Capítulo UHL 1139 - Garantias
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Enquanto isso, na prisão de Geb e Heimdall…
A Trindade voltou para mais uma conversa com Geb. Eles já tinham estado ali antes, mas aquilo nunca deixava de parecer errado, mesmo para os três.
No centro daquele lugar, duas presenças se chocavam como ideias incompatíveis.
Geb, o alvo, estava com seu vínculo ao mundo material ainda preso ao corpo do coronel Vargas, ancorado a uma alma humana que teimava em existir, mesmo esmagada sob a presença de um deus antigo. O que existia ali, separado, era a porção que a prisão permitia manifestar: um contorno de consciência dura, densa, feita de ódio velho e paciência forçada.
Amin, Samir e Rachid estavam mais diante dele.
Sem pompa. Sem escolta. Sem testemunhas.
“Vocês demoraram.” A voz de Geb atravessou o ambiente sem vibrar o ar: “Prometeram voltar quando tivessem tomado uma decisão, e já faz tempo demais.”
Samir quase riu quando escutou aquilo, afinal, o Grade Deus estava demonstrando ansiedade. E isso era bom demais.
“Você ainda mede o tempo?” Ele provocou: “Depois de tudo o que já apodreceu aí dentro?”
Geb, por sua vez, finguiu não morder o anzol.
“Quando se está trancado no escuro com aquilo ali…” Ele desviou a atenção, por um instante, para Heimdall: “Qualquer unidade de tempo é longa demais.”
Amin, então, deu um passo à frente.
“Viemos com a resposta.” Ele disse: “E com condições.”
Geb estreitou a atenção, como se estreitasse os olhos.
“Condições...” Ele repetiu: “Para libertarem um deus que os odeia tanto quanto odeia qualquer outro humano. Vocês têm noção do que estão fazendo?”
“Temos.” Rachid respondeu, pela primeira vez: “É por isso que as condições existem.”
Quando ele falou, a presença de Geb pareceu se encolher e expandir ao mesmo tempo, como se testasse os limites daquela prisão.
“Digam logo.” Ele cortou: “Antes que eu me arrependa de ter aceitado ouvir essa conversa de novo.”
Amin não se apressou, mas também não enrolou.
“Você quer sair daqui.” Ele afirmou: “Quer se ver livre de Heimdall, livre dos selos, livre do corpo do coronel Vargas. Quer voltar a ser Geb, sem amarras humanas.”
“Sim.” O deus confirmou, sem floreios.
“Nós podemos fazer parte disso.” Amin prosseguiu: “Mas não vamos simplesmente soltar um ódio antigo e inteligente no universo sem ter como saber para onde ele corre. Não somos tão ingênuos quanto aqueles que te deixaram aqui achando que o problema tinha acabado.”
Samir cruzou os braços, reforçando: “Se você sair, vai ser pelas nossas mãos.” Ele disse: “E, se tiver que voltar para uma prisão… também será pelas nossas mãos.”
Geb deixou um silêncio curto se instalar.
“Vocês querem um cão.” Ele resumiu, indignado: “Um animal solto na coleira humana, pronto para ser apontado para os inimigos de vocês.”
“Não.” Amin negou, de imediato: “Se quiséssemos um cão, teríamos procurado outro. Você não serve para isso. Serve para uma coisa muito mais simples.”
Ele ergueu a mão, e na palma, tinha uma esfera.
Era do tamanho de um fruto pequeno, cabendo com folga entre os dedos. Sua superfície parecia uma mistura de rocha e metal queimado, cruzada por veios finíssimos que lembravam fissuras, mas que, na verdade, eram inscrições condensadas. Cada linha era um selo, uma rota, um comando de contingência.
Dentro dela, um brilho quase inexistente permanecia preso, como uma fagulha que se recusava a desistir.
“Isso é o quê?” Geb perguntou.
“A nossa garantia.” Rachid respondeu, com uma calma excessiva: “E, se for necessário… a sua nova e última jaula.”
Geb, definitivamente, não gostou do termo.
“Humano…” Ele resmungou como se fosse atacá-los a qualquer momento.
Amin, porém, deu um sorriso e resolveu explicar, interrompendo-o.
“Primeiro.” Ele começou: “Você precisa entender uma coisa: nesse exato momento, a sua existência está dividida. Seu corpo não existe mais, e você está enfiado à força no corpo de um humano, o coronel Vargas, que ainda tem alma própria.”
