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Capítulo UHL 1037 - Até o Fim 2

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Tenham uma boa leitura!]


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Depois de algum tempo de uma batalha simplesmente incrível, a escuridão de Setor Gris já não era apenas o vazio entre as estrelas… era agora o palco principal de uma guerra cósmica que distorcia o tecido da realidade. 


Agora, por todos os lados, não havia mais chão, céu ou direção. Havia apenas o caos.


Lutando com unhas e dentes e sem a expectativa de qualquer reforço, Drake avançava contra os irmãos como um cometa sombrio, com sua alabarda agindo como se fosse o centro de gravidade de todo o seu ódio e vontade de eliminar aquelas três pragas. àquela altura da luta, ele não era mais um homem. Era a colisão de um ideal contra a deformidade absoluta que a Trindade havia se tornado.


A cada golpe trocado entre eles, o espaço ao redor se estilhaçava como vidro. Cada troca de ataques, por mais fraca e rápida que fosse, era uma violação da própria física. 


Do outro lado da luta, Amin, Rachid e Samir já não eram três oponentes… Eles eram como as encarnações de elementos primordiais: destruição, perversidade e precisão. Juntos, eles orbitavam Drake como predadores em um balé de carnificina. Cercando-o, encurralando-o e machucando-o, principalmente.


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash*


No meio de todo aquele caos e da angustiante luta pela sobrevivência de um General que, mesmo que quisesse, não poderia recuar, porque seus adversários não deixariam isso acontecer, a alabarda de Drake colidiu com um escudo de gelo conjurado por Amin. O impacto foi tão intenso que criou uma onda gravitacional que atravessou três luas próximas, destruindo-as em sequência, como se fossem pedaços de argila. Drake, entretanto, sequer teve tempo de respirar, porque Samir o atingiu com um soco coberto por uma rocha viva que se adaptava à resistência do inimigo.


O golpe foi tão forte que o ar de todo o setor pareceu parar por um segundo. O corpo de Drake voou como um meteoro invertido, arrastando-se por centenas de quilômetros no vácuo, cortando asteroides e perfurando satélites. Ao fim, ele parou, mas não por escolha própria.


Drake parou, porque foi atingido, pelas costas, por um soco potente de Rachid.


Ele foi arremessado na direção contrária e tossiu sangue. Muito sangue. Mas não se dobrou os joelhos. Nem recuou.


Ainda não.


Com um único pensamento, a alabarda retornou para sua mão como se fosse puxada por uma ordem superior. Depois, um anel negro de energia se formou ao seu redor, e pela primeira vez, os três irmãos hesitaram em avançar.


*Whoooooooooooooooooooom.*.


A Trindade estava brincando com sua presa. Machucando Drake lentamente, para minar seu orgulho, suas esperanças e ver seu olhar firme ser quebrado enquanto a realidade o engolia para o abismo onde ele se encontrava. Contudo, ele não se deixou quebrar, e a escuridão ao redor de Drake explodiu para dentro. 


Ele não a espalhava, ele a absorvia. Cada fóton, cada vibração, cada ruído convergiu para ele. O silêncio mais profundo que se pode existir tomou conta de Setor Gris, um silêncio que não era natural, mas forçado, absoluto.


Então, Drake ergueu a arma acima da cabeça. Os olhos dele sangravam, as mãos tremiam, as veias estavam prestes a se romper… Mas ele resistia e lutava como se fosse capaz de vencer ou pelo menos matar um dos três irmãos.


"Abyssus..." Ele murmurou, como se invocasse algo que não devia existir.


*Whoooooooooooooooooooooooooooooom…*


Bem diante dos olhos dos irmãos, a alabarda se dissolveu em puro vazio. Um vazio que sequer refletia luz, um pedaço do nada mais absoluto. 


Depois… ele a arremessou…


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*


O impacto daquele ataque não veio como um raio, mas como o colapso de uma estrela.


A esfera que continha os três irmãos desapareceu por um momento. As luzes de qualquer estrela próxima simplesmente deixaram de brilhar. A existência ao redor daquele ponto foi… simplesmente negada.


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*


Três planetas inteiros viraram poeira cósmica em segundos. Contudo, eles não explodiram. Eles, primeiro, implodiram, antes de ejetar toda a massa deles para direções distintas, na forma de jatos de poeira, densos e extremamente rápidos.


Após um ataque tão massivo e devastador, Drake dobrou os joelhos.


Não havia mais nada ao redor dele. Ele simplesmente acabou com tudo.


E ali, sem conseguir enxergar nada além de morte, seu corpo estava quebrado, mas ele ainda respirava. Não por teimosia. Mas por convicção.


“Eles... morreram?” Drake murmurou uma pergunta. Aquele ataque foi uma de suas cartas na manga, e, por isso, ele se agarrava a esperança de ter surpreendido os três.


Por alguns segundos, tudo continuou em silêncio, mas… A resposta que ele recebeu veio na forma de uma gargalhada seca de três vozes, em uníssono.


“Não…” Samir, então, respondeu, surgindo por trás de Drake.


*Splaaaaaaaaaaaaaaaash…*


Drake girou a tempo de se defender de uma lâmina de cristal que perfuraria sua espinha. Ele até conseguiu desviar, mas o corte foi feito, um golpe profundo no abdômen. 


Uma grande quantidade de sangue começou a vazar de seu abdômen, sendo carregado pelo espaço, que parecia um vampiro querendo mais.


