Capítulo UHL 1035 - Pessoal
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O silêncio que se seguiu ao massacre cometido por Ryuuji ecoou distante, atravessando as infinitas linhas que separavam as diversas frentes de batalha. Em meio ao caos generalizado que se espalhava pelas estrelas, outros olhos observavam atentos, planejando seu próximo movimento.
Nos limites mais distantes do conflito, isolados, Amin, Rachid e Samir permaneciam imóveis em seu refúgio sinistro, envoltos pela aura sobrenatural que emanava do Domínio da Miragem Eterna.
O artefato que eles roubaram dos deuses pulsava lentamente, emitindo uma luz pálida e espectral que lançava sombras alongadas sobre os três irmãos, como se reagisse ao humor deles.
Eles estavam calados há horas, testemunhando mentalmente as derrotas, sentindo cada perda de agentes e bases em tempo real, através da conexão espiritual que compartilhavam. E o pior de tudo é que seus rostos não demonstravam raiva ou desespero; apenas um vazio frio e calculista, típico daqueles que sempre agiram acima de sentimentos humanos comuns.
"A perda foi imensa desta vez…" Comentou Rachid, sem expressão. Sua voz parecia arrastar-se, ecoando na parede do refúgio como se ele nem estivesse mais lá.
"Sim." Respondeu Samir, igualmente indiferente: "Eles vieram com tudo o que tinham, sabendo exatamente onde atacar. E Yang Yin e Yang Fen fizeram um bom trabalho no primeiro serviço deles a nosso comando, mas Tyrone… deu mais trabalho do que prevíamos. E a morte dele pode gerar uma cascata de novas derrotas."
“Ele não pode se tornar um mártir, porque mártires levantam a moral, em vez de baixá-la.”
Amin, que sempre fora o mais incisivo dos irmãos, deixou um leve sorriso aparecer em seu rosto. Não era um sorriso amigável ou de divertimento, mas o sorriso perverso daquele que via uma oportunidade rara para revidar à altura.
"Então… Que matemos mais deles e o transformemos em apenas mais um que morreu na luta inútil deles.” Amin sugeriu.
“Eles acreditam que venceram. Que o Olho se tornou fraco por alguns golpes bem-sucedidos." Ele então prosseguiu, com seus olhos brilhando de forma sinistra: "Mas se esqueceram de que também somos capazes de responder com a mesma força."
Rachid cruzou os braços, ainda envolvido pela aura fantasmagórica que o cercava. Seus dedos tocaram o artefato suavemente, sentindo a textura fria e perturbadora do Domínio da Miragem Eterna. O objeto havia sido a grande arma daqueles três grande arma durante séculos, permitindo-lhes observar, planejar e destruir sem serem notados.
"Está na hora de revidarmos diretamente…" Ele acrescentou, olhando para os irmãos: "Chega de deixar o sangue do Olho correr sem punição."
Samir concordou silenciosamente, enquanto Amin estendia sua mão e tocava o artefato. A energia dele se conectou com o Domínio da Miragem Eterna, e a dimensão ao redor deles pareceu se expandir, engolindo todo o espaço.
"Dê a ordem para o último membro da Tríade agir. Ele está aguardando há muito tempo." Amin pediu a Rachid, com uma voz fria e decidida, antes de dizer: "Mas desta vez não ficaremos apenas observando. Desta vez… nós também vamos atacar diretamente."
Samir ergueu uma sobrancelha, surpreso com a decisão do irmão: "Você tem certeza disso, Amin? Não temos atuado juntos diretamente desde Kaos e Vale da Esperança."
Amin sorriu novamente, desta vez com uma malícia ainda mais evidente, e respondeu: "Exatamente por isso. Eles precisam lembrar do que somos capazes. Zao Tian, Drake e o grupinho deles pensam depois da última luta estão livres para atacar nossas bases impunemente. Eles se esqueceram do que houve com aquela puta, e precisam ser lembrados de que há um preço alto demais para se pagar quando se mexe conosco."
Rachid, por sua vez, assentiu lentamente, também tocando o Domínio da Miragem Eterna. Rapidamente, os três irmãos começaram a brilhar suavemente enquanto eram absorvidos completamente pela dimensão paralela. Ali dentro, eles eram intocáveis, invisíveis a qualquer percepção comum. Podiam se mover livremente, planejando cuidadosamente o ponto de entrada para o próximo golpe decisivo.
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Enquanto isso, na frente de batalha conhecida como Setor Gris, Drake coordenava as tropas com uma eficiência impecável. Seus comandos eram rápidos e precisos, permitindo que cada soldado sob sua liderança agisse com o máximo de eficácia. Sua alabarda negra, uma arma que parecia feita da própria essência da escuridão, repousava em suas mãos com a promessa explícita de morte imediata para quem ousasse se aproximar.
Foi então que ele sentiu uma vibração estranha no corpo, um arrepio que percorreu sua coluna da base à cabeça. Era algo sutil, quase impossível de perceber. Contudo, Drake parou por um segundo, estreitando os olhos em direção ao horizonte nebuloso que cercava aquele setor.
Algo estava errado. Muito errado.
"Senhor?" Vendo o seu comandante daquele jeito, um dos oficiais próximos perguntou, percebendo a agitação incomum de Drake.
Drake não respondeu imediatamente, pois ele ainda estava analisando a atmosfera ao redor.
Não dava para ver claramente, mas a escuridão parecia mais densa, como se o próprio espaço estivesse sendo comprimido por algo invisível.
"Preparem-se… algo está vindo." De repente, Drake alertou, com uma certa urgência em seu tom.
Não havia certeza, mas também não havia tempo para especulações. Seus instintos gritavam perigo. E quando alguém com a experiência dele sente isso, é melhor confiar.