Ele não soou com pena. Só descrevia.
“Mesmo que saia daqui, você não continuará preso a uma alma humana.” Amin continuou: “E não vamos cortar esse vínculo. Não vamos separar você do coronel!”
“Por que nós vamos, por segurança, ancorar a sua existência e a dele, que é mais fácil de manipular, nesta esfera.”
“Vocês querem que eu troque uma prisão por outra!?” Geb retrucou.
“Não.” Rachid respondeu de imediato: “Queremos que você troque uma certeza por uma escolha. A prisão eterna pela liberdade condicional.”
“A diferença entre o que estamos propondo é muito simples: enquanto você cumprir o acordo, essa esfera só vai existir como ponto de referência e não vamos usá-la. Nem temos motivos para isso. Mas, se descumprir… aí ela vira outra coisa.”
Samir inclinou o queixo para frente.
“Você está preso aqui.” Ele lembrou: “Preso com Heimdall. Sem corpo, sem chão. A alternativa que você tem, neste momento, é continuar exatamente assim até que o universo esqueça seu nome. Nós estamos oferecendo outra saída. Não vamos fingir que é perfeita, mas é a única saída que você tem.”
Geb ficou em silêncio por alguns instantes, como se estivesse considerando esmigalhar os três com um pensamento.
Contudo, ele não podia. E aquela era a parte mais irritante de tudo.
“Quais são as garantias que vocês querem?” Ele perguntou, por fim. Geb estava relutante e até se sentindo humilhado, mas perguntou.
Amin respirou fundo, como quem organiza uma lista.
“Primeiro ponto.” Ele disse: “Se você descumprir o acordo que vamos firmar, a esfera te aprisiona instantaneamente. Não haverá aviso. Não há margem de debate. Basta violar os termos, e tudo o que você for será puxado para dentro dela. Sem chance de contra-ataque ou tentativas de se defender.”
A presença de Geb tremeu.
“Segundo.” Amin prosseguiu: “Você odeia humanos. Nós sabemos disso. E não estamos pedindo que ame ninguém. Só estamos pedindo que entenda a seguinte cláusula: se, depois de sair daqui e pelo resto de sua vida eterna, algum deus nos encontrar por acaso e decidir vir atrás de nós, mesmo que não esteja trabalhando para você, mesmo que seja por iniciativa própria,, isso passa a ser problema seu.”
“Como assim?” Geb rosnou.
“Assim.” Samir explicou, direto: “Se uma divindade qualquer colocar nossos nomes na lista dela, você vai lidar com isso. Vai matar, afastar, esconder, não importa. Se ficar parado, assistindo… será um descumprimento. E você vai para dentro da esfera.”
“Vocês querem um guarda-costas.” Geb ironizou.
“Queremos um amortecedor para problemas que nós não causamos.” Amin corrigiu: “Você vai andar por territórios onde deuses se arrastam feito vermes. Vai ouvir coisas, ver rotas, perceber perigos que não aparecem no mapa. Não vamos abrir mão de uma proteção indireta quando você cruzar com algo que poderia nos atingir.”
Rachid girou a esfera nos dedos, e os veios brilharam discretamente.
“Terceiro.” Ele entrou: “Você será marcado.”
A reação de repulsa de Geb foi imediata.
“Eu não sou propriedade de ninguém!” Ele explodiu, ou o mais perto disso que a prisão permitia: “Não vou carregar nenhuma marca humana.”
Samir ergueu a mão, cortando a teimosia pela raiz.
“Não dramatiza.” Ele rebateu: “Não é uma coleira. É apenas uma garantia.”
Amin detalhou.
“Vamos colocar em você um selo de localização e perigo.” Ele explicou: “Ele não vai controlar pensamentos, decisões e nem sua força. Não vamos conseguir te fazer ajoelhar, nem parar no meio de um golpe, nem te obrigar a nada. Só vai fazer duas coisas: dizer onde você está e acender um alerta se estivermos prestes a ser traídos.”
“Traídos como?” Geb perguntou, gelado.
“Quarta cláusula.” Amin respondeu: “Se, em qualquer circunstância, os nossos nomes forem citados por você, em voz, em pensamento direcionado, em gestos, em qualquer tentativa de comunicação, você vai para a esfera.”
“Vocês querem silêncio absoluto.” Geb avaliou.