Enquanto Drake sentia a dor chegar ao seu cérebro, Amin surgiu pelo alto, com os punhos envolvidos em relâmpagos. 


"Está cansado? Nós também. Mas sabe qual é a diferença?"


*Baraaaaaaaaaaaaaaaaaaaum…*


Enquanto Amin falava, o golpe caiu como o punho de um deus raivoso. A armadura de Drake rachou com o impacto. Seu peito afundou. Mas ele resistiu.


"A diferença..." Drake respondeu, com a voz trêmula: "É que eu ainda luto sozinho."


Enquanto Drake tentava se consolar com aquela resposta, Rachis, sem compromisso algum com uma luta honrada ou justa, apareceu embaixo dele. 


*Whoooooooooooooooooooooooooooooom…*


Um campo gravitacional absoluto foi invocado. Drake não caiu. Ele travou, com o corpo esmagado pela própria densidade. 


*Crack. Crack. Crack…


Seus ossos estalavam. Seus olhos quase saltaram das órbitas. 


Drake conseguia escutar cada som que seu corpo emitia e o sangue agitado tentando encontrar saídas pelo corpo que parecia não comportá-lo mais.


As coisas estavam feias… Apenas o cabo da alabarda, quase irreconhecível agora, o manteve de pé.


Por um momento, o tempo pareceu desacelerar. Não para a Trindade, nem para Drake em si, mas sua percepção estava diferente…


Drake via tudo. Via o passado, os rostos dos que confiavam nele. Dos que morreram por ele. Dos que ele não conseguiu salvar. Ele viu seus sonhos e arrependimentos.


Tudo passava diante dos seus olhos como um filme… uma biografia de alguém que estava partindo e relembrava sua história, tentando encontrar uma forma de se redimir, mesmo não tendo mais tempo.


Aquilo, durou uma eternidade, mas foi o tempo de meros segundos para a Trindade… e foi então que ele gritou. Um grito que não veio da garganta, mas da alma. Um grito que reverberou por todo o Setor Gris. Que chegou até a borda de outras galáxias. Que fez a própria Trindade recuar por um segundo.


*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*


Uma fúria condensada em forma de uma explosão gravitacional escura varreu a área. Tudo foi empurrado para longe. Asteroides, destroços, até as distorções espaciais.


Aquilo era a recusa de Drake a morrer. A não aceitação de seu destino, por mais inevitável que fosse.


Como um zumbi, Drake endireitou-se, se é que aquilo podia ser considerado isso. Os braços e pernas dele pendiam, moles, fracos, flácidos, mas seus olhos ainda ardiam com o apego à vida.


Ele deu um passo no vazio. 


Sangue jorrou. Ossos quebrados perfuraram músculos. O rosto dele estava desfigurado. Mas ele continuou.


E a Trindade… por um momento… recuou.


“Por que você não desiste?!” Perguntou Amin, irritado pela persistência absurda.


Drake, com um sorriso ensanguentado e os dentes quase quebrados, respondeu:

“Porque vocês ainda estão vivos.”


*Swooooooooooooosh.*


Ele saltou uma última vez contra os irmãos. A arma dele foi envolvida por tudo o que restava dele. Energia vital. Energia espiritual. Carne. Alma.


Rachid tentou bloquear. Samir tentou erguer uma muralha. Amin preparava outro raio.


Mas não foi suficiente.


A lâmina de Drake passou por todos os bloqueios.


A Trindade viu ele avançar como uma fera em seus últimos suspiros. Desesperado e sem se dar ao luxo de voltar atrás.


Havia aberturas em múltiplos pontos de sua postura, mas, ainda assim, a Trindade hesitou em explorá-los. Porque Drake não parecia mais um humano. 


Ele era como um espírito, ou, na melhor das hipóteses, um cadáver ambulante que ainda não percebeu que tinha morrido.


Durante o avanço de Drake, a Trindade quase recuou para o Domínio da Miragem Eterna. Eles realmente se sentiram ameaçados. Mas…


A lâmina, de repente, parou. O portador dela… congelou no espaço, a alguns metros deles.


Rachid, Amin e Samir viram, de frente, Drake travar como uma fotografia. Sua alabarda estava esticada, apontada para eles, mas seu avanço cessou. Seus olhos, com um último fio de vida, ainda os encaravam. Seu espírito lutava para controlar um corpo que não respondia mais às suas ordens.


Drake estava preso por uma força invisível. Algo que não partia da Trindade ou dele próprio. Era como se a mão da morte o segurasse enquanto ele lutava para se manter naquele corpo.


Ele via, escutava, sentia… Mas não conseguia sair daquela prisão angustiante que não deixava-o controlar o corpo que há pouco era dele.


Por alguns segundos, tudo ficou em silêncio. A própria Trindade se calou. E observou o General que ainda trava um cabo de guerra contra a morte.


Contudo, depois de entenderem a realidade, eles riram. 


De forma cruel.


Debochada.


Perturbadora.


A Trindade comemorou a frustração de Drake com provocações e sorrisos irritantes, como se tentassem tirar dele qualquer conquista ou relevância. Tratando-o como nada além de mais uma inevitável vítima que, assim como as outras, terminaram assim… Impotentes… Vulneráveis… À mercê de seus caprichos e vontades.


“Haha. Drake… O General que quase parou o fim do mundo…” Externalizando aquele deboche com palavras, Samir riu do seu adversário, olhando nos olhos dele enquanto zombava de sua luta e esforço, e, então, finalizou: “Termina aqui!”



O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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