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Capítulo UHL 1049 – O Ouro e o Abismo

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Tenham uma boa leitura!]


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O estrondo da colisão entre Ragnar e Hanzo ainda reverberava pelo vazio como um eco cósmico, uma lembrança escandalosa da força que duas vontades inquebrantáveis podiam gerar. E mesmo assim, durante alguns segundos, não havia som, nem movimento, apenas a luz distorcida do impacto recuando lentamente para os confins do espaço.


E então… silêncio.


A indefinição daquela batalha ainda era uma realidade. Mas o universo não parava, nem mesmo para assistir um confronto como aquele.


Vários campos de batalha ainda ferviam com lutas e derramamento de sangue.


O Olho se mostrava uma organização extremamente grande, que possuía tropas além da imaginação, em números, e força. Eles sempre tiveram um exército capaz de rivalizar com grandes potenciais, mas, por algum motivo, mantiveram essas tropas ocultas ou agindo separadamente em operações pontuais.


Ficava evidente, a cada luta, que o Olho, se quisesse, poderia ter atacado Decarius com força suficiente para fazer um grande estrago e desestabilizar todo o equilíbrio de poder mundial. 


Haviam forças que poderiam pará-los, devido às suas capacidades individuais que superavam qualquer previsão, mas, ainda assim, não era difícil imaginar que, com todos aqueles números, eles poderiam facilmente se tornar uma nação soberana. Uma nação em constante guerra e em um sistema de comando totalmente disruptivo com o que se conhece, mas algo muito possivel de ser real. 


No meio de tantas batalhas, nem todos os guerreiros haviam testemunhado um duelo de titãs como em alguns lugares aconteceu. Em outras frentes, o confronto apenas continuava, mais simples e sincero, mas com a mesma intensidade e urgência, pois o equilíbrio entre o que restava e o que ainda estava por vir era frágil demais para se apoiar em um único embate.


Muito distante de onde a luta entre Ragnar e Hanzo acontecia, orbitando um planeta de solo seco, ventos cruzados e formações rochosas que lembravam espinhos colossais saindo das entranhas da crosta, Yang Gengi permanecia de pé sobre uma plataforma de ouro, suspensa no ar como um altar improvisado. Seu manto vermelho tremulava levemente, embora não houvesse vento real para movê-lo. O ar estava rarefeito, mas não por causa da altitude ou do clima.


Era a guerra. Era o peso da guerra.


Abaixo dele, a batalha era quase bonita de se ver.


Seu comando era um espetáculo de disciplina e domínio técnico.


Comandando o exército imperial, homens que já estavam acostumados a seguir suas ordens e entendiam as táticas de guerra dele, as colunas de ataque deslizavam pelas ravinas naturais com a precisão de uma serpente faminta. Cada grupo avançava em sincronia, controlando o terreno com técnicas de elevação e manipulação de terra que criavam caminhos, paredes de contenção e armadilhas. Gengi havia treinado pessoalmente a maioria dos soldados ali, forjando-os ao longo de décadas para saberem operar como uma extensão de sua própria vontade.


E isso se via no campo.


O inimigo estava sendo encurralado. Surpreendido. Esmagado.


Pequenos grupos do Olho, que haviam transformado aquele planeta num entreposto subterrâneo, estavam agora cercados. Sendo isolados em grupos menores que eram eliminados rapidamente.


As rotas de fuga estavam destruídas. Os canais de comunicação, bloqueados. O chão ao redor das instalações havia sido reconfigurado por Gengi e seus cultivadores para se tornar um terreno onde cada passo poderia ser fatal.


Yang Gengi observava com um certo orgulho.


A disciplina, algo tão pregado por ele às suas tropas, estava sendo vista a cada movimento que os soldados faziam. Ninguém saía da formação. Todos cumpriam seus papéis com uma obediência quase religiosa, e, o mais importante, ninguém tinha medo.


Todos ali eram soldados treinados para vencer, mas preparados mentalmente para enfrentar a morte e usar até a última gota de suas vidas para cumprir a missão.


“Avancem em pinça. Fechem os flancos.” Ele ordenava em voz firme, transmitindo suas instruções diretamente aos comandados: “Ninguém escapa. Ninguém hesita. Selaremos essa base hoje.”


Os guerreiros obedeciam.


Cada movimento das tropas fazia o solo tremer, mas de forma previsível. Controlada.


Em termos de organização militar, não havia nenhum outro exército que se comparava às tropas da Dinastia Yang. Pelo menos não em Decarius.


A missão estava sendo cumprida. A base estava sendo totalmente destruída… Até que… algo mudou.


Primeiro, foi apenas uma brisa. Sutil, incômoda. Mas naquele planeta seco, onde os ventos naturais não existiam com aquela suavidade, era o suficiente para levantar a atenção de Gengi.


Depois… veio a sensação.


Aquela que nenhum cultivador conseguia ignorar.


A pressão.


Não era elemental. Era outra coisa.


O solo tremeu de leve.


Não como um tremor comum, mas como se algo muito abaixo, nas profundezas do planeta, tivesse respirado pela primeira vez.