*Whoooooooooooooooom…* Um segundo depois, sem que a ordem sequer pudesse chegar a todos, o ar à sua frente tremeu e se distorceu violentamente.
Soldados próximos mal tiveram tempo de reagir antes que a Trindade surgisse subitamente diante deles, emergindo da dimensão paralela como se atravessassem uma cortina invisível. Amin, Rachid e Samir estavam juntos, e seus olhares eram de uma frieza que Drake jamais esquecera desde a última vez que os viu.
*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*
Sem palavras, sem discursos ou provocações, a Trindade moveu-se imediatamente após sua chegada. Amin ergueu a mão direita, fazendo com que uma explosão de chamas atravessassem o espaço à sua frente.
Em um piscar de olhos, o fogo engoliu tudo o que os olhos conseguiam enxergar, e os soldados foram reduzidos a pedaços e cinzas instantaneamente, com seus corpos destroçados como se fossem feitos de papel, espalhando sangue, cinzas e pedaços pelo campo de batalha.
Rachid, mirando a outra extremidade do triângulo que eles formavam, usou sua energia venenosa, lançando-a como um vapor mortal que se espalhava rápido demais para ser evitado. Aqueles que respiravam ou apenas tocavam aquele gás corrosivo caíam gritando, com suas peles e carne derretendo rapidamente até se tornarem esqueletos fumegantes, despidos de vida em segundos.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*
Samir, por sua vez, agia com uma crueldade mais prazerosa, porém não menos letal. Com um movimento de uma das suas mãos, ele disparou uma onda de choque de ar comprimido tão forte que estraçalhou soldados como se fossem brinquedos de plástico.
Aqueles homens e mulheres não tiveram tempo nem de gritar, e, se gritaram, o som de suas vozes foi carregado com o vento, ecoando do outro lado do planeta, junto com o estrondo daquele ataque.
Tudo aquilo acontecia tão rápido que Drake mal conseguia acreditar no que via. Seus homens foram dizimados ao seu redor sem chance alguma de resistência.
Ninguém conseguiu sequer perceber as chegadas daqueles três, nem mesmo Drake, que, apesar de seu instinto, não sabia que algo tão calamitoso se aproximava.
Imediatamente após ver aquilo acontecer, sem ter tempo de reagir para ajudar os seus soldados, sua alabarda escura chacoalhou em suas mãos, como se implorasse para reagir imediatamente. Mas Drake ainda não se movia. Não era covardia, era pelo choque de ter sido pego tão de surpresa. Ele já havia enfrentado inimigos poderosos antes. Até mesmo Rachid e Samir, juntos, mas nunca havia testemunhado os três irmãos da Trindade lutando em conjunto, com tanta força e propósito.
"Recuem!" O momento de sua hesitação durou pouco, e assim que se recuperou, Drake gritou, finalmente reagindo, tentando salvar pelo menos alguns soldados daquela chacina anunciada.
Mas a Trindade não daria espaço para fuga.
Amin, Rachid e Samir se moveram, juntos, cada um para uma direção, avançando com violência absoluta, acelerando sobre o rastro de corpos e destruição que deixavam para trás. Não havia dúvidas ou hesitações em seus movimentos. Eles estavam ali para dar um recado claro a Drake e, acima de tudo, a Zao Tian e a todos que desafiaram o Olho naquele dia.
Eles estavam ali para cobrar a dívida em sangue. Para dar o troco pelo que receberam.
Drake apertou com força a alabarda, preparando-se para o inevitável confronto e tentando decidir quem ele atacaria, pois ele era um só, e sabendo que aquele momento era decisivo, qualquer um que ele escolhesse, ganharia tempo para que os outros continuassem matando.
Longe, massacrando homens e mulheres com as próprias mãos, Amin percebeu o olhar do comandante e sorriu friamente, interrompendo momentaneamente o massacre para encará-lo diretamente.
"Você entende agora, Drake?" Ele perguntou, com uma voz baixa e gélida: "Você se esqueceu do que aconteceu com aquela puta, mas esse é o preço pela sua ousadia. Você, Zao Tian e toda Decarius vão aprender que nenhuma ação contra nós ficará sem resposta."
Ao terminar suas palavras, Amin ergueu novamente a mão, e o Domínio da Miragem Eterna brilhou intensamente, trazendo-os de volta à dimensão paralela, onde eram intocáveis.
Os três irmãos desapareceram bem ali, diante dos olhos perplexos de Drake.
Mas ele sabia que aquilo não era uma fuga. Era apenas o início.
A Trindade havia escolhido atacar aquele lugar. Atacar ele. E desta vez, estavam decididos a não deixar pedra sobre pedra.
Sabendo o que estava por vir, Drake ergueu sua alabarda, posicionando-se, porque que agora, mais do que nunca, ele precisaria lutar com tudo o que tinha para sobreviver e, talvez, só talvez, proteger aqueles que confiavam nele.
Porque naquele dia, o Olho começou a mostrar que o preço da guerra contra eles não era pago apenas pelos inimigos, mas por todos aqueles que ousassem ficar no seu caminho. E a Trindade não faria prisioneiros, não mostraria misericórdia. Eles nunca fizeram isso.
Sem ser atacado, ainda, mas entendendo que o momento chegaria tão rápido quanto a luz de um raio, Drake respirou fundo, e a escuridão da alabarda vibrou ao redor dele, preparando-se para enfrentar o inevitável confronto.
Samir, Rachid e Amin estavam ali para dar um recado, para cobrar um preço, mas… Eles também estavam ali para resolver questões inacabadas. A batalha de Kaos e do Vale da Esperança ressurgiu naquele dia.
E a batalha, agora, era pessoal.
