Capítulo UHL 1042 - Cerco 2
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Tenham uma boa leitura!]
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O silêncio que se formou após o golpe final de Zao Tian foi breve.
Brevíssimo.
Porque, mesmo com o corpo retorcido e despedaçado, mesmo com a flor murchando no centro do peito como uma cicatriz viva, Amin *voltou*.
Sua respiração falhou apenas por um instante… e então o mundo gritou novamente.
*Krrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr…*
Era o som de ossos realinhando, carne se recompondo e energia explodindo de dentro para fora. Os olhos dele, antes esmaecidos, reacenderam com uma luz púrpura intensa, e sua boca escancarou em um urro de dor e retorno.
Uma Pílula do Regresso.
Rara.
Antinatural.
Imoral.
A estrutura de Amin se reconstruiu com um brilho doentio, como se a própria realidade estivesse sendo obrigada a aceitar de volta um corpo que já havia sido recusado.
A flor em seu peito desapareceu.
E o coração dele… batia de novo.
"Desgraçado…" Ele sussurrou, cuspindo sangue enquanto se erguia com esforço, com o olhar febril já girando em busca dos irmãos.
A decisão em seus olhos era clara.
Fuga.
Eles haviam perdido o controle. E para a Trindade… não havia derrota mais amarga. Não havia um cenário pior.
Amin tocou o peito, ativando o que parecia um espelho líquido preso ao osso esterno. Era o núcleo do Domínio da Miragem Eterna. Um orbe vivo, um artefato sem igual… que tremeluziu e abriu fendas nas bordas da realidade, como rachaduras em vidro celestial.
"Vamos sair daqui!" Ele rugiu, avisando e convocando seus irmãos.
Rachid e Samir responderam de imediato. Eles correram na direção do irmão.
Mas Zao Tian também fez isso.
"Não."
Foi a única palavra dita por ele.
E com o cair daquela palavra, o espaço que os separava… evaporou.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*
Zao Tian avançou como um traço de luz cortante, cortando não apenas o espaço físico, mas o tempo de reação. Amin mal teve tempo de estender a mão antes de uma foice descer contra ela.
*Woosh.*
A foice, que buscava dividir Amin e sua mão ao meio, foi desviada por pouco por um reflexo desesperado de Samir.
*Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*
Uma espada colidiu contra a foice, e a energia da colisão lançou faíscas por toda parte.
Junto a isso, a primeira fenda de fuga se abriu atrás de Rachid, e Amin agarrou seu ombro.
"Um já basta, por enquanto!" Amin pensou, puxando o irmão como quem arranca um corpo da beira da morte.
Mas Zao Tian não deixou barato.
*Vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuup…*
Ele girou no vácuo e arremessou a foice com violência contra a fenda, cortando a ligação iminente entre os dois. Rachid passou, e desapareceu.
Amin, preso do lado de cá, cambaleou com o braço estendido no vazio.
*Aaaaaaaaaaaaaaargh…*
O grito dele se perdeu no estrondo que veio em seguida.
Cruz havia se movido.
O bastão de escuridão em suas mãos se alargou como um chicote gravitacional e explodiu em uma espiral negra contra o peito de Amin, forçando-o a recuar com um salto instintivo.
Mas ele desapareceu no meio do salto.
Logo em seguida, Amin reapareceu… atrás de Samir.
"Vai!" Ele gritou, tentando tocá-lo nas costas.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash..*
Mas uma sombra caiu entre eles. Literalmente.
Shara’Kala.
Ela caiu como um cometa moldado em músculo e metal, girando o machado de cima para baixo, dividindo o espaço com um golpe que fez Samir gritar de susto e se afastar, e Amin recuar por reflexo de morte.
"NINGUÉM VAI A LUGAR NENHUM!" A Khan rugiu.
Amin, sem pestanejar, sumiu de novo.
Enquanto isso acontecia, o espaço ao redor daquela luta estava começando a se romper com tantas trocas dimensionais. Fragmentos da realidade tremeluziam, como se estivessem sendo sugados para dentro de buracos de espelho. Era como lutar dentro de um prisma instável.
"Ali!" Depois de alguns segundos sem ver Amin, Cruz gritou, apontando.
Amin surgia a poucos metros, próximo de Samir.
Era como se ele abrisse janelas pela realidade, e assim, sua mão tocava o ar, tentando solidificar a ponte entre os dois, mas o bastão de Cruz voou em um lançamento de antimatéria, que foi jogado em linha reta.
*Whooooooooooooooooooooooooooooom… Booooooooooooooooooooom…*
O Bastão parou a centímetros dos pés de Amin, antes de uma explosão de aniquilações em cadeia começasse.