“Em relação a nós, sim.” Samir confirmou: “Você pode odiar o universo em voz alta. Pode amaldiçoar humanos, deuses, pedras e estrelas. Só não pode dar nosso nome de bandeja para ninguém.”
Rachid acrescentou: “E, para evitar que algum curioso mexa onde não deve… se alguém tentar remover o selo de localização, o de perigo ou qualquer marca ligada a nós, o resultado será o mesmo. Quanto a isso… não tem negociação.”
Então Geb ficou quieto.
Quieto demais.
“Vocês sabem o que estão pedindo?” Ele disse, por fim: “Estão tentando amarrar um deus como se ele fosse um contrato de propriedade intelectual. Estão usando uma prisão para me transformar em um termo de confidencialidade ambulante.”
Amin não recuou.
“Você não quer virar um cão.” Ele lembrou: “Nem nós queremos dono. Essa marca é o meio termo. Não vai apertar a sua coleira, porque não existe coleira. Só vai assegurar que você não vai cuspir nossos nomes no colo dos deuses e sair andando como se não tivesse nada a ver com isso.”
“E se eu recusar?” Geb perguntou.
Samir sorriu, sem humor.
“Você continua aqui.” Ele respondeu.
“Com Heimdall.” Rachid completou: “Com o silêncio. Com o esquecimento. Até o fim.”
Geb virou sua atenção, mais uma vez, para o outro extremo da prisão, onde Heimdall permanecia preso ao seu lado.
Havia ódio ali.
Ódio pelos deuses. Ódio pelos humanos. Ódio pelo próprio estado em que estava.
“Vocês acham…” Ele começou: “Que podem me chantagear com o medo de ficar preso. Eu já estou preso há tempo demais. O que são mais alguns milênios?”
“Você sabe que não é só isso.” Amin respondeu, tranquilo: “Cada dia que passa aqui dentro corrói partes de você que não voltam. Ao sair, você ainda terá tempo de redesenhar o próprio nome, decidir o que faz com o mundo e com os deuses que sobraram. Se insistir em continuar aqui, não vai sobrar Geb. Vai sobrar só um fragmento ranzinza de memória que ninguém mais vai reconhecer, nem você.”
Samir reforçou, mais duro: “Você viveu o bastante para saber que existem prisões piores do que as de selo.” Ele disse: “Uma delas é virar irrelevante. Outra é virar uma piada. Você está a meio caminho das duas.”
Geb sentiu aquilo doer mais do que todas as corrente daquela prisão.
“Além disso…” Rachid acrescentou, erguendo a esfera um pouco mais: “Tem mais uma contingência.”
“Mais!?” Geb rosnou.
“Se alguma coisa acontecer conosco…” Rachid prosseguiu, como se a irritação do deus fosse um ruído de fundo: “Se alguém nos matar, capturar, selar, não importa… esta esfera não vai ficar solta. Ela vai direto para o Domínio da Miragem Eterna.”
Amin completou: “Depois, ela vai ser absorvida por outra ainda estrutura menor. Algo discreto. Algo que ninguém mais, além de nós, saberia encontrar. E isso, por sua vez, será jogado nos confins do espaço, longe de qualquer trilha de energia, de qualquer mapa, de qualquer lembrança.”
Samir fechou a conta: “Se o universo te achar, será por acidente. O que, convenhamos, é improvável. Na prática, isso significa que, ou você cuida para que a gente continue vivo o suficiente para manter esse acordo existindo, ou você arrisca passar o resto da eternidade enfiado num grão de poeira invisível.”
Dessa vez, a reação de Geb foi quase física. A prisão tremeu, como se lembrasse que ainda guardava um deus que um dia foi temido.
“Vocês são pequenos demais para me fazer esse tipo de ameaça.” Ele cuspiu: “Criaturas que nasceram ontem, falando comigo como se fossem donos do próprio destino.”
Amin escutou sem desviar o rosto.
“Você está certo.” Ele admitiu: “Somos pequenos perto do que você já foi. Mas fomos nós que te achamos, não o contrário. Somos nós que temos as chaves da sua cela. Fomos nós que aprendemos a usar um artefato que nem Loki controlou completamente…”
“Geb… somos nós que estamos aqui, oferecendo uma saída.”
Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância.
“Lembra do seu auge, Geb?” Amin perguntou: “Você lutava para liderar os deuses, mas agora está aqui… perdido.”
“Eles te esqueceram! Desistiram de te procurar!”
