Capítulo UHL 1052 – A Ira da Fênix
[Capítulo patrocinado por Alberto Augusto Grasel Neto. Muito obrigado pela contribuição!!!
ATENÇÃO: LINK ATUALIZADO. Venham fazer parte da nossa comunidade no Telegram! https://t.me/+tuQ4k5fTfgc1YWY5
ATENÇÃO: OS EXEMPLARES FÍSICOS E DIGITAIS DO PRIMEIRO LIVRO DE O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NAS MAIORES LIVRARIAS DO BRASIL E DO MUNDO. APOIE O NOSSO TRABALHO E GARANTA JÁ UM EXEMPLAR TOTALMENTE REESCRITO E REVISADO, E COM TRECHOS INÉDITOS.
Quer ver um mangá de O Último Herdeiro Da Luz? Então, a sua ajuda é muito importante para que possamos alcançar novos limites!
Para patrocinar um capítulo, use a chave PIX: 31988962934, ou acesse https://www.ultimoherdeirodaluz.com/patrocinarcap para outros métodos de pagamento, que podem ser parcelados em até 3x sem juros.
Para ver as artes oficiais da novel, que estão sendo postadas diariamente, siga a página do Facebook https://www.facebook.com/Herdeirodaluz
Ou a página do instagram https://www.instagram.com/herdeirodaluz/
Todas as artes e outras novidades serão postadas nas nossas redes sociais, e vêm muitas outras por aí, então siga as nossas páginas e não perca a chance de mostrar à sua mente qual é o rosto do seu personagem favorito!
Ps: Link do Telegram atualizado!
Tenham uma boa leitura!]
-----------------------
Tudo, em todas as frentes, acontecia ao mesmo tempo.
Enquanto o céu de um planeta distante era rasgado pela morte de Yang Gengi…
Enquanto uma cabeça deixava de pertencer a um corpo e uma arma do Espírito trocava de dono…
Enquanto o silêncio tomava as linhas de comunicação da Dinastia Yang…
Yang Hao lutava.
Em outro mundo, mas no mesmo tempo, no mesmo presente.
O imperador não sabia que perderia um dos seus mais leais protetores naquela manhã.
Ele não podia saber.
Porque, naquele exato momento, estava ocupado enfrentando traidores que um dia foram chamados de guardiões. Traidores que um dia receberam seu próprio sobrenome.
No céu acima de uma cadeia de montanhas em ruínas, três auras se chocavam com uma fúria colossal.
Luz prateada, cinza e vermelha incendiavam o ar em um confronto que fazia o tecido do espaço vibrar, estremecer e ameaçar ceder. Cada batida movimento, cada acerto, cada investida, era como um trovão cortando o firmamento.
No centro de tudo, Yang Hao flutuava com o rosto coberto por fuligem vermelha, com os cabelos desgrenhados pelo calor de sua própria energia.
Criadas pela Ressurreição Ardente, suas asas flamejantes se expandiam atrás dele como o sol nascendo para torrar tudo sob seu calor.
A espada que ele empunhava, forjada da alma de seu pai, Yang Zai, ardia com uma intensidade que distorcia a realidade ao redor. O metal parecia gritar, envolto em labaredas vermelhas profundas, pulsantes, como se carregasse as batidas de um coração em constante fúria.
De cada batida das asas de fênix, uma onda de chamas escarlates se espalhava como um colapso do ar, queimando o invisível, distorcendo o tempo de reação dos oponentes.
O imperador da Dinastia Yang era alguém realmente muito poderoso, que tinha presença, mas Yang Yin e Yang Fen não eram simples oponentes.
Eles não eram guerreiros comuns.
Eram Guardiões Imperiais.
Ou pelo menos, tinham sido.
Yang Yin, com seus cabelos presos e olhos duros como prata líquida, deslizava entre os golpes de seu antigo monarca como uma flecha de vento moldada em prata. Suas lâminas prateadas se multiplicavam em pleno voo, surgindo de sua aura como projeções físicas de sua energia espiritual. Cada lâmina carregava consigo a leveza de um pensamento, cortando o ar com precisão letal e trajetórias imprevisíveis.