Yang Gengi franziu o cenho. A brisa sutil de antes agora se tornava desconfortável, carregando uma densidade invisível que fazia a atmosfera vibrar em um tom grave, quase gutural. Um zunido ecoava nos ouvidos dos soldados mais sensíveis, como se o mundo sussurrasse um aviso que ninguém sabia traduzir.


E então… ela veio.


A pressão. A verdadeira pressão.


A sensação era a de que o planeta, em vez de girar, havia parado, e que tudo ao redor estava sendo esmagado por uma presença que não se encaixava nas leis da matéria, nem da energia.


Soldados muito bem disciplinados começaram a vacilar.


Os de cultivo mais baixo cambalearam e levaram as mãos ao peito, como se tivessem prestes a infartar. Alguns caíram de joelhos, ofegantes, tentando puxar um ar que não vinha.


A visão de Yang Gengi se estreitou quando ele sentiu que algo estava vindo.


A terra abaixo dele estremecia cada vez mais forte. Não por uma técnica, mas pela manifestação de pura presença. Algo estava emergindo, e não era um truque, não era invocação, não era um artefato.


Era alguém.


*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM…*


Uma explosão de solo, rochas e pressão irrompeu do centro do campo de batalha, jogando toneladas de terra ao céu como se o próprio núcleo do planeta cuspisse sua fúria.


Soldados foram arremessados como se não tivessem peso.


Pilares de ouro se romperam.


Técnicas de defesa falharam.


O mundo tremeu.


O mundo gemeu.


E no centro de uma cratera que se abriu em um raio de cinco quilômetros… ele surgiu.


Descalço. Sem camisa. Apenas uma bermuda escura cobria seu corpo absurdamente musculoso. Os braços dele eram grossos como troncos de árvores milenares, e cada passo que ele dava afundava o solo como se pesasse toneladas, e o mundo sentia seu impacto.


A pele dele era clara e marcada, não por cicatrizes ou tatuagens, mas por algo menos visível e mais intuitivo… resistência.


O corpo daquele homem era a resposta de uma existência moldada para a violência. A aura ao seu redor era verde, mas não como a cor da vida ou da natureza. Era como uma distorção da realidade. A cor da supressão, da negação, da aniquilação de vontades.


Os soldados caídos sob a pressão de sua aura olharam para ele com horror. Os mais fracos começaram a vomitar sangue sem entender o porquê. Não haviam sido atingidos fisicamente, mas sua Veias Espirituais…pareciam que estava prestes a implodir sob aquela pressão invisível.


Yang Gengi reconheceu o perigo, mas não moveu um músculo. Seus olhos fitaram a silhueta com a concentração de quem reconhece, pela primeira vez, um verdadeiro desafio naquela batalha.


O homem de bermuda, então, ergueu os olhos.


Ele não disse nada.


Seus olhos, de um verde opaco, miraram Yang Gengi com uma frieza absoluta. Sem raiva. Sem pressa. Sem palavras.


E então…


Ele se moveu.


*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*


O ar não foi deslocado, foi aniquilado. Seu movimento rasgou a atmosfera, que parecia gritar de dor.


A cratera onde estava se expandiu violentamente. Uma explosão de força pura destruiu tudo à volta. Rochas voaram a milhares de metros. Ondas sísmicas percorreram o planeta inteiro e sacudiram qualquer criatura de pé sobre a superfície.


E no instante seguinte… ele estava acima.


Ele subiu como um meteoro invertido, e antes que Gengi pudesse reagir, um punho colossal de carne e ossos de verdade, sem técnica, sem poder elemental, sem aviso, atingiu seu rosto com força total.


*Smaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*


Por Yang Gengi, a pancada não foi ouvida. Foi sentida.


Naquele ponto, um clarão verde explodiu nos céus, e o corpo de Yang Gengi desapareceu por entre os anéis atmosféricos do planeta, lançado como um míssil sem controle.


Onde ele estava antes, ficou apenas um rastro de partículas douradas e um eco de energia estilhaçada, como se seu próprio corpo tivesse se partido por dentro.


O ouro de Yang Gengi, resistente e pesado, rachou como vidro, somente com a energia residual do soco.


E o homem, por sua vez, permaneceu no ar, no local onde acertou Yang Gengi, imóvel, como uma estátua de destruição esculpida à perfeição.


Os soldados, de todas as frentes, inevitavelmente olharam para o céu. Muitos deles não sabiam sequer o que havia acontecido. O Guardião Imperial, o comandante absoluto daquela operação, um dos mais antigos e temidos mestres de toda a Dinastia Yang, havia sido engolido por um único golpe.


E o homem que fez isso… não demonstrava satisfação. Nem fúria. Nem curiosidade.


Apenas existência.


A existência que era, por si só, destruidora. Opressora.


Do alto, sem pronunciar uma única palavra, ele olhou para baixo. Em seu punho, o sangue de Yang Gengi pingava, indicando que seu golpe atingiu o Guardião Imperial com tanta força que rompeu a carne e os ossos.


E todo mundo lá embaixo tremeu… pois se aquilo havia sido apenas o início… então ninguém ali estava pronto para o que viria a seguir.




O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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