Ele sumiu de novo, reaparecendo a dez metros acima, flutuando como uma mosca presa em teia.
Zao Tian estava esperando.
"Muito lento." Ele sussurrou.
A foice subiu com brutalidade.
*Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*
Ela colidiu com o Domínio da Miragem Eterna, agora parcialmente exposto sobre o peito de Amin, rachando o orbe como uma gema viva que gritou em som agudo e sobrenatural.
"AAAAARGH!" Amin cuspiu um jato de sangue e foi arremessado para trás, voltando a desaparecer.
Samir tentou usar a brecha.
Gritou o nome do irmão.
Tentou puxá-lo com os fragmentos de rocha negra que controlava, estendendo-os como ganchos… mas foi atingido por trás por Shara’Kala.
"Boooooooooooooooooooooooooooooom…"
O punho da Khan esmagou as costas dele com força suficiente para rachá-las. Samir girou no ar, cambaleando, vendo estrelas, tentando clamar por Amin… mas este ainda sumia e reaparecia como um glitch divino entre mundos.
Era impossível saber onde ele estava.
Mas era fácil saber o que ele queria.
"Falta UM!" Ele gritava em pensamento, "Só preciso levar o último, e… SUMIR!"
Ele apareceu novamente, agora vindo por baixo. Tocou o pé de Samir. E a fenda abriu-se.
"NÃO!"
Zao Tian chegou a tempo. Uma corrente de luz cortou o contato como um laço, isolando Samir do toque final.
A fenda fechou quase instantaneamente.
Amin foi lançado para o lado como se tivesse batido em um escudo invisível. O Domínio da Miragem Eterna em seu peito pulsava como um coração morrendo. Como se estivesse ficando cansando de ser usado tantas vezes em sequência.
"Maldição!" Amin xingava, enquanto Samir fazia de tudo para se afastar dos três inimigos e finalmente conseguir ser resgatado pelo seu irmão.
Cruz aproveitou aquele momento muito bem.
O bastão em sua mão virou martelo.
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*
Quando apareceu de novo, Amin foi lançado contra os escombros de um asteroide, atravessando três rochas antes de parar, arfando, com o corpo quase em colapso.
Mas ele não desistiu.
Reapareceu mais uma vez.
Dessa vez, ele tentou um movimento arriscado, tocou simultaneamente duas superfícies: uma mancha de sangue deixada por Samir e uma fenda aberta com Rachid do outro lado.
Ele tentou puxar os dois.
"AGORA!" Ele gritou, ativando o artefato com força máxima.
A fenda abriu-se, do jeito que ele queria, mas…
"Não vai." Disse Zao Tian, surgindo como um espelho de luz pura.
Ele enfiou a foice direto na conexão da dimensão paralela com o mundo real, selando a borda com um giro completo, como se costurasse os dois mundos com sua lâmina.
*Ssssshrack.*
A fenda estourou. Fragmentos de realidade, como um espelho estilhaçado, se dispersaram como partículas cortantes, perfurando até o espaço em volta.
Amin foi jogado para trás, gritando, cuspindo sangue. O Domínio da Miragem Eterna em seu peito tremia, cada vez mais instável.
Do outro lado da dimensão paralela, Rachid sentiu o impacto como se tivesse sido chutado pelo próprio universo. Ele cambaleou, olhou para a superfície ondulante da realidade e estendeu a mão.
"Eu vou*buscá-los…" Ele murmurou, quase em desespero.
E assim ele fez.
Rachid forçou uma brecha com a própria carne. Os músculos de seus braços se rasgaram ao tentar romper o tecido entre os mundos. Ele puxava o espaço com os dedos, como quem arranca véus da realidade. O sangue escorria com vontade, mas a fenda se abriu.
Por ela, ele viu Samir sendo empurrado por uma torrente de ataques de Shara’Kala.
"Samir!" Rachid urrou, atravessando a fenda.
Do lado de cá, Cruz percebeu.
"Ele voltou!"
Zao Tian avançou diretamente contra Rachid, mas Amin já estava se movendo.
Agora, os três irmãos estavam quase juntos outra vez.
Rachid segurou Samir pelos ombros, tentando arrastá-lo. Amin cambaleou e avançou, fazendo a mão tremer ao tocar a superfície da fenda que os ligava à dimensão paralela.
Mas… Mis uma vez, Zao Tian chegou primeiro.
*Claaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*
Com um giro horizontal, a foice ricocheteou na fenda, fazendo o chão se contorcer. A fenda se fechou parcialmente, prendendo o braço de Rachid no meio, enquanto Samir gritava, com metade do corpo para fora, metade dentro.