Yang Fen, ao seu lado, deixava um rastro de destruição por onde passava. Chamas cinzentas, impuras, envolviam seus braços como correntes de uma maldição profana. Quando atacava, ele não só queimava.. apodrecia. Pedra, metal, carne… tudo que tocava parecia definhar em segundos.
Mas nem mesmo os dois juntos, nem mesmo depois de terem ficado tão mais fortes, eram o suficiente para esmagar o imperador.
Porque ele não era mais o mesmo.
"Vocês… já não me conhecem mais." No meio da luta, Yang Hao sussurrou, entre dois batimentos que separavam a vida da morte.
Focado em matá-lo, Yang Yin avançou.
As cem lâminas que pairavam ao seu redor giraram em espiral, formando um vórtice prateado. Era um ataque de cerco absoluto, onde cada lâmina mirava pontos específicos: articulações, meridianos, áreas onde os músculos se comprimiam na movimentação defensiva.
*Vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuup…* Yang Hao ficou incrivelmente quieto, e no instante do impacto, a carne dele se desfez em fogo.
Literalmente.
Onde deveria haver sangue e tendões, só havia labaredas.
As lâminas atravessaram seu corpo como se ele fosse feito de brasa etérea.
E antes que Yang Yin pudesse recuar, as chamas se recondensaram nas costas do imperador, formando a imagem de uma fênix em pleno voo, e das asas daquela criatura, uma rajada explosiva se lançou, jogando o traidor para trás com uma força que dilacerou armadura que o protegia.
"Aaaaaaaaaaaaargh…" Yang Yin sentiu seu corpo arder. As queimaduras se transformaram quase que imediatamente em bolhas.
Yang Fen surgiu logo em seguida.
Ele não atacou com uma técnica elaborada, mas com uma rajada de fogo cinza e negro, que engoliu tudo à frente. Era uma tempestade de podridão espiritual, e o que ela tocava se desfazia em matéria inútil.
Mas a Ressurreição Ardente brilhou mais uma vez.
Desta vez, a espada de Yang Hao foi sacudida em um arco de fogo que rasgou a tempestade.
As chamas colidiram, e, pela primeira vez em muito tempo, Yang Fen viu seu poder de consumir sendo suprimido por algo que tinha mais fome ainda.
O fogo do imperador não era um elemento comum.
Era um juramento. A herança de um homem que dedicou sua vida ao caminho marcial, que dedicou sua vida a continuar sempre querendo ser mais forte.
Era a chama herdada do seu pai, Yang Zai. O fogo que queimou por mais de dois milhões de anos, e que agora era carregado pelo seu filho.
Aquelas chamas não apenas queimaram, elas redefiniam a realidade. Onde a destruição de Yang Fen se espalhava, o fogo do imperador impunha um novo começo. Suas chamas queimavam a decomposição e forçavam a ordem onde havia caos.
As chamas, quando colidiram, empataram, explodiram… e então foram rasgadas pela figura de Yang Hao, que avançou dentro da própria explosão, com a espada em punho, em um mergulho que parecia ser suicida.
*Swing. Swing. Swing.* Ele atravessou o mar de chamas, emergiu do inferno e atingiu Yang Fen com uma sequência de cortes rápidos, fluídos, quase dançantes.
Cada corte gerava um impacto de energia espiritual capaz de destruir montanhas.
Yang Fen foi ferido e caiu.
Contudo, antes que tocasse o solo e Yang Hao o executasse, Yang Yin o agarrou e o jogou de volta ao céu.
Assim, ambos voltaram à luta como se nunca tivessem sido atingidos.
E a batalha seguiu.
A luz daquele céu mudava de tom, o calor oscilava, o ar tremia.
Explosões moldadas por energia espiritual rasgavam o mundo abaixo deles. Florestas inteiras sumiram. Rios evaporaram antes de entenderem que seriam atingidos. As montanhas onde a batalha começara… já não existiam.
