Capítulo UHL 1056 - O Colosso Desperto
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*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!*
Depois de mais uma intensa troca de golpes, a explosão final parecia ser a apoteose do embate. Um golpe para encerrar a disputa. Mas não foi.
Grasel e Yang Chao permaneciam em pé, com os punhos cerrados e as peles cobertas por sangue, deles e do outro. O ar ao redor já não era mais ar. Era pressão, pura e vibrante. As partículas de poeira vibravam como se estivessem vivas, e o planeta inteiro tremia sob o peso daquela luta insana.
Ambos estavam ofegantes… mas não por cansaço. E sim por expectativa. Como se cada respiro profundo servisse apenas para ampliar a potência do próximo soco.
Depois de se afastarem por um curto período de tempo, Yang Chao avançou primeiro.
Seu corpo sumiu e apareceu diante de Grasel em um único instante. Sem rosnado, sem preparação, sem técnica. Apenas um soco reto, vindo do coração, impulsionado por toda a extensão dos quadris, ombros e pés.
*Baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang…*
Grasel inclinou o rosto. O golpe passou raspando, mas o ar ao redor explodiu, criando rachaduras no chão como se a terra tivesse apanhado.
A resposta veio com um gancho de esquerda. Grasel girou os quadris e cravou o punho no estômago de Yang Chao, que curvou o tronco por dois segundos… e revidou com uma cabeçada.
*Craaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash…*
A testa de Yang Chao afundou o supercílio de Grasel. Mas no segundo seguinte, o osso já estava regenerado.
Mais uma sequência de trocas começou.
Era um combate franco, corpo a corpo, olhos nos olhos.
Ombros, cotovelos, joelhos e punhos. Os dois colidiam com brutalidade, como dois mundos tentando se ocupar no mesmo espaço.
E então…
No meio de uma sequência comum de Yang Chao, um direto de direita, seguido por um cruzado de esquerda, algo diferente aconteceu.
O punho esquerdo dele brilhou.
Mas não como antes. Não com a luz padrão da regeneração e do fortalecimento, nem com o verde opaco de sua aura vital. Era um brilho intenso, profundo, metálico. Como se cada centelha de poder tivesse se condensado em uma única forma… definida.
E quando aquele punho acertou o queixo de Grasel…
*BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANG!*
O mundo apagou por um segundo.
Literalmente.
A luz ao redor desapareceu. A visão sumiu. A sensação era como se um buraco tivesse se aberto no espaço, tragando som, cor e presença.
Grasel foi arremessado como nunca antes.
Seu corpo atravessou o ar em linha reta, sem controle, como um projétil sem consciência. Ele girou dezenas de vezes antes de atingir o solo com força suficiente para destruir o continente abaixo dos pés.
A cratera criada engoliu montanhas inteiras. Uma onda de rochas e magma se ergueu como uma muralha de destruição. Não havia poeira. Não havia fumaça. Só havia destruição.
E, no centro do céu, parado, flutuava Yang Chao.
Mas ele não estava mais do mesmo jeito.
Nos braços dele… havia algo novo.
Duas manoplas prateadas, com entalhes verdes que pulsavam como veias.
O brilho nelas era constante, ritmado, como o batimento de um coração que havia acabado de despertar.
Grasel se ergueu dos escombros com o corpo torto. Um corte imenso cruzava o seu maxilar, descendo até o pescoço. O osso estava exposto. A mandíbula pendia, e o sangue escorria livremente. Mas ele não gemeu. Ele não hesitou.
Ele apenas… levantou.
Com o rosto coberto de sangue e os olhos presos nas manoplas.
“Uma Arma do Espírito…” Ele murmurou, cuspindo um pedaço de dente: “Então era isso que faltava.”
Yang Chao não respondeu. Ele apenas girou os punhos e sentiu o peso das manoplas como se já as conhecesse desde sempre.
Aquelas manoplas não brilhavam por ostentação.
Elas pulsavam. Quase como se respirassem. E, a cada golpe que Yang Chao desferia, a energia acumulava. A energia cinética não era dissipada, era absorvida, acumulada, e redirecionada.
Grasel sentiu isso. Não pela teoria. Mas pelo estrago.
Naquela última pancada, ele não tinha sido atingido apenas pelo impacto do soco… mas pela soma de dezenas de impactos anteriores, como se cada porrada dada, cada pancada bloqueada, cada choque de punhos… tivesse sido guardada para aquele momento.
