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Capítulo UHL 1057 - Escalada

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Tenham uma boa leitura!]


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*TRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAACK!*


O impacto entre os ombros de Grasel e Yang Chao reverberou como o estrondo de um mundo em colapso. Rochas se partiram em padrões concêntricos ao redor deles. O solo tremeu como se pedisse trégua. O céu, já retalhado, se retorceu diante da pressão espiritual concentrada em um só ponto.


Yang Chao recuou dois passos, ofegante.


Grasel manteve-se imóvel.


O nunchaku dourado, ainda preso ao punho de Yang Chao pela corrente, foi puxado de volta com um giro forte. Yang Chao soltou, e a arma retornou ao domínio de seu portador com uma fluidez animalesca, como uma fera voltando ao dono.


Tudo em Grasel incomodava, mas o silêncio dele era ensurdecedor.


E era isso que mais irritava Yang Chao.


Aquele homem lutava sem debochar, sem provocar, sem ameaçar… Ele apenas mudava de expressão vez ou outra, e, mesmo assim, essas mudanças eram mínimas.


A frieza, somada ao silêncio dele, dava a Grasel um ar de mistério de perigo que não dava para explicar. Ele apenas lutava. Tentava matar como se fosse programado para isso.


Era como um ser sem alma, sem sentimentos.


Era óbvio que Grasel era um humano. Ele não era uma máquina ou uma criação inumana da Trindade. Contudo, aquela postura dele era incômoda demais. Perturbadora demais.


“Essa arma...” Olhando para o homem que estava enfrentando-o com uma arma nova, o Guardião Imperial resmungou, cerrando os punhos enquanto prosseguia com muita, muita raiva: “Você está usando... a arma do Gengi.”


Enquanto dizia aquilo, sua respiração se acelerava, mas não por cansaço. Era frustração. Raiva. Algo dentro dele doía mais do que os ossos quebrados ou a carne regenerada.


“Isso era dele... E você sequer fala o nome dele...”


Grasel, por sua vez, continuava mudo.


Sua boca continuava fechada, seus olhos, fixos. Sua presença… esmagadora.


A corrente da arma em questão balançava devagar em sua mão esquerda, enquanto o nunchaku girava lentamente na mão direita. O som do metal riscando o ar era como o de um trovão confinado, aguardando o momento de finalmente explodir.


“Desgraçado!” Yang Chao, então, rugiu, partindo para o ataque novamente.


Ele bateu as manoplas uma contra a outra, e elas vibraram em sincronia, acumulando energia de forma instantânea. E no fim do movimento, um soco veio em linha reta, tentando pegar Grasel em cheio.


*BAAAAAAAANG!*


Grasel desviou com um leve movimento de cabeça e girou o nunchaku de baixo para cima, atingindo o antebraço de Yang Chao.


*CRACK!*


O osso se partiu, mas a regeneração veio logo em seguida.


Sem dar tempo para um contra-ataque, Grasel rodopiou no ar e desceu com o segundo bloco dourado no flanco de Yang Chao.


*BOOOOOOOOOOOM!*


O impacto lançou o Guardião para o alto, atravessando nuvens que nem estavam ali segundos atrás. Yang Chao esticou o corpo e parou no ar, com os olhos arregalados, tentando entender como aquela arma podia ser mais do que simples peso e força bruta.


“Gengi estava extremamente feliz com aquela arma antes de partir… e você usa como se fosse sua...” Murmurou ele entre os dentes.


Mas do outro lado, não havia resposta.


Calado, Grasel surgiu acima dele como um cometa de fúria, girando o nunchaku com tamanha velocidade que as correntes deformavam o espaço ao seu redor.


*FUM-FUM-FUM-FUM-FUM!*


Yang Chao cruzou os braços, defendendo com as manoplas, mas foi empurrado como um projétil invertido para o solo. Ele atravessou nuvens, montanhas, e impactou o chão como uma estrela cadente.


*CRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASH!*


A cratera que se formou era tão grande que engoliu lagos inteiros. A vegetação foi incinerada só com o calor do impacto.


E no centro dela… Yang Chao tossia sangue.


“Você é um maldito cadáver de olhos abertos...” Ele grunhiu, apoiando o joelho no chão enquanto se curava no processo.


Era incrível de se ver. Yang Chao podia ter o ferimento que fosse, que, antes mesmo de se levantar, ele já estava curado.


Mas antes que Yang Chao pudesse se erguer completamente… o mundo tremeu.


*CRAAAAAAAAAAAAAASH!*


O som, que começou distante, não vinha de um impacto.