“Nós não estamos fingindo que não vamos nos beneficiar de você. A diferença é que estamos te dizendo isso na sua cara. E te dando a opção de recusar.”
Samir reforçou: “Você não vai virar um cão.” Ele disse: “Não vamos mandar em você. Não vamos controlar sua vontade. A marca não manda, só observa. O que mandam são os termos: não nos entregar; não ignorar um problema que cai no seu colo; não deixar terceiros mexerem no que é nosso. Fora isso, você faz o que quiser com sua liberdade.”
Rachid encerrou: “Seja honesto consigo mesmo… porque a alternativa é continuar como está.”
O silêncio que se seguiu foi diferente.
Não era a indignação vazando. Era ponderação.
Num canto da mente que ainda funcionava como estratégia, Geb pesava as possibilidades.
Ficar ali.
Sair sob condições que feriam o orgulho, mas preservavam a chance de reescrever o próprio caminho.
Continuar preso com Heimdall, ouvindo respirações que ele não suportava e sentindo o peso de suas memórias divinas esmagadas numa cela, esperando por um resgate que não viria.
Ou aceitar o acordo de três humanos que ele odiava tanto quanto o resto.
Humanos que, contudo, tinham arrancado do universo um espaço de manobra.
Ele pensou em Vargas. Na alma que tinha servido de âncora depois tudo. Um pedaço de humanidade que ele teria que carregar para sair dali.
Ele estava irritado com tudo, e muito mais pelo fato de que dependeria daqueles três.
“Vocês vão manter a minha existência vinculada ao corpo desse humano…” Ele resumiu: “E, em troca, querem que eu me vincule a essa esfera, aceitando as marcas e os termos.”
“Sim.” Amin confirmou.
“Se eu não aceitar, fico aqui.” Geb disse.
“Sim.” Samir confirmou.
“Se eu aceitar, mas quebrar qualquer um dos termos…” Geb continuou.
“Você vai para dentro da esfera.” Rachid concluiu: “E, se a gente ainda estiver vivo, podemos decidir se é para sempre ou não. Se não estivermos…”
“O resto você já entendeu.” Amin encerrou.
Geb ficou quieto mais uma vez.
Dessa vez, por mais tempo.
Quando voltou a falar, a voz dele parecia um pouco mais baixa.
“Eu não vou virar o cão de humanos.” Ele insistiu, pela última vez.
Amin respondeu com a mesma calma que tinha usado desde o início.
“Não vai.” Ele disse: “Você vai ser um predador solto. Mas um que sabe que, se tentar morder a mão errada, perde tudo.”
Samir emendou, sem metáforas: “Os termos não mudam, Geb. Não vamos aliviar. Não vamos cortar nenhuma cláusula. Não existe meio selo. Ou você aceita tudo, ou não existe acordo.”
Rachid fechou a mão em torno da esfera, deixando apenas um brilho escapar entre os dedos.
“Última pergunta.” Amin disse: “Você quer sair daqui ou não?”
Houve uma pausa.
Longa.
Pesada.
Em algum ponto daquele vazio, o ódio de Geb se reorganizou. Ele não deixou de odiar humanos, mas não deixou de odiar ainda mais a própria situação.
Ele também não tinha esquecido o que significava estar solto.
Então, finalmente, a resposta veio.
“Eu aceito.” Geb disse, cuspindo cada sílaba como se arrancasse um pedaço de metal da garganta: “Aceito os termos. Aceito a esfera. Aceito a marca. Aceito o silêncio. Aceito lidar com quem vier atrás de vocês, se cruzar meu caminho.”
Ele parou um instante, antes de completar: “Não porque confie em vocês. Mas porque eu prefiro caminhar em um universo cheio de inimigos do que apodrecer em uma cela com apenas um.”
Amin inclinou a cabeça, satisfeito.
“Isso basta.” Ele disse.
Samir sorriu de novo, desta vez com algo que podia ser chamado de antecipação.
“Então vamos tirar você daí.” Ele falou: “E, a partir de hoje, Geb… o universo inteiro vai ter que lidar com o fato de que você voltou. Com ou sem simpatia por nós.”
Rachid, por sua vez, abriu a mão, e a esfera brilhou um pouco mais forte.
Os selos da prisão começaram a reagir, como se tivessem percebido que algo estava prestes a mudar.
E, naquele momento, até Heimdall pareceu revirar, como se um olho que tudo viu tentasse, inutilmente, focar no novo rumo que o tabuleiro estava tomando.