E Yang Chao não parou ali.
Ele estava apenas começando.
Ele desceu do céu como uma flecha, com os dois braços puxados para trás, como se fosse disparar dois tiros em sequência.
Grasel flexionou os joelhos, afundou os pés no solo e recebeu o ataque.
*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!*
O primeiro soco colidiu contra o ombro de Grasel e o fez afundar no solo. O segundo veio em seguida, na base do queixo, e lançou a cabeça dele para trás com tanta força que rachou a base do crânio.
O chão sob Grasel se partiu em dezenas de linhas de destruição. Rochas subiram. Energia foi expelida. O céu se partiu como vidro.
Yang Chao recuou dois metros e girou os punhos no ar.
As manoplas brilharam novamente.
E o som que se seguiu… foi estranho.
*Vrrrrrruuuuuum… tchac!*
Aquilo foi como o som de uma engrenagem se armando. Um tambor de arma girando. Um golpe sendo preparado.
Grasel deu dois passos para trás.
Ele respirou fundo, girou os ombros e avançou com tudo, desferindo um soco cruzado com o braço esquerdo. Mas Yang Chao… não desviou.
Ele simplesmente colocou o punho direito no caminho do golpe. Como se fosse aparar.
E no momento do impacto…
*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!*
O som não foi de um choque.
Foi de uma explosão.
O punho de Grasel parou. Travado no ar.
Yang Chao, por outro lado, não foi empurrado nem um centímetro.
As manoplas… absorveram tudo.
Toda a força do soco. Toda a energia acumulada. Tudo.
Grasel arregalou os olhos.
E antes que pudesse recuar, Yang Chao girou o tronco e desferiu um novo soco com a mão esquerda.
*BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANG!*
O som foi muito pior que o anterior.
Desta vez, o impacto criou uma rachadura no espaço atrás de Grasel. O ar se curvou. O tempo pareceu desacelerar.
Grasel cuspiu sangue pela boca e pelos olhos. Foi lançado como uma pedra solta. Uma muralha de pedra explodiu com sua passagem. Uma cordilheira sumiu do mapa.
Yang Chao manteve o braço estendido por alguns segundos, com as manoplas ainda brilhando.
E então, calmamente, falou consigo mesmo:
“Você é forte… Forte como poucos que enfrentei…”
Depois de reconhecer aquilo, ele fechou os punhos.
Grasel, por sua vez,demorou para se mover.
Seu corpo, lançado a quilômetros de distância, agora jazia parcialmente soterrado sob os destroços de um planalto extinto. A rocha ao seu redor já não era sólida. Era poeira comprimida, moldada pela violência de seu impacto. Por longos segundos, ele permaneceu ali, imóvel… até que, de forma quase casual, ergueu o braço direito e o apoiou na borda de um fragmento de pedra flutuante.
O som de seus ossos se reorganizando foi abafado pela distância, mas os olhos de Yang Chao perceberam tudo.
Grasel se ergueu.
Não aos trancos. Nem com dificuldade.
Ele se levantou como quem sai de um banho gelado. Os ombros estavam girando. O pescoço estalando. A mandíbula deslocada voltando ao lugar com um estalo.
*Tac.*
Depois, Grasel alongou os braços para os lados e estufou o peito, como se quisesse despertar cada centímetro do corpo que havia sido silenciado pela pancada anterior.
“Arma do Espírito…” Grasel murmurou, quase em tom de curiosidade: “Faz sentido.”
Seus olhos analisavam cada detalhe das manoplas nas mãos de Yang Chao. Não havia medo. Nem mesmo respeito. Apenas… adaptação.
Por um instante, o mundo pareceu prender a respiração.
Do cotovelo até a palma da mão de Grasel, uma luz dourada se acendeu, densa e quente como o núcleo de uma estrela. Era uma luz que não cegava, mas pesava. Que não vibrava… mas retumbava nas entranhas.
E dessa luz, como se fosse arrancada de uma dimensão superior, surgiu uma corrente grossa e dourada, com elos largos. Na ponta dela, uma barra cilíndrica de ouro puro começou a girar lentamente no ar.
Do outro lado da corrente, preso por um segundo elo, havia um bloco idêntico, tão pesado e denso quanto o primeiro. Um nunchaku.
Simples.
Dourado.