Era o som da atmosfera se rasgando.


Da direção do som, um relâmpago cortou o horizonte como uma lança de luz, rasgando céu e solo. A eletricidade contorceu nuvens, derreteu pedras e fez o ar vibrar em uma única frequência.


Tudo queimava.


E então… ele chegou.


Do centro do clarão elétrico, flutuando com os braços cruzados, olhos cerrados e expressão imperturbável, Yang Feng surgiu.


Os cabelos dele estavam desgrenhados, não pelo vento, mas pela própria eletricidade que os mantinha em constante movimento.


Cada movimento dele no ar deixava um rastro azul prateado. Ele ionizar tudo ao seu redor com sua simples presença.


*BARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUM…*


Ele fechou os olhos por um segundo, e, ao abri-los, o céu clareou.


As nuvens se afastaram. Expulsadas pela energia colossal que ele liberou


Até o nunchaku de Grasel, por um instante… diminuiu o giro.


Yang Chao ergueu o rosto, ainda se levantando. Uma sombra de alívio se desenhou entre sua raiva e seu orgulho.


“Feng…”


O novo ator daquele palco não respondeu de imediato.


Com um movimento lento, e encarando Grasel, ele puxou duas lâminas das costas. Espadas longas, finas, de aparência simples… até que começaram a brilhar.


Uma azul.


A outra branca.


Ambas se entrelaçaram com relâmpagos, mas de naturezas opostas. Uma oscilava em carga negativa. A outra, em carga positiva.


E quando se tocavam, mesmo de leve, faíscas gigantes explodiam ao redor. Raios devastadores chicoteavam para todos os lados.


O som daquilo era como o de mil tambores batendo em sincronia.


“Ele está usando a arma do Gengi…” Yang Chao falou, como quem explica, mas também denuncia.


Yang Feng franziu o cenho e flutuou até ficar a alguns metros de Grasel.


Mesmo sendo encarado por um novo oponente, o silêncio do monstro permanecia.


Mesmo sendo encarado por dois dos maiores nomes da Dinastia Yang, Grasel não reagiu. O nunchaku continuava girando lentamente ao lado de sua perna, e seu olhar jamais oscilou. Havia, no fundo daqueles olhos, algo que nem mesmo Yang Feng conseguiu decifrar: não era frieza, não era arrogância, e definitivamente não era temor. Era o olhar de alguém que simplesmente… estava onde deveria estar.


Yang Feng parou no ar, flutuando ao lado do irmão de armas. Ele não falou com Yang Chao, mas sua presença dizia tudo. A atmosfera pesava como se todo o planeta estivesse submerso. Faíscas cortavam o céu atrás de seus ombros e criavam tempestades no horizonte.


Ao perceber que Grasel não recuaria, Feng se adiantou.


“Ele não vai dizer quem é… Ele murmurou, sem tirar os olhos do inimigo: “Mas isso não importa.”


Yang Chao rangeu os dentes, já de pé ao lado do irmão de armas: “Seja quem for... vai morrer aqui. Ele tem que morrer aqui!”


As palavras ainda pairavam no ar quando os dois Guardiões desapareceram.


*SWOOSH!*


Grasel, por sua vez, cruzou os braços e girou o nunchaku em um arco horizontal, criando uma barreira invisível ao seu redor. No mesmo instante, duas rajadas vieram de direções opostas.


A primeira, de Yang Feng, foi um corte descendente com a espada de carga positiva. A lâmina brilhou em azul e arrebentou o ar com tanta intensidade que deixou um sulco de luz no espaço. A segunda veio por baixo: um gancho de Yang Chao com a manopla carregada com toda a força acumulada até então.


*CLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANG!*


O nunchaku bloqueou ambos os ataques ao mesmo tempo.


O impacto gerou uma onda de choque que varreu florestas a centenas de quilômetros. Montanhas distantes ruíram como se fossem castelos de areia. 


Mas a luta não parou ali.


Com um movimento, Yang Feng girou no ar e cortou na horizontal com ambas as espadas. A lâmina branca criou uma onda de repulsão; a azul, uma de atração. Ambas colidiram com o centro de Gravidade ao redor de Grasel, tentando desestabilizá-lo por completo.


Yang Chao aproveitou para atacar por cima, socando-o para o solo com ambas as mãos.


*BAAAAAAAAAAAAAAAAAANG!*


O chão implodiu.


Uma cratera do tamanho de uma cidade surgiu. Gases subterrâneos explodiram para fora, e magma começou a jorrar pelas bordas. Era como se o planeta, por si só, já não suportasse mais aquela luta.


