanse em paz, guerreiro. Sua luta terminou!” Sussurrou Jaha.


Em todos os pontos, cada um deles sentiu a perda de maneira profunda e verdadeira, uma dor que queimava como brasas ardentes em seus corações e que nunca seria completamente apagada.


Contudo, para alguns a dor foi maior, e dentre eles, o que mais sofreu foi o Diretor Silver…


Em plena batalha contra os asseclas do Olho, o Diretor Silver parou por um instante.


Um instante apenas. Mas, para um homem como ele, um instante bastava.


A lâmina em sua mão ainda vibrava pela última colisão, seu corpo ainda pulsava com energia espiritual e raiva contida… mas nada daquilo importava quando a voz atravessou os canais de comunicação internos e disse, seca e irrevogável:


“Tyrone… caiu.”


Silver não respondeu. Nem emitiu som algum.


Ele apenas parou.


O universo ao redor parecia tremer, mas não pela batalha, era a estrutura emocional de um mestre desabando por dentro.


Tyrone…


O nome girou dentro de sua mente como uma lâmina sem controle, cortando cada lembrança, cada ensinamento, cada momento compartilhado naquele inferno sem fim chamado Singularidade.


Ele lembrava do garoto que carregava peso demais nos ombros e ainda assim sorria com a cabeça erguida. Lembrava da disciplina inquebrável, da coragem insolente, da raiva honesta que o fazia mais forte a cada queda.


Lembrava do aluno.


Depois, do irmão de armas.


E por fim… do homem que o superou.


“Ele morreu em batalha…” Murmurou Silver para si mesmo, com a voz tão grave que pareceu fazer o ar ao seu redor vibrar: “Como um verdadeiro guerreiro.”


A emoção subiu como um calor sufocante pela garganta, e ele quase perdeu o controle.


Mas não.


Ele não permitiria.


Não ali.


Não agora.


Ele era o Diretor Silver. O velho lobo que ensinou a centenas, talvez milhares… mas que só teve um verdadeiro herdeiro de sua vontade… 


Tyrone.


Os dedos de Silver se fecharam com tanta força em torno da empunhadura da espada que sangue começou a escorrer, mas ele sequer notou. Em sua mente, as cenas da batalha de Turop ressurgiram como fantasmas: ele e Tyrone, lado a lado, defendendo uma linha que parecia impossível de manter. E, mesmo ali, quando tudo parecia perdido, Tyrone sorria como se fosse capaz de sustentar o mundo nos ombros.


Depois, veio o ataque ao Vale da Esperança. E novamente, Tyrone estava lá. Não porque era obrigado. Mas porque era isso que ele fazia. Protegia.


“Você foi mais do que meu aluno… você foi meu orgulho.”


A frase escapou entre os dentes cerrados do velho homem. Era uma confissão que nunca havia dito em voz alta, nem para Tyrone, nem para ninguém.


E agora era tarde demais.


Silver não chorou.


Mas seus olhos brilhavam com uma umidade difícil de ignorar.


O guerreiro que enfrentava à sua frente hesitou ao ver o semblante do homem mudar, como se algo dentro dele estivesse sendo rasgado de forma irreversível.


E, quando o silêncio acabou, o velho mestre falou:


“Vocês tiraram de mim… o melhor de nós.”


Então, ele se moveu.


Como uma tempestade viva. A ira encarnada.


Não com pressa, mas com precisão e brutalidade absolutas.


Cada passo, cada golpe, era uma homenagem. Não havia espaço para misericórdia, não havia espaço para perdoar.


A fúria de Silver não era como a de um jovem em busca de vingança.


Era a de um pai que perdeu um filho.


Que viu, com olhos próprios, o discípulo se tornar luz… para depois ser apagado pelas trevas.


“Você morreu lutando como eu te ensinei, Tyrone. Agora, eu lutarei… como você me ensinou a continuar vivendo.”


Silver ergueu os olhos para o céu.


Ali, na vastidão estrelada, nenhum sinal do discípulo restava. Nenhuma voz, nenhuma presença espiritual, nenhum adeus.


Mas o diretor não precisava disso.


Ele conhecia bem aquele garoto. Sabia que ele jamais teria recuado. Sabia que sua morte foi digna.


E, por isso, mesmo com o peito em ruínas, ele sorriu de novo.


Um sorriso amargo, carregado de cicatrizes.


E, então, ele gritou para o céu, não como lamento, mas como guerra:


“Este universo ainda vai lembrar o nome dele! Vão lembrar de Tyrone!”


Porque para Silver, havia um único destino aceitável para um discípulo de verdade… Tornar-se eterno na memória dos que seguem vivos.


E Tyrone…


Tyrone havia conseguido.


Aquele nome ecoou por cada frente de batalha, tornando-se um símbolo de resistência e bravura. 


Em vez de baixar a moral das tropas, uma promessa percorreu todos eles naquele instante: seu sacrifício jamais seria esquecido. E, no final de tudo, cada guerreiro levantou sua arma o mais alto que podia, gritando em uníssono a única homenagem que podiam prestar naquele momento:


“POR TYRONE!”


Porque, mesmo que cada um estivesse distante, eles estavam unidos pela dor e pela promessa de continuar lutando.


Unidos pela memória do guerreiro que caiu, mas que permaneceria eterno em seus corações.




O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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