Yang Hao lutava com a precisão de um rei e a brutalidade de um órfão que carregava o peso de um trono feito de promessas partidas.
Mas os traidores também evoluíram.
Cada golpe de Yang Yin era uma simetria cruel. Cada ataque de Yang Fen era um testamento de dor.
Eles criavam movimentos combinados, ataques em uníssono, armadilhas dentro da própria movimentação.
E por vários momentos… o imperador sangrou.
Mesmo com a Ressurreição Ardente convertendo carne em fogo…
Mesmo com o poder de regenerar tudo que era destruído…
Houve momentos em que ele foi empurrado para trás.
Em que as armaduras trincaram, os cabelos arderam, os olhos cerraram.
Mas ele não caiu.
Nem uma vez.
Em certo ponto, ele pousou sobre o que restava de um penhasco flutuante.
Respirou fundo. E olhou para os dois homens que um dia foram irmãos.
"Vocês foram a linha de frente da minha Dinastia. A muralha entre o mundo e a destruição. Mas agora…"
Ele ergueu a espada, cujas chamas tomaram a forma de uma fênix rugindo entre as nuvens.
"São só um lembrete do que se perde quando a alma é corrompida."
As asas de fogo se abriram novamente.
Cada batida criava redemoinhos incandescentes que desintegravam o ar ao redor, como se a própria atmosfera estivesse sendo moldada pela presença do imperador.
A espada, mais uma vez em chamas, balançava em suas mãos com uma fluidez que tornava impossível saber onde terminava o metal e começava o fogo.
Yang Hao flutuava com uma presença absurda, como se o céu o aceitasse como seu dono natural.
E pela primeira vez, após dezenas de golpes trocados, Yang Yin e Yang Fen hesitaram.
O suor escorria pelas têmporas de ambos. Não porque estavam cansados, seus corpos estavam no auge. Mas porque finalmente entenderam o abismo que os separava daquele homem.
Eles achavam que podiam superá-lo.
Depois de anos na Singularidade. Depois de destruir limites. De sacrificar a sanidade. De treinar até os próprios ossos gritarem por descanso...
Achavam que poderiam vencê-lo.
Mas agora... cada colisão desmentia isso.
Cada corte da espada flamejante de Yang Hao vinha junto com um clarão que feria não só a carne, mas a própria confiança deles. Cada investida das asas de fogo alterava o fluxo da energia espiritual ao redor, obrigando-os a recuar, mesmo quando queriam avançar.
Yang Fen, com o fogo cinza rodando ao redor de seus braços, rosnou. Ele disparou como um raio, cercado de labaredas fétidas que corrompiam tudo o que tocavam.
Yang Hao não se moveu.
Quando o punho de Yang Fen estava prestes a atingi-lo, sua silhueta simplesmente virou chamas.
O golpe atravessou o vazio.
Antes que Yang Fen pudesse reagir, o calor explodiu atrás dele. Yang Hao havia reaparecido, cortando diagonalmente com a Ressurreição Ardente, abrindo uma fenda em sua armadura.
O sangue do traidor respingou no ar.
Yang Yin tentou cobrir o companheiro. Com as mãos, ele moldou lâminas de prata pura, afiadas como navalhas. Elas giraram em torno de seu corpo, criando uma tempestade metálica que avançou como um vendaval.
Mas Yang Hao moveu-se como um cometa.
Ele não defendeu.
Não recuou.
Apenas… Transformou-se.
Seu corpo virou uma torrente de fogo puro, atravessando as lâminas como se não fossem nada, fundindo-se com elas por um instante... e depois surgindo à frente de Yang Yin, empurrando-o com um soco tão denso que parecia o punho de demônio.
*Boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooom…*
O ar explodiu.
A gravidade vacilou.
Yang Yin foi arremessado como um míssil desgovernado, com o peito em chamas e os olhos arregalados diante da realidade que não queria aceitar.