Amin rugiu, com sua pele rachando com o uso excessivo do artefato.
Ele desapareceu mais uma vez.
Quando reapareceu atrás de Rachid, Amin cravou a mão nas costas dele e o empurrou com brutalidade.
O braço se soltou da fenda, e a rachadura voltou a se abrir.
Samir caiu para trás, com os olhos fechados de dor, mas dentro da fenda agora.
"Um…!" Amin arfava: "Falta… um!"
No meio daquela confusão entre dimensões, Rachid recuou. Mas ele não queria fugir.
Ele queria lutar.
Ele encarou Zao Tian com ódio, com a mandíbula trincando, e disse: "Você nunca vai entender… Nós… não somos três… Somos um só."
Quando Rachid terminou de falar, Cruz tentou impedir sua fuga.
Ele disparou um jato de antimatéria como uma lança luminosa. Mas Amin, que já havia antecipado o movimento, puxou o irmão para baixo.
A lança cortou parte do ombro de Rachid, mas a dor só o fez gritar de volta com raiva.
"VOLTA, RACHID!" Samir bradou da fenda, tentando fechar a mão no vazio.
Shara’Kala, por sua vez, desceu com outro golpe.
Mas Rachid sumiu antes de ser atingido, escapando para dentro da fenda por instantes.
Amin quase caiu ao forçar a passagem de novo.
Agora ele sangrava por todos os poros e o Domínio da Miragem Eterna parecia prestes a se desintegrar.
"Não aguento mais uma!" Ele pensou. O uso indiscriminado de um artefato divino estava cobrando um alto preço de seu corpo.
Mas aquilo foi o bastante.
Samir apareceu por trás da fenda, já parcialmente curado pela energia compartilhada entre eles.
Ele, então, estendeu a mão para Amin, dizendo: "Dessa vez… é a gente que leva!"
Do lado de fora, Zao Tian disparou de novo.
Mais uma vez, ele quase chegou a tempo.
Mas a foice passou no exato momento em que Amin girou o corpo com Samir já em contato e Rachid os puxou com força de dentro da fenda.
*FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOSH…*
A fenda sumiu.
O espaço voltou ao normal.
Mas não o silêncio.
De dentro da fenda, mesmo com o Domínio moribundo, uma brecha de comunicação permaneceu. Pequena. Quase invisível. Uma partícula invisível no espaço.
E foi por ela que Amin falou.
Mesmo destruído.
Mesmo com o rosto em carne viva.
Mesmo com os pulmões colapsando.
"Zao Tian…" Disse ele, com uma voz baixa, rouca, impregnada de veneno: "Você vai sentir dor. Uma dor que vai atravessar séculos. Você vai ver o que é perder todos… um por um. Vai implorar para que seja você… mas nunca será."
De dentro da outra realidade, ele sorriu. Um sorriso cheio de dentes bambos e quebrados.
Zao Tian, entretanto, não respondeu.
Ele já estava de pé, com o braço estendido e a palma da mão direita aberta, como se mirasse o vazio absoluto.
Ele parecia estar blefando, irritado por ter deixado os três escorrerem por entre os seus dedos, mas aquilo não era um mero gesto de ameaça.
Era precisão.
Ele mirava o ponto exato daquela partícula, da conexão residual, da abertura que Amin usava para se comunicar.
*Zwiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiing…*
De repente, um zumbido agudo cortou o espaço.
E então…
*Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*
Um feixe de luz dourada, fino como um fio de cabelo, disparou da mão de Zao Tian como um raio laser, atravessando galáxias invisíveis e colidindo com aquele ponto específico.
Do outro lado da fenda, a explosão foi catastrófica.
Os três irmãos gritaram como se estivessem sendo incinerados vivos.
A radiação não era apenas física. Era quase espiritual.
E aquela energia violenta atingiu cada centímetro do elo entre eles.
O Domínio colapsou sobre si mesmo. As bordas arderam como papel, e a luz que os envolvia os queimou além da carne.
Amin tentou gritar de volta… mas sua boca não obedecia.
A língua dele havia sido… derretida.
Ele se ajoelhou, tentando apagar as chamas invisíveis com as mãos. Samir gritava. Rachid se jogou sobre os dois, tentando proteger os irmãos.
Mas era tarde demais.
O estrago tinha sido feito… E os três sentiram as dores uns dos outros.
E enquanto isso, a única coisa que eles podiam escutar era o som de Zao Tian girando a foice no ar, mas parado naquela mesma posição enquanto dizia num tom de ordem: “Calado! Verme!”