Mas do centro disso tudo… surgiu Grasel.


Flutuando.


Calado.


Intacto.


E com o braço direito recuado.


Enquanto ele surgia de volta, a corrente do nunchaku esticou até o limite e depois voltou num chicoteio violento, indo direto contra Yang Chao.


*BAAAAAAAAAAAAAAANG!*


O Guardião cruzou os braços, mas foi jogado longe como uma bola de ferro. Ele bateu contra uma cordilheira e afundou nela, criando um vale novo. Sua regeneração ativou no mesmo instante, mas os músculos do braço tremiam.


Yang Feng veio por cima, girando as espadas em espiral.


Grasel deu um leve impulso para trás e girou o corpo. O nunchaku bloqueou o primeiro golpe. O segundo raspou o ombro, mas antes que pudesse reagir, um terceiro corte lateral atingiu seu flanco esquerdo.


*SPLAAAAAAAASH!*


Sangue espirrou de um corte profundo que Yang Feng fez nele.


Aquela era a primeira vez que ele sangrava de fato na luta.


Yang Feng, porém, mesmo com aquele golpe, franziu a testa.


“Ele não parou o giro…” Ele pensou: “Ele preferiu ser cortado a desacelerar…”


De fato, Grasel ignorou completamente o ferimento. A carne queimava, o cheiro do próprio sangue misturado com o da eletricidade impregnava o ar, mas o nunchaku não perdeu velocidade nem por um segundo.


Yang Feng recuou rapidamente e murmurou:


“Ele está aprendendo…”


Yang Chao surgiu ao lado do companheiro, perguntando: “O quê?”


Yang Feng respondeu: “Ele está lutando contra dois de nós ao mesmo tempo. E está se adaptando... A cada troca, ele entende melhor como usamos nossas armas.”


Yang Chao respirou fundo e disse de volta: “Então vamos esmagá-lo antes que entenda tudo.”


Assim que aquela frase terminou de ser dita, os dois desapareceram novamente.


A sequência que veio a seguir não podia ser vista. Apenas sentida.


Luzes piscavam no horizonte. Cada uma indicava uma troca de golpes. A cada piscada, o céu era dilacerado, o solo retorcido, os mares ferviam em regiões distantes. A aura verde de Grasel, densa, como uma tempestade, criava domos de pressão cada vez que ele usava o nunchaku para bloquear.


Mas, mesmo com tudo isso…


Ele não recuava.


Dois contra um.


Dois Guardiões Imperiais.


E mesmo assim, Grasel mantinha-se em pé.


Por vezes ele era atingido. Costelas se partiam, cortes surgiam nos braços e ombros. O cabelo ficava colado ao rosto com o sangue que escorria. Mas ele não caía. Cada vez que um golpe parecia deixá-lo vulnerável, ele contra-atacava com uma brutalidade ainda maior.


E então… após centenas de trocas… um som diferente ecoou.


*CRAACK!*


Yang Chao recuou com um urro.


O nunchaku de Grasel havia acertado seu joelho. As manoplas absorveram parte do impacto, mas não o suficiente.


Ele caiu, uma perna dobrada de forma irregular.


Yang Feng imediatamente recuou ao lado do irmão, estalando os dedos, e relâmpagos formaram uma esfera defensiva ao redor deles.


Grasel parou.


Não por misericórdia.


Mas porque viu algo.


Os olhos dele se fixaram no sangue no próprio braço. Um corte profundo. O músculo exposto. E por um breve momento, ele tocou o ferimento com a ponta dos dedos. Seu olhar se estreitou… não de dor… mas de reconhecimento.


Era como se dissesse: “Ah... então é assim que vocês fazem.”


Ele girou o ombro, estalou as vértebras do pescoço, e pela primeira vez em toda a luta… sorriu, de verdade.


Não era um sorriso largo, nem desdenhoso.


Era o tipo de sorriso que vem de alguém que… está gostando.


E isso foi muito, muito pior.


Yang Feng percebeu no mesmo instante.


“Chao… Ele vai crescer no meio da luta.”


Yang Chao cerrou os dentes, se apoiando no chão para levantar: “Então não podemos deixá-lo respirar.”


Yang Feng: “Concordo.”


“Infelizmente, dá para entender porquê o Gengi caiu para esse homem!” Yang Feng completou.



O ÚLTIMO HERDEIRO DA LUZ -UHL | NOVEL

© 2020 por Rafael Batista. Orgulhosamente criado com Wix.com

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