Ele voou, mas se sustentou no ar, arfando. Os ferimentos se regeneraram lentamente, devido às pílulas que ele consumia como se fossem grãos de arroz. As armas dele se refizeram. Mas o orgulho... esse começava a ruir.
Yang Fen juntou-se a ele, mais uma vez. Os dois estavam a metros de distância, ofegantes, sujos de sangue e fuligem.
E naquele momento, o olhar que trocaram dizia tudo.
Eles não esperavam aquilo.
Não daquele jeito.
Eles sabiam que Yang Hao era forte, mas achavam que tinham alcançado o mesmo patamar.
Eles achavam que a Singularidade havia elevado ambos ao mesmo degrau.
Mas o que estavam vendo… era outra coisa.
Yang Hao não apenas havia mantido a distância em relação aos dois. Ele os estava esmagando.
Não por um golpe de sorte.
Mas porque era superior.
Porque dominava seu elemento de maneira absurda.
Porque agora… tinha uma Arma do Espírito.
E ela não era qualquer arma.
Era a alma de um imperador.
Era o espírito de Yang Zai.
Era o legado de um império inteiro forjado em fogo e resistência.
Yang Yin rangia os dentes. Nervoso, preocupado com o fim daquela luta que não era nem um pouco promissoras para eles.
“Ele está... brincando com a gente?” Yang Yin murmurou, com a voz rouca e a raiva escorrendo junto com o sangue de sua boca.
“Não...” Yang Fen respondeu, antes de completar: “Ele só não quer acabar com a gente ainda, pelo que parece.”
Do outro lado, Yang Hao os observava do alto. Silencioso. Sem arrogância. Sem pressa.
A chama que escorria de suas asas girava em espirais, como se dançassem ao ritmo de uma melodia que apenas ele podia ouvir.
Ele não sorria.
Ele não zombava.
Ele apenas esperava.
Como um juiz.
Como um monarca que dava aos condenados uma última chance de se render.
Mas então… algo mudou.
O ar tremeu.
Uma onda espiritual estranha atravessou o espaço, rasgando os ecos de batalha.
Yang Hao sentiu primeiro.
As chamas de sua espada vacilaram. As asas diminuíram por um instante.
E ele ergueu o olhar.
Não para os traidores diante dele… mas para um ponto distante.
Seus olhos se estreitaram, como se pressentisse o futuro.
Então, a voz chegou segundos depois, por meio do seu amuleto de transmissão sonora.
“Transmissão de prioridade: O Guardião Imperial Yang Gengi está morto. Repito… Yang Gengi está morto!”
O tempo parou.
Aquela mensagem teve, naquela batalha, um impacto muito maior do que em qualquer outro campo.
Yang Yin e Yang Fen também ouviram. Eles até sorriam depois de demonstrarem um pouco de surpresa.
Mas foi Yang Hao quem sentiu verdadeiramente algo.
Algo real… No peito.
Como uma estaca perfurando seu coração.
Ao seu redor, a Ressurreição Ardente respondeu à emoção de seu portador. As chamas se elevaram, descontroladas, querendo engolir tudo. As asas se abriram de forma abrupta, gerando uma onda de calor que fez o mundo estremecer.
O rosto de Yang Hao se manteve firme.
Mas seus olhos...
Seus olhos queimavam.
Não com algo tão simples quanto raiva.
Com dor.
Ele estava triste, e, por um instante… ele fechou os olhos.
E lembrou.
Do garoto que recrutou.
Do homem que permaneceu leal a ele por cada segundo que respirou.
Do guerreiro que suportou tudo para proteger sua terra, seu povo.
Yang Gengi havia caído. E Yang Hao sentia isso como uma lâmina cravada em sua alma.
Mas ele não gritou. Não chorou.
Ele apenas sentiu o que precisa ser absorvido… E quando abriu os olhos novamente, os traidores à sua frente tiveram seus sorrisos arrancados de suas faces, sendo substituídos por expressões de temor.
Aquela notícia, aquele acontecimento… podia ser bom para o Olho… mas não era nada bom para os dois.