E monstruosamente opressor.
Grasel o segurou com uma única mão, girando-o levemente no ar.
*Fuuuuuuuuuuuuuuushhh…*
O ar se deformou ao redor da arma. O espaço ficou irregular, como se ondas gravitacionais estivessem sendo emitidas do seu centro. Até mesmo a luz parecia ser sugada para dentro do movimento, contorcendo-se como se recusasse a atravessar aquele trajeto.
Yang Chao observava em silêncio.
As manoplas em suas mãos pulsavam lentamente, como se sentissem a presença de um oponente equivalente.
E então… Grasel deu o primeiro passo.
*Crash.*
O som do seu pé quebrando o solo fez os pedaços suspensos ao redor se partirem, como se a própria realidade estivesse tentando fugir do seu caminho.
Com um giro repentino, o nunchaku dourado rodou em velocidade absurda, traçando arcos que deixavam rastros de destruição ao redor. Rochas que estavam a centenas de metros foram pulverizadas pela pressão. O som era como o de uma hélice colossal cortando a atmosfera… e cada giro aumentava a frequência.
*FUM-FUM-FUM-FUM-FUM-FUM-FUM…*
Yang Chao, porém, não esperou.
Ele partiu para cima.
As manoplas brilharam e seus punhos se projetaram como mísseis.
O primeiro golpe visava o tórax de Grasel, mas foi interceptado com um giro preciso do nunchaku, que desviou o soco e ainda lançou uma onda de choque na direção do rosto do Guardião.
Yang Chao abaixou, deslizando por baixo do golpe e tentando girar com o calcanhar para acertar o joelho de Grasel.
Mas o monstro saltou para trás com uma leveza absurda, ainda girando a arma como se fosse uma extensão natural de seu corpo.
*CRAAAAAAAAAAAAAAAAAAASH!!!*
Quando Yang Chao avançou novamente, foi recebido com um golpe direto do nunchaku na lateral do abdômen. O som do impacto foi brutal, mas pior do que o som foi o resultado: o corpo de Yang Chao se dobrou em um ângulo que parecia impossível. Sua aura se desestabilizou e, por um instante, seus pulmões pararam de se expandir.
Ele voou para longe, mas girou no ar e usou o cotovelo para se impulsionar de volta.
As manoplas reagiram imediatamente, acumulando energia, absorvendo o impacto anterior, e agora, vibrando com força dobrada.
*BOOOOOOM!*
O primeiro soco foi bloqueado.
*BOOOOOM!*
O segundo, desviou o nunchaku.
O terceiro acertou o ombro de Grasel.
Mas antes que o quarto fosse disparado, Grasel girou a corrente de volta e a prendeu contra o punho de Yang Chao, travando o golpe como se segurasse uma fera pelo pescoço.
E então…
Ele puxou.
Com força.
Yang Chao foi arremessado contra o chão. Seu corpo rasgou a crosta como uma lança. A terra explodiu ao seu redor, formando uma rosa de rachaduras que se estendia por quilômetros.
Grasel, agora com os dois braços em volta da corrente, girou o nunchaku como um chicote.
E quando Yang Chao saltou para fora do buraco, recebeu o segundo impacto diretamente no ombro esquerdo.
*CRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASH!*
O braço dele foi arrancado.
Simples assim.
Foi decepado no ar, com um corte limpo, embora tivesse sido um impacto de pressão.
O sangue, porém, mal teve tempo de jorrar antes do membro se regenerar. Mas, mesmo assim, o momento ficou marcado.
Grasel o havia ferido gravemente… mesmo com a sua regeneração ativa.
E ele não parou.
Girando, saltando, avançando com o nunchaku em trajetórias imprevisíveis, Grasel parecia uma tempestade encapsulada em forma humana. Cada movimento criava redemoinhos. Cada passo, tremores.
Yang Chao recuava, bloqueando com os punhos, desviando com o corpo, e acumulando energia nas manoplas.
Até que, finalmente…
*TRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAACK!*
Yang Chao conseguiu agarrar uma das extremidades da arma com a mão esquerda e puxou com tudo, trazendo Grasel para si.
Os dois colidiram com os ombros. Uma batida brutal, corpo contra corpo, sem arma, sem técnica.
O impacto fez o chão se partir.
E, naquele segundo, os olhos deles se encontraram.
Yang Chao respirava fundo.
Grasel… sorria.
